domingo, 25 de maio de 2014

Xamanismo


Àwọn ìyàtọ̀ Láàrin ẹ̀sìn Krístì àti  àwọn ọlọ́run Ti ìbílẹ̀.

As diferenças entre o cristianismo e os deuses indígenas



Àkójópò  Itumò  (Glossário).

Ìwé gbédègbéyò  (Vocabulário)

Àwọn = eles, elas. Indicador de plural.
Ìyàtọ̀ = diferença, distinção.
Láàrin, láààrin = no meio de, entre.
Kristiẹniti, ẹ̀sìn Krístì = cristianismo.
Àti = e. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.
Ọlọ́run = Deus supremo.
Àwọn ọlọ́run, òrìṣà = deuses.
Ti ìbílẹ̀ = indígena.



As diferenças entre o cristianismo e os deuses indígenas

seg, 02/12/2013 - 08:15

Por Antonio J. Pontes

Comentário ao post "Tupã, Jaci e Guaraci também pedem reconhecimento"

Triste História.

O deus dos cristãos aportou cá, há 500 anos, desbancando uma mitologia reinante tão legal.

Esse deus judaico/cristão veio distribuindo folhetos fazendo marketing de alguns assuntos esquizofrênicos, como por exemplo: vendendo a ideia do tal "pecado capital", o surgimento do sofrimento humano e a morte decorrentes, o  filho "salvador dos pecados", que na verdade era esse mesmo deus que precisou inseminar a própria mãe para nascer. Foi citado no panfleto a lorota da serpente falante (que conseguiu ser mais esperta do que o próprio criador dela, mas não digam isso para esse deus, ele é explosivo, poderá enviar outro dilúvio).

Essa mitologia estrangeira trouxe junto o ranço da misoginia peculiar ao colocar a culpa desse desastre criacionista na mulher, ela culpada por ser "originária" do sofrimento humano.

Também é esquisita ao mostrar uma outra face desse deus, a face "boazinha". Depois de tudo que aprontou, resolveu definitivamente nos perdoar, depois de tamanha ineficiência na produção do universo e do homem, enviando-se como filho dele para sofrer por três dias e depois assumir o posto de comandante do universo. Que moral estranha é essa? Ele sabia que ia reviver e "voltar" como todo-poderoso, assim qualquer um de nós faria a mesma coisa.

Na Criação, seguiu um manual em que dizia na capa "Estúpido Design". Ele não deveria estar bem naquele dia.

Vejam só, perdoou-nos por ele ter falhado.

Enfim, chegou, mostrou arrogância e ganhou a batalha mitológica nesse mundo nosso de cá. Piorou a sociedade, e está aí o reflexo.

Somos agora uma cultura temente a um deus esquizofrênico e misógino, que praticou incesto inseminando uma menina virgem casada (a própria mãe), apoiou a escravidão e a chacina de indios nas Américas (para esse deus, índios não tinham alma).

Eis o exemplo de uma mitologia rancenta e cheia de psicopatias, típica daquele povo que inventou esse deus.

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A nossa mitologia indígena é muito mais humana e linda.

Não criou o pecado, não colocou a culpa na mulher de nada, não precisou inventar um motivo para o sofrimento. Não tem estórias de filhas transando com o próprio pai bêbado, a familia que o próprio Deus quis salvar (imagine como eram as outras).

A nossa mitologia não precisou pirar. Nada.

Inclusive uma deusa ajudou o processo de criação, que maravilhoso.

E isso fez com que os indios fossem muito mais saudáveis emocionalmente. Não havia conflitos espirituais, não havia medo, não havia misoginia na mitologia indigena, isso.até chegar o mito do deus maluco do além-mar.

Enquanto isso, os crentelhos daquela misoginia cristã/judaica "se acham", tal como o deus deles.

Sim, "ganhamos a salvação", palmas para esse deus. Só tem um probleminha, a estória ainda não acabou. Ele mesmo disse, antes de morrer, que se não o seguirmos iremos para o inferno, criado especialmente para quem não seguir o egão carente de amor. Mas não nos salvou definitivamente? Então o sofrimento foi em vão? É um deus pirado ou não é?

Renunciem a esse deus maluco antes que seja tarde e voltemos às nossas origens: Tupã e Jaci são muito mais legais.