sábado, 12 de julho de 2014

Multiverso


Èrò ìjìnlẹ̀ àgbáyé púpọ̀.
Teoria do Multiverso.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Èrò = pensamento.

Ìjìnlẹ̀ = profundidade, intensidade.

Èrò ìjìnlẹ̀ = teoria.

Àgbáyé = mundo, universo.

Púpọ̀ = muito.

Àgbáyé púpọ̀ = multiverso.


                                                                  



Confira as cinco teorias científicas mais plausíveis que sugerem que vivemos em um multiverso:

1 – Universos infinitos
Os cientistas não podem ter certeza sobre a forma do espaço-tempo, mas mais provavelmente, ela é plana (em oposição à esférica) e estende-se infinitamente. Se o espaço-tempo dura para sempre, então deve começar a se repetir em algum ponto, porque há um número finito de formas com as quais as partículas podem ser organizadas no espaço e no tempo.
Então, se você olhar longe o suficiente, encontrará uma outra versão de você – na verdade, versões infinitas de você. Alguns desses “gêmeos” estarão fazendo exatamente o que você está fazendo agora, enquanto outros estarão com uma roupa diferente esta manhã, e outros ainda terão carreiras e escolhas de vida totalmente diferentes.
Como o universo observável se estende apenas até onde a luz teve a chance de chegar nos 13,7 bilhões de anos desde o Big Bang (que seria 13,7 bilhões de anos-luz), o espaço-tempo além dessa distância pode ser considerado o seu próprio universo, separado do nosso. Deste modo, uma multiplicidade de universos deve existir, uns ao lado dos outros, em uma manta de retalhos gigante de universos.
2 – Inflação eterna
Além dos múltiplos universos criados por estender infinitamente o espaço-tempo, outros universos podem surgir a partir de uma teoria chamada “inflação eterna“. A inflação é a noção de que o universo se expandiu rapidamente após o Big Bang, inflando como um balão. Inflação eterna, proposta pela primeira vez pelo cosmólogo Alexander Vilenkin da Universidade Tufts, sugere que alguns bolsões no espaço pararam de inflar, enquanto outras regiões continuam a inflar, dando assim origem a muitos universos isolados em “bolhas”.
Assim, o nosso próprio universo, onde a inflação já acabou, permitindo que estrelas e galáxias se formassem, é uma pequena bolha em um vasto mar de bolhas no espaço, algumas das quais ainda estão inflando. E em alguns desses universos bolhas, as leis e constantes fundamentais da física podem ser totalmente diferentes do que são no nosso, tornando-os muito estranhos para nós.
3 – Universos paralelos
Outra ideia de multiverso que surge da teoria das cordas é a noção de universos paralelos que pairam fora do alcance do nosso, proposta por Paul Steinhardt da Universidade de Princeton (EUA) e Neil Turok do Instituto de Física Teórica em Ontário, Canadá. Vem da possibilidade de muito mais dimensões existirem em nosso mundo, além das três de espaço e uma de tempo que nós conhecemos. Ou seja, mais do que nosso próprio mundo tridimensional, outros espaços tridimensionais podem flutuar num espaço de dimensão superior.
O físico Brian Greene da Universidade de Columbia (EUA) descreve a ideia como a noção de que “o nosso universo é apenas um dos potencialmente numerosos mundos flutuantes em um espaço de dimensão mais elevada, bem como uma fatia de pão dentro de um grandioso pão cósmico”.
Uma variação desta teoria sugere que esses universos não são sempre paralelos e fora de alcance. Às vezes, eles podem bater um no outro, causando repetidos Big Bangs que redefinem os universos novamente.
4 – Universos filhos
A teoria da mecânica quântica, que reina sobre o pequeno mundo das partículas subatômicas, sugere uma outra maneira na qual múltiplos universos podem surgir. A mecânica quântica descreve o mundo em termos de probabilidades, em vez de resultados definitivos. E a matemática desta teoria sugere que todos os resultados possíveis de uma situação realmente ocorrem – em seus próprios universos separados. Por exemplo, se você chegar a uma encruzilhada onde você pode ir para a direita ou para a esquerda, o universo atual dá origem a dois universos “filhos”: um em que você vai para a direita, e outro no qual você vai para a esquerda. “E, em cada universo, há uma cópia sua assistindo um ou outro resultado, pensando – incorretamente – que a sua realidade é a única realidade”, diz Greene.
5 – Universos matemáticos
Os cientistas têm debatido se a matemática é simplesmente uma ferramenta útil para descrever o universo, ou se a matemática em si é a realidade fundamental – nesse caso, nossas observações do universo são apenas percepções imperfeitas de sua verdadeira natureza matemática.
Se este for realmente o caso, então talvez a estrutura matemática específica que compõe o nosso universo não é sua única opção. De fato, todas as possíveis estruturas matemáticas existem como seus próprios universos separados.
“A estrutura matemática é algo que você pode descrever de uma maneira que é completamente independente da bagagem humana”, disse Max Tegmark, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), que propôs esta ideia. “Eu realmente acredito que existe um universo lá fora que pode existir independentemente de mim, e que iria continuar a existir mesmo se não houvesse seres humanos”.[LiveScience]

Bônus: como provar que o multiverso existe

A presença de um “multiverso”, ou seja, vários universos desconectados pode ser possível para explicar a quantidade enorme de energia escura que o nosso universo tem – um assunto polêmico que intriga cientistas do mundo (ou mundos) todo há tempos.
Cerca de 74% do universo parece ser feito de energia escura. Outros 22% parecem ser matéria escura, uma misteriosa forma de matéria que só podemos detectar observando sua força gravitacional. No fim, apenas 4% do nosso universo é composto por coisas que podemos ver e tocar; a matéria comum. Por que essa desigualdade?
Nenhuma outra teoria existente sobre o nosso universo consegue explicar tal fenômeno. Com a teoria do multiverso, essa quantidade de energia não só se torna explicável, como é inevitável.
Outros fenômenos, como a radiação cósmica de fundo e a expansão do universo, também levam a crer na existência de vários universos.
O problema é que ainda não temos como provar que estamos em um multiverso. Se daqui é difícil até encontrar outros planetas, quem diria um inteiro outro universo!
Para calcular como encontrar esse multiverso e como medi-lo, precisamos investir em probabilidades, tentar “chutar” quais serão as características principais dele (como a quantidade de energia escura que ele teria).Para calcular essas probabilidades, é preciso uma medida – uma ferramenta matemática que ajuda na definição dessas probabilidades. Mas encontrar essa medida quando o assunto é o multiverso é muito difícil. Seria como comparar infinitos. “Qual infinito é maior?” parece uma pergunta sem noção.
Nosso universo surgiu do Big Bang, provavelmente um choque entre um universo e outro, e há uma variedade de universos que pode ser produzida dessa forma. Poderíamos usar essas medidas para calcular as probabilidades. Mas aplicar isso na prática é outra história. O problema é que, pra funcionar mesmo, esses cálculos precisariam da quantidade inicial de vácuo no universo – e isso ainda é um mistério.
Segundo o famoso físico Stephen Hawking, uma outra forma de verificar o multiverso seria buscar características na radiação de fundo de micro-ondas que indicassem a colisão de outro universo com o nosso num passado distante.
A radiação cósmica de fundo (CMB, na sigla em inglês) que aparece no universo na frequência mais alta possível de micro-ondas deixa marcas no espaço-tempo. Segundo a teoria dos vários universos, essas marcas foram deixadas após a colisão dos vários universos ao longo de suas existências. Nosso próprio universo, portanto, poderia já ter colidido com um ou mais “vizinhos”.
Para que se possa entender esse mecanismo, os cientistas britânicos fizeram uma comparação com bolhas de sabão. Imagine que cada bolha de sabão é um universo, com suas próprias leis físicas de espaço-tempo. Quando duas bolhas de sabão encostam uma na outra, a área em que elas se tocam torna-se circular. Da mesma maneira, quando dois universos colidem, a radiação CMB resultante do choque também toma forma circular. Essa radiação circular, dessa forma, seria um sinal claro de que dois universos colidiram naquele ponto.
De fato, já foi possível observar a incidência de CMB circulares em certas áreas do espaço, que foram marcadas como indicativos dessa teoria. Não se conseguiu, entretanto, definir um padrão para o aparecimento dessas CMB, que continuam parecendo aleatórias.
O que se buscará a partir de agora, portanto, é ordenar as observações para fortalecer essa teoria. Um satélite da Agência Europeia Espacial, chamado Planck, está no espaço desde 2009, e em 2013 deverá ter respostas mais detalhadas sobre a nova teoria.



sexta-feira, 11 de julho de 2014

Pico do Jaraguá


Jaraguá ni Ọgbà ńlá ti Ìpínlẹ̀ àti agbègbè guaraní.
O Jaraguá é Parque estadual e território guarani.













1 - O Parque Estadual do Jaraguá.

O parque  abriga um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da região metropolitana de São Paulo. É representado pelo icônico morro do Jaraguá, onde está localizado o Pico do Jaraguá, que representa o ponto mais alto da cidade de São Paulo com 1.135 metros de altitude, proporcionando ao visitante um vislumbre inusitado e belo da maior cidade da América Latina.


Localizado na região noroeste da cidade de São Paulo, mais precisamente no bairro do Jaraguá, tem como vizinhos os bairros de Perus, Pirituba e Parque São Domingos, além do município de Osasco.

2 - O JARAGUÁ É GUARANI! CONTRA A REINTEGRAÇÃO DE POSSE NA ALDEIA TEKOA PYAU

A “Justiça” dos brancos decidiu que temos até o 27 de julho para desocupar nossa aldeia Tekoa Pyau, próxima ao Pico do Jaraguá, onde moram mais de 500 dos nossos parentes, a maioria crianças. Por isso, no próximo dia 25/07, nós indígenas guarani-mbya estaremos unidos em frente ao Tribunal Regional Federal com parentes de várias aldeias, rezando e dançando, mostrando toda nossa força para resistir a essa decisão absurda e genocida!

A Terra Indígena Jaraguá, onde está inserida a tekoa pyau, já foi reconhecida pela FUNAI como de ocupação tradicional do nosso povo e cabe ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assinar a Portaria Declaratória que dá continuidade ao processo de demarcação de nossas terras. Sem a demarcação, a terra em que vivemos está pequena demais para poder ensinar nossas crianças a viver do jeito guarani e, ao invés de mandar o Ministro Cardozo assinar, o juiz Clécio Braschi resolveu mandar a polícia pra tirar o pouco que temos.

Por isso, vamos ao TRF na Av. Paulista onde levaremos todas as crianças da aldeia que correm risco de despejo para protocolar desenhos que elas fizeram para o juiz substituto Alessandro Diaferia que deve julgar o recurso apresentado pela FUNAI para reverter essa decisão. Esperamos que vendo as nossas crianças cantando, nossos guerreiros dançando xondaro, e nossos pajés rezando em frente ao seu escritório, o juiz da 2a instância não pense como esse que quis nos exterminar e determine nossa permanência em nossa terra tradicional. 

Compareça você também e mostre que nós não estamos sozinhos!

O Jaraguá é guarani e de lá não sairemos!

Aguyjevete pra quem luta!



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Jaraguá = pico do Jaraguá
Ni = ser, é.
Ọgbà ńlá = parque.

Ọgbà, igbò = Jardim, uma área cercada.

Ńlá = grande.

Ti = de (indicando posse).

Ti Ìpínlẹ̀ = estadual.

Ìpínlẹ̀ = fronteira, demarcação, limite entre duas cidades, Estado. Ex.: SP, PR, MG.

Àti = e 

Agbègbè = território, cidade, lugar, vizinhança.

Guaraní = guarani.




Definições

 Àwọn ìtúmọ̀ tábà, ọmọnìyàn àti amùkòkò
 Definições de cigarro, ser humano e fumante.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Àwọn, wọn = eles, elas. 

Ìtúmọ̀ = tradução, explicação, significado, definição.

Tábà, tábà  tí a fi ewé wè, sàrútò, sìgá = cigarro.

Ọmọnìyàn = ser humano, Homo sapiens.

Àti = e.

Amùkòkò tábà, amùkòkò = fumante.

                                                                                 1. O que é cigarro?
R. O cigarro é um cilindro de papel, com uma brasa numa ponta e um trouxa na outra.
R. O cigarro é uma pequena porção de tabaco seco e picado, enrolado em papel fino ou em palha de milho, destinado ao fumo, sendo que o primeiro é industrializado e o segundo, manufaturado. Os cigarros podem, ou não, dispor de um sistema de filtração, geralmente de fibras de acetato de celulose.














2. O que é o homem?


R. Mamífero primata, bípede, sociável, que se distingue de todos os outros animais pela faculdade da linguagem e pelo desenvolvimento intelectual; ser humano.
R. Animal racional com propensões para futilidades e loucuras. Exemplos de propensões para futilidades: fanatismo religioso, moda e consumismo. Exemplos de propensões para loucuras: destruição do meio ambiente, uso de drogas e guerras religiosas.






1. O que é um fumante ativo?
R. É a pessoa que possui o hábito e o vício de fumar.








Genocídio

Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà àti ìpakúpa ènìyàn mímọ́ ti Ísráẹ́lì ṣòdì sí àwọn mọorílẹ̀-èdè Palẹstínì.

Racismo e genocídio do povo santo de Israel contra os palestinos.

 A suástica do Führer parece ser hoje a bandeira de Israel


























Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà = racismo.

Ìpakúpa = Ato de matar de forma indiscriminada, holocausto.

Àti = e.

Ènìyàn mímọ́ = povo santo.

Ti = de (indicando posse).

Ísráẹ́lì = Israel.

Dojúkọ, lòdì sí, ṣòdì, ṣòdì sí, àìbárẹ́ = contra.

Mọ́ = contra.

Àwọn, wọn = eles, elas. 

Palẹstínì = Palestina.

Ọmọorílẹ̀-èdè Palẹstínì = palestino.


