sábado, 10 de setembro de 2016

Classe media

Àtòsọ́tọ̀ àrin (Classe média)  

 


                                                 

Relações de gênero

1. Àwọn ìbáṣe ìmúdọ́gba ẹ̀yà ní filọ́sọ́fi.
Relações de gênero na filosofia.







2. Obìnrin: ìyá ti àlàáfíà àti ìdàgbàsókè.

 Mulher: mãe da paz e da evolução.





3. Àṣà ifipabanilòpọ̀ (cultura do estupro). 

É um contexto no qual o estupro é pervasivo e normalizado devido a atitudes sociais sobre gênero e sexualidade.


A POETISA E O RECADO AO BOLSONARO: “VOCÊ QUE NÃO MOVA SUA PICA PARA IMPOR RESPEITO A MIM”




Confira a apresentação e a poesia de Mel Duarte: Verdade seja dita


Verdade seja dita
Você que não mova sua pica para impor respeito a mim.
Seu discurso machista, machuca
E a cada palavra falha
Corta minhas iguais como navalha
NINGUÉM MERECE SER ESTUPRADA!
Violada, violentada
Seja pelo uso da farda
Ou por trás de uma muralha
Minha vagina não é lixão
Pra dispensar as tuas tralhas

Canalha!

Tanta gente alienada
Que reproduz seu discurso vazio
E não adianta dizer que é só no Brasil
Em todos os lugares do mundo,
Mulheres sofrem com seres sujos
Que utilizam da força quando não só, até em grupos!
Praticando sessões de estupros que ficam sem justiça.

Carniça!

Os teus restos nem pros urubus jogaria
Por que animal é bixo sensível,
E é capaz de dar reboliço num estômago já acostumado com tanto lixo

Até quando teremos que suportar?
Mãos querendo nos apalpar?
Olha bem pra mim? Pareço uma fruta?
Onde na minha cara ta estampado: Me chupa?!
Se seu músculo enrijece quando digo NÃO pra você
Que vá procurar outro lugar onde o possa meter

Filhos dessa pátria ,
Mãe gentil?
Enquanto ainda existirem Bolsonaros
Eu continuo afirmando:
Sou filha da luta, da puta
A mesma que aduba esse solo fértil

A mesma que te pariu!

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Àwọn, wọn, pron. Eles elas. Indicador de plural.
Ìbáṣe, àbáṣe, s. Cooperação, apoio, assistência, relação sexual com uma mulher.
Ìbáṣepọ̀, s. Cooperação, um trabalho conjunto.
Ìbáṣọ̀rẹ́, s. Aliança, amizade.
Ìbásùn, s. Coito, relação sexual com mulher, sexo.
Ìbátan, s. Parente, relação consanguínea.
Ìmúdọ́gba ẹ̀yà, ìmọ abo àti akọ yàtọ̀, títo ẹranko tàbí ewéko lẹ́gbẹẹgbẹ́ s. Gênero.
, prep. No, na, em.
Filọ́sọ́fi, s. Filosofia. 
Obìnrin, s. Mulher.
Ìyá, yé, yèyé, màmá (do inglês mother), s. Mãe.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ti, ti...ti, adj. Ambos... e. Ti èmi ti ìyàwó mi - ambos, eu e minha esposa.
Ti, v. Ter (verb. aux.). Arranhar. Pular. 
Ti, v. interrog. Como. Ó ti jẹ́? - Como ele está.
Ti, adv. pré-v. Já. Indica uma ação realizada.
Ti, àti, conj. E.
Ti, part. pré-v. 1. Usada para indicar o tempo passado dos verbos. Èmi ti máa rìn lálé - Eu costumava caminhar à noite. 2. É usada com báwo ni - como - quando se deseja expressar sentimento e posicionada antes do verbo principal. Báwo ni àwọn ti rí? - Como eles estão?. 
Àlàáfíà, àláfíà, s. Paz, felicidade, bem-estar.
Àti, conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.
Ìtẹ̀síwájú, s. Progresso, predisposição para melhora, ato ou estado de se mover para a frente.
Ìdàgbàsókè, s. Crescimento, desenvolvimento, evolução.






