sábado, 19 de novembro de 2016

Consciência negra

Ní kàn dúdú, àwa yíò sọ àsọyé ọ̀rọ̀àbá rírì ti ọmọ-ìbílẹ̀, ọ̀rọ̀àbá rírì ti adúláwọ̀ àti ọ̀rọ̀àbá rírì ti aláwọ̀funfun, báyìí a ó bá ọ̀rọ̀àbá rírì ti mọnìyàn náà.

Na consciência negra vamos discutir a indigenitude, negritude e a branquitude, assim alcançaremos a humanitude.




       Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
       Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).
                                                                                 , prep. No, na, em. Usada para indicar o lugar em que alguma coisa está. Indica uma posição estática.
Ọkàn dúdú, s. Consciência negra.
A, pron. pess. Nós. Forma alternativa do pronomeÀwa.
Yíò, yóò, part. pré-v. É uma das alternativas para formar o tempo futuro dos verbos.
Jiyàn, sọ àsọyév. Discutir. 
Báfá, v. Discutir, discordar.
Bá, dé, f'ọwọ́ tẹ̀, ṣe-tán,  ṣetán, ṣe-parí, ṣeparí, v. Alcançar.
Ọ̀rọ̀àbá rírì ti ọmọ-ìbílẹ̀, s. Indigenitude.
Ọ̀rọ̀àbá rírì ti adúláwọ̀, ọ̀rọ̀àbá rírì ti àṣà dúdús. Negritude.
Ọ̀rọ̀àbá rírì ti aláwọ̀funfun, s. Branquitude.
Ọ̀rọ̀àbá rírì ti ọmọnìyàn, s. Humanitude.
Ọmọnìyàn, s. Homo sapiens.
Ọ̀rọ̀àbá, s. Ideologia.
Rírì, s. Valor, importância.
Ọmọ-ìbílẹ̀, s. Índio, indígena, nativo, aborígene.
Adúláwọ̀, s. Negro.
Aláwọ̀funfun, s. Branco, europeu.
Àṣà, s. Cultura. 
Dúdú, v. Ser preto.
Dúdú, adj. Negro.
Àti, conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.
O, ìwọ, pron. pess. Você.
Ó, pron. pess. Ele, ela. Forma alternativa do pronome òun.
Ó, óò, part. pré.v. Forma abreviada de yíò, que faz a marca do tempo futuro dos verbos.
, conj. pré-v.  E, além disso, também. Liga sentenças, porém, não liga substantivos; nesse caso, usar " àti". É posicionado depois do sujeito e antes do verbo.
Báyìí, adv. Assim, desse modo, dessa maneira, agora. 
Ti, prep. De (indicando posse).
A, àwa, pron. pess. Nós.
Náà, pron. dem. Aquele, aquela, aquilo.
Náà, art. O, a, os, as. 
Náà, adv. e conj. pré-v. Também, o mesmo.

Síndrome de Estocolmo.

Àwọn adúláwọ̀ pẹ̀lú àìsàn Stokholmu.
Negros com síndrome de Estocolmo. 

