sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Semana da consciência negra 3


Ọ̀sẹ̀ ti ọkàn dúdú.
Semana da consciência negra.

Reinos africanos


1. Egito

A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no nordeste africano (margens do rio Nilo) entre 3.200 a.C. (unificação do norte e sul) a 32 a.C. (domínio romano).



2. Núbios sudaneses


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   Uma análise química dos ossos de antigos núbios – grupo étnico originário do norte do Sudão – mostra que eles consumiam regularmente tetraciclina na cerveja. A descoberta é uma evidência forte de que a “arte” de fazer antibióticos (cuja invenção oficial é associada à descoberta da penicilina em 1928) era praticada há cerca de 2 mil anos.

A pesquisa, liderada pelo antropólogo George Armelagos e químico médico Mark Nelson, da Universidade Emory e Paratek Pharmaceuticals, respectivamente, foi publicada no Americanl Journal of Physical Anthropology.


3.  Império etíope

O Império Etíope, também conhecido como Abissínia, foi um império que ocupou os presentes territórios da Etiópia e da Eritreia, existindo de aproximadamente 1270 (início da Dinastia Salomónica) até 1974, quando a monarquia foi deposta por um golpe de estado. Foi na sua época o mais antigo estado do mundo, e o único a resistir com sucesso à Partilha de África pelas potências coloniais do século XIX.

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Igreja de Lailibela





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4. A civilização de Axum





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5. Reino de Gana




6. Reino do Mali













* Timbuktu, Gao e Djenné eram centros universitário com alunos provinientes de todo o continente africano.

* Timbuctu tinha 100 mil habitantes e foi fundada no século XI pelo povo tuareg.

*Havia no século XII, três universidades e 180 escolas. As três universidades tinham 25 mil alunos.

*As bibliotecas tinham milhares de obras escritas em árabe antigo.

* São mais de 700 mil documentos, descobertos nos últimos anos, que comprovam que no século XII lá era o centro do saber africano.

Mansa Musa (1312 -1337)

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Mansa Musa, rei do Mali, em 1324, peregrinou  para o norte, em direção ao Egito, com 60 mil carregadores. Cada um, levava três quilos de ouro puro, ou seja, 180 toneladas. Ele foi o homem mais rico da história.

Abu Bacar II (1275-1285.)

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Abu Bacar II, tio de Mansa Musa, queria encontrar um caminho alternativo para Meca pelo mar. A esquadra embarcou num porto do Senegal  para o Ocidente e atravessou o Oceano Atlântico. Hoje, acredita-se que chegou no continente americano, mais de um século e meio antes de Colombo, que descobriu a América em 1492.


7. Império Songhai


8.  Reino co Congo







O Reino Congo vivia em democracia quando os portugueses chegaram no século xv, diz Patrício Batsikama.




9. Outros reinos









Semana da consciência negra 2

Ọ̀sẹ̀ ti ọkàn dúdú.
Semana da consciência negra.


VERDADEIRO PAI DA MEDICINA – IMHOTEP OU HIPÓCRATES?



Por Walter Passos
, Historiador,Panafricanista,
Afrocentrista e Teólogo.
Pseudônimo: Kefing Foluke.



"No Egito, os homens são mais hábeis em Medicina do que qualquer outra da espécie humana". Homero, em Odisséia.

Na historiografia, o erro crucial é a falsificação da história africana, realizada por autores do eurocentrismo, problema identificado por Cheik Anta Diop em seus diversos escritos. Este vilipêndio foi programado e com objetivos perversos; a falácia do eurocentrismo tentou apagar da memória mundial a verdade histórica, e afetar psicologicamente os africanos e afro-diaspóricos, conseguindo êxito na diminuição da auto-estima de bilhões de pessoas. A denúncia desta perversidade eurocêntrica é um dos caminhos que todo historiador na África ou em diáspora deve participar, desenvolvendo e tendo em prática a afrocentricidade.

Fico deveras preocupado quando ouço intelectuais pretos se gabarem de possuir conhecimentos de proeminentes teóricos europeus que criaram, decretaram e difundiram a inferioridade intelectual dos africanos, exemplos: Voltaire (1694-1778), Cuvier (1769-1832), Gobineau (1816-1882) Lévy-Bruhl (1857-1939) Hume (1711-1776) Kant (1724-1804) Hegel (1770-1831), entre outros.

