sexta-feira, 27 de junho de 2014

Missil

Misaili aṣòdì sí òfuurufú  Gúúsù Áfríkà
Míssil antiaéreo  sul-africano

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)

Misaili = míssil.

Aṣòdì, òṣòdì = adversário, oponente.

Alátakò = antagonista, oponente.

Òfuurufú = ar, firmamento, céu, expansão.

Aṣòdì sí òfuurufú = antiaérereo.

Gúúsù = sul.

Áfríkà = África.



Umkhonto: o míssil antiaéreo VLS sul-africano

sam_umkhonto-ir_scenario.gif
Umkhonto é um míssil antiaéreo de lançamento vertical (VLS) baseado no U-Darter ar-ar, produzido pela empresa sul-africana Denel Aerospace Systems (ex-Kentron). Ele tem duas versões, Umkhonto-IR, guiada por infravermelho e Umkhonto-R, guiada por radar.
Projetado para fazer frente a ataques aéreos simultâneos de múltiplos alvos, o Umkhonto-IR é o primeiro míssil VLS guiado por IR e também o primeiro com capacidade “lock-on-after-launch”, isto é, após o lançamento, o míssil voa até um ponto determinado por guiagem inercial e só depois ativa seu buscador de IR de duas cores.
Updates sobre a posição do alvo são enviados pelo navio até o míssil por data-link, possibilitando ao Umkhonto atualizar sua trajetória para conter manobras evasivas.
Umkhonto tem superfícies de controle aerodinâmicas e saídas de empuxo vetorado, permitindo ao míssil manobrar até 40G. O sistema de direção de tiro 3D permite o engajamento de até 8 alvos simultâneos. O míssil usa um propelente de pouca fumaça para evitar a detecção visual pelas aeronaves adversárias.
Em julho de 2005, o Umkhonto foi testado com sucesso em vários cenários contra drones Skuada Denel.
O míssil é utilizado pela Marinha da África do Sul nas suas fragatas Meko A200 e pelo Exército, em sua versão terrestre. É usado também pela Marinha da Finlândia, nos navios-patrulha classe “Hamina“. Em 2004, a Marinha do Brasil teria demonstrado interesse na compra do míssil para o NAe São Paulo.
Cada Umkhonto pesa 130kg, tem 3,3m de comprimento, alcance de 12km (25km na versão R) e velocidade de Mach 2,5 (800m/s).
umkhonto.jpg

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Cabelos bons

Àwọn àwòrán  irun dáadáa.

Imagens de cabelos bons


Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).


Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)

Àwọn, wọn, pron. Eles, elas. Indicador de plural ( os, as).


Àwòrán, s.  Quadro, retrato, imagem.


Irun, s. cabelo.


Dáradára, dáadáa, adj. Bom, bonito.


Dára, dáa, v. Ser bom, ser bonito.


































domingo, 22 de junho de 2014

Justiça brasileira

Àwòrán ìdájọ ní'lẹ̀ Bràsíl.
Imagem da justiça no Brasil.














Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)


Àwòrán = quadro, retrato, imagem.
Ìdájọ́, òdodo, ẹ̀tọ́ = justiça.

Contração da preposição e substantivo. Quando a vogal inicial do substantivo não é i, a consoante n da preposição se transforma em l, e a vogal i toma forma de vogal do substantivo posterior. Mas se a vogal do substantivo é i, ela é eliminada. Ní àná ( l'ánàá ). ní ilé (ní'lé)

= partícula enfática usada na construção de frases, quando o verbo tiver dois objetos, o segundo objeto é precedido por " ".


= no, na, em. Usada para indicar o lugar em que alguma coisa está. Indica uma posição estática.

= ter, possuir, dizer.Transportar carga em um barco ou navio. Ocupar, obter, pegar.

Ni = ser, é.

= aquele, aquela. Requer alongamento da vogal final da palavra que o antecede somente na fala. Ex.: Fìlà ( a ) nì = aquele chapéu.

Ilẹ̀ = Terra, solo, chão.


Bràsíl = Brasil.









Delegado e juiz - dois em um #agrolife - caso prisão de índios #Kaingang no Rio Grande do Sul

"Os Kaingang foram presos quando participavam de reunião de diálogo entre representantes dos indígenas e agricultores, em busca de soluções para os conflitos no RS. Mário Vieira [o delegado] chegou a declarar para a imprensa local que a prisão dos indígenas era um “presente para o dia das mães” e que os índios seriam punidos “exemplarmente”, cumprindo de 30 a 60 anos de prisão. “Querem transformá-los em criminosos. O delegado se colocou acima do poder judiciário. Já sentenciou a pena antes mesmo de começarem as investigações”, diz Roberto Liebgott, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) na região.

