quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Filosofia africana

Àwọn fídíò lórí filọ́sọ́fi ti Áfríkà.
Vídeos sobre filosofia africana.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


Fídíò, fídéò, v. Vídeo.
Lórí, lérí, prep. Sobre, em cima de.
Ìmòye, filọ́sọ́fi, s. Filosofia.
Áfríkà, s. África.




A partir de Imhotep para Akhenaton: Uma Introdução à Filósofos egípcias
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"A filosofia africana é, portanto aquela elaborada ou produzidas pelos africanos e que pode ser reelaborara ou reproduzidas por outros povos; ou então, é a filosofia praticada hoje em dia pelos africanos da mesma forma como acontece nos outros países do mundo. Os africanos produziram e produzem conhecimentos até os tempos atuais, como nos ilustra o também filosofo e Egiptólogo Molefe Kente Asante em sua obra From Imhotep to Akhenaten: An introdutivo to Egípcia Philosophers a filosofia Kemetica ( nome dado ao antigo Egito) ou filosofia egípcia toma-se como exemplo, diz ele: “A filosofia egípcia faraônica no qual particular importância assumem, sobretudo o quatro grandes escolas do pensamento egípcio: a escola de On, ou Heliopoles,a escola de Dhuty ou Hermóplis e a escola de Waset ou Tebes.
                                                     










 1. Áténì dúdú (Atenas Negra)



Martin Bernal é um estudioso de história política chinesa moderna que afirma que a civilização clássica grega na realidade se originou de culturas afroasiáticas e semíticas, e não apenas da Europa, como tradicionalmente é colocado pelos historiadores. Ele chama esta teoria de "Modelo Antigo Revisado", baseado em historiadores clássicos como Heródoto e em suas afirmações e reconhecimentos de uma herança cultural egípcia e fenícia. Este modelo contrasta com o dito Modelo Ariano, que coloca os povos falantes de línguas Indo-européias do norte e as antigas culturas autóctones gregas como a raiz principal da cultura grega. O Modelo Antigo Revisado, Bernal argumenta, possui raízes na civilização clássica que estuda, enquanto o Modelo Ariano advém do racismo em desenvolvimento nos séculos XVIII-XIX. Suas teorias são contestadas por alguns estudiosos da antiguidade clássica, como Maryr Lefkowitz.
Fonte: Wikipedia

2.  Afrocentricidade
Consciência Revolucionária

                                                                                                                                                                           Dr. Molefi Kete Asante

Tradução Renato Nogueira Jr.Professor do Instituto Multidisciplinar 
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Afrocentricidade é um paradigma baseado na idéia de que os povos africanos devem reafirmar o sentido de agência para atingir a sanidade. Durante os anos de 1960 um grupo de intelectuais afro-americanos inseriram os Estudos Negros nos departamentos das universidades, começando a formular maneiras originais de análise do conhecimento. Em muitos casos, estes novos modos foram denominados de conhecimento numa “perspectiva negra” como oposição ao que tem sido considerado “perspectiva branca” da maior parte do conhecimento na academia americana. No fim dos anos de 1970 Molefi Kete Asante começou a falar sobre a necessidade de uma orientação Afrocêntrica da informação. Em 1980 ele publicou o livro, Afrocentricidade: a teoria da mudança social, o qual promoveu pela primeira vez um debate detalhado do conceito. Embora o termo seja anterior ao livro de Asantee tenha sido usado por muitas pessoas, incluindo Asante nos anos de 1970 e Kwame Nkrumah na década de 1960, a ideia intelectual não tinha base enquanto conceito filosófico antes de 1980.

O paradigma Afrocêntrico é uma mudança revolucionária no pensamento proposto como uma correção construtural da desorientação negra, descentramento e falta de agência negra. A Afrocentrista formula a pergunta: “O que as pessoas africanas fariam se não existissem pessoas brancas?”. Em outras palavras, quais as respostas naturais deveriam se dar nos relacionamentos, atitudes em relação ao meio ambiente, padrões de parentesco, preferências por cores, tipo de religião, referências históricas de povos africanos se não tivesse ocorrido nenhuma intervenção do colonialismo e escravização? Afrocentricidade responde esta questão assegurando o papel central do sujeito africano dentro do contexto histórico africano, por conseguinte, removendo a Europa do centro da realidade africana. Deste modo, Afrocentricidade promove uma idéia revolucionária porque estuda idéias, conceitos, eventos, personalidades e processos políticos e econômicos de um ponto de vista do povo negro como sujeito e não como objeto, baseando todo conhecimento na autêntica interrogação sobre a localização.


Isso torna legítimo perguntar: “Donde vem a mina?” ou “onde tá o mano?” “Você ta sufocado com a pressão?”Estas são avaliações e questões relevantes que permitem à pessoa que investiga precisar cuidadosamente o lugar da resposta, o lugar psicológico ou cultural. Como o paradigma da afrocentricidade admite a centralidade de africanas(os), isto é, ideais e valores negros são tomados como as formas mais elevadas de expressão da cultura africana, sua conscientização é um aspecto funcional para uma abordagem revolucionária do fenômeno. O aspecto estrutural e o aspecto cognitivo de um paradigma são incompletos sem o aspecto funcional. Há algo além do conhecimento num sentido afrocentrado; existe também o fazer. Afrocentricidade sustenta que todas as definições são autobiográficas.

Uma das suposições-chave da(o) Afrocentrista é que todas as relações são baseadas em centros e margens e nas distâncias de cada lugar do centro ou da margem. Quando povo negro tem seu ponto de vista centrado, tomando nossa própria história como centro; então, nos enxergamos como agentes, atores e participantes ao invés de marginalizados na periferia da experiência política ou econômica. Com este paradigma, seres humanos descobriram que todos que todos os fenômenos são expressos através de duas categorias fundamentais espaço e tempo. Além disso, no momento que compreendemos que as relações se desenvolvem e o conhecimento se amplia, nos tornarmos aptos a apreciar as questões considerando espaço e tempo.

A intelectual ou ativista afrocentrada sabe que um modo de expressar Afrocentricidade se chama demarcação. Quando uma pessoa traça uma fronteira cultural em torno de um espaço cultural particular num tempo humano, isto é denominado de demarcação. Isto pode ser feito através do anúncio de um determinado símbolo, da criação de laços especiais ou da menção de heroínas e heróis da história e cultura africana. O que significa que fora a citação de pensadores revolucionários da nossa história, ou seja, além de Amilcar Cabral, Frantz Fanon , Malcom X e Kwane N'kruman nós devemos estar preparados para ações imediatas conforme nossa interpretação do que é melhor e mais interessante para o povo negro, isto é, de pessoas negras enquanto população historicamente oprimida. Isso é extremamente necessário para o avanço neste processo político.Afrocentricidade é a essência de nossa regeneração porque ela é a orientação com a qual filósofos contemporâneos como Haki Madhhubuti e Maulana Karenga, entre outros, têm articulado uma imagem mais interessante do povo africano. O que é melhor do que operar e agir segundo nosso próprio interesse coletivo? O que é mais gratificante do que enxergar o mundo com nossos próprios olhos? O que repercute mais nas pessoas do que compreender que somos o centro de nossa história e não qualquer um? Se nós podemos, durante o processo de conscientização, reivindicar nosso espaço como agentes da transformação progressiva, então podemos modificar nossa condição e mudar o mundo.Afrocentricidade mantém nossa reivindicação por espaço, exclusivamente, se entendermos as características gerais da afrocentricidade também como aplicações práticas de campo.


As cinco características gerais do método afrocêntrico :

1. O método afrocêntrico considera que nenhum fenômeno pode ser apreendido adequadamente sem ser localizado primeiro. Um fenômeno deve ser estudado e analisado a partir das relações de tempo e espaço psicológicos. Ele deve sempre ser localizado. Ou seja, este é o único modo para investigar as complexas interrelações entre ciência e arte, projeto e execução, criação e manutenção, geração e tradição e tantas outras áreas atravessadas pela teoria.

2. O método afrocêntrico considera o fenômeno múltiplo, dinâmico e em movimento e, portanto, ele é imprescindível para uma pessoa anotar cuidadosamente e registrar de modo preciso a localização do fenômeno em meio às flutuações. O que significa que o(a) investigador(a) deve saber onde ele ou ela se encontra no processo.

3. O método afrocêntrico considera é uma forma de crítica cultural que examina a ordem e os usos etimológicos das palavras e termos para reconhecer a localização das fontes de um(a) autor(a). O que nos permite articular idéias com ações e ações com idéias baseado no que é pejorativo e ineficaz, e, baseado no que é criativo e transformador em níveis políticos e econômicos.