Já participei de debates onde doutores afro-diaspóricos cheios de empáfia se apresentam como weberianos, marxistas, gramscinianos, pós-modernistas, e diversas outras adjetivações, combatendo o conhecimento afrocêntrico. Lembro da frase muito peculiar de Malcolm X:

“É preciso ter muito cuidado, muito cuidado mesmo, ao apresentar a verdade ao homem preto que nunca antes ouviu a verdade a respeito de si mesmo, de sua espécie e do homem branco”.

O filosofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel afirmou:

“A África, na história, ficou reclusa, sem conexão com o resto do mundo, é a terra do ouro, recolhida em si mesma, o país da infância, que além da época da história consciente, está enterrada na escuridão da noite.”


Presunçoso, racista e desinformado este filósofo alemão, desconhecia o grande conhecimento preto-africano, se o conhecesse não escreveria esta asneira (asno).

Nesta falsificação da história foi necessário promover uma civilização branca ocidental, como símbolo do conhecimento, da sabedoria aonde todas as ciências se tornaram “racionais”. Elegeram a civilização helênica. Não satisfeitos tentaram mascarar a genes de todo o conhecimento humano: África.

Ignóbeis gregos que plagiaram os conhecimentos africanos antigos, mas, os documentos históricos os desmentem, os próprios escritos gregos são provas de onde obtiveram o conhecimento como meros aprendizes, os quais são corroborados com os monumentos e escritos feitos pelos reais criadores na África.

Dentre esses grandes plágios e absorções de conhecimentos a medicina africana foi uma das maiores vítimas, tema que discorrerei com as amadas e amados ledores deste blogger.

Hipócrates, Herófilo, Erasístrato (“pai da fisiologia?”), Galeno de Pergamo, reconheceram de que suas informações são Khemitas, estudadas no templo de Imothep, em Memphis.

Quando falamos em história da medicina, todo estudante das ciências médicas cita o grego Hipocrates, considerado o pai da medicina, líder da Escola de Cós, autor de vários tratados médicos, e sendo homenageado até hoje com “O juramento de Hipócrates” nas formaturas dos médicos e médicas, vejamos um trecho:

"As coisas sagradas devem ser ensinados as pessoas puras, é um sacrilégio se comunicar com pessoas de fora até que tenham iniciado nos mistérios da ciência. Palavras de Hipocrates repetindo os seus mestres das Escolas de Mistérios no Egito.

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.” Juramento de Hipocrates.


HIPPOCRATES OF COS (THE FATHER OF MEDICINE)




As pesquisas históricas comprovaram que Hipocrates aprendeu medicina no Egito e plagiou diversos ensinamentos, entre eles, o diagnóstico de infertilidade feminina. Hipocrates sempre fora fiel aos ensinamentos, iniciado nos Templos de Thoth, dos seus mestres egípcios das Escolas de Mistérios.

O conhecimento da medicina chegou à Grécia em três momentos complementares. A princípio, as relações comerciais entre egípcios e os povos do Mediterrâneo levaram o conhecimento de sua avançada ciência em relação àqueles povos, principalmente aos gregos. Em seguida, espantados com os conhecimentos imensurável dos egípcios, os mesmos gregos, como Sócrates e Hipocrates, foram ao Egito aprender nas chamadas Escolas dos Mistérios. Por fim, a invasão de Alexandre e o roubo de preciosos documentos médicos que se tornaram excepcional fonte documental de estudos para os gregos nas ciências médicas e posteriormente para os romanos.

IMHOTEP – VERDADEIRO PAI DA MEDICINA

Antes de adentramos ao conhecimento real de Imhotep, vejamos algumas curiosidades sobre o verdadeiro pai da medicina:

São atribuídas obras arquitetônicas belíssimas a Imhotep, dentre elas se destaca a Pirâmide de Djoser (também chamada pirâmide escalonada ou dos degraus).

Observe agora o detalhe com o nome de IMHOTEP em hieróglifo, proveniente do complexo da pirâmide de Sakkara.