Além da postura publicamente contrária aos indígenas, o delegado negou o acesso dos advogados de defesa ao inquérito e também impediu que participassem da primeira oitiva realizada. “Ele havia informado que as oitivas não ocorreriam no dia 14, mesmo assim os advogados compareceram à Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal do RS, onde encontraram dois advogados dativos convocados para acompanhar os depoimentos no lugar dos defensores oficiais. Foi uma manobra para que os indígenas falassem sem a presença de seus advogados”, explica Roberto.

Um Habeas Corpus foi impetrado na Justiça Federal de Erexim, pedindo liminarmente a soltura dos presos,   o afastamento do delegado Mário Vieira e a anulação do inquérito. As liminares foram negadas pelo juiz, que antes de decidir pediu manifestação do Ministério Público Federal e do delegado."

Fonte: http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=7531&action=read







Marly Machado
Canção do Tamoio

l
Não chores, meu filho;
Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar.

II
Um dia vivemos!
E o homem que é forte
Não teme da morte;
Só teme fugir;
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.

III
O forte, o cobarde
Seus feitos inveja
De o ver na peleja
Garboso e feroz;
E os tímidos velhos
Nos graves concelhos,
Curvadas as frontes,
Escutam-lhe a voz!

IV
Domina, se vive;
Se morre, descansa
Dos seus na lembrança,
Na voz do porvir.
Não cures da vida!
Sê bravo, sê forte!
Não fujas da morte,
Que a morte há de vir!

V
E pois que és meu filho,
Meus brios reveste;
Tamoio nasceste,
Valente serás.
Sê duro guerreiro,
Robusto, fragueiro,
Brasão dos tamoios
Na guerra e na paz.

VI
Teu grito de guerra
Retumbe aos ouvidos
D'imigos transidos
Por vil comoção;
E tremam d'ouvi-lo
Pior que o sibilo
Das setas ligeiras,
Pior que o trovão.

VII
E a mãe nessas tabas,
Querendo calados
Os filhos criados
Na lei do terror;
Teu nome lhes diga,
Que a gente inimiga
Talvez não escute
Sem pranto, sem dor!

VIII
Porém se a fortuna,
Traindo teus passos,
Te arroja nos laços
Do inimigo falaz!
Na última hora
Teus feitos memora,
Tranqüilo nos gestos,
Impávido, audaz.

IX
E cai como o tronco
Do raio tocado,
Partido, rojado
Por larga extensão;
Assim morre o forte!
No passo da morte
Triunfa, conquista
Mais alto brasão.

X
As armas ensaia,
Penetra na vida:
Pesada ou querida,
Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar.


Gonçalves Dias DIAS, G. Os Últimos Cantos. Rio de Janeiro : Typ. de F de Paula Brito, 18

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Àwọn ẹ̀ya ti àfónífójì odò Omo , ní ilẹ̀ Ethiópíà.

Àwọn  ẹ̀ya ti  àfónífójì odò Omo , ní ilẹ̀ Ethiópíà.
Tribos do vale do Rio Omo, na Etiópia.

Omo River.jpg




Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)


Àwọn =  eles, elas. Indicador de plural.

Ẹ̀yà = categoria, grupo, divisão, partes.

Ti = de. Indicando posse.

Àfónífójì = vale, planície.

Odò = rio, arroio, regato.

Odò Omo  é um importante rio do sul da Etiópia. Seu curso é inteiramente contida dentro dos limites da Etiópia, e desagua no Lago Turkana, na fronteira Etiópia-Quênia.

= no, na, em. Ter, possuir.

Ilẹ̀ = terra, solo, chão.

Ethiópíà = Etiópia.





































Tribos do vale do Rio Omo, na Etiópia



ÁFRICA – RIO OMO: ARTES, MAGIAS E RITUAIS


Autoria de LuDiasBH



Os homens e as mulheres usam os corpos como um espaço de expressão artística. (Hans Silvester)

O rio Omo é um importante rio do sul da Etiópia. Seu curso é inteiramente contido dentro dos limites da Etiópia, desaguando no Lago Turkana, na fronteira Etiópia-Quênia. Encontra-se ali, em construção, a gigantesca barragem de Gibe III, iniciada em 2006, para gerar energia elétrica para Addis Ababa (capital da Etiópia). Muitos ecologistas opõem-se à sua construção, pois reduzirá o rio e eliminará as planícies alagadas de grande importância para os agricultores tribais do Vale do Omo.