Curso objetivo

A Questão Palestina


Palestina (do original Filistina – “Terra dos Filisteus”) é o nome dado desde a Antiguidade à região do Oriente Próximo (impropriamente chamado de “Oriente Médio”), localizada ao sul do Líbano e a nordeste da Península do Sinai, entre o Mar Mediterrâneo e o vale do Rio Jordão. Trata-se da Canaã bíblica, que os judeus tradicionalistas preferem chamar de Sion.
A Palestina foi conquistada pelos hebreus ou israelitas (mais tarde também conhecidos como judeus) por volta de 1200 a.C., depois que aquele povo se retirou do Egito, onde vivera por alguns séculos.
A Questão Palestina
Mas as sucessivas dominações estrangeiras, começadas com a tomada de Jerusalém (587 a.C.) por Nabucodonosor, rei da Babilônia, deram início a um progressivo processo de diáspora (dispersão) da população judaica, embora sua grande maioria ainda permanecesse na Palestina.
As duas rebeliões dos judeus contra o domínio romano (em 66-70 e 133-135 d.C.) tiveram resultados desastrosos. Ao debelar a primeira revolta, o general (mais tarde imperador) Tito arrasou o Templo de Jerusalém, do qual restou apenas o Muro das Lamentações. E o imperador Adriano, ao sufocar a segunda, intensificou a diáspora e proibiu os judeus de viver em Jerusalém. A partir de então, os israelitas espalharam-se pelo Império Romano; alguns grupos emigraram para a Mesopotâmia e outros pontos do Oriente Médio, fora do poder de Roma.
A partir de então, a Palestina passou a ser habitada por populações helenísticas romanizadas; e, em 395, quando da divisão do Império Romano, tornou-se uma província do Império Romano do Oriente (ou Império Bizantino).
Em 638, a região foi conquistada pelos árabes, no contexto da expansão do islamismo, e passou a fazer parte do mundo árabe, embora sua situação política oscilasse ao sabor das constantes lutas entre governos muçulmanos rivais. Chegou até mesmo a constituir um Estado cristão fundado pelos cruzados (1099-1187). Finalmente, de 1517 a 1918, a Palestina foi incorporada ao imenso Império Otomano (ou Império Turco). Deve-se, a propósito, lembrar que os turcos, e embora muçulmanos, não pertencem à etnia árabe.
Em 1896, o escritor austríaco de origem judaica Theodor Herzl fundou o Movimento Sionista, que pregava a criação de um Estado judeu na antiga pátria dos hebreus.
Esse projeto, aprovado em um congresso israelita reunido em Genebra, teve ampla ressonância junto à comunidade judaica internacional e foi apoiado sobretudo pelo governo britânico (apoio oficializado em 1917, em plena Primeira Guerra Mundial, pela Declaração Balfour).
No início do século XX, já existiam na região pequenas comunidades israelitas, vivendo em meio à população predominantemente árabe. A partir de então, novos núcleos começaram a ser instalados, geralmente mediante compra de terras aos árabes palestinos.
Durante a Primeira Guerra Mundial, a Turquia lutou ao lado da Alemanha e, derrotada, viu-se privada de todas as suas possessões no mundo árabe. A Palestina passou então a ser administrada pela Grã-Bretanha, mediante mandato concedido pela Liga das Nações.
Depois de 1918, a imigração de judeus para a Palestina ganhou impulso, o que começou a gerar inquietação no seio da população árabe. A crescente hostilidade desta última levou os colonos judeus a criar uma organização paramilitar – a Haganah – a princípio voltada para a autodefesa e mais tarde também para operações de ataque contra os árabes.
Apesar do conteúdo da Declaração Balfour, favorável à criação de um Estado judeu, a Grã-Bretanha tentou frear o movimento imigratório para não descontentar os Estados muçulmanos do Oriente Médio, com quem mantinha proveitosas relações econômicas; mas viu-se confrontada pela pressão mundial da coletividade israelita e, dentro da própria Palestina, pela ação de organizações terroristas.
Após a Segunda Guerra Mundial, o fluxo de imigrantes judeus tornou-se irresistível. Em 1947, a Assembléia Geral da ONU decidiu dividir a Palestina em dois Estados independentes: um judeu e outro palestino. Mas tanto os palestinos como os Estados árabes vizinhos recusaram-se a acatar a partilha proposta pela ONU.
Em 14 de maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel, que se viu imediatamente atacado pelo Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano (1ª Guerra Árabe-Israelense). Os árabes foram derrotados e Israel passou a controlar 75% do território palestino. A partir daí, iniciou-se o êxodo dos palestinos para os países vizinhos. Atualmente, esses refugiados somam cerca de 3 milhões.
Os 25% restantes da Palestina, correspondentes à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, ficaram sob ocupação respectivamente do Egito e da Jordânia. Note-se que a Cisjordânia incluía a parte oriental de Jerusalém, onde fica a Cidade Velha, de grande importância histórica e religiosa.
Damos a seguir a cronologia dos principais acontecimentos subsequentes
1947 – A ONU aprova a partilha da Palestina em dois Estados – um judeu e outro árabe. Essa resolução é rejeitada pela Liga dos Estados Árabes.
1948 – Os Judeus proclamam o Estado de Israel, provocando a reação dos países árabes. Primeira Guerra Árabe-Israelense. Vitória de Israel sobre o Egito, Jordânia, Iraque, Síria e Líbano e ampliação do território israelense em relação ao que fora estipulado pela ONU. Centenas de milhares de palestinos são expulsos para os países vizinhos. Como territórios palestinos restaram a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ocupadas respectivamente por tropas egípcias e jordanianas.
1956 – Guerra entre Israel e o Egito. Embora vitoriosos militarmente, os israelenses retiraram-se da Faixa de Gaza e da parte da Península do Sinai que haviam ocupado.
1964 – Criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cuja pretensão inicial era destruir Israel e criar um Estado Árabe Palestino. Utilizando táticas terroristas e sofrendo pesadas retaliações israelenses, a OLP não alcançou seu objetivo e, com o decorrer do tempo, passou a admitir implicitamente a existência de Israel.
1967 – Guerra dos Seis Dias. Atacando fulminantemente em três frentes, os israelenses ocupam a Faixa de Gaza e a Cisjordânia (territórios habitados pelos palestinos) e tomam a Península do Sinai ao Egito, bem como as Colinas de Golan à Síria.
1970 – “Setembro Negro”. Desejando pôr fim às retaliações israelenses contra a Jordânia, de onde provinha a quase totalidade das incursões palestinas contra Israel, o rei Hussein ordena que suas tropas ataquem os refugiados palestinos. Centenas deles são massacrados e a maioria dos sobreviventes se transfere para o Líbano.
1973 – Guerra do Yom Kippur (“Dia do Perdão”). Aproveitando o feriado religioso judaico, Egito e Síria atacam Israel; são porém derrotados e os israelenses conservam em seu poder os territórios ocupados em 1967. Para pressionar os países ocidentais, no sentido de diminuir seu apoio a Israel, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) provoca uma forte elevação nos preços do petróleo.
1977 – Pela primeira vez, desde a fundação de Israel, uma coalizão conservadora (o Bloco Likud) obtém maioria parla mentar. O novo primeiro-ministro, Menachem Begin, inicia o assentamento de colonos judeus nos territórios ocupados em 1967.
A Questão Palestina
1979 – Acordo de Camp David. O Egito é o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel. Este, em contrapartida, devolve a Península do Sinai ao Egito (cláusula cumprida somente em 1982). Em 1981, militares egípcios contrários à paz com Israel assassinam o presidente Anwar Sadat.
1982 – Israel invade o Líbano (então em plena guerra civil entre cristãos e muçulmanos) e consegue expulsar a OLP do território libanês. Os israelenses chegam a ocupar Beirute,
capital do Líbano. Ocorrem massacres de refugiados palestinos pelas milícias cristãs libanesas, com a conivência dos israelenses.
1985 – As tropas israelenses recuam para o sul do Líbano, onde mantêm uma “zona de segurança” com pouco mais de 10 km de largura. Para combater a ocupação israelense, forma-se o Hezbollah (“Partido de Deus”), organização xiita libanesa apoiada pelo governo islâmico fundamentalista do Irã.
1987 – Começa em Gaza (e se estende à Cisjordânia) a Intifada (“Revolta Popular”) dos palestinos contra a ocupação israelense. Basicamente, a Intifada consiste em manisfestações diárias da população civil, que arremessa pedras contra os soldados israelenses. Estes frequentemente revidam a bala, provocando mortes e prejudicando a imagem de Israel junto à opinião internacional. Resoluções da ONU a favor dos palestinos são sistematicamente ignoradas pelo governo israelense ou vetadas pelos Estados Unidos. A Intifada termina em 1992.
1993 – Com a mediação do presidente norte-americano Bill Clinton, Yasser Arafat, líder da OLP, e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, firmam em Washington um acordo prevendo a criação de uma Autoridade Nacional Palestina, com autonomia administrativa e policial em alguns pontos do território palestino. Prevê-se também a progressiva retirada das forças israelenses de Gaza e da Cisjordânia. Em troca, a OLP reconhece o direito de Israel à existência e renuncia formalmente ao terrorismo. Mas duas organizações extremistas palestinas (Hamas e Jihad Islâmica) opõem-se aos termos do acordo, assim como os judeus ultranacionalistas.
1994 – Arafat retorna à Palestina, depois de 27 anos de exílio, como chefe da Autoridade Nacional Palestina (eleições realizadas em 1996 o confirmam como presidente) e se instala em Jericó. Sua jurisdição abrange algumas localidades da Cisjordânia e a Faixa de Gaza – embora nesta última 4 000 colonos judeus permaneçam sob administração e proteção militar israelenses. O mesmo ocorre com os assentamentos na Cisjordânia. Na cidade de Hebron (120 000 habitantes palestinos), por exemplo, 600 colonos vivem com o apoio de tropas de Israel. Nesse mesmo ano, a Jordânia é o segundo país árabe a assinar um tratado de paz com os israelenses.
1995 – Acordo entre Israel e a OLP para conceder autonomia (mas não soberania) a toda a Palestina, em prazo ainda indeterminado. Em 4 de novembro, Rabin é assassinado por um extremista judeu.
1996 – É eleito primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, do Partido Likud (antes denominado Bloco Liked), que paralisa a retirada das tropas de ocupação dos territórios palestinos e intensifica os assentamentos de colonos judeus em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em meio à população predominantemente árabe. O processo de pacificação da região entra em compasso de espera, ao mesmo tempo em que recrudescem os atentados terroristas palestinos. Em Israel, o primeiro-ministro (chefe do governo) é eleito pelo voto direto dos cidadãos.
1999 – Ehud Barak, do Partido Trabalhista (ao qual também pertencia Yitzhak Rabin), é eleito primeiro-ministro e retoma as negociações com Arafat, mas sem que se produzam resultados práticos.
2000 – Israel retira-se da “zona de segurança” no sul do Líbano. Enfraquecido politicamente, devido à falta de progresso no camiho da paz, e também devido às ações terroristas palestinas (não obstante as represálias israelenses), Barak renuncia ao cargo de primeiro-ministro. São convocadas novas eleições, nas quais ele se reapresenta como candidato. Mas o vencedor é o general da reserva Ariel Sharon, do Partido Likud, implacável inimigo dos palestinos. Pouco antes das eleições, começa nos territórios ocupados uma nova Intifada.
2001 – Agrava-se o ciclo de violência: manifestações contra a ocupação israelense, atentados suicidas palestinos e graves retaliações israelenses. Nesse contexto, Yasser Arafat, já septuagenário, parece incapaz de manter a autoridade sobre seus compatriotas ou de restabelecer algum tipo de diálogo com Israel, cujo governo por sua vez mantém uma inflexível posição de força.

Balanço Atual

Até agora, Israel desocupou apenas sete cidades da Cisjordânia (uma oitava foi desocupada parcialmente),
correspondentes a 3% do território cisjordaniano; deste, 24% encontram-se sob controle misto israelense-palestino e 74% permanecem inteiramente ocupados. Em termos demográficos, 29% dos palestinos estão sob a jurisdição exclusiva da Autoridade Palestina. Quanto à Faixa de Gaza, cuja importância é consideravelmente menor, nela permanecem apenas as tropas israelenses que protegem os colonos judeus ali estabelecidos.
Os grandes obstáculos para a implementação do acordo firmado entre Yitzhak Rabin e Yasser Arafat são:
a) A oposição das facções extremistas, tanto palestinas como isralelenses.
b) A posição militarista e intransigente do governo Sharon.
c) O estatuto de Jerusalém Oriental, que os palestinos almejam transformar em sua capital mas que já foi incorporada oficialmente ao território israelense, dentro do conceito de que a cidade de Jerusalém “é a capital de Israel, una e indivisível”.
d) O problema dos 150 000 colonos existentes em Gaza e na Cisjordânia e que se recusam a deixar seus assentamentos.
e) A disputa pelos recursos hídricos do Rio Jordão, pois parte de seu curso (na fronteira entre a Jordânia e a Cisjordânia) ficaria fora do controle de Israel.
f) O território palestino simplesmente não tem como absorver os quase 3 milhões de refugiados que habitavam terras do atual Estado de Israel e que continuam a viver, na maior parte, em precários campos de refugiados espalhados pelo mundo árabe – notadamente no Líbano.
A Questão Palestina
A Questão Palestina

A “Cidade Velha”

A disputada “Cidade Velha”, dentro de Jerusalém Oriental, conta com locais sagrados de três religiões. Os principais são: o Muro das Lamentações, reverenciado pelos judeus como o único remanescente do grandioso Templo de Jerusalém; a Mesquita da Rocha (foto acima), erigida sobre um rochedo de onde, segundo a tradição islâmica, a alma de Maomé ascendeu ao Paraíso; por último, a Igreja do Santo Sepulcro, construída sobre o lugar onde Cristo teria sido sepultado e, de acordo com a crença cristã, ressuscitou no terceiro dia.
Voltar Imprimir Topo



Seleção Brasileira de Futebol.

Ẹgbẹ́ agbábọ́ọ̀lù-ẹlẹ́sẹ̀ ọmọorílẹ̀-èdè Bràsíl.
Seleção Brasileira de Futebol.























Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


Ẹgbẹ́ agbábọ́ọ̀lù-ẹlẹ́sẹ̀ = seleção de futebol.

Ẹgbẹ́ = sociedade, associação, clube, partido. Companheiro, par. Posição, classe.

Agbábọ́ọ̀lù-ẹlẹ́sẹ̀ = futebol.

Ọmọorílẹ̀-èdè Bràsíl = brasileiro, brasileira.


Deslumbramento e humilhação: o jogo Brasil e Alemanha
10/07/2014

O jogo para as semi-finais entre Brasil e Alemanha do dia 8 de julho no grande estádio de Belo-Horizonte significou uma justa vitória da seleção alemã e uma arrasadora e vergonhosa derrota brasileira. Milhões estavam nas praças e ruas de todas as cidades. A atmofera de euforia dos brasileiros, a maioria enfeitados de verde-amarelo, as cores nacionais, não toleraria jamais, sequer por imaginação, semelhante humilhação. E ela caiu como um raio em céu azul.

Vejo duas razões básicas que explicam o resultado final de 7×1 gols em favor da Alemanha. Os alemães, bem como outros times europeus, renovaram as estratégias e as formas de jogar futebol. Investiram, a meu ver, em três pontos básicos: cuidadoso preparo físico dos jogadores para ganharem grande resistência e velocidade; em segundo lugar, preparar craques individuais que pudessem jogar em qualquer posição e correr todo o campo e por fim criar um grande sentido de conjunto. Excelentes jogadores que não pretendem mostrar sua performance individual mas sabem se integrar no grupo formando um grupo coeso, tornam-se fortes favoritos em qualquer competição. Não que sejam invencíveis, pois vimos que, jogando com os USA, a seleção alemã teve grande dificuldade em ganhar. Mas as referidas qualidades foram o segredo da vitória alemã sobre o Brasil.

