domingo, 29 de junho de 2014

Interrogação

Ta ni  ó kú fún ọ?
Quem morreu por você?

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)


Tani =  quem. É usado para pessoas e coisas vivas.

Ó = ele, ela.
    
O, ìwọ = você ( sujeito).

Ẹ,  = você ( objeto)

= morrer.

Fún = para, em nome de.








Zumbi, mártir dos Palmares

Os quilombos ou mocambos eram territórios geoestratégicos que resultavam da fuga de negros das senzalas, onde sua mão-de-obra era escrava.O quilombo dos Palmares foi o que obteve maior expansão, longevidade e reputação, existiu entre 1605 e 1694 numa extensão territorial grande na Serra da Barriga - interior do que hoje é o estado de Alagoas -, e contou com uma população de aproximadamente vinte mil quilombolas.








Por Bruno Peron

Hoje há uma pequena cidade de nome União dos Palmares que recorda a história do quilombo naquele território.

Narrado por alguns contadores de histórias como um provável descendente de guerreiros angolanos fortes, Zumbi é certamente considerado o último dos líderes do quilombo dos Palmares. Sua data de nascimento não é precisa, mas se situa no ano de 1655 em território que hoje pertence ao estado de Alagoas. Zumbi liderou o Quilombo dos Palmares desde um motivo emancipatório comunitário que transbordou ao civilizatório nacional. A resistência ecoou do Quilombo dos Palmares aos limites da colônia portuguesa na América do Sul.Palmares esteve vulnerável a ataques dos colonos portugueses com o objetivo de reconquista dos escravos para manter o sistema de exploração colonial. Para isso, relata-se que a capoeira desenvolveu-se entre os afro-descendentes como uma prática de treinamento de resistência contra a opressão dos colonizadores portugueses e da elite crioula sob o manto de uma dança típica africana. A prática da capoeira já existia entre os escravos da colônia, no entanto.

Embora se atribua a culpa dos descaminhos históricos brasileiros à herança colonizadora, os grupos dominantes brasileiros foram os grandes responsáveis por entregar o Brasil aos portugueses e anexá-lo ao sistema econômico do Continente-Sanguessuga. Um destes representantes foi o bandeirante paulista e sicário Domingos Jorge Velho, que, no menor descuido dos livros didáticos de história, pode injustamente inverter o papel do herói.

Ainda que uma proposta de negociação com Palmares tenha vindo de Pedro Almeida, governador da capitania de Pernambuco, Zumbi recusou-a com desconfiança e continuou a resistência. No entender de Zumbi, a condescendência dos quilombolas de Palmares à monarquia portuguesa não resolveria o problema da escravidão na colônia. Zumbi pensava na coletividade. Em 20 de novembro de 1695, porém, Zumbi foi capturado e decapitado. Assim como na posterior história de Antônio Conselheiro e seu messianismo no sertão nordestino, as forças oficiais tentam historicamente cooptar o desenvolvimento de forças alternativas. A própria noção de refugiado em que os quilombolas se enquadraram implica uma organização política outra que elude o risco de depender de políticas oficiais de inclusão social. 

Contudo, os quilombos não se desenvolviam somente com base na população afro-descendente que fugia da opressão das casas-grandes. 

Havia neles também uma minoria de indígenas, mestiços e brancos pobres. Portanto, sua organização sócio-política não era excludente de grupos diferentes dos que foram extirpados de suas famílias na África para ser trazidos como animais de força motriz e trabalhar numa economia em vias de globalizar-se. Por alguma razão estranha, quilombo quer dizer desordem e confusão na Argentina. 

A negociação dos colonos com os quilombolas não traria resultados positivos fora da resistência destes à opressão colonial, assim como o diálogo que o governo colombiano tenta estabelecer com o grupo guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia traria uma paz relativa devido à divergência de ideias. Esta interpretação se deve a que, na primeira situação, os negros não se incluíram na sociedade, mas passaram da escravidão à exclusão, enquanto, na segunda, as propostas revolucionárias alternativas tendem a dar lugar ao consentimento a uma ordem capitalista oficial de controle das pessoas e dos territórios. 