O Vale do rio Omo é um território cheio de beleza, mas também é governado por magias, rituais e vinganças, onde o homem ainda conserva comportamentos da África ancestral. Mas isso não parece ser por muito tempo, pois as transformações já se aproximam. A presença de missionários, turistas e comerciantes contribui para o acesso a produtos estrangeiros. Bebidas alcoólicas baratas e fortes, antes raras, já vêm deixando seu rastro de destruição. Durante muitas gerações, essas tribos foram protegidas por montanhas e savanas contra o contato com o mundo exterior. Mas o fator principal para mantê-las a salvo da “civilização” foi o fato de a Etiópia ter sido o único país africano a não ser colonizado pelos europeus. De modo que os habitantes das margens do rio Omo escaparam à influência nefasta da colonização e dos conflitos que esmagaram muitas outras sociedades. As tribos, até então, permaneceram intocadas, migrando e guerreando entre si, e convivendo de acordo com seus costumes, inexistentes em quase todas as outras regiões do país.

São muitas as tribos africanas que habitam as margens do rio Omo, região abundante em água: Kara, Mursi, Suri, Nyangatom, Kwegu e Dassanech, entre outras, uma população de cerca de 200 mil pessoas. Os povoados estendem-se ao longo do Omo, agrupamento de choças com cercados para cabra e depósitos de cereais. A riqueza mais importante dessa gente são os pequenos rebanhos de bois e cabras, mas eles também trabalham na lavoura, irrigada com a água do rio. Em muitas tribos, um homem não pode se casar, se não oferecer dotes de gado à família da noiva. Aos homens cabe a responsabilidade com o rebanho.

As mulheres mursis ainda usam discos labiais (pedaço circular de madeira ou cerâmica no lábio inferior) e cobrem o corpo com desenhos, símbolos da beleza feminina. O adorno labial é substituído de tempo em tempo para ampliar o local.

 Os suris possuem suas temporadas de duelos, quando se vestem com armaduras de pele de cabra e usam bastões compridos no enfrentamento.

As mulheres hamars pedem para ser açoitadas até sangrar, num certo ritual. Há também o rito de iniciação para os meninos da tribo hamar, que devem correr pra cima do lombo do gado, provando que estão aptos a enfrentar a vida adulta.

Nos casamentos, realizados pela tribo Kara, é oferecida uma cerveja feita de sorgo, aos convidados de todas as idades, inclusive crianças. As viúvas usam o luto tradicional: despem-se dos adornos, deixam o cabelo crescer e vestem apenas um couro grosseiro.

Para muitas das tribos, os mortos continuam por perto. Em certos vilarejos eles são enterrados debaixo dos barracos, separados dos vivos por menos de um metro de terra seca. Continuam interferindo na vida das famílias.

Enquanto no Ocidente a vingança fica por conta dos tribunais, a lei das tribos, naquele canto remoto da Etiópia, é feita por elas próprias. Ao filho mais velho cabe vingar a morte do pai. E uma vez morto esse, a incumbência vai passando para o próximo. Um homem da família deve cobrar o tributo de sangue, pela morte de um de seus membros. E aquele que dá fim a um inimigo recebe honrarias especiais: cicatrizes escavadas na carne do ombro e da barriga.

Há também a circuncisão feminina, comum em toda a Etiópia, e uma prática que é conhecida como “destruição do mingi” (mingi é uma espécie de azar extremo). Se uma criança nasce deformada, ou se os seus dentes superiores nascem antes dos inferiores, ou se nascer fora do casamento, ela é tida como mau agouro. Por isso, deve ser sacrificada antes que o mingi se alastre.

Aos poucos, o governo etíope aumenta sua influência sobre as tribos, impondo seu código jurídico, na tentativa de abolir as práticas tradicionais nocivas, como o ritual de fustigação das mulheres, as lutas com bastões e a cerimônia de passar sobre o lombo do gado, etc.

Os jovens das tribos percebem que é preciso buscar a paz entre elas, se quiserem sobreviver. Eles começam a entender que a tradição não pode ser levada a ferro e fogo, pois as coisas estão mudando. Alguns deles já estudam fora dali e possuem a consciência de que é preciso aceitar mudanças.