A grande questão foi a seleção brasileira. Criou-se quase como consenso nacional de que somos a pátria do futebol, que somos ganhadores de 5 copas mundiais, que temos o rei Pelé e craques excepcionais como Neymar e outros. Houve por parte da midia corporativa e das agências de apoio, a criação do mito do “Jogador da Copa”, elevado a herói e quase a um semi-deus. Esta atmosfera de euforia que atendia ao marketing das grandes empresas apoiadoras,, acabaram contaminando a mentalidade popular. Poderíamos perder, mas por pouco. Mas, para a grande maioria, a vitória era quase certa, ainda mais que os jogos estavam se realizando no próprio pais.

Essa euforia generalizada não preparou a população para aquilo que é próprio do esporte: a vitória ou a derrota ou o empate. A maioria jamais poderia imaginar, nem por sonho, que poderíamos conhecer uma derrota assim humilhante. A vitória era celebrada por antecipação. Grave equívoco, em grande parte, induzido pela mídia do oba-oba e da euforia, orquestrada por uma famosa rede de TV e seus comentaristas.

Mas houve também um penoso erro por parte da comissão técnica brasileira. Pelo nosso passado glorioso, ela julgou-se mestra a ponto de pretender ensinar aos outros como deve ser o futebol. Ficou sentada sobre as glórias do passado. Não se renovou.

Enquanto isso, em outros lugares, na Europa, especialmente na Alemanha e na Espanha mas também na América Latina como na Colômbia e em Costa Rica se desenvolvia uma nova compreensão do futebol, criaram-se novas táticas e formas de distribuir as posições dos jogadores em campo. Nada disso foi aproveitado pela comissão técnica brasileira, especialmente seu treinador Luis Felipe Scolari (chamado de Felipão). É uma figura paternal, severa e terna ao mesmo tempo, amada pelos jogadoras e, em geral, respeitada pelo público. Mas é teimoso e persistente em suas fórmulas, boas para o passado, mas inadequadas e questionáveis para o presente. Ele não se deu conta de que o mundo do futebol havia se transformado profundamente, embora tenha trabalhado fora do Brasil.

Não conseguiu duas coisas que permitem entender o fracasso fragoroso da seleção brasileira. Scolari não desestimulou o tradicional e exacerbado individualismo dos jogadores. Cada qual quer mostrar sua boa performance, quer dar o seu show particular, até em vista de eventual contratação por grandes times estrangeiros. Em segundo lugar, não conseguiu criar um grupo coeso com espírito de grupo. Os jogos deveriam colocar  o ênfase no grupo e em seguida nas qualidades específicas de cada jogador. Deixou os jogadores dispersos. Criaram vácuos inadmissíveis no meio do campo. Não souberam marcar os principais craques do time adversário.

Os alemães se deram conta desta fraqueza estrutural da seleção brasileira. Souberam explorá-la com habilidade. Nos primeiros minitos marcaram já o primeiro gol aos 29 minutos do primeiro tempo já era 5 a 0.

Tal desastre futebolístico criou uma espécie de pane na seleção brasileira. Ficou totalmente desnorteada. Falatou-lhe a serenidade diante das dificuldades e deixaram-se tomar pela desorientação. O próprio treinador Felipão Scolari não soube fazer as substitiuições necessárias. Estas ocorreram apenas no segundo tempo.

O jogo parecia uma disputa de um time suburbano e popular enfrentando uma seleção de nîvel internacional. Isso não era o futebol que sempre conhecíamos, cujos dirigentes não quiseram aprender nada dos outros, fechados em sua arrogância. Perdemos por arrogantes e ignorantes.
Tivéssemos 11 Neymares em campo sem um grupo coeso e ordenado, o resultado não seria tão diferente. Perdemos porque jogamos mal e jogamos mal porque não soubemos nos apropriar do novo que se ensaiou fora do Brasil. E não formamos um grupo articulado e versátil.

Sinto, pessoalmente, grande pena dos “brasileirinhos”  que com entusiasmo torceram pela seleção, como bem escreveu o jornalista André Trigueiro. A maioria agora se sente órfã. Aqui, nesse país pluridiverso, com uma população hospitaleira e lúdica, para ela quase nada funciona bem nem a saúde, nem a educação, nem o transporte e nem a segurança. Tirando o carnaval, não somos bons em quase nada, dizem. Mas pelo menos somos bons no futebol. Isso dava ao simples povo o sentido de auto-estima. Agora nem mais podemos apelar para o futebol. Por muitos e muitos anos esta terça-feira sinistra de 8 de julho de 2014 com 7 gols a 1 para a Alemanha nos acompanhará como uma sombra funesta. Mas o povo que suportou já tantas adversidades saberá dar a volta por cima. Ele detem uma resiliência histórica como poucos.

Espero apenas uma coisa: que a elite que, na abertura, vergonhasamente vaiou a Presidenta com palavrões indizíveis não volte a envergonhar o Brasil diante do mundo, quando ela entregar a taça ao vencedor. Como tais elites não costumam  frequentar  os estádios e têm pouco compromisso com o Brasil mas muito mais com seus privilégios serão capazes de renovar este  ato despudorado. Elas apenas mostrariam como se comportam diante do povo e do seu próprio país:com soberano desdém, pois sofrem por não viver em Miami ou em Paris e se sentirem condenadas a  viver acumulando aqui no Sul do mundo.

Menção honrora merece a seleção alemã que foi discreta na celebração e não se prevaleceu sobre uma vitória tão deslumbrante. E o povo brasileiro soube  entender esta atitude  e  lhe reconheceu a dignidade na vitória aplaudindo-a, pois se mostrou realmente melhor.

*Leonardo Boff é  escritor

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ìdánwò méjì

                                                                                                                                                     Ọdún ìkejì: Ìdíyelé ti ìmòye


   

                                                                                                            QUESTÕES DE 1 A 40 GABARITO NO FINAL

QUESTÃO 01

O sujeito ético-moral é somente aquele que preencher os seguintes requisitos:
A) ser consciente de si, mas não precisa reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si
B) saber o que faz, conhecer as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais
C) não precisa controlar interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, deixando-as fluir livremente
D) dizer o que as coisas são, como são e por que são. Enunciar, pois, juízos de fato
E) ser responsável, mas não precisa reconhecer-se como autor da sua própria ação nem avaliar os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros

QUESTÃO – 02

Quando examinamos as virtudes definidas pelo cristianismo, descobrimos que, embora as aristotélicas não sejam afastadas, deixam de ser as mais relevantes. O quadro cristão de virtudes e vícios pode ser assim resumido:
1. Virtudes cardeais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho
2. Pecados capitais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho
3. Virtudes morais: fé, esperança, caridade
4. Virtudes teologais: fé, esperança, caridade Estão corretas apenas as afirmativas:
A) 1, 3 e 4
B) 1, 2 e 3
C) 2, 3 e 4
D) 3 e 4
E) 2 e 4
QUESTÃO – 03

Quais auxílios divinos sem, os quais, a vida ética - na Idade Média - seria impossível?
1. Aos humanos, cabe ignorar a vontade e a lei de Deus, cumprindo somente as leis humanas
2. Considerar que o ser humano é, em si mesmo e por si mesmo, incapaz de realizar o bem e as virtudes. Tal concepção leva a introduzir uma nova ideia na moral: a ideia do dever
3. Por meio da revelação, somente aos reis e governantes Deus tornou sua vontade e sua lei manifestas aos seres humanos, definindo eternamente o bem e o mal, a virtude e o vício, a felicidade e a infelicidade, a salvação e o castigo
4. Deve-se obedecer, obrigatoriamente e sem exceção, à lei divina revelada São corretas apenas os auxílios
A) 1, 3 e 4
B) 1, 2 e 3
C) 2, 3 e 4
D) 3 e 4
E) 2 e 4
QUESTÃO 04

39) O estoicismo, que desde o seu início propôs ao homem submeter sua conduta a uma razão correta, mesmo que isso lhe trouxesse sofrimento e dor, tem um histórico de seguidores que desde a antiguidade exaltam as virtudes dessa proposta filosófica. Das afirmativas abaixo sobre essa linha filosófica, apenas uma é falsa. Assinale-a:
a) A felicidade é entendida como estabilidade e segurança.
b) O homem deve viver de acordo com a lei racional da natureza e sentir-se indiferente em relação a tudo que é externo ao ser.
c) Defender e exaltar a ética e a virtude pela virtude - fazer o bem porque isso é bom e resulta em coisas melhores.
d) Defender a busca incansável do prazer de realizar coisas boas e desfrutá-las.
QUESTÃO 05

A Ética, como área de investigação filosófica, possui categorias, problemas e métodos próprios que a caracterizam como uma área de saber autônoma. Marque a alternativa FALSA em relação a uma caracterização adequada da ética como disciplina filosófica.
a) "A ética é indiretamente normativa, na medida em que sua atividade reflexiva não visa orientar os indivíduos em ações concretas em casos concretos, mas refletir sobre as diferentes morais e as diferentes maneiras de justificar racionalmente a vida moral, ou seja, orienta o agir de forma indireta".
b) "A ética é um saber essencialmente normativo, ou seja, pretende orientar as ações dos seres humanos. Daí porque a ética, como área da filosofia, tem uma incidência imediata na vida cotidiana, não podendo se furtar a uma normatividade direta, apontando as regras para o agir de cada um individualmente".
c) "A tarefa da ética é esclarecer reflexivamente o campo da moral, explicando o fenômeno da moralidade, dando conta racionalmente dessa dimensão humana, sem reduzi-la a seus componentes psicológicos, sociológicos e econômicos, dentre outros".
d) "A ética não permanece neutra diante de diferentes códigos morais que existiram ou existem. A neutralidade não é própria dos métodos e objetivos próprios da investigação ética, mas ela não pode nos levar a recomendar um único código moral como racionalmente preferível. Em função da complexidade do fenômeno moral e da pluralidade dos modelos de racionalidade e de métodos e enfoques filosóficos, o resultado da investigação ética tem que ser necessariamente plural e aberto".
e) "A Metaética, como parte da investigação ética, é uma metalinguagem que se ocupa em esclarecer os problemas linguísticos e epistemológicos da ética, ou seja, busca discernir a cientificidade, suficiência, aspectos formais, a situação epistemológica, etc., da linguagem ética".
QUESTÃO 06

Um dos problemas centrais da Ética como disciplina filosófica é a fundamentação da moral. Sobre essa questão, marque a alternativa FALSA.
a) "As teorias éticas são, ao final das contas, esforços de investigação da possibilidade de fundamentação da moral, e em que medida disso ela é tal, ou seja, apontar uma forma racional, dar razões para a moralidade. Entretanto, isso não significa dizer que toda teoria ética aponte a razão como fundamento da moralidade".
b) "O cientificismo não recusa uma fundamentação racional para a moral, pois prescreve que não há uma separação entre fatos e valores. A neutralidade axiológica própria da ciência, conforme Max Weber, permite que os valores possam ser captados na sua objetividade".
c) "Na perspectiva do racionalismo crítico de K. Popper e H. Albert, qualquer esforço de fundamentação última da ética vai fracassar porque termina por cair no Trilema de Münchaussen (Regresso infinito, Círculo lógico e Decisionismo). Para eles, essa impossibilidade da fundamentação última da moral faz com que esta seja, ao final, ancorada no dogmatismo que encobre a decisão de colocar um princípio arquimédico imune a toda crítica".
d) "O pensamento débil ou pós-moderno rejeita a possibilidade de fundamentar a moral porque considera que a tradição filosófica foi vítima de um engano centrado na epistemologia. Não é possível uma razão totalizante, que forneça uma metanarrativa que integre os diversos aspectos do real. A razão é frágil, débil, própria da finitude de nossa condição. Valores éticos universais são formas de mascaramento da vontade de poder totalizante".
e) "O etnocentrismo ético defende que só podemos justificar uma decisão moral para aqueles que compartilham uma determinada forma de vida, porque só eles podem nos entender. Além disso, a objetividade da moral como uma verdade universal acima das contingências históricas e geográficas é uma forma de encantamento que dificulta o consenso social de nossas sociedades democratas liberais".
QUESTÃO 07
A crise ecológica se tornou um problema fundamental da vida social, política e moral contemporânea, obrigando a reflexão humana alçar o voo para questões antes intocadas pela tematização filosófica e passando a incluir novas abordagens éticas. Sobre as relações entre ética filosófica e ecologia, encontramos as seguintes afirmações:
I. "O que se chama ética, tanto quanto normas, leis e ordenamentos sociais de todo tipo, revela o quanto é dramático lidar com as diferenças e os interesses, suprir necessidades e, ao mesmo tempo, instituir uma vida de não-violência, ou seja, a sociabilidade do humanus. Tal situação nunca prescindiu do que se chama natureza ou ambiente, pois não há vida humana sem habitat, sem ecologia, ou seja, relações e condições biológicas, alimentares, culturais, políticas, religiosas, econômicas, ...".
II. "Ética ambiental é um campo relativamente novo da Ética filosófica preocupada em descrever os valores possuídos pelo mundo natural não-humano e em prescrever uma resposta ética apropriada para assegurar a preservação e restauração desses valores. Essa preocupação urgente origina-se especialmente em função das ameaças à natureza postas em grande escala pelos humanos".
III. "A maior parte da reflexão filosófico-ambiental contemporânea é marcada pela leitura da história da ética como uma história de ampliação crescente do respeito moral, ou seja, de estender a consideração moral aos animais, plantas, espécies, ecossistemas e à própria Terra".
IV. "Uma ética com consideração forte pela ecologia não exige para sua formulação qualquer alteração do paradigma cartesiano-baconiano que demarcou a dominação do homem sobre a natureza e que permitiu a aquele o progresso científico-tecnológico que alargou o conhecimento dos seres e ambientes".
V. "O planejamento e administração hoje não podem mais suprimir a base ambiental e o modus civilizatório, assim como não poderão mais prescindir de uma ética do futuro. (...) As éticas anteriores não contemplaram a dinâmica de mutação e a exclusão inerentes à sociedade tecnoindustrial. Tem seus parâmetros inócuos e, muitas vezes, trazem em seu bojo as disposições profundas dos riscos da razão instrumental e egológica hegemônica. São por vezes éticas individualizadas e que não conseguem pensar os sujeitos e os objetos não-humanos, ou pensar a longo prazo, ou ainda pensar a globalização como ela se impõe hoje".
Marque a alternativa FALSA no tocante a uma caracterização pertinente da tematização da crise ecológica pela ética filosófica.
a) Todas as afirmações são falsas.
b) A afirmação IV é verdadeira.
c) Todas as afirmações são verdadeiras.
d) As afirmações I, II, III e V são verdadeiras.
e) As afirmações I, II, III e IV são verdadeiras.
QUESTÃO 08
O século XX testemunhou uma ampliação notável do campo da moralidade ao incluir entre o rol de objetos de consideração ética os animais. A ética animal se tornou objeto de debate filosófico significativo. Sobre essa temática, analise as considerações abaixo:
I. "O modo correto de entender o lugar dos animais, e que tem sido corrente por séculos, possui diversas fontes, incluindo o pensamento judaico-cristão e argumentos de diferentes filósofos. Todos compartilham a posição de que a natureza e os animais existem para ser de usufruto do homem, instrumentos para ação humana. O animal é um recurso que humanos podem dispor naquilo que eles se adequam: um animal é comida, alimento ou objeto para brincadeiras - algo que tem valor apenas instrumental".
II. "O movimento de libertação animal argumenta que existe, na verdade, uma tirania do humano sobre animais não-humanos. Essa tirania causou e ainda causa hoje uma quantidade de dor e sofrimento que só pode ser comparado com aquela que resultou dos séculos de tirania dos homens brancos sobre os homens negros".
III. "Muitas organizações estabelecidas de proteção aos animais são ainda consistentes com a perspectiva tradicional da prioridade do interesse humano sobre o dos animais não-humanos, ao se oporem ao sofrimento dos animais somente quando fosse gratuito ou arbitrário. Para o movimento da libertação animal, tal visão é, na verdade, ainda uma forma de "especismo". Eles arguem que todos os seres sencientes tem interesses, e que devemos dar igual consideração a seus interesses, sem olhar se são membros de nossa espécie ou de outras espécies".
IV. "Em qualquer exploração séria sobre valores ambientais ou dos animais, uma questão central será se existe alguma coisa que, para além dos seres humanos, tem valor intrínseco. As reflexões éticas desenvolvidas por ecologistas e defensores dos animais se voltam justamente para esse problema, sustentando que seres sencientes são merecedores de algum grau de respeito ou consideração moral por serem portadores de valor intrínseco - embora alguns teóricos busquem estender o valor intrínseco para além dos seres sencientes".
V. "A partir do princípio da sensibilidade [senciência], a ética reconhece o direito ao respeito moral a todos os seres capazes dos sentimentos de dor e prazer. Não podemos argumentar sobre o valor moral dos animais a partir do que eles não podem ter: raciocínio e fala. Essa constatação nos ajuda simplesmente a afirmar que eles não são seres humanos; isso nada afirma dos animais, só nega; a negação está certa: os animais não pensam e não falam. Mas o que os define? A resposta é: eles são seres sensíveis à dor e ao prazer. A sensibilidade é essencial para o animal como a razão o é para o homem".
Com base nas considerações acima, marque a alternativa FALSA no tocante a uma caracterização consistente da posição pró-ativa a uma ética animal.
a) As afirmações I, IV e V são falsas.
b) Todas as afirmações são verdadeiras.
c) As afirmações II e III são falsas.
d) A afirmação I é verdadeira.
e) Todas as afirmações são falsas.