Entre outras coisas Imhotep também é atribuída à previsão e prevenção de uma fome de sete anos que veio sobre a terra, ele previu a fome depois de interpretar um sonho do faraó Djoser. Neste sonho do deus do Nilo falou ao faraó, e Imhotep foi o único que poderia interpretar o sonho. Qualquer pessoa com algum conhecimento básico da Bíblia notará imediatamente que esta história é idêntica à de José, o menino pastor que foi vendido como escravizado por seus irmãos, Joseph agora, depois de muitas tentativas finalmente chegou ao Egito, onde ele previu e, impedido, uma fome de sete anos, tornou-se o grão-vizir para faraó da época e em todo o Egito a única pessoa que estava acima dele, foi o faraó, similar à vida de Imhotep.


E, como não poderia deixar de ser, a Indústria branca do cinema hollywoodiana tem usado a chamada sétima arte para distorcer os fatos históricos africanos, e usaram a personagem Imhotep colocando como vilão, um ser perverso, mesquinho que ressuscita pensando no seu bem-estar e sem preocupações humanitárias. O ator do filme A Múmia e o Retorno da Múmia são o sul-africano Arnold Vosloo. No filme, Imhotep é condenado à pior de todas as maldições egípcias após ter se relacionado com Ank-Su-Namon amante do faraó Seti I, do qual era seu sacerdote. Assim, após um grupo de pesquisadores acordarem a múmia (Imhotep) de seu túmulo, as pragas do Egito caem sobre a cidade e a maldição sobre aqueles que o acordaram.



O verdadeiro pai das ciências médicas, Imhotep, viveu no Egito antigo em (2700-2670 a.C), o significado do seu nome é: "aquele que vem em Paz”. Foi também, administrador, teólogo, escritor, astrônomo e arquiteto.

Imhotep é um exemplo do culto da personalidade. Aproximadamente 100 anos após a sua morte, foi considerado como um semideus médico. Em aproximadamente 525 a.C., cerca de 2.000 anos após a sua morte, foi elevado à categoria de um deus, e substituiu Nefertum na tríade grande em Mênfis. No Cânon de Turin era considerado como filho de Ptah. Imhotep, conjuntamente Amenhotep, foi os únicos egípcios mortais que alcançaram o estatuto de deuses. Foi também associado com Thoth, deus da sabedoria, da escrita e da aprendizagem.

Patrono dos médicos, no Egito, endeusado na época e invocado nas orações, ele foi adorado pelos gregos como Asclépio e pelos romanos como Esculápio. Os pagãos - cristãos romanos o consideravam “Príncipe da Paz”. Imhotep viveu durante a Terceira Dinastia no corte do Faraó Zoser, Imhotep havia morrido 2500 anos antes do nascimento de Hipócrates. Foi honrado pelos Romanos e os imperadores Claudius e Tibério ordenaram que fossem feitas inscrições louvando Imhotep nas paredes dos seus templos egípcios.

Imhotep escreveu textos médicos, a ele é creditada a autoria do papiro de Edwin Smith, é a única cópia de parte de um antigo livro egípcio sobre trauma da cirurgia. O mais antigo escrito de literatura médica, e é o mais antigo documento cirúrgico do mundo. È considerado pelos grandes professores das ciências médicas ocidentais como o berço do pensamento analítico da medicina.

Possui mais de 90 termos anatômicos e 48 lesões são descritas, uma das grandes importâncias deste grande legado da medicina que contem 17 páginas riquíssimas sobre questões médicas- cirúrgicas da traumatologia, abordando diagnósticos e métodos de tratamento. Fez os primeiros prontuários médicos da história.

Um dos fatores que chama a atenção deste papiro é a descrição anatômica dos pés a cabeça, demonstrando vasto conhecimento sobre o coração, rins, bexiga, baço, fígado e ureteres que as escolas médicas da Idade Média seguiram e é usado até hoje nas escolas de medicina.


Fundou uma escola de medicina em Memphis, e diagnosticou e tratou mais de 200 doenças, entre elas: 15 doenças do abdômen, 11 da bexiga, 10 do reto, 29 dos olhos, 18 da pele, cabelos, unhas e língua. Também conhecia a posição e a função dos órgãos vitais e da circulação do sistema sanguíneo. Imhotep extraía os remédios das plantas.