O fotógrafo alemão, Hans Silvester, que já esteve no Vale do rio Omo várias vezes, e passou seis anos entre as tribos, ficou impressionado com as imagens colhidas ali, principalmente nas tribos Surma e Mursi, conhecidas por suas exuberantes pinturas corporais. Elas utilizam material vulcânico, para obter as mais diferentes cores e pintarem os corpos nus. E, como adereços usam cascas, flores e folhagem. A natureza fornece-lhes um campo vasto de tinturas e enfeites.

As fotos de Hans Silvester percorrem o mundo como um alerta para a fragilidade dessas tribos, que precisam ser protegidas. A íntegra de seu trabalho pode ser vista no livro Natural Fashion – Tribal Decoration from África/ Editora Thames e Hudson.

Existe na internet um vídeo com seu trabalho sobre o Vale do Rio Omo.

(*) Imagem copiada de http://gansosnanet.blogspot.com.br/2009/10/maquiagem-dos-meninos-rio-omo-roupas.html

Fontes de pesquisa:
National Geographic/ Edição 120
Vídeo sobre Hans Silvester
Wikipédia

terça-feira, 17 de junho de 2014

Ideologia

Ọ̀rọ̀àbá ( ideologia).









Afrocentricidade Internacional RJ

"3. Ao ler livros escritos por autores brancos de qualquer tipo, esteja ciente do fato de que eles não são escritos para seu benefício particular ou para o benefício da sua raça. Eles sempre escrevem de seus próprios pontos de vista e apenas no interesse de sua própria raça.
Nunca engula completamente o que o homem branco escreve ou fala sem antes criticamente analisar e investigar. O truque do homem branco é enganar outros povos para seu próprio benefício.
Sempre esteja em sua guarda contra ele em qualquer coisa que ele faça ou diga. Nunca tente a sorte com ele. Seus livros escolares de ensinos fundamental e médio, faculdades e universidades são todos organizados para servir a seus próprios propósitos; para colocá-lo no topo e mantê-lo acima de outras povos. Não acredite nele. Cuidado! Cuidado!"

Marcus Garvey




Definição

Ideologia é um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas e sociais.

O termo ideologia foi usado de forma marcante pelo filósofo Antoine Destutt de Tracy.

O conceito de ideologia foi muito trabalhado pelo filósofo alemão Karl Marx, que ligava a ideologia aos sistemas teóricos (políticos, morais e sociais) criados pela classe social dominante. De acordo com Marx, a ideologia da classe dominante tinha como objetivo manter os mais ricos no controle da sociedade.

No século XX, varias ideologias se destacaram:



- Ideologia fascista: implantada na Itália e Alemanha, principalmente, nas décadas de 1930 e 1940. Possuía um caráter autoritário, expansionista e militarista.
- Ideologia comunista: implantada na Rússia e outros países (principalmente do leste europeu), após a Revolução Russa (1917). Visava a implantação de um sistema de igualdade social.
- Ideologia democrática: surgiu em Atenas, na Grécia Antiga, e possui como ideal a participação dos cidadãos na vida política.
- Ideologia capitalista: surgiu na Europa durante o Renascimento Comercial e Urbano (século XV). Ligada ao desenvolvimento da burguesia, visa o lucro e o acumulo de riquezas.
- Ideologia conservadora: ideias ligadas à manutenção dos valores morais e sociais da sociedade.
- Ideologia anarquista: defende a liberdade e a eliminação do estado e das formas de controle de poder.
- Ideologia nacionalista: exaltação e valorização da cultura do próprio país.





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Vergonha

Ta ni ó tijú ilẹ̀ Bràsíl.
Quem envergonhou o Brasil?

Foto: Já que o negócio despencou pro baixo calão então esta é a resposta ...

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)


Tani = quem.
Ta = quem. Usado na formação de perguntas referentes a seres humanos e títulos honoríficos.
Ni = ser, é.
Ó = ele, ela.
Ìtìjú = vergonha.
Tijú = envergonhar-se, corar.
Ilẹ̀ = terra, solo, chão.
Bràsíl = Brasil.


Quem envergonhou o Brasil aqui e lá fora?
17/06/2014
Pertence à cultura popular do futebol a vaia a certos jogadores, a juízes e eventualmente a alguma autoridade presente. Insultos e xingamentos com linguagem de baixo calão que sequer crianças podem ouvir é coisa inaudita no futebol do Brasil. Foram dirigidos à mais alta autoridade do pais, à Presidenta Dilma Rousseff, retraída nos fundos da arquibancada oficial.