QUESTÃO 09
Sabemos hoje que a política faz parte das nossas vidas. Aristóteles afirmava que "o homem é por natureza um animal político".
Com a afirmação o filósofo pretendia ensinar que:
a. ( ) o ser humano necessita das instâncias políticas para sobreviver em segurança.
b. (  ) o ser humano tem necessidade de viver com os seus semelhantes.
c. ( ) os filósofos, apesar de humanos, deveriam governar as cidades, pois sábios e justos.
d. ( ) os atrativos pelo poder são naturais e inerentes ao ser humano, animal político.
e. ( ) a política envolve relacionamentos humanos e a necessidade de controles sociais.
QUESTÃO 10
Com relação à Filosofia Medieval, é correto afirmar:
a. ( ) Buscava fundamentar a razão através da fé.
b. (  ) Foi marcada pelo dualismo entre fé e razão.
c. ( ) Comprovava que a existência de Deus somente poderia ser comprovada pela fé.
d. ( ) Condenava a punição dos cidadãos, pois eram imagem e semelhança de Deus.
e. ( ) Identificava a incompatibilidade entre fé e razão na busca do conhecimento.
QUESTÃO 11

Sobre a filosofia Escolástica, pensamento desenvolvido entre os séculos IX e XV, é correto afirmar:
a. ( ) Os escolásticos tentavam eliminar da filosofia as influências dos pensadores gregos.
b. ( ) Os textos bíblicos fundamentavam as reflexões filosóficas dos escolásticos.
c. ( ) Os escolásticos priorizavam nas escolas monacais os métodos elaborados por Platão.
d. (  ) Seus filósofos se preocupavam em elaborar uma filosofia cristã.
e. ( ) Preocupados com os conhecimentos teológicos, os escolásticos menosprezavam as artes liberais.
QUESTÃO 12

Para Heidegger "a essência do ser-aí reside em sua existência, isto é, no fato de ultrapassar, de transcender, de ser originariamente ser-no-mundo". Assinale a alternativa que expressa o pensamento de "existência humana" do autor:
a) O fim das ações humanas (individuais e coletivas) consiste na busca da felicidade através do exercício da virtude.
b) A existência não é uma das divisões do ser humano e não se opõe a essência.
c) Enquanto os entes (ser que existe) são fechados em seu universo circundante, o homem é, graças a linguagem, o ser.
d) A essência precede a existência e a liberdade é a existência do homem
QUESTÃO 14

Filósofo, matemático e fisiologista, o francês René Descartes é considerado o pai da matemática e da filosofia moderna. Em 1637, publica três pequenos tratados científicos: A Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria, mas o prefácio dessas obras é que faz seu futuro reconhecimento: o Discurso sobre o método. O propósito inicial era encontrar um método seguro que o conduzisse a verdade indubitável. Assinale a opção correta quanto as quatro regras básicas do método.
A) 1º Da dúvida/evidência / 2º Da divisão/simplificação / 3º Revisão/exatidão/ 4º Do ordenamento/enumeração
B) 1º Princípio: Da dúvida/evidência / 2° consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver. 3º Princípio: do ordenamento/enumeração / 4° consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir.
C) 1° Nunca aceitar coisa alguma por verdadeira, sem que a conhecesse evidentemente como tal/ 2° consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros/ 3º Princípio: Da divisão/simplificação / 4º Princípio: Revisão/exatidão.
D) 1° Consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir / 2º Da divisão/simplificação / 3º Revisão/exatidão / 4° consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros.
E) 1º Da dúvida/evidência/ 2° consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver/ 3º Da divisão/simplificação / 4º Do ordenamento/enumeração.
QUESTÃO 15
No texto:
"(...) por "democracia" se entende um conjunto de regras (as chamadas regras do jogo) que consentem a mais ampla e segura participação da maior parte dos cidadãos, em forma direta ou indireta, nas decisões que interessam à toda a coletividade."
BOBBIO, Norberto. Qual socialismo? - discussões de uma alternativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. P. 55-6.
Tendo em vista os assuntos abordados no texto, bem como as noções de democracia e política, assinale a opção correta.
A) Na democracia grega, há três pilares: igualdade, liberdade e participação.
B) Na democracia, o cidadão não perde o poder, apenas o transfere provisória e rotativamente aos seus representantes, além de que não perde o direito - e o dever - da participação ativa, inclusive de discordar e criticar.
C) Em uma democracia social, embora as pessoas sejam diferentes e participem de grupos diversos, ninguém pode ser discriminado devido às suas posses, ao gênero ou à etnia a que pertence, à sua crença ou à orientação sexual.
D) A democracia brasileira é direta e não representativa. No entanto, o plebiscito, o referendo e os projetos de iniciativa popular são institutos que oferecem oportunidades de menor participação da sociedade civil.
E) No século V a.C, a escolha dos políticos era feita por sorteio, para que qualquer um pudesse ser alternadamente "governante e governado", sendo portanto uma democracia direta.
QUESTÃO 16

A respeito da relação entre livre-arbítrio, determinismo e liberdade situada, assinale a opção incorreta.
A) Na Grécia Antiga, a liberdade era exercida na vida publica, no espaço da polis, em que os cidadãos livres faziam política.
B) O mundo explicado pelo determinismo é o da contingência, ou seja, o que pode ser de um jeito ou de outro, e não o da necessidade.
C) A noção de livre arbítrio permaneceu na história, principalmente na tradição cristã, influenciando pensadores da filosofia moderna como Descartes e Kant.
D) Na liberdade situada reconhecemos como seres determinados mas igualmente livres, ou seja, a liberdade é construída na ação, na pratica, conforme os desafios que se apresentam
E) Livre arbítrio é a faculdade que tem o individuo de determinar, com base em sua consciência apenas, a sua própria conduta.

QUESTÃO 17
Ao examinarmos o pensamento filosófico dos antigos, veremos que nele a ética afirma alguns princípios da vida moral. Em relação aos princípios, é incorreto afirmar que:
A) Nenhuma das alternativas abaixo
B) A virtude é uma excelência alcançada pelo caráter.
C) A conduta ética é aquela na qual a gente sabe o que está e o que não está em seu poder realizar
D) Não se pode deixar arrastar pelas circunstancias nem pelos instintos
E) Pela conduta virtuosa alcançamos o bem e a felicidade
QUESTÃO 18
Ao pensar em como a coação poderia contribuir para a liberdade, Kant estabeleceu um imperativo no sentido de que a restrição da liberdade de cada indivíduo se harmonizasse com a liberdade de todos os outros, segundo uma lei universal da liberdade. Esse imperativo é o
A) categórico da ética, que é hipotético.
B) do direito.
C) da moral, que é hipotético e categórico ao mesmo tempo.
D) da coisa em si.
QUESTÃO 19
A filosofia patrística (Século I ao Século VII d.C.) refere-se à predominância do pensamento cristão em relação à tradição de pensamento antigo. Os filósofos desse período introduziram novas concepções à medida que intencionavam defender a evangelização e a própria religião cristã. Desse modo, uma das concepções trazidas por eles foi a ideia de
A) um Deus Demiurgo (artífice) responsável pela criação e manipulação da realidade.
B) criação a partir do nada, contradizendo a visão da antiguidade que supunha a geração de todas as coisas.
C) divindade representando a potencialização das virtudes humanas, apresentando-se como modelo de perfeição.
D) livre arbítrio possibilitando entender a vontade de Deus como semelhante à vontade dos homens.
QUESTÃO 20
Sobre a Filosofia Contemporânea, quais correntes filosóficas NÃO correspondem a esse período?
a) Idealismo de Hegel; Positivismo de Comte.
b) Racionalismo Cartesiano; Empirismo de Francis Bacon.
c) Pragmatismo de Charles S. Peirce; Neokantismo de Hermann Cohen.
d) Fenomenologia de Husserl; Martin Haidegger.
e) Marxismo de Gramsci; Estruturalismo de Claude Lévi-Strauss.
QUESTÃO 21

"Moral (mos, moris, "costume"): conjunto de normas livre e conscientemente adotadas que visam a organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em vista o bem e o mal; conjunto dos costumes e valores de uma sociedade, com caráter normativo (regras do comportamento das pessoas em grupo)".
(ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). Sobre a moral, é CORRETO afirmar que:
a) o estudo da moral deixa de ser uma questão de cunho filosófico passando a ser objeto de estudo da teologia.
b) a moral não estabelece regras para a vivência em sociedade.
c) a moral se reduz a um conjunto de normas, regras e valores que são adquiridas através da herança e recebidas pela tradição.
d) através da reflexão crítica, o sujeito tende a colocar a moral e os valores vigentes em questão, questionando-os e criticando-os.
e) não é possível compreender a moral através do seu caráter histórico e social, pois a ideia de moral sempre foi a mesma ao longo do tempo histórico.
QUESTÃO 22
"Ética (ethos, "costume"): parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral" (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). De acordo com Aranha, sobre os conceitos de ética e moral é INCORRETO afirmar que:
a) a moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca e transgride as regras morais.
b) apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes.
c) a ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral.
d) a ética também é conhecida como filosofia moral.
e) os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença.
QUESTÃO 23

Em relação à filosofia moral, é INCORRETO afirmar que:
a) uma ação amoral é considerada como uma ação idêntica à ação moral.
b) a moral apresenta um caráter pessoal, sendo assim, pode ser subjetiva.
c) os aspectos normativos da moral são as normas de ação, as regras que enunciam o "deve ser".
d) o ato moral é constituído pelos aspectos normativos e factuais.
e) a moral apresenta um caráter social.

QUESTÃO 24

A Filosofia Contemporânea, formada a partir do século XIX, apresenta novos objetos a serem discutidos. Das alternativas abaixo, qual NÃO corresponde ao período da Filosofia Contemporânea?
a) Patrística e Escolástica.
b) História e progresso.
c) A cultura.
d) Ciências e técnicas.
e) Ideais políticos revolucionários.

QUESTÃO 25
Sobre as concepções éticas, é INCORRETO afirmar que:
a) a moral iluminista defendia a formação de uma moral religiosa.
b) para Kant, o agir moralmente se funda na razão.
c) para Karl Marx, apenas em sociedades fraternas é possível o surgimento de uma moral autêntica.
d) Nietzsche critica toda a moral fundada pela razão.
e) com os iluministas, a moral se torna laica, secularizada.

QUESTÃO 26 (Ìbèèrè)

Descartes inicia sua obra filosófica fazendo um balanço de tudo o que sabia, ao final, conclui que tudo quanto aprendera tudo quanto sabia e tudo quanto conhecera pela experiência era duvidoso e incerto e acaba não aceitando nenhum dos conhecimentos aprendidos, a menos que pudesse provar racionalmente que eram certos e dignos de confiança. Enfim, submete todos os conhecimentos existentes em sua época e os seus próprios a um exame crítico que ficou conhecido como:
A) Dúvida metódica.
B) Dúvida socrática.
C) Dúvida existente.
D) Dúvida filosófica.
E) Dúvida científica.

Questão 27

Qual das frases a seguir pode ser considerada como fruto do imperativo categórico?
a) Toda vez que uma pessoa cometer um erro, não devo compreendê-la.
b) Quando for ofendido, devo me vingar.
c) Sempre que precisar, agirei com falsidade.
d) Darei esmolas sem pensar.
e) Quando eu falar, não devo mentir.

Questão 28

Assinale a frase que contém um imperativo hipotético.
a) Não matarás.
b) Se eu quiser um bom emprego, devo fazer faculdade.
c) Se abrir, feche.
d) O homem sábio sabe ouvir.
e) A liberdade é o direito de fazer o que se quer.

Questão 29

Qual das atitudes que pode aumentar a nossa liberdade?
a) Estudar e estimular as faculdades do intelecto.
b) Criar um plano em que a moral possa ficar de fora.
c) Abandonar os estudos.
d) Diminuir a liberdade dos outros.
e) Viver isolado da sociedade.

