terça-feira, 16 de agosto de 2016

Consciência quântica

Ọkàn kúántù (consciência quântica)


Você conseguiria supor que a consciência, nada tem a ver com o cérebro?

Que a consciência é um componente fundamental do universo, independente do cérebro, podendo ser experimentada mesmo sem o corpo?

Ou para você a morte é simplesmente o fim? Depois seria apenas nada de nada.

Seria a consciência um fenômeno quântico? Por mais forçada que tal especulação possa parecer, ela tem sido seriamente considerada por vários pesquisadores nos últimos anos. 




Alguns cientistas argumentam que após a morte, algo sobrevive. Não importa a denominação: Alma, espirito, essência, consciência....após a morte do corpo físico, a consciência quântica perdura.

Eles consideram que a nossa consciência transcende a simples interação neural, apoiada pela teoria neurológica tradicional. 



Dois dos principais propositores da Consciência Quântica são Stuart Hameroff, médico, e Roger Penrose, físico-matemático de Oxford que atua na área de Cosmologia e Gravitação e foi ganhador do prêmio Wolf juntamente com Stephen Hawking. 

Ao final da década de 80, Penrose lançou um livro muito instigante, A Mente Nova do Imperador, que causou sensação e foi o responsável por muito da discussão a respeito de consciência e efeitos quânticos que se seguiu.




Em uma tentativa de inserir na ciência os conceitos de  alma e “consciência”, os cientistas Stuart Hameroff e Roger Penrose criaram a teoria quântica da consciência, segundo a qual a alma estaria contida em pequenas estruturas (microtúbulos) no interior das células cerebrais.

Eles argumentam que nossa “consciência” não seria fruto da simples interação entre neurônios, mas sim resultado de efeitos quânticos gravitacionais sobre esses microtúbulos – teoria da “redução objetiva orquestrada”. 



Indo mais longe: a alma seria “parte do universo” e a morte, um “retorno” a ele (conceitos similares aos do Budismo e do Hinduísmo).

A ideia deles é que a consciência poderia "emergir" como um estado quântico macroscópico a partir de um certo nível crítico de coerência de eventos acontecendo em certas estruturas subneurais, denominadas microtubulos, que compõem o esqueleto neuronal. 

A alma e a mecânica quântica

De acordo com Hameroff, experiências de quase morte estariam relacionadas com essa natureza da alma e da consciência: quando o coração para de bater e o sangue deixa de circular, os microtúbulos perdem seu estado quântico. 

Hameroff considera que a consciência faz parte do próprio universo, desta forma, pode continuar a existir mesmo após a morte biológica.



A ideia foi proposta em 1996 e a teoria quântica vem sofrendo fortes confirmações da ciência experimental. Os paradigmas parecem realmente estar mudando.

“A informação quântica contida neles não é destruída, não pode ser; apenas se distribui e se dissipa pelo universo”.

Se o paciente é trazido da beira da morte, essa informação volta aos microtúbulos. “Se o paciente morre, é possível que a informação quântica possa existir fora do corpo, talvez de modo indefinido, como uma alma”, acrescenta.

Embora a teoria ainda seja considerada bastante controversa na comunidade científica, Hameroff acredita que os avanços no estudo da física quântica estão começando a validá-la: tem sido demonstrado que efeitos quânticos interferem em fenômenos biológicos, como a fotossíntese e a navegação de pássaros.



Vale ressaltar que Hameroff e Penrose desenvolveram sua teoria com base no método científico de experimentação e em estudos feitos por outros cientistas, ao contrário do que ocorrem em casos de “pseudociência” em que simplesmente se acrescenta a física quântica como “ingrediente legitimador” de teorias sem fundo científico. 

A consciência quântica é uma explicação científico-filosófica das mais comentadas. Hoje é possível pode encontrar dezenas de livros que sustentam "teorias quânticas da mente", mas, no meio científico acadêmico, essa teoria permanece controversa.



"A origem da consciência reflete o nosso lugar no universo, a natureza da nossa existência. Será que a consciência evoluiu de cálculos complexos entre os neurônios do cérebro, como a maioria dos cientistas afirma? Ou será que a consciência, em certo sentido, tem estado aqui o tempo todo, como as abordagens espirituais defendem?"

Questionam Hameroff e Penrose ,  revisando todas as pesquisas recentes na área.


"Isso abre uma potencial Caixa de Pandora, mas a nossa teoria acomoda os dois pontos de vista, sugerindo que a consciência deriva das vibrações quânticas nos microtúbulos, proteínas poliméricas dentro dos neurônios do cérebro, que tanto governam as funções neuronal e sináptica, como conectam os processos cerebrais aos processos auto-organizados em escala mais fina, uma estrutura quântica 'proto-consciente' da realidade,"concluem eles.



De acordo com o Dr. Stuart Hameroff, uma experiência de ‘quase-morte’ acontece quando a informação quântica que habita o sistema nervoso deixa o corpo e se dissipa no Universo.  