ANCIENT AFRICA BY VAN SERTIMA PT 3



Imhotep entrou na história por seus conhecimentos médicos e vasta sabedoria. No Egito havia também a biblioteca Faraônica Imhotep, que armazenavam todos os seus tratados de medicina e cirurgia. Na Grécia os templos dedicados a ele se tornaram centros de estudos médicos.

O povo cantou provérbios séculos mais tarde após a sua morte e 2500 anos depois, havia tornado um deus da medicina, nos quais os gregos, que o chamam Imouthes, reconheceu o seu próprio Asclépio.

IMHOTEP, O MÉDICO



De acordo com Clemente de Alexandria, os Egípcios possuíam mais de 42 livros de Hermenêutica, e cerca de seis livros médicos, a saber: sobre a construção do corpo, sobre as doenças, sobre os equipamentos (o médico), sobre a medicação, os olhos (sobre doenças), sobre as condições das mulheres.

O maior compêndio de medicamento foi compilado por Hermes, um médico de origem grega que estudou no Egito, e constou de seis livros. O primeiro dos seis livros estava diretamente relacionado à anatomia, outro psíquico, outro de farmacologia e outros temas.

“A arte de curar está dividida. Cada tratamento médico de uma doença, e não vários, e tudo está cheio de doutores. Há médicos para os olhos, para a cabeça, os dentes, para o corpo e medicina interna.” Heródoto, Histórias, II, 84



Detalhando inscrição egípcia instrumentos médicos, incluindo serras ósseas, ventosas, facas e bisturis, afastadores, escalas, lanças, cinzéis e instrumentos dentários.


A medicina em Kemet, segundo textos encontrados freqüentemente relatam que os médicos, eram: oculistas, dentistas que usavam fios de ouro e realizaram obturações com cimento mineral e outras técnicas foram amplamente usadas. Havia especialistas, incluindo médicos veterinários. A documentação é vastíssima sobre a medicina e muitos papiros foram encontrados trazendo a luz os conhecimentos africanos sobre a ciência médica, que descreve as doenças, e o tratamento aplicado em todas as áreas da medicina, incluindo ginecologia, cirurgia óssea e as queixas de olhos, entre outras doenças.





Os antigos egípcios inventaram também a prótese para os que nasciam com deformidade ou sofriam algum acidente. Em 2007, uma múmia feminina datada entre 1000 e 600 a.C foi encontrado um dedo protético criado a partir de madeira e couro.

Criaram os primeiros hospitais do mundo, os santuários de cura onde médicos e sacerdotes cuidavam dos doentes.

O estudo da anatomia e fisiologia mostra um grau de conhecimento do funcionamento do corpo humano, sua estrutura, o trabalho do coração e vasos sanguíneos.
Entre os diversos procedimentos do antigo estava à trepanação (cirurgia do crânio) e a cesariana.

O conhecimento médico no antigo Egito tinha uma reputação excelente, e os governantes de outros impérios solicitavam aos faraós egípcio de enviar-lhes o melhor médico para tratar os seus entes queridos. Se você vivesse no chamado “mundo antigo” o seu centro médico de referência seria Kemet (Egito). E se quisesse se tornar um bom médico ou médica iria estudar no Egito, país das melhores faculdades de medicina e dos melhores médicos do mundo. Na terra dos pretos você aprenderia com profundidade a medicina.

"Os egípcios eram hábeis na medicina mais do que qualquer outra arte." Heródoto.

Semana da consciência negra 1

Ọ̀sẹ̀ ti ọkàn dúdú.
Semana da consciência negra.

1. Consciência negra
                          Steve Biko


"A Consciência Negra é, em essência, a percepção pelo homem negro da necessidade de juntar forças com seus irmãos em torno da causa de sua atuação – a negritude de sua pele – e de agir como um grupo, a fim de se libertarem das correntes que os prendem em uma servidão perpétua. Procura provar que é mentira considerar o negro uma aberração do “normal”, que é ser branco. É a manifestação de uma nova percepção de que, ao procurar fugir de si mesmos e imitar o branco, os negros estão insultando a inteligência de quem os criou negros. Portanto, a Consciência Negra toma conhecimento de que o plano de Deus deliberadamente criou o negro, negro. Procura infundir na comunidade negra um novo orgulho de si mesma, de seus esforços, seus sistemas de valores, sua cultura, religião e maneira de ver a vida.''