Questão 30

Leia o texto a seguir.
Na Primeira Secção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant analisa dois conceitos fundamentais de sua teoria moral: o conceito de vontade boa e o de imperativo categórico. Esses dois conceitos traduzem as duas condições básicas do dever: o seu aspecto objetivo, a lei moral, e o seu aspecto subjetivo, o acatamento da lei pela subjetividade livre, como condição necessária e suficiente da ação.
(DUTRA, D. V. Kant e Habermas: a reformulação discursiva da moral kantiana. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 29.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria moral kantiana, é correto afirmar:
a) A vontade boa, enquanto condição do dever, consiste em respeitar a lei moral, tendo como motivo da ação a simples conformidade à lei.
b) O imperativo categórico incorre na contingência de um querer arbitrário cuja intencionalidade determina subjetivamente o valor moral da ação.
c) Para que possa ser qualificada do ponto de vista moral, uma ação deve ter como condição necessária e suficiente uma vontade condicionada por interesses e inclinações sensíveis.
d) A razão é capaz de guiar a vontade como meio para a satisfação de todas as necessidades e assim realizar seu verdadeiro destino prático: a felicidade.
e) A razão, quando se torna livre das condições subjetivas que a coagem, é, em si, necessariamente conforme a vontade e somente por ela suficientemente determinada.

Questão 31

"O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)
   
     Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:

 a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.
 b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.
 c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de auto-conservação.
 d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
 e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

Questão 32

“Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si.” (WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes afirmativas:
I.- A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, não segue a razão pura prática.
II-. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal.
III-. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de acordo com o imperativo hipotético.
IV-. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do desejo.

Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) II e III.
e) II, III e IV.

Questão 33

“Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional tem a capacidade de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo princípios, ou: só ele tem uma vontade. Como para derivar as ações das leis é necessária a razão, a vontade não é outra coisa senão razão prática. Se a razão determina infalivelmente a vontade, as ações de um tal ser, que são conhecidas como objetivamente necessárias, são também subjetivamente necessárias, isto é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a razão independentemente da inclinação, reconhece como praticamente necessário, quer dizer bom”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 47.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Kant, considere as afirmativas a seguir.
I.  A liberdade, no sentido pleno de autonomia, restringe-se à independência que a vontade humana mantém em relação às leis da natureza.
II. A liberdade configura-se plenamente quando a vontade humana vincula-se aos preceitos da vontade divina.
III.  É livre aquele que, pela sua vontade, age tanto objetivamente quanto subjetivamente, por princípios que são válidos para todos os seres racionais.
IV. A liberdade é a capacidade de o sujeito dar a si a sua própria lei, independentemente da causalidade natural.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a)      I e II
b)      II e III
c)      III e IV
d)      I, II e IV
e)      I, III e IV

Questão 34

Leia o trecho da Carta a Meneceu.
"Nenhum jovem deve demorar a filosofar, e nenhum velho deve parar de filosofar, pois nunca é cedo demais nem tarde demais para a saúde da alma. Afirmar que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou é a mesma coisa que dizer que a hora ainda não chegou ou já passou; devemos, portanto, filosofar na juventude e na velhice para que enquanto envelhecemos continuemos a ser jovens nas boas coisas mediante a agradável recordação do passado, e para que ainda jovens sejamos ao mesmo tempo velhos, graças ao destemor diante do porvir. Devemos então meditar sobre tudo..." (Epicuro Carta de Epicuro a Menoiceus). Para Epicuro, como se expressa na Carta a Meneceu, o objetivo da filosofia é:
a) A felicidade do homem. 
b) A imparcialidade diante das decisões tomadas pelos homens.
c) A areté própria do homem.
d) O gozo imoderado dos prazeres mundanos.
e) Estabelecer, refutar e defender argumentos tirados da bíblia.

Questão 35

 Epicuro exerceu enorme influência sobre Diógenes de Enoanda (Turquia), que, inclusive, chegou a inscrever o tetrapharmakon de Epicuro em umas rochas em local visível para que todos os que por lá passassem, independente da raça, sexo ou condição social, pudessem ler e se inspirar nele. Analise as proposições a seguir como Verdadeiras ou Falsas, considerando a sabedoria ética de Epicuro.
I - Não há nada a temer quanto aos deuses.
II - Não devemos temer a morte.
III - A felicidade é possível.
IV - Podemos escapar da dor.
Sobre o tetrapharmakon de Epicuro é CORRETO afirmar que:
a) Somente as proposições I, II e IV são verdadeiras.
b) Somente as proposições I, III e IV são verdadeiras.
c) Somente as proposições I e IV são verdadeiras.
d) Somente as proposições II e IV são verdadeiras.
e) Todas as proposições são verdadeiras. 


Questão 36

Surge a figura do jardim: o homem sairia da turbulência da polis e iria ao jardim com os seus amigos. Ele não se isolaria, mas se reuniria com os seus amigos, apoiado num esforço de grupo, na busca do autoconhecimento. Propõe a substituição da polis com seu antagonismo, pelo jardim com a sua amizade, onde todos procurariam a sabedoria. Analise as proposições a seguir partindo da proposta fundamental de Epicuro, como CERTAS ou ERRADAS.
I - O autoconhecimento.
II - O apoio à razão.
III - A recusa ao obscurantismo, crendices.
IV - Os homens seriam explicáveis racionalmente. Já os deuses seriam serenos porque estariam distantes dos homens assim como estes no jardim se distanciariam da polis para encontrarem a felicidade.
V - Os deuses não fazem a libertação do homem, mas o é o homem, que, no jardim, se afastaria da turbulência da polis para encontrar a felicidade.
Assim, pode-se concluir que:
a) Somente as proposições I, III e V estão certas.
b) Somente as proposições I, II e IV estão certas.
c) Somente as proposições III, IV e V estão certas.
d) Todas as proposições estão erradas.
e) Todas as proposições estão certas.

Questão 37

A liberdade, para Epicuro, seria sempre o desvio de uma fatalidade, apesar do mecanismo do mundo. O homem não estaria à mercê do mundo e, por isto, poderia estabelecer a sua rota, a sua meta. Segundo essa forma de pensar, podese
afirmar que o mesmo introduz a dimensão:
a) Da physis.
b) Do dever ser.
c) Do devir.
d) Da verdade.
e) Da percepção dualista da alma.

Questão 38

O Filósofo Descartes pertence à corrente filosófica denominada
(A) Empirismo.
(B) Liberalismo.
(C) Racionalismo.
(D) Existencialismo.
(E) Estruturalismo.

Questão 39

 É no domínio da razão prática, na visão de Kant, que somos livres, isto é, que se põe a questão da liberdade e da moralidade, enquanto no domínio da razão teórica, do conhecimento, somos limitados por nossa própria estrutura cognitiva. Segundo essa concepção, a ética é, no entanto, estritamente racional, bem como universal, no sentido de que não está restrita a preceitos de caráter pessoal ou subjetivo, nem a hábitos e práticas culturais ou sociais.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, p. 213)
De acordo com essa definição, pode-se afirmar que
(A) a visão kantiana serviu como fundamento para concepções relativistas acerca da ética e da moralidade.
(B) os princípios éticos são derivados da racionalidade humana.
(C) a ética e a moralidade tornam-se racionais quando se submetem às contingências históricas.
(D) os princípios éticos e morais derivam seu conteúdo da ordem da natureza.
(E) não existem princípios incondicionados que possam reger a ética.

Questão 40

     A crítica endereçada pelo filósofo alemão Theodor Adorno à indústria cultural caracterizou-se por
(A) enfatizar o caráter positivo da reprodução técnica de bens culturais.
(B) elogiar a instrumentalização do tempo livre.
(C) identificar, na possibilidade de massificação da cultura, um dos aspectos mais promissores das democracias ocidentais.
(D) criticar a transformação dos bens culturais em meios de entrenimento e não de formação.
(E) exaltar os potenciais emancipadores de novos ritmos musicais como o jazz. 







GABARITO
1-B
2-E
3-E
4-D
5-B
6-B
7-B
8-D
9-B
10B
11-D
12-C
13-E
14-B
15-D
16-B
17-A
18-B
19-B
20-B
21-D
22-E
23-A
24-A
25-A
26-A
27-E
28-B
29-A
3o-A
31-E
32-D
33-C
34-A
35-E
36-E
37-B
38-C
39-B
40-D


Simulado ( primeiro semestre)


1- Primeiro ano

Questão 1

Quanto ao pensamento filosófico ou simplesmente o filosofar, nasce do desejo de perguntar, de conhecer, de investigar, de encontrar soluções que o incentivem o homem a evoluir, sendo assim podemos afirmar que a filosofia:
A) Interessa-se pela própria inteligência e pela realidade de uma forma geral
B) Não se satisfaz apenas com os resultados apresentados pelas ciências e sempre procura ir além, mas sem discutir com seus propósitos políticos e sociais.
C) Usa-se de argumentos por vezes inválidos para justificar seus conhecimentos
D) Tem como método também utilizado, as opiniões pessoais.
E) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

Questão 2

"A Filosofia é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir e, portanto, como fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas." (Fonte: MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio Mais (PCN+EM)). Sobre a reflexão crítica, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A Filosofia indaga sobre o significado e realidade das coisas.
b) A Filosofia questiona como as coisas e a realidade se estruturam.
c) A Filosofia pergunta o que são as coisas, suas origens, causas e efeitos.
d) A Filosofia é um processo de reflexão, um "conhece-te a ti mesmo".
e) Para a Filosofia não é necessário compreender nossa capacidade de conhecer.

Questão 3

"A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensamento" (CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 20). A esse respeito assinale a alternativa INCORRETA.
a) A reflexão filosófica é radical, isso significa que ela vai à raiz do problema.
b) A base da reflexão filosófica encontra-se exclusivamente no mundo objetivo, na realidade exterior dos homens.
c) Podemos dizer que a reflexão filosófica é o pensamento interrogando a si mesmo.
d) A reflexão filosófica é questionamento, "por quê?", "o quê?" e "para quê?".
e) A crítica faz parte do processo de reflexão filosófica.

Questão 4

Assinale a frase que não falsearia a seguinte Lei de Newton: "Todo corpo continua em seu estado de repouso, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele".
a) Uma bola (corpo) estava parada no meio do campo e, ao ser chutada pelo zagueiro (forças aplicadas), foi para área adversária.
b) Uma folha de papel (corpo) ficou imóvel sobre a mesa, mesmo recebendo uma forte ventania (forças aplicadas).
c) O carrinho de supermercado (corpo) começou a se mover, sem nenhum  tipo de força que o fizesse sair do lugar.
d) O carro na garagem da casa (corpo) não se moveu, mesmo quando foi puxado por um potente guincho (forças aplicadas), por meio de uma corda, compatível com sua massa.
e) O aparelho celular (corpo) ficou suspenso no ar ao ser atirado (forças aplicadas) no chão.

Questão 5

Todos os x são y ; A é y; portanto, A é x.
Costuma-se representar por essa fórmula a
(A) Indução.
(B) Dedução. 
(C) Abdução.
(D) Intuição.
(E) Cognição.





2- Segundo ano

QUESTÃO 01

       O sujeito ético-moral é somente aquele que preencher os seguintes requisitos:
A) ser consciente de si, mas não precisa reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si
B) saber o que faz, conhecer as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais
C) não precisa controlar interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, deixando-as fluir livremente
D) dizer o que as coisas são, como são e por que são. Enunciar, pois, juízos de fato
E) ser responsável, mas não precisa reconhecer-se como autor da sua própria ação nem avaliar os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros

Questão 2

"Moral (mos, moris, "costume"): conjunto de normas livre e conscientemente adotadas que visam a organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em vista o bem e o mal; conjunto dos costumes e valores de uma sociedade, com caráter normativo (regras do comportamento das pessoas em grupo)".
(ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). Sobre a moral, é CORRETO afirmar que:
a) o estudo da moral deixa de ser uma questão de cunho filosófico passando a ser objeto de estudo da teologia.
b) a moral não estabelece regras para a vivência em sociedade.
c) a moral se reduz a um conjunto de normas, regras e valores que são adquiridas através da herança e recebidas pela tradição.
d) através da reflexão crítica, o sujeito tende a colocar a moral e os valores vigentes em questão, questionando-os e criticando-os.
e) não é possível compreender a moral através do seu caráter histórico e social, pois a ideia de moral sempre foi a mesma ao longo do tempo histórico.

Questão 3

"Ética (ethos, "costume"): parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral" (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). De acordo com Aranha, sobre os conceitos de ética e moral é INCORRETO afirmar que:
a) a moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca e transgride as regras morais.
b) apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes.
c) a ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral.
d) a ética também é conhecida como filosofia moral.
e) os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença.

Questão 4

"O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)

     Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:

 a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.
 b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.
 c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de auto-conservação.
 d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
 e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

Questão 5

Qual das frases a seguir pode ser considerada como fruto do imperativo categórico?
a) Toda vez que uma pessoa cometer um erro, não devo compreendê-la.
b) Quando for ofendido, devo me vingar.
c) Sempre que precisar, agirei com falsidade.
d) Darei esmolas sem pensar.
e) Quando eu falar, não devo mentir.





3- Terceiro ano

QUESTÃO 1
O conceito de Ideologia é diversificado em sua história semântica, entretanto no campo filosófico, a partir das contribuições da tradição marxista, ele foi associado ao de Alienação, passando a funcionar como uma ferramenta crítica das ordens políticas e sociais do capitalismo. Sobre esse tema, marque a alternativa FALSA, ou seja, que não corresponde a uma caracterização rigorosa da Ideologia como instrumento de alienação.
a) "Ideologia é o conjunto de ideias e concepções sem fundamento, mera análise ou discussão oca de ideias abstratas que não correspondem a fatos reais".
b) "A ideologia é um corpo explicativo (representações) e prático (normas, regras, preceitos) de caráter prescritivo, normativo, regulador, cuja função é dar aos membros de uma sociedade dividida em classes uma explicação racional para as diferenças sociais, políticas e culturais, sem jamais atribuir tais diferenças à divisão da sociedade em classes, a partir das divisões na esfera produtiva".
c) "A função da ideologia é apagar as diferenças como de classes e fornecer aos membros da sociedade o sentimento da identidade social, encontrando certos referenciais de todos e para todos, como, por exemplo, a Humanidade, a Liberdade, a Igualdade, a Nação, ou o Estado".
d) "A ideologia tem como função assegurar uma determinada relação dos homens entre si e com suas condições de existência, adaptando os indivíduos às tarefas prefixadas pela sociedade. Portanto, a ideologia assegura a coesão dos homens e a aceitação sem críticas das tarefas mais penosas e pouco recompensadoras, em nome da "Vontade de Deus" ou do "dever moral" ou simplesmente como decorrente da "ordem natural das coisas"".
e) "A ideologia é alienadora porque mostra uma realidade invertida, ou seja, o que seria a origem da realidade é posta como produto e vice-versa. Por exemplo, a ideologia burguesa afirma que existem nos homens diferenças individuais e que estas determinam a desigualdade social: a desigualdade natural seria a causa da desigualdade social. Mas a sociedade é na verdade resultado da práxis, e as desigualdades sociais estabelecidas pela divisão do trabalho e pelas relações de produção é que determinam (são causas) as desigualdades individuais".