                                  Por Ngana-Fala Nkrumah Dala



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     "Síndrome de Estocolmo é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida à um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. De um ponto de vista psicanalítico, pessoas que possam ter desenvolvido ao longo de experiências na infância com seus familiares ou cuidadores, algum traço de caráter sádico ou masoquista implícito em sua personalidade, podem em certas circunstâncias de abuso desenvolver sentimentos de afeto e apego, dirigidos a agressores, sequestradores, ou qualquer perfil que se encaixe no quadro geral correspondente a síndrome de Estocolmo. A síndrome pode se desenvolver em vítimas de sequestro, em cenários de guerra, como também à pessoas submetidas à violência doméstica e familiar, em que a vítima é agredida pelo cônjuge e continua a amá-lo e defendê-lo como se as agressões fossem normais”.    
     Essa síndrome pode também explicar o comportamento dos povos colonizados em África, que após o “holocausto“ do colonialismo e do tráfico de escravo, tornaram-se em autênticas cópias dos seus opressores, amando-os, defendendo-os e seguindo os seus costumes e hábitos escrupulosamente, em seus quotidianos. Os trágicos 400 anos de tráfico de escravo e os quase 100 anos de colonialismo como consequência, deixaram grandes sequelas que perduram até aos dias de hoje. De facto, não será fácil os africanos abandonarem estes costumes, abandonarem a maneira de pensar eurocêntrica ou em um só termo “deseuropeizarem-se ”. Para isso devemos a princípio assumir que todos os dias somos neocolonizados, não mais daquela forma física, mas de uma maneira comportamental e ingerente . 
     Este nefasto período de opressão permitiu que  muitos negros abandonassem seus costumes  culturais e  suas autonomias tanto espiritual como político-econômica. Na religião, em Angola, por exemplo, a maior parte da população é cristã. Na política, os africanos usam sistemas de governação europeia, que muita das vezes não se adapta a nossa realidade e, além disso, as ingerências das ditas super potências continuam. No campo linguístico, em Angola e na maior parte dos países africanos colonizados, temos como língua oficial aprovada pela constituição exclusivamente a dos seus colonizadores. Na economia, através do “PACTO COLONIAL,” somos majoritariamente dependentes do exterior; África é somente uma fonte de matérias primas e recebe, preponderantemente, produtos acabados como bens de capital e bens de consumo. Porém, apesar do facto de que será tarefa difícil deseuropeizar a África e os africanos, cada um, em seu dia-a-dia pode optar por abandonar certos comportamentos, na maneira de viver, ou seja, aos poucos acabar (se tiver) a síndrome de estocolmo e buscar O RENASCIMENTO DA PERSONALIDADE AFRICANA.

     Os pretos desenvolvem esta síndrome quando tudo fazem para imitar os europeus. Vestir à moda européia. Falar como o europeu, ignorando, desprezando e envergonhando-se de todas as línguas nacionais. Quando desprezam a espiritualidade africana (culto aos ancestrais,  crença em Nzambi)  e  rotulam tais crenças, como feitiçaria e coisa do “diabo,” só porque o pastor caucasiano assim o disse. Quando defendem com todas as garras o cristianismo. Quando desconhece e despreza a verdadeira história de África contada pelos Africanos e, por isso, desconhecem os heróis mártires de África como Lumumba e Nkrumah. Quando conhece e defende toda a história da Europa e todos os heróis europeus, como os pseudo pais da filosofia do período helenístico. Quando segue ao pé da letra os padrões de beleza estabelecidos pelos europeus, como acreditar que quanto mais clara for a pele (mais próximo do padrão caucasiano) mais bonito(a) será e, assim, desprezam a sua cor pelo uso de branqueadores de pele; além do mais, acreditam que apenas ter cabelo liso é ter um cabelo com beleza  e, para conseguir isso, usam todos os métodos para ostentar um cabelo igual ao dos caucasianos.

     Em fim, os pretos apresentam esses comportamentos quando se ridicularizam, quando defendem com todas suas garras o opressor e os seus costumes, em detrimento do que é a sua legada identidade como africano livre, pensando que ao imitar o europeu fará com que os mesmos o vejam como um deles, enquanto que apenas expõe-se ao ridículo e demonstra-se na sociedade como uma autêntica cópia da copia. Parafraseando Malcolm X “muito cuidado com a mídia, porque ela te fará odiar o oprimido e amar o opressor. 
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#HOTEP.
#UBUNTU. 

~Ngana-Fala Dala (2016)

Àwọn adúláwọ̀ ọkàn funfun (Negropeus)                                                                                                                                                 Por Sebastian Truthful 




Os negropeus religiosos são aqueles que praticam a religião do seu opressor. Estes são capazes defender, inclusive, doutrinas e lideres religiosos claramente racistas. Tentam justificar sempre as atitudes destes, inclusive dão mais valor a fraternidade que possuem com seu irmão cristão ou muçulmano branco do que com os irmãos negros. É capaz de doar todo seu dinheiro para cumprimento do tal ministério religioso, mas não doa um centavo em qualquer projeto social virado para emancipação do homem negro. Conhece melhor a mitologia cristã ou islâmica do que a história de África ou, pior, tenta adaptar a história de África à sua fantasia religiosa. Diaboliza tudo o que representa as religiões africanas. Nos casos mais graves, como os que atualmente assistimos no Mali, na República Centro Africana e na Nigéria, são capazes de matar seu irmão por questões religiosas sem qualquer piedade.