4. O método afrocêntrico procura descobrir o que está por trás das máscaras da retórica do poder, privilégio e hierarquia para estabelecê-lo como o principal lugar de produção de mitos. O método estabelece uma reflexão crítica que revela que a percepção do poder monolítico não passa da projeção de uma armação de aventureiros.

5. O método afrocêntrico localiza a estrutura imaginativa de sistemas econômicos, partidos políticos, política de governo, forma de expressão cultural através da atitude, direção e linguagem do fenômeno, seja ele texto, instituição, personalidade, interação ou evento.


Afrocentricidade Analítica:

Afrocentricidade analítica é a aplicação de princípios do método afrocêntrico para análise textual. Um(a) afrocentrista busca entender os princípios do método afrocêntrico para usá-los como guia na análise e discurso. Sem dizer que a(o) afrocentrista não pode exercer com congruência seu papel como cientista e humanista se ela ou ele não localizar adequadamente o fenômeno no tempo e no espaço. Isto significa que a cronologia é tão importante em muitas situações quanto a localização. Os dois aspectos são centrais para toda compreensão adequada da sociedade, história ou personalidade. Portanto como fenômenos são ativos, dinâmicos e diversos em nossa sociedade, o método afrocêntrico requer cientistas focadas em registros rigorosos e anotações cuidadosas que situem espaço e tempo. De fato, o melhor modo de apreender a localização de um texto é determinar de início onde o(a) pesquisador(a) está situado(a) no tempo e no espaço. Uma vez que você sabe a localização e o tempo do(a) pesquisador(a) ou autor(a) fica mais fácil e rápido estabelecer os parâmetros constitutivos do fenômeno. O valor da etimologia, isto é, a origem dos termos e palavras constituem a identificação e localização dos conceitos. A afrocentrista procura demonstrar nitidamente em sua exposição deslocamentos, desorientações e descentramentos. Um modo simples de acessar os textos objetivamente é através da etimologia. Os laços míticos se relacionam conjuntamente seja pessoalmente ou na produção conceitual. Esta é a tarefa da(o) afrocentrista: determinar o alcance dos mitos sociais, tanto os que são representados como centrais quanto os que são representados como marginais. O que significa que qualquer análise textual deve levar em consideração realidades concretas e experiências vividas; com efeito, experiências históricas constituem o elemento chave da analítica afrocêntrica. Em sua atitude investigativa, a direção e linguagem da(o) afrocentrista está buscando desvelar a imaginação do(a) autor(a). O que afrocentristas buscam fazer é criar oportunidade para o(a) escritor(a) mostrar onde ele ou ela se situa em relação ao assunto. Ou seja, o(a) escritor(a) está marginalizado centrado(a) ou marginalizado(a) em relação a sua própria história?

Filosofia Afrocêntrica

A filosofia da afrocentricidade tal como foi exposta por Molefi Kete Asante e Ama Mazama, figuras centrais da Escola de Temple, indica uma maneira de inquirir questões do âmbito cultural, econômico, político e social considerando o povo africano como protagonista. Existem outras idéias afrocêntricas também; mas, as principais foram propostas nos textos dos professores universitários Asante, Mazama e mais tarde por C. Tsehloane Keto. Na verdade, afrocentricidade não pode ser reconciliada com nenhuma filosofia hegemônica ou idealista. O que é contrário ao individualismo radical expresso pela escola pós-moderna. Mas, isso também está em oposição ao blá-blá-blá, confusão e superstição. Como exemplo de diferença entre os métodos da afrocentricidade e da pós-modernidade, vamos considerar a questão a seguir: “Por que africanos têm sido postos fora do desenvolvimento global?” A pós-modernidade começa dizendo que não existe algo como “africanos” porque existem diferentes tipos de africanos e todos africanos não são iguais. Pós-modernos(as) deveriam dizer que se existem africanos e descrever suas condições, respondendo a pergunta do porquê do desenvolvimento dos africanos estar aquém do desenvolvimento econômico global; portanto, eles estão fora das parcerias que determinam o funcionamento da economia mundial. Dito de outro modo, para o(a) afrocentrista não está em questão o fato de existir um senso coletivo de africanidade revelado na experiência comum do mundo africano. A afrocentrista deve observar as questões pela localização; controle hegemônico da economia global, marginalização e lugares de poder constituem a chave para entender o subdesenvolvimento econômico do povo africano.


Renato Nogueira Jr. é ativista e intelectual, engajado em pesquisas e práticas afrocentradas no Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), atua como Professor de Filosofia da Educação o Departamento de Educação e Sociedade do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).

3. Afroperspectividade: por uma filosofia que descoloniza

Por Daniel Ribeiro / 3 meses atrás / Comportamento / Sem Comentários
Entrevista com o doutor em filosofia e professor da UFRRJ, Renato Noguera

Renato-Noguera_IV-Ciclo-Estudos-PUC-GO_02

Por Tomaz Amorim

Hoje iniciamos uma série de entrevistas com intelectuais e militantes da luta negra no Brasil. Nosso primeiro entrevistado é Renato Noguera, filósofo e professor da UFRRJ, que fala sobre o surgimento de uma tendência na filosofia brasileira chamada Afroperspectividade. Renato e outros pesquisadores tentam formular conceitos recorrendo às tradições indígena, africana e afro-brasileira. Se Nietzsche buscou inspiração nas figuras europeias clássicas de Apolo e Dionísio para suas formulações sobre a arte moderna, Renato Noguera e outros pesquisadores recorrem a figuras como a Mãe-de-santo e a conceitos como o de drible. O tripé referencial desta empreitada vem de Abdias do Nascimento, Viveiros de Castro e Molefi Asante. A proliferação conceitual de Deleuze dá o exemplo, segundo Renato, a ser superado. Nesta entrevista, falamos também sobre o conceito de epistemicídio (de Suely Carneiro), sobre as filosofias africanas – a anterior à grega e a contemporânea – e sobre como jovens negros em contextos violentos podem se descolonizar através da Filosofia. Renato ainda critica a ideia de mestiçagem e faz um balanço da aplicação das leis 10.639 e 11.645/08 que preveem o ensino de histórias e culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras em nossas escolas. Há um pensamento negro e crítico ganhando espaço nas universidades brasileiras. Renato Noguera e outros pesquisadores do Afroperspectividade são uma de suas frentes mais interessantes no campo filosófico.
“Numa sociedade racista que apresenta dados alarmantes de violência urbana em que as principais vítimas são jovens negras e negros, filosofar pode ajudar a repensar o cenário político e social. Mas, insisto, eles devem estudar uma Filosofia que seja marginal e antidogmática. Uma Filosofia que pense o racismo, uma Filosofia que trate da violência, uma Filosofia que pense o Brasil, uma Filosofia enredada no nosso território cultural, uma Filosofia que está porvir e que, talvez, possa estar em semente no pluriverso filosófico afroperspectivista.”

RN: Renato Noguera

TA: Tomaz Amorim (entrevistador)

TA: Renato, você é professor de Filosofia na UFRRJ. Como foi sua trajetória acadêmica, da escola até a posição de professor universitário? Por que a Filosofia?

RN: Em resumo, estudei no Colégio Pedro II e lá, fazendo orientação vocacional aos 13 anos, recebi como “diagnóstico” Filosofia ou Ciências Sociais. Depois pensei em estudar Medicina, Direito ou Letras, mas tinha em mim algumas questões que eram nitidamente filosóficas. Depois de ter ficado na lista de espera para Direito na UERJ, escolhi Filosofia na UFRJ. Eu me lembro que desde a infância vivia me perguntando pelo sentido da vida, ficava comparando o infinito do céu com a finitude humana. Enfim, dos 18 aos 21 anos fiz o bacharelado em Filosofia, aos 22 anos conclui a licenciatura e entrei no Mestrado em Filosofia na UERJ, sob orientação do professor Gerd Bornheim. Depois de dois semestres decidi mudar, prestei outra prova de seleção e acabei indo para a UFSCar, onde cursei o mestrado de 1996 a 29 de fevereiro 2000 (data de defesa da dissertação). No mestrado pude estudar sob orientação do grande Bento Prado Jr. Na época, o mestrado durava quatro anos, toda minha turma usou igualmente o prazo, nós fazíamos as disciplinas em três ou quatro semestres e ficávamos pesquisando e escrevendo pelo mesmo período. Depois do mestrado, voltei a morar no Rio de Janeiro e entrei no doutorado em 2001 na UFRJ, onde o defendi em 31 de março de 2006 com apoio do mesmo orientador da minha monografia, o generoso Mário Guerreiro. Eu estudei a Filosofia de Schopenhauer e participei da fundação do Grupo de Trabalho (GT) Schopenhauer na Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em 2004. Na tese de doutorado, articulei as Filosofias de Platão, Schopenhauer e Deleuze para propor uma alternativa schopenhaueriana para uma formulação feita por Platão. A Filosofia de Deleuze trouxe a estratégia de criação de conceitos.  Durante 11 anos fui professor da Educação Básica, trabalhei no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e no Ensino Superior, paralelamente, dei aula em várias escolas privadas, tais como a Escola Parque. Trabalhei na Universidade Estácio de Sá, fui professor substituto da UERJ, da UFRJ e da rede pública estadual fluminense. Entre 2005 e 2006 cheguei a ter 27 turmas por semana. No ano de 2008 fui aprovado em concurso público para a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

TA: Da graduação ao doutorado você se dedicou ao estudo da obra de Schopenhauer, um dos mais importantes filósofos de língua alemã do século XIX. Hoje você é conhecido, principalmente, pelo esforço em produzir uma Filosofia a partir de temas e pensadores africanos. Nesta transição, você acha que houve um rompimento entre os temas ou há uma continuidade na sua produção?