Esses insultos vergonhosos só podiam vir de um tipo de gente que ainda têm visibilidade do pais, “gente branquíssima e de classe A, com falta de educação e sexista’ como comentou a socióloga do Centro Feminista de Estudos, Ana Thurler.

Quem conhece um pouco a história do Brasil ou quem leu Gilberto Freyre, José Honório Rodrigues ou Sérgio Buarque de Hollanda sabe logo identificar tais grupos. São setores de nossa elite, dos mais conservadores do mundo e retardatários no processo civilizatório mundial, como costumava enfatizar Darcy Ribeiro, setores que por 500 anos ocuparam o espaço do Estado e dele se beneficiaram a mais não poder, negando direitos cidadãos para garantir privilégios corporativos. Estes grupos não conseguiram ainda se livrar da Casa Grande que a tem entrenhada na cabeça e nunca esqueceram o pelourinho onde eram flagelados escravos negros. Não apenas a boca é suja; esta é suja porque sua mente é suja. São velhistas e pensam ainda dentro dos velhos paradigmas do passado quando viviam no luxo e no consumo conspícuo como no tempo dos príncipes renascentistas.

Na linguagem dura de nosso maior historiador mulato Capistrano de Abreu, grande parte da elite sempre “capou e recapou, sangrou e ressangrou” o povo brasileiro. E continua fazendo. Sem qualquer senso de limite e por isso, arrogante, pensa que pode dizer os palavrões que quiser e desrespeitar qualquer autoridade.

O que ocorreu revelou aos demais brasileiros e ao mundo que tipo de tipo de lideranças temos ainda no Brasil. Envergonharam-nos aqui e lá fora. Ignorante, sem educação e descarado não é o povo, como costumam pensar e dizer. Descarado, sem educação e ignorante é o grupo que pensa e diz isso do povo. São setores em sua grande maioria rentistas que vivem da especulação financeira e que mantém milhões e milhões de dólares fora do país, em bancos estrangeiros ou em paraísos fiscais.

Bem disse a Presidenta Dilma: “o povo não reage assim; é civilizado e extremamente generoso e educado”. Ele pode vaiar e muito. Mas não insulta com linguagem xula e machista a uma mulher, exatamente aquela que ocupa a mais alta representação do país. Com serenidade e senso de soberania pessoal deu a estes incivilizados uma respota de cunho pessoal:”Suportei agressões físicas quase insuportáveis e nada me tirou do rumo”. Referia-se às suas torturas sofridas dos agentes do Estado de terror que se havia instalado no Brasil a partir de 1968. O pronunciamento que fez posteriormente na TV mostrou que nada a tira do rumo nem a abala porque vive de outros valores e pretende estar à altura da grandeza de nosso país.

Esse fato vergonhoso recebeu a repulsa da maioria dos analistas e dos que sairam a público para se manfiestar. Lamentável, entretanto, foi a reação dos dois candidatos a substitui-la no cargo de Presidente. Praticamente usaram as mesmas expressões, na linha dos grupos embrutecidos:”Ela colhe o que plantou”. Ou o outro deu a entender que fez por merecer os insultos que recebeu. Só espíritos tacanhos e faltos de senso de dignidade podiam reagir desta forma. E estes se apresentam como aqueles que querem definir os destinos do país. E logo com este espírito! Estamos fartos de lideranças medíocres que quais galinhas continuam ciscando o chão, incapazes de erguer o voo alto das águias que merecemos e que tenham a grandeza proporcional ao tamanho de nosso país.

Um amigo de Munique que sabe bem o portugues, perplexo com os insultos comentou:”nem no tempo do nazismo se insultavam desta forma as autoridades”. É que ele talvez não sabe de que pré-história nós viemos e que tipo de setores elitistas ainda dominam e que de forma prepotente se mostram e se fazem ouvir. São eles os principais agentes que nos mantém no subdesenvolvimento social, cultural e ético. Fazem-nos passar uma vergonha que, realmente, não merecemos.

Leonardo Boff professor emérito de Etica e escritor

About these 

sábado, 14 de junho de 2014

Reencarnação

 Físíksì kùátọ̀mù làdí àtúnwá náà.
A física quântica explica a reencarnação.



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)


Físíksì kùátọ̀mù, s. Física quântica.
Làdí, sọ àsọyé, sọyé. Expor, explicar, definir, interpretar, falar com clareza.
Tùmọ́, v. Traduzir, explicar.
Àtúnwá, s. Retorno, voltar de novo, reencarnação
Àtúnbí, s. Regeneração, renascimento.
Àtúnhù, s. Renascer, brotar de novo.
Náà, art. O, a, os, as.



