sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

África


Áfríkà (África)

Àwòrán Kemet Imhotep Paulo

Afuraka (África), a terra negra.

Onde as montanhas artificiais estão 
Onde os reis são deuses, e cada hora do dia é governada por seu próprio deus, e os sacerdotes dominam.
Onde os carros correm rápidos como um vôo dos falcões e Rá rege o dia, com seu olho que brilha brilhante.
As águas cintilantes do Nilo enchem a terra de vida, até Deshret, casa de Set, que é o deus da luta.
Aqui, o grande Tahuti deu ao homem mortal a arte de escrever e sabedoria para entender.
Sekhmet vingativo, que toda 
a humanidade temia, tornou-se nosso protetor, através do dom da cerveja.
Wesir, assassinado por seu próprio irmão, tornou-se senhor da vida após a morte, e Aset nossa mãe.
Heru, seu filho, vingou a morte de seu pai e passou seu poder, com o primeiro faraó respirando.
Imhotep, o grande doutor e desenhista construído para Djoser uma pirâmide, para sempre ficar Snefru, três vezes iria construir pirâmides de altura, mas Khufu e Khafre superaria todos eles.
Amunhotep III construiu uma nação poderosa, e Akhenaton teve uma revelação devine.
Thutmosis III fez o exército forte 
e Pepi I governou tão longo Ramsés II construído templos, para não ser esquecido.
E estava envolto em linho, para que ele não fosse podre. 
A mãe da cultura, da lei e da civilização, 
Kemet, a terra negra, uma nação duradoura.
#wisdonofblackman
Barra Berdi

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Mariologia



Ìṣeọ̀rọ̀ Màríà (Ìyá Jésù).
Mariologia.

Nossa Senhora Aparecida – A madona negra brasileira 

É o conjunto de estudos teológicos acerca de Maria, mãe de Jesus Cristo na Igreja Católica, que compreende uma vasta produção bibliográfica que visa a salientar a importância da figura feminina de Maria e a profunda e piedosa crença dos fiéis a ela, com o objetivo de enriquecer o âmbito teológico cristão.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Filosofia afro-brasileira

Filọ́sọ́fi ti adúláwọ̀ ará Bràsíl.
Filosofia afro-brasileira. 





       Filọ́sọ́fi ti Áfríkà-ìwo iwájú.
       Filosofia afroperspectivista.


                     Renato Noguera


    Abordagem filosófica pluralista que reconhece a existência de várias perspectivas, sua base é demarcada por repertórios africanos, afrodiaspóricos, indígenas e ameríndios. 

A Filosofia afroperspectivista reúne alguns dos seguintes elementos:

1. Afroperspectividade define a Filosofia como uma coreografia do pensamento.

2. A Filosofia afroperspectivista define o pensamento como movimento de ideias corporificadas, porque só é possível pensar através do corpo. Este, por sua vez, usa drible e coreografia como elementos que produzem conceitos e argumentam.

3. Os conceitos afroperspectivistas são construídos a partir de movimentos de coreografia de personagens conceituais melanodérmicos. Neste sentido, os conceitos são escritos com os pés, com as mãos e com cabeça ao mesmo tempo.

4. A Filosofia afroperspectivista define a comunidade/sociedade nos termos da cosmopolítica bantu: comunidade é formada pelas pessoas que estão presentes (vivas), pelas que estão para nascer (gerações futuras/futuridade) e pelas que já morreram (ancestrais/ancestralidade).

5. A Filosofia afroperspectivista é policêntrica, percebe, identifica e defende a existência de várias centricidades e de muitas perspectivas.

6. A Filosofia afroperspectivista não toma o prefixo “afro” somente como uma qualidade continental; estamos diante de um quesito existencial, político, estético e que nada tem de essencialista ou metafísico.

7. A Filosofia afroperspectivista usa a roda como método, um modelo de inspiração das rodas de samba, candomblé, jongo e capoeira que serve para colocar as mais variadas perspectivas na roda antes de uma alternativa ser alcançada. A roda é uma metodologia afroperspectivista.

8. Afroperspectividade é devedora da Filosofia ubuntu de Mogobe Ramose.

9. Afroperspectividade define competição como cooperação, isto é, competir [significa petere (esforçar-se, buscar) cum (juntos)], localizar alternativas que são as melhores num dado contexto, mas, não são únicas, tampouco permanentes e devem atender toda a comunidade.

10. Afroperspectividade é devedora do Nguzo Saba formulado por Maulana Karenga, isto é, se baseia nos sete princípios éticos que ajudam a organizar e orientar a vida. A saber: Umoja (unidade): empenhar-se pela comunidade; Kujichagulia (autodeterminação): definir a nós mesmos e falar por nós; Ujima (trabalho e responsabilidade coletivos): construir e unir a comunidade, perceber como nossos os problemas dos outros e resolvê-los em conjunto; Ujamaa (economia cooperativa): interdependência financeira, recursos compartilhados; Nia (propósito): transformar em vocação coletiva a construção e o desenvolvimento da comunidade de modo harmônico; Kuumba (criatividade): trabalhar para que a comunidade se torne mais bela do que quando foi herdada; Irani (fé): acreditar em nossas(os) mestres.


11. Afroperspectividade é devedora das reflexões e inflexões filosóficas de Sobonfu Somé, definindo o amor como um projeto espiritual e comunitário que serve para manter a sanidade individual e deve contar com o apoio de uma comunidade para ser preservado.