Questão 2

  Em um de seus aspectos, o Iluminismo apresenta como efeito "o compromisso de estender a crítica racional a qualquer campo". Disso decorre que "não existem campos privilegiados, dos quais a crítica racional deva ser excluída".
(Dicionário Abbagnano, p. 535)
Assinale a alternativa que traduz corretamente as implicações dessa definição.
(A) O Iluminismo expressa o estado de minoridade da razão.
(B) O Iluminismo restringiu o alcance da razão a domínios factuais, privados de alcance universalista.
(C) Para o Iluminismo, os campos da política e da religião devem permanecer excluídos de seu alcance crítico racional.
(D) O filósofo Immanuel Kant consagrou-se como crítico radical das doutrinas iluministas.
(E) A definição apresentada não exclui a possibilidade de que a razão se proponha à tarefa de examinar seus próprios limites cognoscitivos. 

Questão 3


  O termo "coisa em si" expressa "o que a coisa é, independentemente da sua relação com o homem, para o qual é um objeto de conhecimento".
(Dicionário Abbagnano, pp. 151-152)
Sobre esse significado, pode-se dizer que
(A) seu aparecimento na história da filosofia designa a confiança nas propriedades ilimitadas da razão para conhecer o mundo.
(B) o termo adquiriu grande importância na filosofia cartesiana, designando o princípio que possibilita a produção de ideias claras e distintas pela razão.
(C) o termo significa a limitação dos poderes cognoscitivos humanos para superar os limites empíricos ou fenomênicos. 
(D) na filosofia kantiana, essa expressão designa a capacidade humana de conhecer as coisas como são em si mesmas.
(E) coisa em si é sinônimo de ideia inata.

Questão 4

Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos (a festa mais importante da Grécia): as que iam para comerciar durante os jogos, ali estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os torneios; as que iam para competir, isto é, os atletas e artistas (pois, durante os jogos também havia competições artísticas: dança, poesia, música, teatro); e as que iam para contemplar os jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam. Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo.
Com isso, Pitágoras queria dizer que o filósofo não é movido por interesses comerciais ? não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado; também não é movido pelo desejo de competir - não faz das ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores ou "atletas intelectuais"; mas é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em resumo, pelo desejo de saber. A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê-la.
(Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2001)

    Do texto pode-se depreender que
(A) o filósofo é um cidadão grego.
(B) o trabalho do filósofo consiste em comparecer aos jogos olímpicos.
(C) apenas a alma pode contemplar a verdade.
(D) a contemplação só é possível diante de competições.
(E) a busca pela verdade se dá em competições esportivas e artísticas.

Questão 5

 O devir, o fluxo dos contrários, é uma aparência, mera opinião que formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e lembranças. O devir dos contrários é uma linguagem ilusória, não existe, é irreal, não é. É o não-ser, o nada, impensável e indizível. O que existe real e verdadeiramente é o que não muda nunca, o que não se torna oposto a si mesmo, sem contrariedades internas. É o Ser.
(Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, 2001)
O trecho refere-se ao pensamento de
(A) Heráclito.
(B) Rousseau.
(C) Marx.
(D) Parmênides. 
(E) Sócrates.




Prova ( segundo bimestre)

1- Primeiro ano

Questão 1
(Programador analisa II - Imprensa Oficial/ Vunesp - 2008). Quatro pessoas foram capturadas pela polícia. Sabe-se que duas delas roubaram as outras duas. No seguinte depoimento dessas pessoas, as duas que roubaram estão mentindo, e as duas que foram roubadas estão dizendo a verdade.

Tiago: fui roubado pelo Diego.
Jão: Ricardo foi roubado.
Diogo: fui roubado pelo Tiago.
Ricardo: João foi roubado.

   Com essas informações, conclui-se logicamente que as pessoas que foram roubadas são:

a) Tiago e Diogo.
b) Tiago e João.
C) João e Ricardo.
D) João e Diogo.
e) Tiago e Ricardo.

Questão 2

"A Filosofia é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir e, portanto, como fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas." (Fonte: MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio Mais (PCN+EM)). Sobre a reflexão crítica, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A Filosofia indaga sobre o significado e realidade das coisas.
b) A Filosofia questiona como as coisas e a realidade se estruturam.
c) A Filosofia pergunta o que são as coisas, suas origens, causas e efeitos.
d) A Filosofia é um processo de reflexão, um "conhece-te a ti mesmo".
e) Para a Filosofia não é necessário compreender nossa capacidade de conhecer.

Questão 3

"A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensamento" (CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 20). A esse respeito assinale a alternativa INCORRETA.
a) A reflexão filosófica é radical, isso significa que ela vai à raiz do problema.
b) A base da reflexão filosófica encontra-se exclusivamente no mundo objetivo, na realidade exterior dos homens.
c) Podemos dizer que a reflexão filosófica é o pensamento interrogando a si mesmo.
d) A reflexão filosófica é questionamento, "por quê?", "o quê?" e "para quê?".
e) A crítica faz parte do processo de reflexão filosófica.

Questão 4

Assinale a frase que não falsearia a seguinte Lei de Newton: "Todo corpo continua em seu estado de repouso, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele".
a) Uma bola (corpo) estava parada no meio do campo e, ao ser chutada pelo zagueiro (forças aplicadas), foi para área adversária.
b) Uma folha de papel (corpo) ficou imóvel sobre a mesa, mesmo recebendo uma forte ventania (forças aplicadas).
c) O carrinho de supermercado (corpo) começou a se mover, sem nenhum  tipo de força que o fizesse sair do lugar.
d) O carro na garagem da casa (corpo) não se moveu, mesmo quando foi puxado por um potente guincho (forças aplicadas), por meio de uma corda, compatível com sua massa.
e) O aparelho celular (corpo) ficou suspenso no ar ao ser atirado (forças aplicadas) no chão.

Questão 5

Todos os x são y ; A é y; portanto, A é x.
Costuma-se representar por essa fórmula a
(A) Indução.
(B) Dedução. 
(C) Abdução.
(D) Intuição.
(E) Cognição.





2- Segundo ano

QUESTÃO 01

       O sujeito ético-moral é somente aquele que preencher os seguintes requisitos:
A) ser consciente de si, mas não precisa reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si
B) saber o que faz, conhecer as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais
C) não precisa controlar interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, deixando-as fluir livremente
D) dizer o que as coisas são, como são e por que são. Enunciar, pois, juízos de fato
E) ser responsável, mas não precisa reconhecer-se como autor da sua própria ação nem avaliar os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros

Questão 2

Assinale a frase que contém um imperativo hipotético.

a) Não matarás.
b) Se quiser um bom emprego, devo fazer faculdade.
c) Se abrir, feche.
d) O homem sábio sabe ouvir.
e) A liberdade é o direito de fazer o que se quer.


Questão 3

"Ética (ethos, "costume"): parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral" (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). De acordo com Aranha, sobre os conceitos de ética e moral é INCORRETO afirmar que:
a) a moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca e transgride as regras morais.
b) apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes.
c) a ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral.
d) a ética também é conhecida como filosofia moral.
e) os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença.

Questão 4

"O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)

     Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:

 a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.
 b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.
 c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de auto-conservação.
 d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
 e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

Questão 5

Qual das frases a seguir pode ser considerada como fruto do imperativo categórico?
a) Toda vez que uma pessoa cometer um erro, não devo compreendê-la.
b) Quando for ofendido, devo me vingar.
c) Sempre que precisar, agirei com falsidade.
d) Darei esmolas sem pensar.
e) Quando eu falar, não devo mentir.





3- Terceiro ano

QUESTÃO 1
O conceito de Ideologia é diversificado em sua história semântica, entretanto no campo filosófico, a partir das contribuições da tradição marxista, ele foi associado ao de Alienação, passando a funcionar como uma ferramenta crítica das ordens políticas e sociais do capitalismo. Sobre esse tema, marque a alternativa FALSA, ou seja, que não corresponde a uma caracterização rigorosa da Ideologia como instrumento de alienação.
a) "Ideologia é o conjunto de ideias e concepções sem fundamento, mera análise ou discussão oca de ideias abstratas que não correspondem a fatos reais".
b) "A ideologia é um corpo explicativo (representações) e prático (normas, regras, preceitos) de caráter prescritivo, normativo, regulador, cuja função é dar aos membros de uma sociedade dividida em classes uma explicação racional para as diferenças sociais, políticas e culturais, sem jamais atribuir tais diferenças à divisão da sociedade em classes, a partir das divisões na esfera produtiva".
c) "A função da ideologia é apagar as diferenças como de classes e fornecer aos membros da sociedade o sentimento da identidade social, encontrando certos referenciais de todos e para todos, como, por exemplo, a Humanidade, a Liberdade, a Igualdade, a Nação, ou o Estado".
d) "A ideologia tem como função assegurar uma determinada relação dos homens entre si e com suas condições de existência, adaptando os indivíduos às tarefas prefixadas pela sociedade. Portanto, a ideologia assegura a coesão dos homens e a aceitação sem críticas das tarefas mais penosas e pouco recompensadoras, em nome da "Vontade de Deus" ou do "dever moral" ou simplesmente como decorrente da "ordem natural das coisas"".
e) "A ideologia é alienadora porque mostra uma realidade invertida, ou seja, o que seria a origem da realidade é posta como produto e vice-versa. Por exemplo, a ideologia burguesa afirma que existem nos homens diferenças individuais e que estas determinam a desigualdade social: a desigualdade natural seria a causa da desigualdade social. Mas a sociedade é na verdade resultado da práxis, e as desigualdades sociais estabelecidas pela divisão do trabalho e pelas relações de produção é que determinam (são causas) as desigualdades individuais".

Questão 2

  Em um de seus aspectos, o Iluminismo apresenta como efeito "o compromisso de estender a crítica racional a qualquer campo". Disso decorre que "não existem campos privilegiados, dos quais a crítica racional deva ser excluída".
(Dicionário Abbagnano, p. 535)
Assinale a alternativa que traduz corretamente as implicações dessa definição.
(A) O Iluminismo expressa o estado de minoridade da razão.
(B) O Iluminismo restringiu o alcance da razão a domínios factuais, privados de alcance universalista.
(C) Para o Iluminismo, os campos da política e da religião devem permanecer excluídos de seu alcance crítico racional.
(D) O filósofo Immanuel Kant consagrou-se como crítico radical das doutrinas iluministas.
(E) A definição apresentada não exclui a possibilidade de que a razão se proponha à tarefa de examinar seus próprios limites cognoscitivos. 

Questão 3


  O termo "coisa em si" expressa "o que a coisa é, independentemente da sua relação com o homem, para o qual é um objeto de conhecimento".
(Dicionário Abbagnano, pp. 151-152)
Sobre esse significado, pode-se dizer que
(A) seu aparecimento na história da filosofia designa a confiança nas propriedades ilimitadas da razão para conhecer o mundo.
(B) o termo adquiriu grande importância na filosofia cartesiana, designando o princípio que possibilita a produção de ideias claras e distintas pela razão.
(C) o termo significa a limitação dos poderes cognoscitivos humanos para superar os limites empíricos ou fenomênicos. 
(D) na filosofia kantiana, essa expressão designa a capacidade humana de conhecer as coisas como são em si mesmas.
(E) coisa em si é sinônimo de ideia inata.

Questão 4

Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos (a festa mais importante da Grécia): as que iam para comerciar durante os jogos, ali estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os torneios; as que iam para competir, isto é, os atletas e artistas (pois, durante os jogos também havia competições artísticas: dança, poesia, música, teatro); e as que iam para contemplar os jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam. Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo.
Com isso, Pitágoras queria dizer que o filósofo não é movido por interesses comerciais ? não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado; também não é movido pelo desejo de competir - não faz das ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores ou "atletas intelectuais"; mas é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em resumo, pelo desejo de saber. A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê-la.
(Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2001)

    Do texto pode-se depreender que
(A) o filósofo é um cidadão grego.
(B) o trabalho do filósofo consiste em comparecer aos jogos olímpicos.
(C) apenas a alma pode contemplar a verdade.
(D) a contemplação só é possível diante de competições.
(E) a busca pela verdade se dá em competições esportivas e artísticas.

Questão 5

 Qual é a ciência  apontada por Protágoras para bem administrar a vida doméstica e a vida nas cidades? Explique.


                                                 Questões do ENEN

Há uma questão (27, no caderno azul) que cita o seguinte trecho do tratado “A Política”, de Aristóteles:
“A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos: ‘das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos’. Todos esses atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.” (ARISTÓTELES, A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010).
Em seguida, questiona:
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como
a) Busca por bens materiais e títulos de nobreza.
b) Plenitude espiritual e ascese pessoal.
c) Finalidade das ações e condutas humanas.
d) Conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
e) Expressão do sucesso individual e reconhecimento público.
Ora, qualquer um que já tenha lido pelo menos o começo do tratado “A Política” ou da “Ética a Nicômaco” certamente está farto de saber que o interesse de toda filosofia prática de Aristóteles é teleológico, ou seja, pergunta pelo fim (finalidade) das ações e condutas humanas. A resposta correta para essa questão é, portanto, a alternativa “c”.
__________
Há outra questão (10, no caderno azul) que cita o seguinte trecho da obra “O Príncipe”, de Maquiavel:
“Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responda-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e quanto lhes fazem bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.” (MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.)
Em seguida, questiona:
A partir da analise histórica do comportamento humano em suas relações sócias e políticas, Maquiavel define o homem como um ser
a) Munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.
b) Possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
c) Guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
d) Naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portanto seus direitos naturais.
e) Sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.
Para resolver essa questão não é preciso ter lido “O Príncipe”. Não é preciso nem mesmo ter algum dia ouvido falar desta obra ou mesmo de um tal Maquiavel. Exceto para analfabetos funcionais, o trecho citado no enunciado entrega a resposta certa: novamente alternativa “c”.
__________
Há outra questão (22, no caderno azul) que cita o seguinte trecho da obra “Do espírito das leis”, de Montesquieu:
“Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o poder de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.” (MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979).
Em seguida, questiona:
A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo politico em que haja
a) Exercício de tutela sobre atividades jurídicas e politicas.
b) Consagração do poder politico pela autoridade religiosa.
c) Concentração do poder nas mãos de elites técnico-cientificas.
d) Estabelecimento de limites dos atores públicos e às instituições do governo.
e) Reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.
Ora, um governante (ou governo) que detivesse para si os três poderes citados estaria acima da lei, haja vista a inexistência de competências políticas que fiscalizassem suas decisões e ações. A humanidade experimentou por muitos séculos esse tipo de política (monarquias, absolutismos, ditaduras, etc.). Montesquieu defende que, somente havendo a divisão dos três poderes, é possível que eles se fiscalizem mutuamente, evitando abusos e impondo limites uns aos outros. Para que a justiça e a liberdade sejam garantidas, é preciso que toda forma de poder político seja limitada. Portanto, a resposta correta é a alternativa “d”.
__________
Há outra questão (15, no caderno azul) que cita o seguinte trecho do “Prefácio à Crítica da Economia Política”, de Marx:
“Na produção social, os homens entram em determinadas relações indispensáveis e correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade – fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social.” (MARX, K. Crítica da Economia Política. In: MARX, K; ENGELS, F. Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 1977).
Em seguida, questiona:
Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com que
a) O proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia.
b) O trabalho se constitua como o fundamento real da produção material.
c) A consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso humano.
d) A autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento econômico.
e) A burguesia revolucione o processo social de formação da consciência de classe.
Em outras palavras, Marx está falando de trabalho. Quando ele diz “produção social”, “relações de produção” ou “forças materiais de produção”, está falando do trabalho. Logo, a alternativa correta é a “b”.
__________
Há outra questão (04, no caderno azul) que cita dois textos sobre o método e o projeto da filosofia cartesiana. O primeiro é do próprio Descartes e está logo nas primeiras linhas das suas meditações metafísicas. O segundo é um comentário do professor Dr. Franklin Leopoldo e Silva (USP).
TEXTO I
“Há algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.” (DESCARTES, R. Meditações concernentes À Primeira Filosofia. São Paulo, Abril Cultural, 1973).
TEXTO II
“É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela duvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria duvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.” (SILVA, F.L. Descartes: a metafisica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001).
Em seguida, questiona:
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve -se
a) Retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.
b) Questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.
c) Investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.
d) Buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados.
e) Encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.
Devo confessar que meus olhos quase encheram d’água quando vi esse texto de Descartes no ENEM; afinal de contas, este é o meu livro de cabeceira. Aproveito para indicar-lhe a leitura, pois, apesar de ser um texto de filosofia, sua leitura não é pesada e erudita em demasia, como costumam ser tais textos. Pelo contrário, a leitura das meditações de Descartes é altamente agradável e, principalmente, edificante (com o trocadilho cartesiano). Mas vamos ao que interessa: está correta a alternativa “b”.
__________
Finalmente, há uma questão (36, no caderno azul) que cita o seguinte trecho da obra “Crítica da Razão Pura”, de Kant:
“Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.” (KANT, I. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994).
Em seguida, questiona:
O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele confrontam-se duas posições filosóficas que
a) Assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
b) Defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
c) Revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
d) Apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
e) Refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
Nesse trecho, Kant propõe a inversão de um pressuposto assumido pela tradição. Para a tradição filosófica até Kant, nós (sujeito) deveríamos nos regular pelas coisas (objeto) para poder conhecê-las. A proposta de Kant é que as coisas (objeto) é que devem se regular pela nossa cognição (sujeito). Você não precisa entender o que isso significa. Basta notar o óbvio: essas duas posições “assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento”. Portanto, a resposta certa é a alternativa “a”.
Escrevi recentemente um trabalho sobre esse assunto, onde trato com bem mais detalhes e rigor acadêmico essa inversão da relação sujeito-objeto em Kant. O curioso é que tomei como texto base exatamente esse trecho que caiu no ENEM! Quem se interessar, pode lê-lo clicando no link abaixo:


SIMULADOS DE FILOSOFIA: Enem, Vestubular e Concursos
Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Secretaria de Ensino - Colégio Pedro II - Rio de Janeiro - 2009

PROVA PRELIMINAR - FILOSOFIA

Questão 1
Vernant conclui em As origens do pensamento grego que:
A) a jovem ciência dos jônios espelha a razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo.
B) recolocada na história, prova-se que a filosofia reveste-se de um caráter de revelação absoluta.
C) é no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se.
D) a escola de Mileto fez nascer a própria Razão, que foi aprimorada pela razão experimental.

Questão 2
Na geração do cosmo, a preponderância à terra, ao fogo, à água e ao ar costuma ser atribuída, respectivamente, aos seguintes pensadores pré-socráticos:
A) Parmênides, Heráclito, Tales e Pitágoras.
B) Xenófanes, Heráclito, Tales e Anaxímenes.
C) Pitágoras, Anaxágoras, Tales e Anaximandro.
D) Empédocles, Anaximandro, Tales e Parmênides.

Questão 3
"Para defender-nos, teremos de necessariamente discutir a tese de nosso pai Parmênides e demonstrar, pela força de nossos argumentos que, em certo sentido, o não ser é; e que, por sua vez, o ser, de certa forma, não é. (...) Enquanto não houvermos feito esta contestação, nem essa demonstração, não poderemos, de forma alguma, falar nem de discursos falsos nem de opiniões falsas" (Platão, Sofista, 241d-e).
I. O falso é possível porque
II. O não ser, em certo sentido, é.
As afirmações I e II dizem respeito ao trecho citado do Sofista de Platão. A alternativa correta é:
A) I é verdadeira e II é verdadeira, e II é condição para I.
B) I é verdadeira e II é verdadeira, mas II não é condição para I.
C) I é verdadeira e II é falsa, e II não é condição para I.
D) I é verdadeira e II é verdadeira, e I é condição para II.

Questão 4
Na República, livro VII, apresenta-se a "alegoria da caverna", em que se diz que, quando o homem sai da caverna, ele vê o sol e esse corresponde à ideia do Bem.
De acordo com esse texto de Platão, pode-se afirmar que o conhecimento:
A) está vinculado a uma maneira de viver, mas tal alegoria mostra que não é assim que se encontra a verdade.
B) não é pensado, na vida dos homens, como vinculado a um modo de vida; a alegoria é apenas ilusória.
C) está vinculado a uma maneira de viver, e a educação oferece os meios para a alma voltar-se para o Bem.
D) não é pensado, na vida dos homens, como vinculado a um modo de vida; a alegoria mostra que o homem pode ser feliz.

Questão 5
"Tem presente, portanto, que concordaste que também é justo cometer atos prejudiciais aos governantes e aos mais poderosos, quando os governantes, involuntariamente, tomam determinações inconvenientes para eles - uma vez que declaras ser justo que os súditos executem o que prescreveram os governantes." (Platão, República, 339e)
Em meio à discussão sobre a justiça, Sócrates sintetiza do modo acima citado a posição de Trasímaco.
As afirmações de Trasímaco que dão base a essa síntese de Sócrates são:
A) Justiça é fazer o mal para os mais fracos; os que obedecem devem, às vezes, recusar-se a obedecer aos mais fortes.
B) Justiça é fingir que se faz o bem geral, visando ao proveito próprio; deve-se fazer os fracos pensarem que as decisões dos fortes os favorecem.
C) É justo obedecer àqueles que governam; os governantes são passíveis de cair em erro em suas decisões.
D) Justiça é aquilo que convém ao mais forte; os governantes nunca se enganam ao intentar tomar decisões que lhes favorecem.

Questão 6
Em O banquete (203b-204d; 210a-212d), de Platão, Sócrates apresenta os ensinamentos de Diotima sobre o amor e a beleza.
Sobre o modo como esses conceitos são compreendidos nesse trecho, pode-se afirmar que:
A) o amor aos belos corpos deve abrir o caminho à contemplação da beleza em si.
B) só os sábios desejam o que é belo, pois os ignorantes não reconhecem a beleza.
C) o amor pelos belos corpos é suficiente para a contemplação da beleza em si.
D) Eros, por ser belo, deve ser objeto de contemplação apenas dos filósofos.

Questão 7
Segundo Aristóteles (Metafísica, IV, 1, 1003a20-30), a ciência do ser enquanto ser e as demais ciências consideram, respectivamente:
A) o ser enquanto ser universalmente - os princípios constitutivos da realidade como um todo.
B) as características particulares do ser enquanto ser - as características universais do ser.
C) o ser enquanto ser universalmente - as características de uma parte do ser.
D) as características particulares do ser enquanto ser - as características de uma parte do ser.

Questão 8
Segundo Aristóteles, "nos tornamos justos praticando atos justos" (Ética a Nicômaco, II, 1103b).
A afirmação que melhor expressa seu pensamento está indicada em:
A) basta a compreensão do sumo bem para tornar possível a vida moral.
B) adquirimos as virtudes ou excelências morais por meio da prática habitual.
C) somos naturalmente injustos e só realizamos a justiça pela instrução.
D) é preciso agir contrariamente à natureza para nos tornarmos justos.

Questão 9
Aristóteles afirma que a linguagem permite ao homem expressar em comum as noções de desvantajoso e vantajoso, justo ou injusto.
Essa afirmação leva o autor a concluir que o homem:
A) possui naturalmente tais noções éticas e, portanto, pode associar-se em torno delas na família e no Estado (pólis).
B) não possui naturalmente tais noções éticas, mas pode chegar a um acordo sobre o modo de vivê-las na família e no Estado (pólis).
C) possui naturalmente tais noções éticas, mas não pode associar-se em nenhuma instância, seja na família ou no Estado (pólis).
D) não possui naturalmente tais noções éticas, mas a transferência de poder a um governante é o que possibilita a vida no Estado (pólis).

Questão 10
"Começando a lê-los [os livros da Sagrada Escritura] notei que tudo que havia de verdadeiro nos textos platônicos também se encontrava nesses textos em meio à proclamação de Vossa graça" (Agostinho, Confissões, VII, 21).
A afirmação acima endossa uma tese muito comum à investigação filosófica e teológica da Idade Média cristã, a saber:
A) Platão teve acesso aos escritos de Moisés e não fez nada além de ocultar a originalidade do profeta hebreu.
B) As verdades cristãs não são compatíveis com nenhuma espécie de conhecimento filosófico ou racional.
C) A Revelação é historicamente anterior à Filosofia, e esta última não pode contribuir em nada para esclarecer os conteúdos da fé.
D) A Revelação é mais ampla que a Filosofia por abarcar verdades que esta última não alcançaria por si só e ainda por conter verdades filosóficas.

Questão 11
I. Deus é o Criador do mundo.
II. A existência do mal no mundo não é responsabilidade de Deus.
Agostinho concilia essas duas teses da seguinte forma:
A) O mundo, por ser substância divina, é bom em si mesmo; apenas os homens experimentam as coisas como más de modo absoluto.
B) Deus cria o mundo através de dois princípios coeternos equivalentes em luta permanente, a saber: o Bem e o Mal, este último princípio explica a segunda tese.
C) Tudo que Deus cria é bom, inclusive a vontade do homem, que escolhe, livremente, trocar o Bem imutável pelos bens mutáveis, isto é, pecar.
D) Ontologicamente, apenas Deus é bom; a simples existência das coisas criadas, portanto, já permite justificar a possibilidade de algum mal no mundo.

Questão 12
"Existe algo verdadeiríssimo, ótimo, nobilíssimo e, por conseguinte, o ser máximo, pois todas as coisas que são verdadeiras ao máximo são os maiores seres (...). O que é máximo em algum gênero é causa de tudo o que é daquele gênero." (Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 2, a. 1)
"A perfeição do universo requer que haja coisas incorruptíveis assim como coisas corruptíveis, portanto, que haja coisas que possam deixar de ser boas, o que de fato por vezes ocorre." (Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 48, a. 2)
Essas citações são passos argumentativos que levam Tomás de Aquino a concluir, respectivamente, que:
A) Deus é a causa da existência de todos os seres, assim como de toda bondade e qualquer perfeição; e o mal está presente nas coisas.
B) Deus é a causa da existência de todos os seres, assim como de toda bondade e qualquer perfeição; e, portanto, o mal não pode estar presente nas coisas.
C) filosoficamente, não se pode provar a existência de Deus, mas apenas de um gênero supremo (ser); e não se pode concluir pela presença ou não do mal nas coisas.
D) filosoficamente, não se pode provar a existência de Deus, mas apenas dos gêneros relativos às perfeições; e o mal está presente nas coisas.

Questão 13
"O intelecto humano se põe no meio [entre os sentidos e o intelecto angélico]: não é ato de um órgão corporal, mas é uma potência da alma, que é forma do corpo, como ficou demonstrado. Por isso, é sua propriedade conhecer a forma que existe individualizada em uma matéria corporal, mas não essa forma enquanto está em tal matéria. Ora, conhecer dessa maneira, é abstrair a forma da matéria individual, que as representações imaginárias significam." (Tomás de Aquino. Suma teológica, I, q. 85, a. 1.)
I. O intelecto humano conhece por abstração porque
II. A alma, da qual esse intelecto é potência, é forma do corpo.
Considerando o trecho acima e as duas afirmações sobre a teoria da abstração em Tomás de Aquino:
A) I é verdadeira e II é falsa, e II não é condição para I.
B) I é verdadeira e II é verdadeira, mas II não é condição para I.
C) I é verdadeira e II é verdadeira, e II é condição para I.
D) I é verdadeira e II é verdadeira, e I é condição para II.

Questão 14
Em suas Meditações metafísicas, Descartes tem em vista abandonar todas as opiniões que se mostram duvidosas e incertas que são tomadas como "princípios mal assegurados".
Com isso, Descartes tem por objetivo:
A) defender que são impossíveis verdades objetivas, apenas subjetivas.
B) rejeitar ceticamente qualquer fundamento para a ciência.
C) demonstrar que a matemática é o fundamento do conhecimento.
D) estabelecer algo de constante e de firme nas ciências.

Questão 15
Segundo Hobbes (Leviatã, XIV), "o direito consiste na liberdade de fazer ou de omitir, ao passo que a lei determina ou obriga a uma dessas duas coisas".
Além disso, o autor afirma como regra geral da razão "que todo homem deve esforçar-se pela paz, na medida em que tenha esperança de consegui-la, e caso não a consiga pode procurar e usar todas as ajudas e vantagens da guerra".
A primeira e a segunda parte dessa regra geral da razão encerram, respectivamente:
A) a lei de natureza, por conter uma obrigação - o direito de natureza, por ser um preceito de liberdade.
B) a lei de natureza, por ser preceito de liberdade - o direito de natureza, por conter uma obrigação.
C) o direito de natureza, por conter uma obrigação - a lei de natureza, por ser preceito de liberdade.
D) o direito de natureza, por ser um preceito de liberdade - a lei de natureza, por conter uma obrigação.

Questão 16
Apenas os princípios da não contradição e da identidade nascem conosco.
Diante dessa tese, Locke:
A) concorda; sem esses princípios nenhuma percepção lógica da realidade é possível.
B) concorda; na idade adulta todos os homens alcançam essas máximas.
C) discorda; se assim fosse, crianças e idiotas também alcançariam esses princípios.
D) discorda; tais noções primitivas são recebidas na alma no momento de sua criação.

Questão 17
Para Rousseau, quando alguém ousou dizer "Isto é meu" e encontrou pessoas que lhe deram crédito, foi fundada a sociedade civil, a qual significa o afastamento da vida natural.
Sobre tal afastamento, considere as seguintes teses:
I. Os homens adquiriram uma ideia de propriedade distante do primeiro estado de natureza;
II. A bondade própria ao puro estado de natureza não convinha à sociedade civil nascente;
III. No estado de natureza os homens viviam livres e felizes;
IV. A igualdade desapareceu, a propriedade se introduziu e o trabalho se tornou necessário.
De acordo com Rousseau, estão corretas:
A) apenas as teses I e II.
B) apenas as teses I e III.
C) apenas as teses I e IV.
D) as teses I, II, III e IV.