FÍSICA QUÂNTICA EXPLICA VIDA APÓS A MORTE

Divulgação
Renomado professor de física da Universidade de Oregon, pesquisador do Institute of Noetic Sciences, assíduo visitante do Brasil, o indiano Amit Goswami mostra por que a reencarnação é um fenômeno que merece ser investigado pela ciência
16 DE MAIO DE 2012 ÀS 09:11





Por Amit Goswami - No fim do século 19, os teosofistas, sob a liderança de Madame Helena Blavatsky, redescobriram para o Ocidente algumas antigas verdades orientais. A verdade da ontologia perene – de que a consciência é a base de todo o ser – era clara para eles. Eles reconheciam também dois princípios cosmológicos. Um é o princípio da repetição para o cosmo inteiro – a ideia de que o universo se expande a partir de um big-bang, depois se retrai num big-crunch e em seguida se expande outra vez, esticando e encolhendo de modo cíclico. O segundo princípio era a ideia de reencarnação – a ideia de que existe uma outra vida antes desta e haverá outra depois da morte; nós já estivemos aqui antes e vamos renascer muitas outras vezes.
Para a mentalidade moderna, a reencarnação parece um tanto absurda. Sob implacável pressão da ciência materialista, nós nos identificamos quase totalmente com o corpo físico, de modo que a ideia de que uma parte de nós sobrevive à morte do corpo físico é difícil de engolir. Ainda mais difícil é imaginar um renascimento dessa parte num novo corpo físico. A imagem de uma alma deixando o corpo que morre e entrando num feto prestes a nascer parece particularmente incômoda, porque pressupõe uma alma existindo independentemente do corpo. E nós tentamos com tanto afinco erradicar o dualismo de nossa visão de mundo!
Mas o nosso monismo (1) não precisa ser um monismo fundamentado na matéria. Se, em vez da matéria, a consciência for a base de todo o ser, a primeira dificuldade – aceitar que uma parte de nós sobrevive à morte – é consideravelmente mitigada, pois pelo menos a consciência sobrevive à morte do corpo físico.
Além disso, quando aprendemos que a nova ciência precisa incluir os corpos vital e mental e o intelecto para captar o sentido do que acontece no nível material da realidade, e que o corpo físico é uma espécie de computador (quântico) no qual as funções vitais e mentais estão programadas num software fácil de usar, até mesmo a aceitação da ideia de algo como uma alma se torna fácil. Não, isso não requer dualismo. Nenhum de nossos corpos – o físico, o vital, o mental ou o intelecto – é uma substância sólida, ao estilo newtoniano clássico; eles são, em vez disso, possibilidades quânticas na consciência. A consciência simultaneamente provoca colapsos de possibilidades paralelas desses mundos para compor sua própria experiência de cada momento.
Dos quatro corpos, apenas o corpo físico é localizado, estrutural e também materialmente; é por essa razão que é chamado de corpo grosseiro. Nossos corpos vital e mental são inteiramente funcionais, criados por condicionamento. Nós desenvolvemos propensões a determinadas confluências de funções vitais e mentais no processo de formação das representações no físico. Esses padrões de hábito se constituem de memória quântica – o condicionamento das probabilidades quânticas associadas às funções matemáticas de onda quântica desses corpos. É uma boa descrição científica de uma parte de nós que sobreviveria à morte: o corpo sutil – o conglomerado dos corpos vital, mental e temático –, no qual a memória das propensões passadas (que os hindus denominam carma) é transportada pela matemática quântica modificada dos corpos vital e mental. Podemos chamar esse conglomerado de mônada quântica. (Além dos corpos grosseiro e sutil, existe um terceiro, o corpo causal, constituído do corpo de beatitude do modelo panchakosha, o qual, é claro, sobrevive à morte, porque é a base do ser. Para onde mais ele iria?)
Com isso, a reencarnação é elevada à categoria de fenômeno merecedor de investigação científica, pois a melhor prova científica da existência do corpo sutil, com seus componentes vital e mental, seria um indício de sua sobrevivência e reencarnação. (2)