Matriarcado


Ìjọba ti àwọn obìnrin ní kandomblé àti àgbájọ erékùṣù ti àwọn Bijagọ́s. 

Matriarcado no candomblé e no arquipélago dos Bijagós.

1. Agbára obìnrin ní kandomblé.
Matriarcado no candomblé.

                                                                    

Poder feminino no Candomblé

Talvez a antropóloga Ruth Landes tenha exagerado ao chamar Salvador de “A cidade das mulheres”, em 1938, destacando o matriarcado exercido pelas damas do candomblé jeje-nagô da capital baiana. Exagerado por fazer crer a muitos incautos ou leitores precipitados, que na Bahia o poder de ordem política, em toda nossa sociedade, era exercido por mulheres.Contudo, a experiência religiosa no universo afro-brasileiro, garantiu a muitas mulheres, entre elas as chamadas negras do Partido Alto, endinheiradas através de atividades comerciais, e as líderes espirituais que ficaram (e são) conhecidas como mães-de-santo, o exercício do poder comunitário e a preservação da ancestralidade e da geração de sobrevivência para muitos humanos negros, que se viam apoiados e socializados nos espaços destinados ao culto aos orixás, o terreiro.
Não se pode pensar em candomblé, essa religião criada por nossos irmãos africanos no Brasil, sem destacar-se a figura feminina, sem priorizar, no interior desta religião, o poder inalienável da mulher. O candomblé baiano é uma seara de feminilidades e feminilizações; a natureza deste culto, voltado à possessão e a todos os elementos naturais que regem a vida em nosso planeta, finca-se numa conformação sócio-existencial, na qual o feminino é fundamental na tarefa de religar o humano aos seres etéreos do Orun (o céu do povo-de-santo) e assim realizar, entre os vivos, a satisfação espiritual.
Destas mães brotam mananciais de poder personificado em sabedoria litúrgica. O sentido agregador daquilo que o mestre Vivaldo da Costa Lima chamou de família-de-santo, se estruturou melhor nas zonas de domínio sócio-espiritual onde o comando era exercido por uma mulher, reconhecida por sua iniciação no culto jeje-nagô.
É claro que grandes mães-de-santo também representam o modelo congo-angola na Bahia; não se pode esquecer Mirinha do Portão; nem atualmente ocultar o nome da grandiosa Zulmira, em Lauro de Freitas, que teve como uma de suas iniciadoras Gaiaku Luiza. Nem se deve desprezar o masculino no candomblé, jamais. A harmonia desta religião centra-se no equilíbrio entre feminino e masculino, onde cada papel de gênero deve ser exercido ritualisticamente de acordo ao “sexo” que define humanos e divindades.
E dessa luz-mulher que jorra dos nossos terreiros, alguns nomes não podem ser esquecidos: mãe Aninha, mãe Pulchéria, mãe Senhora, Gaiaku Luiza, e mãe Menininha, entre as mortas; realçando as vivas, mãe Stella de Oxóssi, íntegra representação do poder feminino; mãe Tatá de Oxum, mãe Cutu de Ogum, mãe Lelu de Iemanjá Ogunté, rainha no Pau Miúdo; mãe Val de Airá, a nobreza do Terreiro do Cobre; mãe Helenice de Oxum, mãe Gitolu, mãe Zulmira de Nanã e Carmélia de Oxaguian. As poderosas da Bahia.
(Publicado no Opinião do A Tarde em 06/03/2008)


Fonte: http://ilebabaomin.blogspot.com.br/2009/12/poder-feminino-no-candomble.html