RN: Não sei se foi um rompimento. Eu estudei Schopenhauer por bastante tempo, praticamente de 1991 até 2006, mas, paralelamente, tive outra formação. Tive o privilégio de ter uma formação familiar e política que levou-me para o ativismo negro desde cedo. Por isso, eu estudava, paralelamente, o pensamento africano. Eu sabia que nos anos 1990 e no início dos 2000 seria difícil colocar esse assunto no mundo acadêmico filosófico. O professor Mário Guerreiro me disse sabiamente: termine o doutorado e você poderá pesquisar isso. Foi o que fiz.

TA: Você reivindica uma origem africana à Filosofia, que teria vindo do Egito para a Grécia. Quais são os indícios históricos desta afirmação? Quem quiser se aprofundar nesta questão deve buscar quais referências?

RN: Eu trabalho com a noção de que a Filosofia é pluriversal; não faço coro com a leitura hegemônica de que filosofar seja universal e tenha sido uma invenção grega. Neste sentido, não reivindico que os africanos inventaram a Filosofia. Eu advogo que o Egito, desde 2780 antes da Era Comum, tem uma produção filosófica e possuía escolas de rekhet, termo que, segundo o egiptólogo e filósofo Theóphile Obenga, significa “Filosofia”. Não há dúvida de que Platão, Pitágoras e Tales de Mileto, dentre outros gregos, passaram algum tempo no Antigo Egito. Diversas fontes convergem para a tese de que Pitágoras (570-496 A.E.C) foi o primeiro a usar o termo “Filosofia” depois de retornar do Egito. Diógenes de Laércio e Cícero são fontes importantes dessa perspectiva bastante conhecida. Há um discurso crítico que atribuiria aos gregos uma espécie de plágio da Filosofia egípcia. Eu não defendo isso, tampouco a ausência de influência. É óbvio que todas as culturas são dinâmicas. Eu não defendo que os egípcios inventaram a Filosofia, o que eu digo é mais simples: os textos egípcios são filosóficos e mais antigos do que os gregos. Ou seja, os registros filosóficos africanos são anteriores aos ocidentais. Não estou preocupado com primazia, mas com a legitimidade filosófica africana na Antiguidade. Eu sou contra a recusa desse material por puro dogmatismo, por uma postura que, não encontro outra palavra, tem sido profundamente antifilosófica por parte de colegas com boa formação na área. Eu não digo que os africanos inventaram a Filosofia por dois motivos. Primeiro: amanhã ou depois podemos encontrar algum texto mais antigo do que os egípcios com cerca de mais de 2500 anos antes da Era Comum, isto é, de aproximadamente 4500 anos. Segundo: penso que é um falso problema apontar qual povo inventou a Filosofia, qual povo lavrou sua certidão de nascimento. Seria o mesmo que procurar o povo que inventou a Arquitetura. Penso que todos os povos tinham suas próprias construções. Faz mais sentido apontar as diferenças. Assim, o que soa estranho é reduzir toda diversidade a apenas uma escola. Eu tenho pensado desse modo. As nossas pesquisas são baseadas em diversas fontes, ainda pouco examinadas, que confirmam que os textos africanos são anteriores aos ocidentais. Os egípcios começaram a filosofar antes dos gregos. Além disso, há o fato de que o Egito antigo era uma sociedade negra, o que foi, conforme Martin Bernal e Cheikh Anta Diop, falsificado por conta do racismo antinegro que não aceitaria facilmente que uma sociedade muito avançada tecnologicamente naquele momento histórico pudesse ser negra. Ainda hoje encontramos representações brancas do Antigo Egito. Sem dúvida, minhas afirmações em torno da ideia de que existia uma produção filosófica anterior aos gregos recebe uma vasta série de objeções. O elenco é vasto. Mas para aprofundar o debate eu sempre indico o exame dos trabalhos de George James com Legado roubado (Stolen Legacy), passando pelas obras de Cheikh Diop, Theóphile Obenga, Molefi Asante, até A Filosofia antes dos gregos, de José Nunes Carreira.

TA: A Filosofia trabalhou durante muitos séculos com a ideia de universal. No século XX, principalmente, surgiram as Filosofias da diferença e uma produção teórica impulsionada por grupos historicamente oprimidos e por suas questões e reivindicações. É possível entender estas formulações específicas sob o pano de fundo do universal ou elas estariam justamente denunciando a falsidade deste universal?

RN: Penso que as Filosofias da diferença são muito importantes nessa denúncia, mas concordo com o filósofo porto-riquenho Maldonado-Torres que diz que: “os filósofos e os professores de Filosofia tendem a afirmar as suas raízes numa região espiritual invariavelmente descrita em termos geopolíticos: a Europa”. Apesar da enorme compreensão, percebo ainda uma perspectiva, por assim dizer, “conservadora”. O que não significa que eu não dialogue muito com essa abordagem, reconhecendo os seus limites.

TA: Qual a importância da Filosofia produzida hoje no continente africano? Qual sua relação com o pensamento africano na diáspora?

RN: Existem muitos expoentes na Filosofia africana contemporânea, posso citar alguns. Achille Mbembe tem uma obra muito interessante chamadaCrítica da razão negra, um belo trabalho de Filosofia política em que ele problematiza o conceito de “negro” e apresenta um risco trazido pelo neoliberalismo e pela crise da Europa como centro político mundial. Mbembe diz algo como “os riscos sistemáticos aos quais os escravos negros foram expostos durante o primeiro capitalismo constituem agora, se não a norma, pelo menos o quinhão de todas as humanidades subalternas”. O trabalho do filósofo sul-africano Mogobe Ramose questiona o conceito de universalidade, substituindo-o pelo de pluriversalidade. Ramose explica como os conflitos geopolíticos entre europeus e africanos foram responsáveis pela invisibilidade sistemática do pensamento filosófico africano. Ora, esse problema tem sido debatido no contexto da afrodiáspora de diversos modos. O filósofo afro-americano Charles Mills disse algo muito interessante, mais ou menos assim, “nas Ciências Humanas, a Filosofia é a área mais branca”. No Brasil, Sueli Carneiro trouxe a ideia de epistemicídio. É preciso citar outros nomes que têm pesquisado o assunto como Wanderson Flor Nascimento da Universidade de Brasília (UnB), Eduardo David Oliveira da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Emanoel Soares da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), além de estudantes de Programas de Pós-Graduação no Paraná como Roberto Jardim e Thiago Dantas, que lançou o livro Descolonização Curricular: A Filosofia Africana no Ensino Médio (2015). No Rio de Janeiro, um grupo de estudantes de pós-graduação, professores da educação básica e um professor da UERJ construíram um projeto que transformou-se no livroSambo, logo penso: afroperspectivas filosóficas para pensar o samba (2015), organizado por Wallace Lopes com participação de Marcelo Rangel, professor da Universidade Federal de Outro Preto (UFOP), Sylvia Arcuri, Eduardo Barbosa, Felipe Siqueira, Filipi Gradim, Guilherme Celestino e Marcelo Moraes, professor da UERJ. Esse grupo tem feito um belo trabalho filosofando através do samba e usando o repertório cultural negro, africano, afro-brasileiro, ameríndio e indígena.

TA: A tradição oral parece fundamental nas diversas culturas africanas. Quais os desafios em transportar esta tradição para a narrativa e Filosofia escritas?