Vinte de novembro é um dia cujas lutas se rememoram como "consciência" de um grupo étnico que sofreu sob o jugo da pretensa superioridade branca. Um feriado comemorativo da braveza e da resistência dos afro-descendentes no Brasil é muito mais digno que o número sufocante de festividades de tantos santos cujo vestígio remanesce dos colonizadores. Por razões que se lhe ocorriam menos na época em que o maior objetivo era libertar todos da opressão dos portugueses, Zumbi virou mártir das lutas atuais de afirmação étnico-racial.


Racismo no Brasil


  Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà ní'lè  Bràsíl.

 Racismo no Brasil.



Ìwé gbédègbéyò ( vocabulário)

Àkójópò ìtúmò ( Glossário).



Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà = racismo


Contração da preposição  e substantivo. Quando a vogal inicial do substantivo não é i, a consoante n da preposição se transforma em l, e a vogal i toma forma de vogal do substantivo posterior. Mas se a vogal do substantivo é i, ela é eliminada. Ní àná ( l'ánàá ). ní ilé (ní'lé)

 = partícula enfática usada na construção de frases, quando o verbo tiver dois objetos, o segundo objeto é precedido por " ní".



 = no, na, em. Usada para indicar o lugar em que alguma coisa está. Indica uma posição estática.

 = ter, possuir, dizer.Transportar carga em um barco ou navio. Ocupar, obter, pegar.

Ni = ser, é.

 = aquele, aquela. Requer alongamento da vogal final da palavra que o antecede somente na fala. Ex.: Fìlà ( a ) nì = aquele chapéu.

Ilè, s. Terra, solo, chão.

Bràsíl = Brasil



Racismo no Brasil


  Olùkó Orlandes.



    Estou muito preocupado com o genocídio das etnias guarani-kaiowá, tupinambá e de jovens negros no Brasil. As balas, deste genocídio, percorrem um longo caminho, que vai de Brasília ( bancadas ruralista e evangélica, justiça federal e presidência da república) até os territórios indígenas e favelas. Neste percurso, as balas são incorporadas nas armas de homens pobres ( pistoleiros e policiais) para assassinar pessoas pobres de outras etnias ( negros e indígenas) e assim, promover os interesses econômicos e políticos de homens ricos e brancos ( latifundiários,agronegócio e burguesia capitalista).



 Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà (Racismo)


1 - RACISMO segundo Carlos Moore



Não é nada mais que um sistema de poder que cria ideologias, que determina onde vão ser concentrados os recursos e como eles serão divididos. O RACISMO é feito, unicamente, para isso. O resto é conversa fiada.




2 - RACISMO segundo Albert Memmi





valorização, generalizada e definitiva, de diferenças biológicas, reais ou imaginárias, em proveito do acusador e em detrimento da vítima, a fim de justificar os seus privilégios ou a sua agressão.








DILMA e CABRAL impõem DITADURA MILITAR no Complexo da MARÉ-RJ

Foto: ESTRAÇALHA LADRÃO QUE NEM PAPEL !

Leia na CartaCapital: http://t.co/xSQCOgHR3t

DILMA e CABRAL impõem DITADURA MILITAR no Complexo da MARÉ-RJ



As mortes de dois soldados estariam sendo vingadas e sua honra lavada com sangue de jovens corpos negros estirados nas escadarias de um morro qualquer no Rio de Janeiro.

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E se as vítimas fossem filhos de empresários, médicos, advogados, engenheiros ou dentistas? E se os territórios de terror fossem na Lagoa ou em Ipanema, no Rio; no Alto de Pinheiros ou em Moema em São Paulo ou na Barra, em Salvador? E se o sangue jorrasse de corpos brancos, a reação social e política a esses números seria a mesma? 



ROLEZINHO: QUANDO O FUNK-   OSTENTAÇÃO TORNA-SE AMEAÇA

Repressão a jovens que marcam encontros nos shoppings revela: no Brasil da Casa Grande, pobres sempre são subversivos quando saem do gueto -- mesmo que para consumir...

Por Eliane Brum, no El Pais / Outras Mídias






Genocídio indígena