quarta-feira, 6 de julho de 2016

Debate

 Ìjiyàn (discussão, debate, controvérsia)
                                                                  

Cultura do estupro

 Àṣà ifipabanilòpọ̀ (cultura do estupro). 


É um contexto no qual o estupro é pervasivo e normalizado devido a atitudes sociais sobre gênero e sexualidade.




A POETISA E O RECADO AO BOLSONARO: “VOCÊ QUE NÃO MOVA SUA PICA PARA IMPOR RESPEITO A MIM




Confira a apresentação e a poesia de Mel Duarte: Verdade seja dita


Verdade seja dita
Você que não mova sua pica para impor respeito a mim.
Seu discurso machista, machuca
E a cada palavra falha
Corta minhas iguais como navalha
NINGUÉM MERECE SER ESTUPRADA!
Violada, violentada
Seja pelo uso da farda
Ou por trás de uma muralha
Minha vagina não é lixão
Pra dispensar as tuas tralhas

Canalha!

Tanta gente alienada
Que reproduz seu discurso vazio
E não adianta dizer que é só no Brasil
Em todos os lugares do mundo,
Mulheres sofrem com seres sujos
Que utilizam da força quando não só, até em grupos!
Praticando sessões de estupros que ficam sem justiça.

Carniça!

Os teus restos nem pros urubus jogaria
Por que animal é bixo sensível,
E é capaz de dar reboliço num estômago já acostumado com tanto lixo

Até quando teremos que suportar?
Mãos querendo nos apalpar?
Olha bem pra mim? Pareço uma fruta?
Onde na minha cara ta estampado: Me chupa?!
Se seu músculo enrijece quando digo NÃO pra você
Que vá procurar outro lugar onde o possa meter

Filhos dessa pátria ,
Mãe gentil?
Enquanto ainda existirem Bolsonaros
Eu continuo afirmando:
Sou filha da luta, da puta
A mesma que aduba esse solo fértil
A mesma que te pariu!

Orin


Orin (cântico, uma cantiga)

Agradecimento









[Agradecer é o que eu quero 1] Em nagô, dizemos "bonbororô, bonbororô; Orixá bobô" - uma espécie de grande saudação a todos aqueles que nos guardam, nos cuidam, nos mantém vivos e nos dão a honra de fazermos parte de algo maior do que nós e cuja importância nos torna igualmente importantes. Gratidão no Candomblé é questão central. Abaixo-me para agradecer, canto para agradecer, danço para agradecer. Eu sou porque o outro é comigo e por meio de mim. As pessoas levam tempo para entender, aprender e dar o devido valor a esses sentidos, porque vivemos na sociedade do "eu sou sozinho", "eu devo ser sozinho", "eu preciso ser sozinho" e, em uma sociedade em que, ser no outro, seria dependência e até fraqueza. Aprendi que não. Aprendi que sou justamente quando posso ser dividindo-me com o outro e no outro. A individualidade, o excesso de eu e o egoísmo exacerbados fragmentam e retiram da vida o seu sentido mais humano, o ser para além de si mesmo. 

Sidnei Barreto Nogueira



Beleza negra

Ẹwà dúdú (beleza negra)

Negra como a noite sem estrelas, mas a noite escura é linda, misteriosa e envolvente, tem sua luz própria! Linda. Gilson Costa