RN: O pluriverso cultural africano é vasto. Conforme afirma Diop, existe algo em comum entre os povos africanos do mesmo modo que nas culturas ocidentais pode-se identificar alguns elementos razoavelmente constantes. Penso que existe muito desconhecimento sobre os povos africanos. O livroEtno-História do Império Mali de José Lampréia pode se juntar ao arsenal de trabalhos organizados pelo historiador africano Joseph Kizerbo e de tradicionalistas como Hampâte Bá para elucidar que existiam sociedades como o Império Mali, entre os séculos VIII e XVII. A historiografia africana aponta que no século XIV existiam 150 escolas e uma universidade na cidade de Tombuctu, com um vasto acervo em suas bibliotecas. Abdel Kader Haidara tem feito um belo trabalho tentando salvar a vasta documentação que grupos fundamentalistas querem destruir. Ora, faço esse comentário para explicar que existem registros escritos e orais no continente africano. Eu percebo que pouco se fala a respeito do material escrito dos séculos XIV, XV e XVI. Sem contar o vasto material egípcio de 2780 até 330 antes da Era Comum, conforme catalogado por Théophile Obenga. Afinal, mesmo diante das tentativas de falsificação histórica, o Egito Antigo não pode ser embranquecido diante de todas as evidências que Cheikh Anta Diop nos deixou em seus trabalhos. Faço essa digressão para mostrar que, além de material oral, existe muito material escrito que, no entanto, é pouquíssimo conhecido. Pois bem, em relação ao esforço de transpor o “texto” oral para o registro escrito, penso que a oralitura resolve esse aparente problema, transformando o que parecia um obstáculo intransponível numa equação solúvel, desde que os devidos protocolos sejam usados. Pio Zirimu, um incrível linguista ugandense, e uma dupla nascida no Quênia, o escritor e professor de literatura comparada Ngũgĩ Wa Thiong’o e a professora de arte Micere Mugo, explicam que a oralitura é a teoria da composição oral, um modo de catalogar o repertório de registros orais. Não se trata de oralidade, mas de “técnicas” do campo da linguística que criam um acervo oral. Ou seja, a tradição oral pode ser preservada através dessa abordagem. Vale a pena ler o artigo Oralidad y oratura de Juan José Ferrer a esse respeito para compreender melhor o tema. A oralitura é a alternativa para que o conhecimento filosófico antigo registrado oralmente possa ser acessível do mesmo modo que os registros escritos.

TA: Em 2003 foi implantada a lei 10.639, que prevê o ensino de História e Cultura Afro-brasileiras nas escolas. Por que o estado brasileiro demorou tanto para incluir a história dos ancestrais de mais da metade da população brasileira nas escolas? Passados doze anos, quais foram os avanços da lei e de sua implantação? O que ainda falta? Quais as possibilidades de implantação da lei na disciplina de Filosofia?

RN: Esse tema é objeto de muitas pesquisas. A Lei 10.639/03 recebeu em 2008 o acréscimo da Lei 11.645/08 que inclui o ensino de história e culturas indígenas. A regulamentação da alteração do Artigo 26 A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional tem pelo menos três documentos fundamentais: 1º) Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana de 2004; 2º) Orientação e Ação para Educação das Relações Étnico-Raciais de 2006; 3º) Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígenas de 2008. Existem muitos trabalhos que trazem um belo panorama a respeito do cenário de implementação dos conteúdos obrigatórios africanos, afro-brasileiros e indígenas no currículo do ensino fundamental e do ensino médio em todas as disciplinas. Um bom balanço tem sido feito pelos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabis) que integram oficialmente as Instituições Federais de Ensino (IFES), além de existirem também em diversas universidades privadas e públicas. É difícil discorrer sobre isso sem fazer uma monografia. De qualquer modo, existem avanços e resistências. No caso da disciplina Filosofia, posso fazer um resumo porque tenho dedicado parte de meu tempo de pesquisa em investigações a esse respeito, incluindo a pesquisa que coordeno com apoio da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) intitulada Filosofando com sotaques africanos e indígenas, na primeira versão no período de julho de 2014 até junho de 2016. A maior dificuldade no campo da Filosofia está no desconhecimento da produção fora do circuito ocidental. Eu acredito que o livro Ensino de Filosofia e a lei 10.639 que foi publicado pela Pallas em parceria com a Biblioteca Nacional pode ajudar bastante a dirimir dúvidas. Penso que o primeiro passo é uma cuidadosa leitura da documentação que regulamenta o Artigo 26 A da LDB. O segundo passo: descolonização do pensamento, do currículo e das práticas educativas.

TA: Em uma entrevista recente à revista Ensaios Filosóficos você falou em “racismo epistemológico”. O que é isto e como vencê-lo?

RN: O racismo epistêmico ou epistemológico é uma das dimensões mais perniciosas da discriminação étnico-racial negativa. Em linhas gerais, significa a recusa em reconhecer que a produção de conhecimento de algumas pessoas seja válida por duas razões: 1º) Porque não são brancas; 2º) Porque as pesquisas e resultados da produção de conhecimento envolvem repertório e cânones que não são ocidentais. Penso que a disputa para derrotar, ainda que parcialmente, o racismo epistemológico está no esforço por diversificar as leituras. Combater a injustiça cognitiva começa por deixarmos de privilegiar os modelos epistemológicos ocidentais. E, por fim, realizar uma comparação dos modelos de conhecimento, do repertório, criando condições para a polirracionalidade. Minha base para romper com o racismo epistêmico está nas leituras do filósofo Dismas Masolo. É preciso analisar o objeto de conhecimento por ângulos diferentes, mas também por meio de modelos de racionalidade diversos. Isto certamente servirá para enriquecer nosso acervo cognitivo.

TA: A Universidade Federal do Maranhão acabou de anunciar a criação de um curso de graduação em “Estudos Africanos e Afro-Brasileiros”. NEABs, Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, têm sido criados em diversas universidades em todo o Brasil. O surgimento destes espaços mostra o começo de uma mudança na presença negra nas universidades?

RN: Sem dúvida. Penso que temos um processo de franca expansão da produção e ocupação acadêmica. O que também pode ser percebido através das reações de grupos mais reacionários que não querem negociar o espaço público de produção de conhecimento.

TA: Os movimentos negros no Brasil têm reivindicado o conceito de genocídio para descrever o número alarmante de negras e negros que perdem a vida no Brasil por conta de ações diretas do estado ou por sua negligência (aborto mal realizado, assassinato pela polícia ou em guerra de facções, vício em drogas, má alimentação, ausência de serviços púbicos de saúde, etc.). A filósofa Sueli Carneiro desenvolve o conceito de epistemicídio, que seria o extermínio constante do conhecimento de povos não-brancos produzidos através da história e ainda hoje. Você acha que há uma relação entre estes dois tipos de extermínio?

RN: Sem dúvida. O que está em jogo não deixa de ser uma disputa pela versão única da História, da Filosofia, dos modelos e práticas políticas frente à diversidade de perspectivas. A denúncia feita por Sueli Carneiro é magistral, considero o seu trabalho uma das referências mais importantes da área no Brasil. Por exemplo, quando falamos em culinária as pesquisas apontam que a atividade de cozinhar é um território feminino. Em certa medida, na esfera privada no Brasil as mulheres cozinham mais do que os homens. No Brasil escravocrata, as mulheres negras escravizadas protagonizaram os serviços culinários. Mas a alta gastronomia e o papel de chef de cozinha parece ter um elenco majoritariamente branco e masculino. Tudo isso está relacionado ao epistemicídio, ao genocídio. A performance na área da gastronomia inclui a filiação étnico-racial. Os dados e o ranking de melhores chefs mostra que o gênero é masculino, a cor/raça é branca e o sotaque francês. Óbvio que não estou dizendo que homens brancos não podem ser chefs maravilhosos. O que o exemplo mostra é que o epistemicídio dificulta a “escuta” do discurso gastronômico das mulheres negras, já que os homens brancos são naturalmente mais empoderados na disputa.

TA: Você propõe uma Filosofia afroperspectivista. O que é isto? Quais as origens teóricas e políticas deste conceito? Existem outros pensadores hoje no Brasil e no mundo dedicados ao seu desenvolvimento? Quais são até agora seus principais trabalhos?