Ao contrário das explicações materialistas sobre a consciência, o Dr. Hameroff oferece uma explicação alternativa da consciência, que pode talvez ser atraente, tanto para a mente científica racional, quanto para as intuições pessoais.

De acordo com Stuart e Sir Roger Penrose, este último um físico britânico, a consciência reside em microtúbulos de células cerebrais, os quais são locais primários de processamento quântico.  

Na morte, esta informação é liberada pelo seu corpo, o que significa que a nossa consciência vai com ela. Eles argumentam que a nossa experiência de consciência seja o resultado de efeitos quânticos da gravidade nestes microtúbulos; uma teoria que eles batizaram de ‘redução objetiva orquestrada’ .

A consciência, ou pelo menos a proto-consciência, é teorizada por eles como sendo uma propriedade fundamental do Universo, presente até mesmo no primeiro momento do Universo durante o Big Bang.

“Em tal plano, a experiência proto-consciente é uma propriedade básica da realidade física, acessível a um processo quântico associado à atividade cerebral.”

Nossas almas, na verdade, são construídas do mesmo tecido do Universo – e podem ter existido desde o começo dos tempos.  Nossos cérebros são somente receptores e amplificadores para a proto-consciência, a qual é intrínseca ao tecido espaço-tempo.  Assim, há realmente uma parte de nossa consciência que não é material e que sobreviverá a morte de nosso corpo físico?

O Dr. Hameroff declarou:   “Digamos que o coração pare de bater, o corpo pare de fluir, os microtúbulos percam seu estado quântico.  A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída, ela não pode ser destruída, ela somente se distribui e dissipa pelo Universo.”  

Se o paciente for ressuscitado, reanimado, esta informação quântica pode voltar para dentro dos microtúbulos e o paciente pode dizer, “eu tive uma experiência de quase morte“.

Hameroff ainda diz: “Se o paciente não for reanimado e morrer, é possível que esta informação quântica possa existir fora do corpo, talvez indefinidamente como uma alma.”



Esta afirmação sobre a consciência quântica explica coisas como as experiências de quase-morte, projeções astrais, experiência fora do corpo, e até mesmo a reencarnação, sem a necessidade de apelar para ideologias religiosas.  

Em algum ponto, a energia de nossa consciência potencialmente se recicla para dentro de um corpo diferente, e enquanto isso ela existe fora do corpo físico em algum outro nível de realidade, possivelmente em outro universo.

Outro cientista que defende a mesma hipótese é Amit Goswami, de acordo com ele : “A consciência do sujeito numa relação sujeito-objeto é a mesma consciência que é pilar para toda a existência.  Assim sendo, consciência é unificadora. Existe apenas uma consciência subjetiva, e nós somos essa consciência.” 



Mas, afinal, que consciência “divina” é essa? Ao contrário de tudo o que costumamos pensar – que existe um mundo físico independente da nossa consciência sobre ele, e que o nosso cérebro é o grande criador de sentido da existência -, Goswami propõe que o cérebro físico funciona na verdade como um instrumento de medição e gravação, seguindo as regras da física clássica, ao passo que “um componente quântico do cérebro-mente é o veículo para a escolha consciente e a criatividade”. 

Em outras palavras, é a atividade da consciência que traz o mundo à existência, ao determinar o “colapso quântico” de onda em partícula. “Consciência é o agente que colapsa a onda de um objeto quântico, que existe em potencial, transformando-a em partícula imanente no mundo da manifestação”. 


O filósofo e ocultista Rudolf Steiner também concebeu pensamentos como possuidores de uma substância. Não possuindo a terminologia da física quântica, ele expressou a ideia através de um quadro místico, percebendo “pensamentos como seres vivos e independentes. O que nós entendemos como pensamento no mundo manifesto é como uma sombra de um pensamento vivo que está ativo no mundo dos espíritos.” Este “mundo dos espíritos” poderia ser considerado o domínio transcendente do potencial.

Roger Penrose afirma ter demonstrado que a consciência é não computacional, ou seja, não pode ser simulada. Para isso, ele agrupa as faculdades da mente em passivas e ativas.

As passivas são as que implicam em receptividade, coisas como perceber cheiros, a harmonia, a paixão, e o uso da memória. As ativas incluem o livre-arbítrio e os eventos conseqüente dele.

De forma exclusiva de ambas as categorias, Penrose dá uma atenção extrema a compreensão, ou insigh, até mesmo a intuição. 


Como físico, o cientista argumenta que a mente advém de uma base física. Ele tece diversos paralelos de como um possível futuro computador quântico poderia simular a mente humana. 

Segundo do Penrose, a consciência está diretamente ligada a evento quânticos. Só assim se justificariam, por exemplo, o insight.

Fonte: http://muitoalem2013.blogspot.com.br/2015/08/a-consciencia-quantica.html

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