2. Quilombo dos Palmares

 Zumbi dos Palmares: líder do Quilombo dos Palmares
Zumbi dos Palmares: líder do Quilombo dos Palmares

História e características

O Quilombo dos Palmares foi um dos mais importantes quilombos do Período Colonial da História do Brasil. Ele surgiu e se desenvolveu na antiga capitania de Pernambuco, na região da Serra da Barriga.


O auge do Quilombo dos Palmares foi a segunda metade do século XVII, embora tenha surgido no final do século XVI.


Era constituído por quilombolas (escravos fugitivos das fazendas que viviam nos quilombos) que tinham sido escravos em fazendas das capitanias da Bahia e Pernambuco.


Tornou-se símbolo da resistência negra à escravidão.


Organização


O Quilombo dos Palmares era composto por vários mocambos (núcleos de povoamento). Os principais foram: Subupira, Macaco e Zumbi. De acordo com historiadores, o Quilombo de Palmares atingiu de 15 a 20 mil quilombolas na segunda metade do século XVII.


Economia


Os quilombolas de Palmares viviam basicamente da agricultura de subsistência, da pesca e caça. Plantavam milho, banana, feijão, mandioca, laranja e cana-de-açúcar. Faziam também artesanato com cerâmica, tecido palha e até metais.


Organização política e lideranças


Alguns historiadores acreditam que o Quilombo dos Palmares tinha uma organização política semelhantes aos reinos africanos, ou seja, poder centralizado nas mãos de um líder. Ganga Zumba e Zumbi foram os líderes mais conhecidos deste quilombo.


Repressão


Considerando uma ameaça a organização política e social da colônia, o governo colonial organizou várias expedições para reprimir e dominar o Quilombo de Palmares.


O quilombo foi dominado somente em 1695, após a investida militar do bandeirante Domingos Jorge Velho. Em 20 de novembro, Zumbi foi emboscado e morto.


Dia da Consciência Negra


Todo dia 20 de novembro (dia da morte de Zumbi dos Palmares) comemoramos o Dia da Consciência Negra. A data é uma referência e homenagem à Zumbi dos Palmares e a todos os negros que resistiram bravamente à escravidão.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/quilombos/quilombo_dos_palmares.htm


3. Hino à Negritude


Negritude é a resistência cultural dentro do capitalismo racial e cristão. A negação do ato colonizador e, a escravidão moderna foi uma atitude capitalista e cristã. Todo negro está obrigado a viver na autenticidade, transmitida pela violência do racismo. Por isso, ele tem que mostrar a sua identidade e orgulhar se dela, recusando-se  a ser uma cópia dos padrões europeus para ser alguém. Precisa dizer, sou negro e tenho orgulho da minha condição. No racismo antirracismo trata-se de uma valorização do negro. Um olhar negro sobre o mundo com valorização da cultura negra, consciência negra e consciência de si.




                                    Eduardo Oliveira


  

Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É uma imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez


Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas viris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lhe destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a sol
Para o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez


Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filho também da Mãe-África
Arunda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez


Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
Todos numa só voz
Bradam nossos avós
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez

(bis)

4. África: o berço da humanidade.



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Todos os homens modernos vieram de uma única raça: a Negra. Portanto somos todos negros em nossa origem biológico-genética, a única coisa que nos diferencia é a cor de nossa pele, nada mais.

5. Àwọn adúláwọ̀ ọkàn funfun(negropeus)                                                                                                                               Sebastian Truthful 

Os negropeus religiosos são aqueles que praticam a religião do seu opressor. Estes são capazes defender, inclusive, doutrinas e lideres religiosos claramente racistas. Tentam justificar sempre as atitudes destes, inclusive dão mais valor a fraternidade que possuem com seu irmão cristão ou muçulmano branco do que com os irmãos negros. É capaz de doar todo seu dinheiro para cumprimento do tal ministério religioso, mas não doa um centavo em qualquer projeto social virado para emancipação do homem negro. Conhece melhor a mitologia cristã ou islâmica do que a história de África ou, pior, tenta adaptar a história de África à sua fantasia religiosa. Diaboliza tudo o que representa as religiões africanas. Nos casos mais graves, como os que atualmente assistimos no Mali, na República Centro Africana e na Nigéria, são capazes de matar seu irmão por questões religiosas sem qualquer piedade.