A mônada quântica sobrevivente, de acordo com o nosso modelo, conserva a memória quântica dos padrões de hábito e das propensões das vidas passadas. E existem amplos dados em apoio à ideia de que as propensões sem dúvida sobrevivem e reencarnam. No entanto, todas as narrativas que acumulamos durante a nossa existência, toda a nossa história pessoal, morrem, de modo geral, com o corpo físico, com o cérebro; essas histórias não são transportadas pelas mônadas quânticas. Mesmo assim, existem dados que mostram que algumas pessoas, especialmente crianças, são capazes de lembrar-se de histórias de vidas passadas, frequentemente com um nível de detalhe surpreendente. Qual é a explicação para essa memória reencarnacional? A não-localidade quântica através do tempo e do espaço esclareceria isso.
Acredito que todas as reencarnações de uma dada mônada quântica são conectadas não-localmente através do tempo e do espaço, correlacionadas em virtude de uma intenção consciente. Pouco antes do momento da morte, quando entramos num estado que os budistas tibetanos denominam bardo (transição), nossa identidade-ego cede consideravelmente; e, quando mergulhamos no eu quântico, tomamos conhecimento de uma janela não-local de recordações – passadas, presentes e futuras. Quando agonizamos, somos capazes de travar uma relação não-local com a nossa próxima encarnação, ainda sendo gestada, de modo que todas as histórias que recordamos se tornam parte das histórias dessa encarnação, agregando-se a suas recordações de infância. Essas recordações podem ser evocadas, mais tarde, sob hipnose. E, em alguns casos, as crianças conseguem evocar espontaneamente essas histórias de suas vidas passadas.
Como a mônada quântica sabe onde deve renascer? Se as diferentes encarnações físicas são correlacionadas pela não-localidade quântica e pela intenção consciente, seria a nossa intenção (no momento da morte, por exemplo) que transporta a nossa mônada quântica de um corpo encarnado para outro.
Indícios de sobrevivência e reencarnação
Existem três tipos de indícios em favor da teoria da sobrevivência e reencarnação do corpo sutil:
• Experiências relativas ao estado alterado de consciência no momento da morte
• Dados sobre reencarnação
• Dados sobre seres desencarnados
Uma espécie de indício vem do limiar da morte, a experiência de morte. As experiências de visões comunicadas psiquicamente a parentes e amigos por pessoas à beira da morte vêm sendo registradas desde 1889, quando Henry Sidgwick e seus colaboradores iniciaram cinco anos de compilação de um Censo das Alucinações, sob os auspícios da British Society for Psychical Research. Sidgwick descobriu que um número significativo das alucinações relatadas envolvia pessoas que estavam morrendo a uma distância considerável do indivíduo que alucinava, e ocorria num prazo de 12 horas da morte.
Mais conhecidas, evidentemente, são as experiências de quase-morte (EQMs), nas quais o indivíduo sobrevive e se recorda de sua experiência. Nas EQMs, nós encontramos uma confirmação de algumas das crenças religiosas de diversas culturas; quem teve a experiência frequentemente descreve uma passagem por um túnel que leva a um outro mundo, guiada, muitas vezes, por uma conhecida figura espiritual da tradição da pessoa ou por um parente morto.
Tanto nas visões no leito de morte quanto nas experiências de quase-morte, o indivíduo parece transcender a situação de morrer, que, afinal, é frequentemente dolorosa e desconcertante. O indivíduo parece experimentar um domínio de consciência “feliz”, diferente do domínio físico da experiência comum.
A felicidade ou a paz comunicadas telepaticamente nas visões no leito de morte sugerem que a experiência da morte é um profundo encontro com a consciência não-local e com seus diversos arquétipos. Na comunicação telepática de uma experiência alucinatória, a identificação com o corpo que está padecendo e morrendo ainda é claramente muito forte. Mas a subsequente libertação dessa identificação permite uma comunicação integral da felicidade da consciência do eu quântico, que está além da identidade-ego.
Que as experiências de quase-morte são encontros com a consciência não-local e seus arquétipos é algo confirmado por dados diretos. Uma nova dimensão da pesquisa sobre a EQM demonstra que uma EQM pode levar a uma profunda transformação no modo de vida do sobrevivente da experiência. Muitos deles, por exemplo, deixam de sentir o medo da morte que assombra a maior parte da humanidade.
Qual é a explicação para a imagética específica descrita pelos que passaram pela EQM? As imagens vistas – personagens espirituais, parentes próximos como os pais ou os irmãos – são claramente arquetípicas. Podemos aprender alguma coisa comparando as experiências dos indivíduos com sonhos, uma vez que o estado que eles experimentam é semelhante ao estado onírico: sua identificação com o corpo se reduz e o ego deixa de ficar monitorando e controlando.