RN: Por Filosofia afroperspectivista ou Afroperspectividade defino uma linha ou abordagem filosófica pluralista que reconhece a existência de várias perspectivas, sua base é demarcada por repertórios africanos, afrodiaspóricos, indígenas e ameríndios. O que denominamos de Filosofia afroperspectivista é uma maneira de abordar as questões que passa por três referências: 1ª) Afrocentricidade; 2ª) Perspectivismo ameríndio; 3ª) Quilombismo. Alguns aspectos da formulação intelectual feita por Molefi Asante articuladas com certas questões suscitadas pela etnologia amazônica de Eduardo Viveiros de Castro com a formulação política do quilombismo de Abdias do Nascimento são as fontes para a Filosofia afroperspectivista. Vou repetir o que escrevi no capítulo Sambando para não sambar: afroperspectivas filosóficas sobra a musicidade do samba e a origem da Filosofia. A Filosofia afroperspectivista reúne alguns dos seguintes elementos:
Afroperspectividade define a Filosofia como uma coreografia do pensamento.
A Filosofia afroperspectivista define o pensamento como movimento de ideias corporificadas, porque só é possível pensar através do corpo. Este, por sua vez, usa drible e coreografia como elementos que produzem conceitos e argumentam.
Os conceitos afroperspectivistas são construídos a partir de movimentos de coreografia de personagens conceituais melanodérmicos. Neste sentido, os conceitos são escritos com os pés, com as mãos e com cabeça ao mesmo tempo.
A Filosofia afroperspectivista define a comunidade/sociedade nos termos da cosmopolítica bantu: comunidade é formada pelas pessoas que estão presentes (vivas), pelas que estão para nascer (gerações futuras/futuridade) e pelas que já morreram (ancestrais/ancestralidade).
A Filosofia afroperspectivista é policêntrica, percebe, identifica e defende a existência de várias centricidades e de muitas perspectivas.
A Filosofia afroperspectivista não toma o prefixo “afro” somente como uma qualidade continental; estamos diante de um quesito existencial, político, estético e que nada tem de essencialista ou metafísico.
A Filosofia afroperspectivista usa a roda como método, um modelo de inspiração das rodas de samba, candomblé, jongo e capoeira que serve para colocar as mais variadas perspectivas na roda antes de uma alternativa ser alcançada. A roda é uma metodologia afroperspectivista.
Afroperspectividade é devedora da Filosofia ubuntu de Mogobe Ramose.
Afroperspectividade define competição como cooperação, isto é, competir [significa petere (esforçar-se, buscar) cum (juntos)], localizar alternativas que são as melhores num dado contexto, mas, não são únicas, tampouco permanentes e devem atender toda a comunidade.

Afroperspectividade é devedora do Nguzo Saba formulado por Maulana Karenga, isto é, se baseia nos sete princípios éticos que ajudam a organizar e orientar a vida. A saber: Umoja (unidade): empenhar-se pela comunidade; Kujichagulia (autodeterminação): definir a nós mesmos e falar por nós; Ujima (trabalho e responsabilidade coletivos): construir e unir a comunidade, perceber como nossos os problemas dos outros e resolvê-los em conjunto; Ujamaa (economia cooperativa): interdependência financeira, recursos compartilhados; Nia (propósito): transformar em vocação coletiva a construção e o desenvolvimento da comunidade de modo harmônico; Kuumba (criatividade): trabalhar para que a comunidade se torne mais bela do que quando foi herdada; Irani (fé): acreditar em nossas(os) mestres.
Afroperspectividade é devedora das reflexões e inflexões filosóficas de Sobonfu Somé, definindo o amor como um projeto espiritual e comunitário que serve para manter a sanidade individual e deve contar com o apoio de uma comunidade para ser preservado.
Afroperspectividade define o tempo dentro do itan [verso]iorubá que diz: “Bara matou um pássaro ontem com a pedra que arremessou hoje”. O tempo não é evolutivo, tampouco se contrai ou pode ser tomado como um círculo ou uma linha reta; mas, de modo simples, diz que o passado é definido pelo presente e o futuro é um conjunto de encruzilhadas, isto é, destinos (odu).
Afroperspectividade permanece em aberto, sempre apta a incluir perspectivas que usem o conceito de odara como crivo de validade de um argumento, entendendo odara como bom, na língua ioruba, uma espécie de bálsamo de revitalização existencial.
Em relação às pessoas que filosofam com algum sotaque afroperspectivista, posso dizer que estão reunidas em Sambo, logo penso. Eu não quero falar por ninguém, nem sou representante especial dessa abordagem filosófica, penso que sou, apenas, academicamente mais antigo do que o resto do grupo. No livro Sambo, logo penso: afroperspectivas filosóficas para pensar o samba(2015) organizado por Wallace Lopes, numa coordenação conjunta que fiz com Sylvia Arcuri e Marcelo Moraes, estão reunidas as pessoas que fazem esse exercício afroperspectivista de modo formal ou informal, Marcelo Rangel, Eduardo Barbosa, Felipe Siqueira, Filipi Gradim, Guilherme Celestino. No projeto Filosofando com sotaques africanos e indígenas, tenho algumas parcerias: o Prof. Rogério Seixas da Universidade de Barra Mansa, Filipe Ceppas da UFRJ, Wanderson Nascimento da UFBA e Wanderely Silva da UFRRJ, estes são colegas que mesmo não se professando afroperspectivamente apoiam e são pesquisadores associados do projeto. Em relação às principais obras: penso que estão porvir, mas Ensino de Filosofia e a Lei 10. 639 (2014)foi o primeiro livro em que confessei esse desejo intelectual de filosofar com sotaques africanos, indígenas, performances femininas, sambando, jogando bola, com carimbó e com um repertório suburbano, enfim, lançando mão das minhas referências culturais.

TA: Qual o papel das mulheres na produção negra de conhecimento no cenário brasileiro? A figura da negra ainda se resume ao papel tradicional de mãe ou a Filosofia afroperspectivista aponta outros espaços possíveis para ela?

RN: Grande interrogação. Penso que o lugar das mulheres só pode ser de protagonismo. Atualmente tenho orientado mulheres em cursos de pós-graduação e buscado apoiar suas iniciativas. Na Filosofia afroperspectivista, estamos cada vez mais pensando em amplificar e fazer circular com mais intensidade as performances femininas. Por exemplo, em um artigo sobre a genealogia do drible mencionei personagens conceituais melanodérmicas da Filosofia afroperspectivista. Nós estamos investindo em estudos a respeito da personagem da Pomba-Gira, por exemplo. Além disso, a pensadora burquinense Sobonfu Somé é uma das nossas maiores referências quando se trata de falar de relacionamentos afetivos e conjugalidades.

TA: A mãe de santo, o jongueiro, o vagabundo, orixás, ubuntu, denegrir, vadiagem, drible, mandinga, enegrecimento, roda, cabeça feita, corpo fechado, estas são algumas imagens e figuras ligadas ao universo negro que você transforma em conceitos filosóficos. No conceito de drible, por exemplo, você faz um interessante resgate histórico do drible no futebol e busca aplicá-lo à tradição acadêmica europeia, exigindo que o pensamento pense também com o corpo. Traduzir tipos históricos e imagens tradicionais em conceitos filosóficos é o procedimento principal da Filosofia afroperspectivista?

RN: É um dos procedimentos. Um dos modos de atuar é trazer o nosso repertório cultural. A maioria das pessoas que usam a afroperspectividade tem sólida formação nas rodas de samba, nos terreiros de candomblé e umbanda, pajelança, xamanismo, nas rodas de capoeira, algumas são jogadoras de futebol e/ou estudiosas de esquemas táticos. Nesse sentido, se o filósofo alemão Adorno usou Ulisses para fazer uma leitura da Modernidade, se Nietzsche falou de Apolo e Dioniso, nós usamos outras personagens: Exu, Pomba-Gira, Zé Malandro, Zumbi dos Palmares, Ogum, Oxóssi, Tupi, Iara, dentre outras.

TA: O filósofo francês Gilles Deleuze é uma referência importante nos seus escritos. É possível trabalhar com escritores europeus em uma Filosofia afroperspectivista? Há limites e dificuldades nesta relação?

RN: A resposta é sim para os dois casos. Ou seja, apesar de ser viável trabalhar com autores europeus, existem limites. Isto está explícito em uma defesa que o próprio Deleuze faz ao lado do psicanalista Félix Guattari em O que é Filosofia?: “Se a Filosofia tem uma origem grega, como é certo dizê-lo, é porque a cidade, ao contrário dos impérios ou dos estados, inventa o agôn como regra de uma sociedade de ‘amigos’, a comunidade dos homens livres enquanto rivais (cidadãos)”. Por isso, ainda que Deleuze seja muito importante para os meus escritos, reconheço limites sérios. Como eu digo sempre, na esteira do filósofo Maldonado-Torres, os filósofos europeus têm essa mania colonial. Sem dúvida, Deleuze é um dos filósofos que mais tem nos ajudado em nossas insurreições. Mas como desejamos criar aldeias e quilombos filosóficos, Deleuze só ajuda a destruir os velhos castelos ocidentais da Filosofia. Para construir a aldeia quilombista precisamos de pessoas que filosofam com samba.