Questão 18
Em sua Investigação sobre o entendimento humano, Hume distingue as percepções da mente humana em dois tipos: de um lado, o pensamento (ou as ideias); de outro, as impressões (as sensações).
Sobre essas percepções, pode-se afirmar que o pensamento:
A) é menos vivaz do que a mais embotada das sensações.
B) atinge sempre a mesma vivacidade que as sensações.
C) é tão vivaz quanto as sensações, por ir além da experiência.
D) é mais vivaz que as sensações, por ser mais complexo.

Questão 19
Na "Quarta Proposição" da Idéia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita, Kant escreve:
"O meio de que a natureza se serve para realizar o desenvolvimento de todas as suas disposições é o antagonismo delas na sociedade, na medida em que ele se torna ao fim a causa de uma ordem regulada por leis desta sociedade. Eu entendo aqui por antagonismo a insociável sociabilidade dos homens, ou seja, sua tendência a entrar em sociedade que está ligada a uma oposição geral que ameaça constantemente dissolver essa sociedade. Esta disposição é evidente na natureza humana."
Com base nesse texto, o antagonismo que leva ao desenvolvimento das disposições naturais dos homens ocorre entre:
A) a tendência individual para a socialização e a disposição para a vida natural.
B) diferentes sociedades em estado de guerra, e não entre indivíduos isolados.
C) diferentes classes sociais; cada época possui seu próprio conflito entre classes.
D) a tendência para a socialização e uma oposição geral dos indivíduos entre si.

Questão 20
Segundo Kant, na Crítica da razão pura, as formas originárias da sensibilidade, espaço e tempo, são:
A) conceitos a priori, mas não puros, pois pertencem à sensibilidade.
B) condições necessárias de todas as relações em que objetos são intuídos.
C) intuições a priori, mas não puras, pois constituem o objeto empírico.
D) conceitos puros a priori, que organizam os objetos empíricos.

Questão 21
Kant, na "Analítica do belo", na Crítica da faculdade de julgar, compreende o juízo de gosto como faculdade do julgamento do belo.
Sobre os conceitos "juízo de gosto" e "belo", pode-se afirmar, respectivamente, que:
A) é determinado independentemente de todo interesse - apraz universalmente sem conceito.
B) é determinado independentemente de todo interesse - apraz particularmente através de conceitos.
C) é constituído pelo interesse no que é agradável - apraz particularmente sem conceito.
D) é constituído pelo interesse no que é bom - apraz universalmente através de conceitos.

Questão 22
"O saber que é o nosso objeto em primeiro lugar e imediatamente, não pode ser senão aquele que é, ele próprio, saber imediato, saber do imediato ou do existente. Igualmente devemos nos comportar de modo imediato e receptivo e, portanto, não mudando nele coisa alguma com relação ao modo como se oferece e mantendo afastada da nossa apreensão a atividade de conceber." (Hegel. Fenomenologia do espírito.)
A passagem citada acima refere-se à:
A) pré-consciência, quando a consciência não iniciou sua formação.
B) certeza sensível, que desconsidera qualquer mediação.
C) percepção, pois ser receptivo e ser perceptivo são o mesmo.
D) consciência de si, pois o modo como ela se oferece não muda.

Questão 23
A alternativa que corresponde mais adequadamente ao materialismo de Marx é:
A) O ser não determina a consciência, isto é, a subjetividade humana determina a vida material.
B) A sensibilidade e o objeto devem ser apreendidos como atividade prática, humana e sensível.
C) O idealismo concebe a atividade de modo concreto, ao reconhecê-la como real e sensível.
D) As forças produtivas sociais equivalem ao sujeito, e as relações de produção equivalem ao objeto.

Questão 24
São constitutivos da fenomenologia de Husserl:
A) método da crítica do conhecimento, doutrina universal das essências, círculo hermenêutico.
B) pressuposição da realidade dada, suspensão do juízo da atitude natural, método indutivo.
C) doutrina particular das essências, suspensão do juízo da atitude natural, método experimental.
D) suspensão do juízo da atitude natural, intencionalidade, doutrina universal das essências.

Questão 25
Em "Que é metafísica?", Heidegger afirma que são características de toda questão metafísica e de sua formulação, respectivamente:
A) abarcar a totalidade da metafísica - quem interroga é, enquanto tal, problematizado na questão.
B) abarcar a totalidade da metafísica - a ciência é, enquanto tal, sempre colocada em questão.
C) basear-se em pesquisas históricas - quem interroga é, enquanto tal, problematizado na questão.
D) basear-se em pesquisas históricas - a ciência é, enquanto tal, sempre colocada em questão.

Questão 26
"Toda interpretação que se coloca no movimento de compreender já deve ter compreendido o que se quer interpretar" (Ser e tempo, § 32).
Nesse trecho, Heidegger caracteriza o conceito de:
A) disposição afetiva.
B) círculo hermenêutico.
C) circularidade lógica.
D) primado ontológico.

Questão 27
Em O existencialismo é um humanismo, Sartre cita Dostoievski: "Se Deus não existe, tudo é permitido".
A interpretação de Sartre sobre essa sentença está indicada de modo mais adequado em:
A) Deus não existe e não há essência humana anterior à sua existência; o homem, condenado à liberdade e lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz.
B) Ou a moral não tem um fundamento absoluto (Deus), ou não há moral possível; como essa fundamentação moral é necessária, Deus tem de, necessariamente, existir.
C) Deus não existe e não há essência humana anterior à sua existência; é necessário então afirmar o relativismo moral para toda e qualquer ação humana.
D) Deus não existe e não há essência humana anterior à sua existência; no entanto, é necessário considerar certos valores como existindo a priori.

Questão 28
"Muito embora o planejamento do mecanismo pelos organizadores dos dados, isto é, pela indústria cultural, seja imposto a esta pelo peso da sociedade que permanece irracional apesar de toda racionalização, essa tendência fatal é transformada em sua passagem pelas agências do capital de modo a aparecer como o sábio desígnio dessas agências. Para o consumidor, não há nada mais a classificar que não tenha sido antecipado no esquematismo da produção. A arte sem sonho destinada ao povo realiza aquele idealismo sonhador que ia longe demais para o idealismo crítico." (Dialética do esclarecimento, "A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas")
A partir do trecho acima e de acordo com a concepção de Adorno e Horkheimer sobre a indústria cultural, pode-se afirmar que:
A) a "arte sem sonho" destinada às grandes massas é mais realista, e por isso capaz de superar o idealismo crítico.
B) os artistas, individual e coletivamente, são capazes de estabelecer os fins da produção cultural de forma autônoma.
C) a indústria, ao realizar o esquematismo para os sujeitos-clientes, realiza a formação dos sujeitos autônomos.
D) a racionalidade técnica dominante na indústria não é suficiente para a criação de uma sociedade racional.

Questão 29
Em A lógica da pesquisa científica, Popper defende que as teorias científicas devem:
A) ser constituídas por enunciados universais passíveis de falseamento.
B) ser constituídas por inferência de enunciados universais a partir de singulares.
C) fundamentar os enunciados científicos pela verificação dos fatos.
D) fundamentar a explicação dos fatos pelo método indutivo.

Questão 30
Em A estrutura das revoluções científicas, Kuhn tem por objetivo:
A) estabelecer uma separação nítida entre ciência, religião e metafísica.
B) apresentar um modelo que justifique a ciência como concepção de mundo atemporal.
C) mostrar que a ciência se desenvolve apenas pela acumulação de descobertas.
D) esboçar um conceito de ciência diverso do estereótipo a-histórico que se atribui a ela.

Questão 31
Acerca da investigação sobre o poder realizada por Foucault em Vigiar e punir, é mais adequado afirmar que:
A) não se encontra ainda a elaboração de uma microfísica do poder, pois se trata de realizar a genealogia das grandes instituições penitenciárias.
B) poder e saber estão diretamente implicados: as relações de poder constituem sempre campos de saber; e saber sempre supõe e constitui relações de poder.
C) a constituição do sujeito livre e capaz de conhecimento é o requisito fundamental para a análise e compreensão dos mecanismos do poder.
D) a descoberta do poder disciplinar como inspirador do Panopticon é a realização que permite compreender o poder como apropriação.

Questão 32
"A única versão defensável da doutrina do caráter sagrado da vida humana era o que poderíamos chamar de "doutrina do caráter sagrado da vida pessoal". Sugeri que, se a vida humana tem mesmo um valor especial ou um direito especial a ser protegida, ela os tem na medida em que a maior parte dos seres humanos são pessoas." (Singer, Peter. Ética prática, capítulo 5).
Baseado nessa versão da "doutrina do caráter sagrado da vida humana", Peter Singer afirma que, se alguns animais são pessoas, então a vida desses animais:
A) deve ter o mesmo valor especial, ou o mesmo direito à proteção que a dos seres humanos que são pessoas.
B) deve ter o mesmo valor especial, mas não o mesmo direito à proteção que a dos seres humanos que são pessoas.
C) não tem nenhum valor especial, mas tem o mesmo direito à proteção que a dos seres humanos que são pessoas.
D) não tem nenhum valor especial, nem o mesmo direito à proteção que a dos seres humanos que são pessoas.

Questão 33
Alguns filósofos criticaram a metafísica e o pensamento filosófico tradicional.
Sobre essas críticas, pode-se afirmar que, segundo:
A) Kant, a metafísica não é possível como ciência porque o fenômeno só pode ser apreendido por uma intuição intelectual.
B) Nietzsche, as teorias metafísicas realizam uma integração completa entre valores absolutos que devem, ao contrário, ser opostos.
C) Heidegger, são dois os preconceitos que perpassam a pergunta pelo ser: o ser é o conceito mais universal e o ser é o imediato indeterminado.
D) Wittgenstein, nas Investigações filosóficas, a filosofia não pode fundamentar nem deduzir, mas apenas descrever o uso da linguagem.

Questão 34
Inteligência, entendimento, fé e suposição. Essa ordem indica, decrescentemente, "graus de clareza" quanto aos objetos de conhecimento para:
A) Platão, que relaciona tais graus de clareza ao que seus respectivos objetos têm de verdade.
B) Tomás de Aquino, pois sem inteligência e entendimento, fé é mera adesão ao testemunho de outro.
C) Descartes, que considera a clareza e a distinção como critérios para separar verdade e falsidade.
D) Kant, pois associa fé à opinião, e os objetos da inteligência e do entendimento à razão pura.

Questão 35
Na filosofia contemporânea, pode-se afirmar que a verdade, de acordo com:
A) Marx, é realizada na práxis, isto é, a teoria deve ser completamente abandonada em favor da prática.
B) Nietzsche, é um conjunto de ilusões que parece canônico após longo uso, por se ter esquecido seu caráter metafórico.
C) Heidegger, é, em sentido originário (alétheia), uma propriedade primordialmente atribuída às proposições.
D) Wittgenstein, é a correspondência específica com os fatos realizada na figuração dos jogos de linguagem.

Questão 36
A respeito da reflexão filosófica sobre a moral, pode-se afirmar que, segundo:
A) Hume, de fatos podem se deduzir normas, por isso a ética deve ser derivada da ciência.
B) Kant, o dever é a imposição da lei moral dada pelas inclinações e necessidades humanas.
C) Nietzsche, todos os valores absolutos devem ser acolhidos a partir da perspectiva da vida.
D) Mill, a utilidade é a capacidade de promover a maior felicidade para o maior número.

Questão 37
O desejo é uma noção próxima de outras, como apetite, paixões, inclinações e refere-se, de modo geral, a impulsos ou tendências que não são guiados pela razão.
Sobre algumas formas mais clássicas de se conceber o desejo, pode-se afirmar que, de acordo com:
A) Aristóteles, as paixões humanas estão relacionadas ao saber prático, e excluem quaisquer relações com o saber teorético.
B) Maquiavel, o príncipe, para conservar seu poder e sua respeitabilidade, sempre deve satisfazer os desejos dos súditos.
C) Nietzsche, grande parte do pensamento consciente de um filósofo é secretamente guiado por seus instintos.
D) Freud, a consciência moral é senhora dos desejos inconscientes, causadores da neurose em indivíduos imorais.

Questão 38
Ao longo da história, algumas das teses políticas de Aristóteles mereceram críticas de outros autores. Entre essas teses, pode-se citar a concepção do Estado justo como uma comunidade una e indivisa; a finalidade do Estado como sendo o bem comum; e a necessidade de os governantes serem virtuosos por serem exemplo para os governados, que os imitam.
Sobre os autores que criticaram Aristóteles, pode-se afirmar que, de acordo com:
A) Maquiavel, o príncipe deve parecer ter as virtudes éticas, sendo necessário em algumas circunstâncias agir contrariamente a elas.
B) Hobbes, o Estado faz o contrato social surgir naturalmente da convergência dos cidadãos em torno de seu próprio desenvolvimento.
C) Marx, a economia política é o que torna uma comunidade una e indivisa e realiza o bem comum que é o objetivo do Estado.
D) Foucault, a sociedade disciplinar se constitui pelo estabelecimento da soberania, através da delegação de poder pelos indivíduos nas instituições.

Questão 39
A tragédia é uma forma de arte abordada por diferentes pensadores, que a consideraram um dos grandes gêneros artísticos.
De acordo com Aristóteles e Nietzsche, respectivamente, a tragédia envolve:
A) a imitação de ações de caráter elevado através das quais o herói é levado a um destino de infortúnio - a articulação entre os impulsos artísticos da figuração plástica e da música.
B) a imitação de ações de caráter elevado que provocam o êxito do herói - a predominância do impulso dionisíaco sobre o apolíneo a ponto de excluí-lo totalmente.
C) a imitação de ações de caráter baixo que provocam o êxito do herói - a predominância do impulso apolíneo sobre as manifestações dionisíacas a ponto de excluí-las totalmente.
D) a imitação de ações de caráter baixo que provocam a decadência do herói - a destruição mútua dos impulsos artísticos da figuração plástica e da música.

Questão 40
No "método de analogia lógica", utilizado para determinar e um argumento silogístico é válido ou não, substituem-se algumas palavras por outras, cujo sentido conhecemos, mantendo a forma do argumento. Se, então, depara-se com premissas verdadeiras e conclusão falsa, sabe-se que o argumento é inválido.
A característica do silogismo que torna possível esse método está expressa em:
A) A premissa maior tem extensão lógica maior do que a premissa menor.
B) A validade ou a invalidade de um silogismo é uma questão puramente formal.
C) A validade ou a invalidade de um silogismo depende de seu conteúdo específico.
D) A conclusão tem extensão lógica menor do que as premissas.

GABARITO:
01)C 21)A
02)B 22)B
03)A 23)B
04)C 24)D
05)C 25)A
06)A 26)B
07)C 27)A
08)B 28)D
09)A 29)A
10)D 30)D
11)C 31)B
12)A 32)A
13)C 33)D
14)D 34)A
15)A 35)B
16)C 36)D
17)D 37)C
18)A 38)A
19)D 39)A
20)B 40)B
Fonte: http://www.filosofia.com.br/