Dados sobre reencarnação
Os indícios em favor da memória reencarnacional são obtidos principalmente a partir dos relatos de crianças que se lembram de suas vidas passadas com detalhes passíveis de comprovação. O psiquiatra Ian Stevenson acumulou uma base de dados de cerca de duas mil recordações reencarnacionais comprovadas. Em alguns casos, ele chegou a levar as crianças aos lugares das vidas passadas de que se lembravam para comprovar suas histórias. Mesmo sem jamais terem estado nesses lugares, as crianças os reconheciam e conseguiam identificar as casas em que tinham vivido. Às vezes reconheciam até mesmo membros de suas famílias anteriores. Em um caso, a criança lembrou-se de onde havia algum dinheiro escondido, e, de fato, encontrou-se dinheiro ali. Os detalhes sobre esses dados podem ser encontrados nos livros e artigos de Stevenson. Um dos modos de se comprovar nosso modelo atual – de que a memorização reencarnacional ocorre numa idade muito precoce, por meio de uma comunicação não-local com o eu à beira da morte da vida anterior – seria verificar se os adultos são capazes de se lembrar de experiências de vidas passadas, quando submetidos à regressão à infância.
Dados sobre entidades desencarnadas
Até aqui, falamos sobre dados que envolvem experiências de pessoas na realidade manifesta. Mas existem outros dados, muito controversos, a respeito da sobrevivência depois da morte nos quais uma pessoa viva (normalmente um médium ou canalizador em estado de transe) alega se comunicar com uma pessoa, e falar por ela, que já morreu há algum tempo e aparentemente habita um domínio além do tempo e do espaço. Isso sugere não apenas a sobrevivência da consciência depois da morte como também a existência de uma mônada quântica sem corpo físico.
Como um médium se comunica com uma mônada quântica desencarnada? A consciência não é capaz de provocar o colapso de ondas de possibilidade numa mônada quântica isolada, mas, se a mônada quântica desencarnada entrar em correlação com um ser material vivo (o médium), o colapso pode ocorrer. Os canalizadores são as pessoas que possuem um talento especial e disposição para atuar nessa qualidade.
O fenômeno da escrita automática também pode ser explicado em termos de canalização. As ideias criativas e as verdades espirituais estão disponíveis para todos, mas o acesso a elas requer uma mente preparada. Como o profeta Maomé foi capaz de escrever o Corão, mesmo sendo praticamente analfabeto? O arcanjo Gabriel – uma mônada quântica – emprestou a Maomé, por assim dizer, uma mente. A experiência também transformou Maomé.
Anjos e devas
Em todas as culturas existem concepções de seres correspondentes ao que, no cristianismo, se denomina anjos. Os devas são os anjos do hinduísmo. Em geral, os anjos, ou devas, pertencem ao reino transcendente e arquetípico do corpo temático, o que Platão chamava de reino das ideias, e são desprovidos de forma. São os contextos aos quais nós damos forma em nossos atos criativos. Mas, na literatura, e mesmo nos tempos modernos, também existem anjos percebidos pelas pessoas como auxiliadores (como Gabriel, que auxiliou Maomé). Na linguagem de nosso modelo, esse tipo de anjo poderia ser uma mônada quântica desencarnada cuja participação no ciclo de nascimento e renascimento já terminou.
Notas
(1) De acordo com o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, o monismo é uma “concepção que remonta ao eleatismo grego (antigo sistema filosófico da escola de Eleia, que só admitia duas espécies de conhecimentos: os que provêm dos sentidos e são apenas ilusão, e os que provêm do raciocínio e são os únicos verdadeiros) segundo a qual a realidade é constituída por um princípio único, um fundamento elementar, sendo os múltiplos seres redutíveis em última instância a essa unidade”. (N. da R.)
(2) Saliente-se que F. A. Wolf (1996) elaborou um modelo de sobrevivência depois da morte dentro do próprio paradigma materialista. Em sua teoria, no entanto, há várias hipóteses que talvez não sejam viáveis; seu modelo de sobrevivência, por exemplo, é válido somente se o universo vier a terminar num big-crunch.
Serviço
Este artigo é um excerto do capítulo “A Ciência e o Espírito da Reencarnação” do livro “A janela visionária – Um guia para a iluminação por um físico quântico”, de Amit Goswami, publicado no Brasil pela Editora Cultrix.