TA: Qual o papel da mestiçagem, ideia fundamental na história da formação racial brasileira, no seu pensamento?

RN: Eu não reivindico a categoria de mestiçagem em nenhum momento. Não se trata de uma dificuldade, mas de um termo muito equívoco, uma ideia que traz mais dificuldades e confusões do que alternativas políticas. Eu identifico um grave problema. O termo “raça” pode ser usado com vários sentidos, destaco dois: sinônimo de espécie ou alusão ao caráter social e histórico que diferencia grupos humanos pelo fenótipo. Ora, os sentidos são trocados e como diz o ditado “não se deve confundir alhos com bugalhos”. Tecnicamente, uma pessoa com mãe austríaca branca e pai norueguês branco é tão mestiça quanto alguém que tem um pai nigeriano da etnia iorubá com uma mãe sueca de pele alva. Minha leitura percebe que o conceito mestiço só faria pleno sentido em casos de centauros, uma mistura de humanos com cavalos, ou ainda, se um ser extraterrestre procriasse com uma pessoa da nossa espécie. Dessa união (extraterrestre com terrestre) nasceria um ser mestiço. Minha experiência política e meus investimentos intelectuais trazem um pensamento diferente desse. Nós somos da mesma raça (no sentido de espécie biológica), mas isso não quer dizer que não exista raça num sentido social e histórico, ou seja, populações que podem ser diferenciadas por características étnico-raciais, isto é, pelo fenótipo. Mas a existência de mestiços pressuporia diferenças de natureza entre as “raças”, o que não é o caso. Eu exemplifico, os jogadores de futebol Daniel Alves e Kaká são “igualmente” mestiços. Porque provavelmente ambos têm pessoas brancas, negras (pretas e pardas) e indígenas em suas ancestralidades. Mas foi Daniel Alves que reclamou dos xingamentos de torcidas que além de jogar bananas, o chamaram de macaco diversas vezes. Conforme minhas pesquisas superficiais, Kaká nunca foi chamado de “macaco” quando jogava na Europa. Ora, Kaká é branco e Daniel Alves é pardo, isto é, negro. (O sistema classificatório étnico-racial brasileiro é bem simples: o IBGE informa cinco categorias de cor/raça: amarela, branca, indígena, parda e preta. É importante notar que a categoria negra não é sinônimo de preta, mas a soma desta com “parda”. Ou seja, pardos + pretos = negros).

Por isso, Neymar viveu alguns episódios de discriminação racial em campo, algo impensado para Zico ou Kaká na mesma Europa. Penso que a ideia de mestiçagem cria mais dificuldades e confusões do que efetivas alternativas ao racismo e para a compreensão da sociedade brasileira. A suposição da existência da “mestiçagem” tem sido munição para as teorias puristas. Afinal, para haver mestiços é preciso que existam puros. Supor a mestiçagem parece uma crítica de tom antirracista, mas acaba por revitalizar o racismo que “gostaria” de combater. A ideia de pureza fez e continua fazendo muitos estragos políticos, penso que devemos riscar a ideia de “mestiçagem” dos nossos dicionários político e intelectual, levando a ideia de “pureza” junto. Afinal, não existem puros, tampouco impuros ou misturados. Concordo com Carlos Moore, só existem fenótipos. Por isso, a mestiçagem não faz parte do meu trabalho. Não acredito e nem vejo como a “mestiçagem” poderia ajudar a resolver qualquer tensão racial.

TA: Por fim, Renato. Em um contexto de opressão e violência, como é o de muitos jovens negras e negros no Brasil, por que eles deveriam estudar Filosofia ?

RN: A Filosofia pode ser um exercício de descolonização. Mas também pode ser de colonização e recolonização. Nós defendemos uma Filosofia que descoloniza, uma Filosofia que declare independência e autonomia sem dogmas. Numa sociedade racista que apresenta dados alarmantes de violência urbana em que as principais vítimas são jovens negras e negros, filosofar pode ajudar a repensar o cenário político e social. Mas, insisto, eles devem estudar uma Filosofia que seja marginal e antidogmática. Uma Filosofia que pense o racismo, uma Filosofia que trate da violência, uma Filosofia que pense o Brasil, uma Filosofia enredada no nosso território cultural, uma Filosofia que está porvir e que, talvez, possa estar em semente no pluriverso filosófico afroperspectivista.

Fonte: Blog Negro Belchior


Princípios Egípcios Universais










Por Editor VOPUS   
Egipto-Las Pirámides
Combinando a mitologia com a filosofia, os antigos egípcios expressaram ao mundo grandes realidades através de uma mística transcendental, onde o ávido buscador da verdade se submerge em um sem-fim de mistérios a decifrar.
A força da filosofia egípcia é algo que ainda mantém muitos estudiosos bastante entretidos, devido à profundidade e certeza com que eles, os egípcios, formularam seus postulados filosóficos.

La Diosa Nut-Madre del Universo-El imagen expresa la Orden UniversalProva do que estamos dizendo aqui são os sete fundamentos básicos, sobre os quais se apoiavam os pensamentos místicos e filosóficos dos faraós e seus respectivos séquitos.
Para conhecimento do leitor, enunciamos neste capítulo os citados princípios universais egípcios: 
  • EXISTE UMA ORDEM UNIVERSAL
  • Na qual cada ser, cada coisa e cada tempo cumpre uma missão específica:

    Akenathon recibiendo los dones del Sol
  • EXISTE UMA UNIDADE CÓSMICA
  • Na qual tudo é um, e assim como é em cima é embaixo, e o ponderável, um reflexo do que não é. 

  • EXISTE UMA MEDIDA ÚNICA
  • da qual todas as outras são uma representação e os seres e as coisas e os tempos são meros expoentes dos múltiplos e submúltiplos dessa medida.

  • EXISTE UMA ÚNICA LEI
  • Que é a que determina a ordem universal e a unidade cósmica e se faz efetiva através da medida única.

    Anubis- El Gran Juez de la Ley y la balanza con la cual pesa las buenas y las malas acciones del Alma
  • EXISTE UMA ÚNICA INTELIGÊNCIA

  • Que abarca, compreende e está em tudo, sendo as inteligências individuais simples reflexos do que é essa Inteligência.

  • EXISTE UM ÚNICO CAMINHO
  • El Dios Ra conduce con su barca el Alma-La Inteligencia SolarQue é o da obediência à Lei, que rege a ordem universal e determina a unidade das partes com seu todo.

  • EXISTE UMA ÚNICA REALIDADE
  • Que está formada pela repetição da mesma coisa em infinitos aspectos e se faz inteligível a diferentes medidas de tempo. Como se pode considerar, existe em tais postulados um alcance filosófico que só foi igualado pela filosofia atual depois de muitas divagações que surgiram há muitos séculos: cada princípio reflete um conhecimento de causa ao ser expressado. E é que os egípcios dedicavam grande parte da vida a investigar através da meditação os mistérios da vida e da morte.
    Imagen del interior de una tumba egipcia-expresa unos simbolos del viaje del Alma hasta su union con DiosAlgumas pessoas superficiais falam de tal fim de forma desdenhosa:
    É que os egípcios viviam mais para estudar a morte que para estudar a vida.

    Nós, os gnósticos, afirmamos com o Dr. Samael, o seguinte: 

    A vida está formada pelas pegadas dos cascos dos cavalos da morte. Da morte podemos aprender tudo, da vida muito pouco. Se o grão não morre, a planta não nasce, a morte dá origem à vida.
    Los misterios de la Vida y de la Muerte


    Arte africana

    Ọnà ilẹ̀ Áfríkà.
    Arte africana.
                                                                              1. Desenhos impressionantes feitos com caneta bic por artista ganense. 

                       Enam Bosokah

    Desde pequenos aprendemos a desenhar com o lápis, porque se errarmos dá para pegar na borracha e apagar.  A caneta fica para escrever coisas muito importantes ou, no máximo, rabiscar coisas pouco importantes.
    Com Enan Bosokah, um jovem artista ganense, não foi diferente. Ele aprendeu a desenhar com lápis e usar a borracha para apagar aquilo que não ficou bem. Depois de um tempo, porém, decidiu quebrar os próprios limites e passou a desenhar apenas com a caneta.
    Para ele, a ideia de que o desenho feito à caneta não poderá ser apagado é divertida e o ajuda a ganhar domínio sobre a sua arte. O resultado é o que é e ponto. Mas chega de falar, vamos ver alguns dos seus draft:



          ©enan-bosoka_capa                                   ©enan-bosoka_8




    ©enan-bosoka_1©enan-bosoka_2©enan-bosoka_3©enan-bosoka_4©enan-bosoka_5©enan-bosoka_6©enan-bosoka_7©enan-bosoka_8©enan-bosoka_10©enan-bosoka_11

      http://www.yebothis.com/desenhos-impressionantes-feitos-com-caneta-bic-por-artista-ganense/#sthash.o9gRs7tN.dpuf

    2. Ọnà ilẹ̀ Ẹ́gíptì Ayéijọ́un.
        Arte do Egito antigo.