2. Obìnrin: ìyá ti àlàáfíà àti ìdàgbàsókè.
Mulher: mãe da paz e da evolução.



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ara-ìrànlọ́wọ́, s. Auto-ajuda.
Ara, s. Corpo, tronco, substância, membro.
Ìrànlọ́wọ́, s. Ajuda, socorro, auxílio.
Fún, prep. Para, em nome de ( indica uma pretendida para alguém).
Obìnrin, s. Mulher.
Ìyá, yé, yèyé, màmá (do inglês mother), s. Mãe.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ti, ti...ti, adj. Ambos... e. Ti èmi ti ìyàwó mi - ambos, eu e minha esposa.
Ti, v. Ter (verb. aux.). Arranhar. Pular. 
Ti, v. interrog. Como. Ó ti jẹ́? - Como ele está.
Ti, adv. pré-v. Já. Indica uma ação realizada.
Ti, àti, conj. E.
Ti, part. pré-v. 1. Usada para indicar o tempo passado dos verbos. Èmi ti máa rìn lálé - Eu costumava caminhar à noite. 2. É usada com báwo ni - como - quando se deseja expressar sentimento e posicionada antes do verbo principal. Báwo ni àwọn ti rí? - Como eles estão?. 
Ìjọba ti àwọn obìnrin, agbára obìnrin, s. Matriarcado.
Àlàáfíà, àláfíà, s. Paz, felicidade, bem-estar.
Àti, conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.
Ìtẹ̀síwájú, s. Progresso, predisposição para melhora, ato ou estado de se mover para a frente.
Ìdàgbàsókè, s. Crescimento, desenvolvimento, evolução.
Àwọn, wọn, pron. Eles elas. Indicador de plural.
Àgbájọ erékùṣù, s. Arquipélago.
Àgbájọ erékùṣù ti àwọn Bijagọ́s, s. Arquipélago dos Bijagós.




Deus

Ǹjẹ́ Ọlọ́run wà?
Deus existe?  





Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ǹjẹ́, ṣé, part. interrog. Será que? Inicia uma frase interrogativa que determina uma resposta, sim ou não.
Ọlọ́run, s. Deus.
, v. Vir. Procurar por, buscar, vasculhar. Tremer de nervoso. Dividir, partir em pequenos pedaços.
, v. Ser, haver, existir, estar.
, V. Cavar. Remar, dirigir. Abraçar, prender, apertar . Monopolizar.
Wà, àwa, pron. pess. Você.
Wa, pron. oblíquo. Nos, conosco. Possui função reflexiva e é posicionado depois de verbo e preposição.
Wa, pron. poss. Nosso, nossa.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Camisa de ouro

Olówó "bùbá wúrà jù gbowólórí ti ayé" jẹ́ òkú.
Milionário "da camisa de ouro mais cara do mundo" é morto.





O milionário e empresário indiano Datta Phuge, que se tornou famoso por causa de uma extravagante camisa de ouro considerada a mais cara do mundo, foi assassinado brutalmente na cidade ocidental indiana de Pune em circunstâncias que a Polícia investiga, informou ontem (15) à Agência Efe uma fonte policial.
O fato aconteceu na noite passada em um lugar ermo da cidade, na área de Dighi, disse o inspetor da delegacia desta região, Navnath K. Ghogare. O oficial disse que um grupo de 12 agressores matou o empresário e posteriormente a Polícia deteve cinco suspeitos, entre eles alguns conhecidos do empresário.
A Polícia trabalha com a possibilidade de “assuntos relacionados com o empréstimo de dinheiro” na investigação das circunstâncias do ataque, disse Ghogare.

Fonte: http://dalianet.blogspot.com.br/2016/07/milionario-da-camisa-de-ouro-mais-cara.html

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Olówó, s. Milionário, pessoa rica, pessoa com capital.
Ẹ̀wù àwọ̀tẹ́lẹ̀, bùbá, s. Camisa.
Wúrà, s. Ouro.
Gbowólórí, adj. Caro.
Jù, jùlọ, adj. comp. Mais do que, excessivo, demais.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ayé, àiyé, s. Mundo, planeta.
Jẹ́, v. Ser. Concordar, permitir, admitir, arriscar-se a um empreendimento. Ser feito de, envolver. Responder, replicar. Chamar-se. ser chamado.
Òkú, s. Morto, cadáver.


Jean Wyllys

Ìfojúkojú (entrevista)

                                                                                               

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Evangelização


Oko ẹrú àti ìwásù ìhìnrere.
Escravatura e evangelização.