Fernando Holiday (vereador de  São Paulo)





Àwọn  adúláwọ̀ ní Àgbáyé (Os negros no mundo). 

1. Aborígenes.











2.   Melanésios 

Papua Nova Guiné












Conheça o país onde negros são 'naturalmente loiros'



Os pesquisadores identificaram um gene responsável pela variação da cor do cabelo em negros da Ilha Salomão. Chamado de TYRP1, ele é conhecido por influenciar a pigmentação nos humanos


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negros ilhas salomão

negros ilhas salomão




3. Negros africanos.
























         
4. Etnia drávida do sul da Índia






























5. Negritos  das Filipinas.



Os negritos são um grupo de povos do Sudeste Asiático e incluem os atis e pelos menos cinco outras tribos das Filipinas, os semang da Península da Malásia e 12 tribos das Ilhas Andaman.









6. Negros de Omã.



Qaboos bin Said al Said, o sultão de Omã, tinha uma fortuna estimada em 700 milhões de dólares em 2011. Resultado das riquezas naturais do país, produtor de petróleo e gás. Ele financia a restauração de mesquitas









7. Negros do Iêmen.









Bildergalerie Jemen Armut


Muamar Kadafi

                                                               
Líbyà (Líbia)




Muammar al-Gaddafi at the AU summit.jpg


Tudo que o tirano Gaddafi fez com seu povo. Eis uma lista de atrocidades a que os líbios foram submetidos por quatro décadas:

1. Não havia conta de luz na Líbia. A eletricidade era grátis para todos os cidadãos.
2. Não havia juros sobre empréstimos. Os bancos oficiais oferenciam subsídios iguais para todos. Era lei.
3. Ter uma casa era considerado direito humano.
4. Todos os recém-casados na Líbia recebiam US$ 50 mil, o bastante para aa compra de seu primeiro apartamento. Era o presente do governo às novas famílias.
5. Educação e tratamentos médicos eram grátis na Líbia. Antes de Gaddafi chegar ao poder 25 por cento dos líbios eram alfabetizados. hoje o número é de 83 por cento.
6. Terras aráveis, uma casa rural, ferramentas, sementes e gado livre eram oferecidos a quem quisesse ser agricultor.
7. Se um líbio não encontrasse escolas ou instalações médicas de que necessitasse poderia buscá-las no estrangeiro com a ajuda de fundos do Estado, que oferecia, para isso US $ 2.300 por mês destinados a alojamento e transporte.
.8. Se um líbio comprasse um carro, o governo subsidiava metade do valor.
9. A gasolina custava 12 centavos de dólar (cerca de R$0,40) o litro.
10. Se um líbio terminasse a graduação universitária e não achasse colocação, o estado pagava o salário médio de sua profissão em que ele encontrasse emprego tecnicamente adequado.
11. A Líbia não tinha dívida externa e as reservas, que totalizavam |US$ 150 bi, foram dividas pelas potências de ocupação entre si.
12. Uma parcela da venda de petróleo da Líbia era creditada diretamente nas contas de todos os cidadãos da Líbia.
13 Mães que davam à luz uma criança ganhavam US $ 5.000.
14. Um quarto dos líbios têm um diploma universitário.
15. O Grande Rio Artificial para abastecimento das lavouras e cidades líbias é o maior projeto de encanamento da água potável do mundo.
Graças a Deus Otan e os rebeldes devolveram a liberdade ao povo líbio.”
(fonte: Schweiz Magazin, Suíça)

Consciência negra


Ọkàn dúdú (consciência negra).

Steve Biko e a concepção da consciência negra

"A Consciência Negra é, em essência, a percepção pelo homem negro da necessidade de juntar forças com seus irmãos em torno da causa de sua atuação – a negritude de sua pele – e de agir como um grupo, a fim de se libertarem das correntes que os prendem em uma servidão perpétua. Procura provar que é mentira considerar o negro uma aberração do “normal”, que é ser branco. É a manifestação de uma nova percepção de que, ao procurar fugir de si mesmos e imitar o branco, os negros estão insultando a inteligência de quem os criou negros. Portanto, a Consciência Negra toma conhecimento de que o plano de Deus deliberadamente criou o negro, negro. Procura infundir na comunidade negra um novo orgulho de si mesma, de seus esforços, seus sistemas de valores, sua cultura, religião e maneira de ver a vida.''