    As quatro colossais estátuas de Ramsés II na entrada do templo de Abu Simbel, símbolos da civilização do Antigo Egito.

    Uma biga egípcia.
    3. Ọnà yorùbá.
       Arte yorubá.
     

    Negros

    Àwọn adúláwọ̀.
    Negros.


    Áfríkà ìtẹ́ ọmọnìyàn àti ìmọ̀.
    África berço da humanidade e do conhecimento.


    Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
    Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


    Áfríkà, s. África.
    Ìtẹ́, s. Trono, ninho de pássaro, berço de criança.
    Ọmọnìyàn, s. Homo sapiens.
    Àti, conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos. 
    Ìmọ̀, s. Cultura, saber, conhecimento.


    Austrália




    África









    Papua Nova Guiné





    Menina Loira da Ilha de Salomão


    Resultado de imagem para Ilha de Salomão

    Etnia drávida do sul da Índia
      






    1. África berço da humanidade e do conhecimento.
    Mapa de mundo - África









    2. Reinos africanos














































    3. Universidades

    3. 1. Primeira Universidade da história.


    Universidade de Al-Karaouine
    Universidade de Al-Karaouine - Marrocos.

    Localizada no Marrocos, mais precisamente na região de Fes, seu surgimento se deu como uma Madrasah – um tipo de escola, que poderia ser secular ou religiosa -, criada em 859 depois de Cristo. Foi fundada por uma mulher:  Fatima al-Fihri e chegou a alcançar fama mundial, por conta dos profundos estudos acerca das ciências naturais. Somente mais de 10 séculos depois, em 1957, essa Universidade começou a ministrar graduações em matemática, física, química e línguas estrangeiras.

    3. 2. Segunda Universidade mais antiga do mundo


    Universidade Al-Azhar - Egito

    Localizada no Cairo, capital do Egito é a segunda mais antiga instituição. Criada no ano de 998 d.C., por ordem do vizir Yaqub, com o objetivo de que o califa Aziz desse aulas e alimento para 36 alunos da região. O foco em Al-Azhar era a Teologia e procurava conciliar fé e ciência. Foi capaz de atrair muitos mestres e alunos de todas as partes do mundo islâmico.

    3. 3. Universidade de Sankoré




    A Universidade de Sankoré foi o mais importante centro universitário de Timbuktu.




    3. 4. Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul)

    Terceira Melhor Universidade dos BRICS e dos países emergentes.

     

    1. Universidade de Pequim (China)
    2. Universidade Tsinghua (China)
    3. Universidade da Cidade do Cabo (África do Sul)
    4. Universidade Nacional de Taiwan (Taiwan)
    5. Universidade Bogazici (Turquia)
    6. Universidade de Ciência e Tecnologia da China (China)
    7. Universidade Técnica de Istambul (Turquia)
    8. Universidade Fudan (China)
    9. Universidade Técnica do Oriente fazer do Médio (Turquia)
    10. Universidade Estadual Lomonossov de Moscou (Rússia)
    11. Universidade de São Paulo (Brasil)

    3.5. Faculdade Zumbi dos Palmares



    3.6. Faculdade de teologia umbandista



    4. Matemática africana

    Osso de Lebombo



    Bastão de Ishango







    Matemática Egípcia



    5. Escrita egípcia






    5. Calendário solar do Egito










    6. Ciência egípcia




    7. Arte egípcia















    8. Religião egípcia






    Enéade de heliópolis











    9. Afrocracia


    Mais de 1 milhão de europeus foram escravizados por traficantes norte-africanos de escravos entre 1530 e 1780, uma época marcada por abundante pirataria costeira no Mediterrâneo e no Atlântico. A informação é do historiador americano Robert Davis.

    mercado_escravos_brancos_2






    10. Saberes africanos e da diáspora




    THOTH ou TOT: É o deus da escrita e da sabedoria. Os egípcios acreditavam que Thoth tinha criado os Hieróglifos. Thoth era também conhecedor da matemática, astronomia, magia e representava todos os conhecimentos científicos. Sua associação mais antiga refere-se a ele como o deus da Lua. Thoth geralmente é representado com a imagem de um Íbis (pássaro) e por ela ter um bico parecido com a lua, o consideravam o Íbis um animal sagrado. Ele também aparece com cabeça de babuíno.

    Ficheiro:Thoth.svg

    Outros nomesToth,Tot,Tôt,Thoth,Zonga
    Nascimento
    adorado em Hermopolis
    Parentesco,HatorSet
    CônjugeSeshat ou Maet




     Lista de africanos laureados com Prêmio

     Nobel.






    19- Michael Levitt    África do Sul   2013 Química








    18- Ellen Johnson Sirleaf   Líbéria    2o11  Paz




    17- Leymah Gbowee    Libéria   2011 Paz



    16- Wangari Maathai Kenia 2004 Paz






    15- John Maxwell Coetzee Africa do Sul 2003 Literatura





    14- Sydney Brenner Africa de Sul 2002 Medicina




    13- Kofi Annan Gana 2001 Paz




    12- Ahmed Zewail Egipto 1999 Quimica 



    11- Claude Cohen-Tannoudji  Argelia 1997 Física 



    10- Fredrik de Klerk Africa do Sul 1993 Paz




    9- Nelson Mandela Africa do Sul 1993 Paz




    8- Nadine Gordimer Africa do Sul 1991 Literatura





    7- Naguib Mahfouz Egipto 1988 Literatura



    6- Wole Soyinka Nigeria 1986 Literatura




    5- Desmond Tutu Africa do Sul 1984 Paz




    4- Allan Cormack   África do Sul   1979 Fisiologia/medicina 



    3- Anwar Sadat Egipto 1978 Paz



    2- Albert John Lutuli Africa do Sul 1960 Paz




    1- Albert Camus Argelia 1957 Literatura







    15 Negros e negras agraciados com o Prêmio Nobel

    O Prêmio Nobel foi instituído por Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite, o Prêmio Nobel foi concedido pela primeira vez em 1901. Os prêmios são entregues anualmente, no dia 10 de Dezembro, aniversário da morte do seu criador, as pessoas que fizeram pesquisas importantes, criaram técnicas pioneiras ou deram contribuições destacadas à sociedade. Os prêmios Nobel foram concedidos a mais de 800 pessoas, dos quais 15 foram negros.

    Os negros têm sido os destinatários de três dos seis prêmios: Literatura, Paz e Economia. O primeiro ganhador negro, Ralph Bunche , foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz em 1950. O mais recente, Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee , foram premiadas em 2011.

    Três laureados negros:- Anwar Sadat , Barack Obama e Ellen Johnson Sirleaf - foram presidentes de seus países quando foram agraciados com o prêmio.

    1- Ralph Johnson Bunche 



             Nasceu em Detroit, 7 de Agosto de 1904 - morreu em Nova Iorque, 9 de Dezembro de 1971, foi um diplomata estadunidense. Foi  agraciado com o Nobel da Paz de 1950, pela sua mediação na questão da Palestina (1948).

    "Primeiro Afro americano a ganhar um Prêmio Nobel".

    Ano:1950


    Categoria: Paz

    Pais: África do Sul

    Religião: Adventista do Sétimo Dia


    2-Martin Luther King , Jr.


           Nasceu em Atlanta, 15 de janeiro de 1929, e morreu em Memphis, 4 de abril de 1968, foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo. Seu discurso mais famoso e lembrado é "Eu Tenho Um Sonho".


    "Ele foi a pessoa mais jovem a receber o Prémio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato".


    Ano:1964

    Categoria: Paz


    País: Estados Unidos

    Religião: Batista


    Pais: Estados Unidos

    Religião:Provavelmente Protestante


    3- Albert John Lutuli   
       


            Nasceu na Rodésia do Sul, 1898, e morreu em KwaDukuza, 21 de Julho de 1967, foi um líder religioso e político da África do Sul. Foi laureado com o Nobel da Paz em 1960, presidente do ANC (Congresso Nacional Africano).


    "Primeiro negro Africano a ganhar um Prêmio Nobel".

