Aṣeláàkàyè, ìṣeìrírí àti ìṣeàgbéwò.
Racionalismo, empirismo e criticismo.
1- Aṣeláàkàyè (Racionalismo): René Descartes.
Para o racionalismo, a razão é a fonte principal do conhecimento. O conhecimento sensível é considerado enganador. Por isso, as representações da razão são as mais certas e as únicas que podem conduzir ao conhecimento logicamente necessário e universalmente válido.
A razão é capaz de conhecer a estrutura da realidade a partir de princípios puros da própria razão. A ordenação lógica do mundo permite compreender a sua estrutura de forma dedutiva. O racionalismo segue, neste aspecto, o modelo matemático de dedução a partir de um reduzido número de axiomas.
A partir de Descartes, o conhecimento não está mais gravado no mundo, mas seu lugar é na consciência do sujeito pensante enquanto representação e adequação entre a “coisa” (mundo) e o pensamento (o cogito). No racionalismo de Descartes, duvidar é pensar e, também, condição para a existência - penso, logo existo.
A subjetividade em Descartes alcança um status, um grau de autonomia e liberdade para com a realidade exterior, tornando-se, então, o modo privilegiado para pensar o sujeito e também o mundo.
2. Aṣeonirírí, ìṣeìrírí (empirismo): Francis Bacon, John Locke, David Hume.
Para o empirismo, o ponto de partida para a reflexão humana está em considerar que todo conhecimento que se refere ao mundo começaria com a experiência, fundando-se na percepção. A experiência é a fonte de todo o conhecimento, mas também o seu limite. Os empiristas negam a existência de ideias inatas, como defendiam Platão e Descartes. A mente está vazia antes de receber qualquer tipo de informação proveniente dos sentidos. Todo o conhecimento sobre as coisas, mesmo aquele em que se elabora leis universais, provém da experiência, por isso mesmo, só é válido dentro dos limites do observável.
Os empiristas reservam para a razão, a função de mera organização de dados da experiência sensível, sendo as ideias ou conceitos da razão simples cópias ou combinações de dados provenientes da experiência. O pensador chama tais regras de associação de ideias, onde as ideias seriam associadas por contiguidade, semelhança e causalidade, transformando a relação de causalidade no principal elemento de todo o conhecimento no que se refere às questões de fato.
3. Ìṣeàgbéwò (criticismo): Kant.
Para o Criticismo todo o conhecimento inicia-se com a experiência, mas este é organizado pelas estruturas a priori do sujeito (espaço-tempo, causalidade, substância e atributos). Segundo Kant, só conhecemos o fenômeno - síntese dos dados da nossa sensibilidade e daquilo que o nosso entendimento produz por si (conceitos). O conhecimento nunca é das coisas "em si", mas das coisas "em nós".
Sobre a questão -"o que podemos conhecer?" Ao contrário dos empiristas, afirmou que a mente humana não era uma "folha em branco", mas constituída por um conjunto de estruturas inatas que recebiam, filtravam, davam forma e interpretavam as impressões externas. Observa-se que o sujeito seria constituído de uma estrutura racional dotada de formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e da razão pura (causalidade, substância e atributos) que indicaria aquilo que o homem poderia ou não conhecer.