A inter-relação entre a consciência do ser e o programa de emancipação é de importância primordial. Os negros não mais procuram reformar o sistema, porque isso implica aceitar os pontos principais sobre os quais o sistema foi construído. Os negros se acham mobilizados para transformar o sistema inteiro e fazer dele o que quiserem. Um empreendimento dessa importância só pode ser realizado numa atmosfera em que as pessoas estejam convencidas da verdade inerente à sua condição. Portanto, a libertação tem importância básica no conceito de Consciência Negra, pois não podemos ter consciência do que somos e ao mesmo tempo permanecermos em cativeiro.



Queremos atingir o ser almejado, um ser livre.O movimento em direção à Consciência Negra é um fenômeno que vem se manifestando em todo o chamado Terceiro Mundo. Não há dúvidas de que a discriminação contra o negro em todo o planeta tem origem na atitude de exploração, por parte do homem branco. Através da História, a colonização de países brancos pelos brancos resultou, na pior das hipóteses, numa simples fusão cultural ou geográfica, ou, na melhor, no abastardamento da linguagem. É verdade que a história das nações mais fracas é moldada pelas nações maiores, mas em nenhum lugar do mundo atual vemos brancos explorando brancos numa escala ainda que remotamente semelhante ao que ocorre na África do Sul. Por isso somos forçados a concluir que a exploração dos negros não é uma coincidência. Foi um plano deliberado que culminou no fato de até mesmo os chamados países independentes negros não terem atingido uma independência real.Para a abordagem da Consciência Negra, reconhecemos a existência de uma força principal na África do Sul. Trata-se do racismo branco. Essa é a única força contra a qual todos nós temos de lutar. Ela opera com uma abrangência enervante, manifestando-se tanto na ofensiva quanto em nossa defesa. Até hoje seu maior aliado vem sendo nossa recusa em nos reunirmos em grupo, como negros, pois nos disseram que essa atitude é racista. Desse modo, enquanto nos perdemos cada vez mais num mundo incolor, com uma amorfa humanidade comum, os brancos encontram prazer e segurança em fortalecer o racismo branco e explorar ainda mais a mente e o corpo da massa de negros que não suspeitam de nada. Os seus agentes se encontram sempre entre nós, dizendo que é imoral nos fecharmos num casulo, que a resposta para nosso problema é o diálogo e que a existência do racismo branco em alguns setores é uma infelicidade, mas precisamos compreender que as coisas estão mudando. Na realidade esses são os piores racistas, porque se recusam a admitir nossa capacidade de saber o que queremos. Suas intenções são óbvias: desejam fazer o papel do barômetro pelo qual o resto da sociedade branca pode medir os sentimentos do mundo negro. Esse é o aspecto que nos faz acreditar na abrangência do poder branco, porque ele não só nos provoca, como também controla nossa resposta a essa provocação. Devemos prestar muita atenção neste ponto, pois muitas vezes passa despercebido para os que acreditam na existência de uns poucos brancos bons. Certamente há uns poucos brancos bons, do mesmo modo que há uns poucos negros maus. Mas o que nos interessa no momento são atitudes.Precisamos eliminar de imediato a idéia de que a Consciência Negra é apenas uma metodologia ou um meio para se conseguir um fim. O que a consciência Negra procura fazer é produzir, como resultado final do processo, pessoas negras de verdade que não se considerem meros apêndices da sociedade branca. Essa verdade não pode ser revogada. Não precisamos pedir desculpas por isso, porque é verdade que os sistemas brancos vêm produzindo em todo mundo grande número de indivíduos sem consciência de que também são gente. Nossa fidelidade aos valores que estabelecemos para nós mesmo também não pode ser revogada, pois sempre será mentira aceitar que os valores brancos são necessariamente os melhores. Chegar a uma síntese só é possível com a participação na política de poder. Num dado momento, alguém terá que aceitar a verdade, e aqui acreditamos que nós é que temos a verdade.

Fonte: http://conscienciarevolucionaria-kassan.blogspot.com.br/2009/07/steve-biko-e-concepcao-da-consciencia.html