12. Afroperspectividade define o tempo dentro do itan [verso]iorubá que diz: “Bara matou um pássaro ontem com a pedra que arremessou hoje”. O tempo não é evolutivo, tampouco se contrai ou pode ser tomado como um círculo ou uma linha reta; mas, de modo simples, diz que o passado é definido pelo presente e o futuro é um conjunto de encruzilhadas, isto é, destinos (odu).


13. Afroperspectividade permanece em aberto, sempre apta a incluir perspectivas que usem o conceito de odara como crivo de validade de um argumento, entendendo odara como bom, na língua ioruba, uma espécie de bálsamo de revitalização existencial.

Fonte: http://www.geledes.org.br/afroperspectividade-por-uma-filosofia-que-descoloniza/#gs.nV2jkIA


Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Filọ́sọ́fi, ìmòye, s. Filosofia.
Ti, prep. De (indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido.
Ọmọ Áfríkà Bràsíl, aláwọ̀dúdú ará Bràsíl, adúláwọ̀ ará Bràsíl, s. Afro-brasileiro.
Ìṣọ́nà, ìwo iwájú, iwájú, s. perspectiva, aspecto, percepção, vigilância, ponto de vista. 
Àkópọ̀, s. Perspectiva, visão geral, resumo, generalidade. Reunião alegre. 
Ọgbọ̀n ìmọ̀ wíwo-òkèrè, s. Perspectiva.




sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Mecânica quântica

                                                               
Ìṣiṣẹ́ẹ̀rọ kúántù (mecânica quântica)


Afrocentricidade

 Ìṣeọ̀rọ̀alárin-Áfríkà (afrocentricidade)                                                        




Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


Ìṣeọ̀rọ̀alárin-Áfríkà, ẹ̀kọ́ alárin-Áfríkà, s. Afrocentricidade. É uma perspectiva que permite aos povos africanos se relocalizarem ao centro de sua própria experiência.
Agbàrin, s. Central. Local ou edifício onde estão centralizados certos órgãos: central telefônica.
Láarínlágbedeméjì, adj. Central. Que está no centro, que tem relação com o centro: quarteirão central.
Ìṣọ́nà, ìwo iwájú, iwájú, s. Perspectiva, aspecto, percepção, vigilância, ponto de vista. 
Àkópọ̀, s. Perspectiva, visão geral, resumo, generalidade. Reunião alegre. 
Ọgbọ̀n ìmọ̀ wíwo-òkèrè, s. Perspectiva.
Ìrísí, s. Aparência, aspecto, figura, fisionomia, semblante, exterioridade, verossimilhança. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Retroevolução


Ẹ̀dà èèyàn dójúrúọmọnìyàn dójúrú.
Homo perturbatus (homem perturbado).





“Pela primeira vez em sua história, a modificação do meio ambiente pelo Homem é o principal fator de sua evolução, superando a seleção natural. Não é uma evolução no sentido de Darwin, mas uma retroevolução”, afirma o biólogo francês Jean-François Bouvet. Isso explica porque o ser humano está mais alto, mais gordo, sexualmente precoce e cada vez menos fértil, diz ele em seu livro Mutants, à quoi ressemblerons-nous demain? (Mutantes, como seremos amanhã?). Ele explica que as causas podem estar relacionadas a produtos poluentes como o bisfenol A, ftalatos, DDT, atrazina e outros pesticidas, que afetam o sistema hormonal. Essas substâncias têm “efeitos comprovados na descendência, ao longo de muitas gerações”, alerta.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ajọ̀bọ, irúọmọnìyàn, àwọn irúọmọnìyàn, s.  Hominoidea. A superfamília de mamíferos, incluindo macacos antropóides e os seres humanos.
Ọmọnìyàn, ọmọ ènìyàn, s.  Homo sapiens. 
Ẹ̀dà èèyàn, s.  Homem, ser humano. O indivíduo que pertence à espécie humana.
Dójú, adj. Enfraquecido, debilitado. Enfraquecido, esgarçado, esfiapado.  
Láìtòro, adj. Sem assento, inquieto, perturbado.
Dójúrú, adj. Perturbado.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Racista fracassado

                                                             
Aláìfẹ́irúẹ̀dáọmọẹnìkéjì láìlógo.
Racista derrotado.






Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


Ìṣẹlẹyàmẹyà, s. Racismo.
Aláìfẹ́irúẹ̀dáọmọẹnìkéjì, s. Racista.
Àbàtì, s. Fracasso, falha.
Ìkùnà, s. Falha. 
Ìṣẹ́nu, ìṣẹ́nú, s. aborto, móvito, falha, fracasso, insucesso, desmancho.
Kùnà, v. Fracassar, perder.
Tí a ti tù-lójú, tí ojú rẹ̀ mọ ilẹ̀, tí a ti mojú, adj. Amansado, dominado.
Lílù, adj. Que é para ser batido.
Gàágbo, adj. Subjugado.
Láìlágbára, adj. Fraco, sem forças, derrotado.
Láìnípa, adj. Sem poder, sem capacidade.
Láìníláárí, adj. Sem importância, insignificante.
Láìlógo, adj. Sem glória.
Láìláṣẹ, adj. Sem autoridade, sem força.