    Ano:1960

    Categoria: Paz

    Pais: África do Sul

    Religião: Adventista do Sétimo Dia


    4- Muhammad Anwar Al Sadat  



                            Nasceu em Mit Abu al-Kum, Monufia, 25 de dezembro de 1918, e morreu no Cairo, 6 de outubro de 1981, foi um militar e político egípcio, presidente do seu país de 1970 a 1981. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1978.


    "Foi membro fundador da Movimento dos Oficiais Livres, com Gamal Abdel Nasser".

    Ano:1978

    Categoria: Paz

    País: Egito

    Religião: Muçulmano

    5- Sir William Arthur Lewis 




             Nasceu em 23 de janeiro de 1915, e morreu em 15 de junho de 1991, foi um economista britânico bem conhecido por suas contribuições no campo do desenvolvimento econômico.

    "Em 1979 ele ganhou o Prêmio Nobel em Economia , tornando-se o primeiro negro a ganhar um Prêmio Nobel em uma categoria diferente de paz".

    Ano:1979

    Categoria: Economia

    País: Santa Lúcia

    Religião: Anglicana

    6- Desmond Tutu Mpilo



          Nascido em 07 de outubro de 1931, é um ativista Sul-Africano e bispo Anglicano que chegou à fama em todo o mundo durante a década de 1980 como um oponente do apartheid . Tutu recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1984.Tutu tem sido ativo na defesa dos direitos humanos e usa o seu alto perfil para fazer campanha para os oprimidos. Ele fez campanha para combater a Aids, a tuberculose , a homofobia , transfobia , a pobreza e o racismo.

    "Ele foi o primeiro negro Sul-Africano Arcebispo de Cape Town , África do Sul e de primatas da Igreja da Província da África Austral (agora a Igreja Anglicana da África Austral )".


    Ano:1984

    Categoria: Paz

    País: África do Sul

    Religião: Anglicana
    7- Akinwande Oluwole "Wole" Soyinka



               Nascido em 13 de julho de 1934 é um escritor nigeriano, poeta e dramaturgo. Ele foi premiado em 1986 com o Nobel de Literatura, onde foi reconhecido como um homem "que numa ampla perspectiva cultural e com as tendências poéticas nuances do drama da existência".


    "O primeiro negro a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura".

    Ano:1986

    Categoria: Literatura

    País: Nigéria

    Religião: Protestante

    8- Derek Alton Walcott

        

                                     Nascido em 23 de janeiro de 1930, em Santa Lúcia, poeta, escritor, dramaturgo e artista visual que foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1992.

    "Sua obra é um retrato da cultura caribenha, expressa a sensação de isolamento de

    alguém criado entre a orientação cultural europeia e o folclore negro do Caribe".

    Ano:1992

    Categoria: Literatura

    País: Santa Lúcia

    Religião: Metodista

    9- Toni Morrison



             Nascida em Lorain, 18 de Fevereiro de 1931, é uma escritora estadunidense. Recebeu o Nobel de Literatura de 1993, por seus romances fortes e pungentes, que relatam as experiências de mulheres negras nos Estados Unidos durante os séculos XIX e XX. Seu livro de estréia, O olho mais azul (1970), é um estudo sobre raça, gênero e beleza — temas recorrentes em seus últimos romances. Despertou a atenção da crítica internacional com Song of Solomon (1977). Amada (1987), o primeiro romance de uma trilogia que inclui Jazz (1992) e Paraíso (1997), ganhou o Prêmio Pulitzer de melhor ficção e foi escolhido pelo jornal americano The New York Times como “a melhor obra da ficção americana dos últimos 25 anos”. Morrison escreveu peças, ensaios, literatura infantil e um libreto de ópera. Seu último romance é Amor (2003).

    "Primeira mulher negra a ganhar um Prêmio Nobel".

    Ano:1993

    Categoria: Literatura

    País: Estados Unidos

    Religião: Provavelmente Protestante

    10- Nelson Rolihlahla Mandela  


         Nascido em Mvezo, 18 de julho de 1918, é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento antiapartheid, como ativista e transformador da história africana. Considerado pela maioria das pessoas um guerreiro em luta pela liberdade, era considerado pelo governo sul-africano um terrorista.

    "Sua vida foi brilhantemente retratada nos filmes “Invictus” (2009) e "Goodbye Bafana" (2007), mostrando sua conversão em ativista com métodos pacíficos, vindo a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1993".

    Ano:1993

    Categoria: Paz

    País: África do Sul

    Religião: Metodista

    11- Kofi Atta Annan



              Nascido em 8 de abril de 1938, é um diplomata de Gana. Foi, entre 1 de janeiro de 1997 e 1 de janeiro de 2007, o sétimo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, tendo sido laureado com o Nobel da Paz em 2001.

    "Annan e as Nações Unidas foram co-receptores do Prêmio Nobel da Paz de 2001 pela criação do Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária para ajudar países em desenvolvimento em seus esforços para cuidar de seu povo".

    Ano: 2001

    Categoria: Paz

    País: Gana

    Religião: Metodista

    12-Wangari Muta Maathai   

     


          Nasceu em Ihithe, Distrito de Nyeri, 1º de abril de 1940, e morreu Nairóbi, 25 de Setembro de 2011, foi uma professora e ativista política do meio-ambiente queniana.


    "Foi a primeira mulher africana a receber, em 2004, o Prêmio Nobel da Paz".

    Ano: 2004

    Categoria: Paz

    País: Quênia

    Religião: Provavelmente Cristã


    13- Barack Hussein Obama II




                 Nascido em Honolulu, 4 de agosto de 1961, é um advogado e político dos Estados Unidos, o 44ª e atual presidente do país, desde 24 de janeiro de 2009, e o Nobel da Paz de 2009. Sua candidatura foi formalizada pela Convenção do Partido Democrata em 28 de agosto de 2008, começando o processo de candidatura em 16 de janeiro.

    "Primeiro presidente Negro dos Estados Unidos"


    Ano: 2009

    Categoria: Paz

    País: Estados Unidos

    Religião: Protestante: Igreja Negra


    14-Ellen Johnson-Sirleaf 



        Nascida em Monróvia, 29 de outubro de 1938, é a atual presidente da Libéria. Foi a vencedora das eleições presidenciais de 8 de novembro de 2005, em que derrotou o ex-futebolista George Weah. Foi reeleita em 2011 para um novo mandato.


    "Foi uma das três mulheres galardoadas com o Prémio Nobel da Paz de 2011 graças ao seu trabalho como a Primeira Ministra da Libéria, atraindo investidores para a renovação do seu país".


    Ano: 2011

    Categoria: Paz

    País: Libéria

    Religião: Metodista


    15- Leymah Roberta Gbowee 



            Nascida em Monróvia, 1 de fevereiro de 1972, é uma ativista africana encarregada de organizar o movimento de paz que colocou fim à Segunda Guerra Civil da Libéria em 2003. Tal conduziu à eleição de Ellen Johnson-Sirleaf como a primeira mulher presidente de um país africano.


    "Gbowee foi em 2011 uma das três personalidades galardoadas com o prémio Nobel da paz junto com a sua compatriota Sirleaf e a iemenita Tawakel Karman".
    Ano: 2011

    Categoria: Paz

    País: Libéria

    Religião: Luterana

    11. Negros indianos  agraciados com prêmio nobel

    1- Venkatraman Ramakrishnan  
    Prêmio Nobel de Química 2009 
    Data de Nascimento: 1952,Chidambaram, Tamil Nadu, na Índia
    Afiliação na época do prêmio:MRC Laboratório de Biologia Molecular, em Cambridge, Reino Unido
    Prémio motivação: "para estudos da estrutura e função do ribossoma"
    Campo: bioquímica, química estrutural
    2- Chandrasekhara Venkata Raman 


    O Prêmio Nobel de Física 1930 foi atribuído a Sir Venkata Raman "por seu trabalho 
    sobre a dispersão da luz e pela descoberta do efeito que leva seu nome".

    12. Tecnologia africana e afrodescendente.







    1-George Crum






    Você sabia que a batata-frita foi inventada

    pelo afro-americano George Crumchef de 


    cozinha em 1853?






      





    2- Philip Downing



    O inventor Philip Downing – Também afro-americano - patenteou

    a caixa de correios em 1881.










    3.Invenção: Filamento de carbono para lâmpadas incandescentes.
    Depois de servir na Marinha dos Estados Unidos, Lewis Latimer começou a trabalhar para o escritório de advocacia de patentes. Durante seu trabalho no escritório ele foi promovido de Office-boy para o setor interno quando seu chefe reconheceu o seu talento para esboçar desenhos para as patentes. Em 1874, ele co-patenteou um sistema higiênico aperfeiçoado para vagões ferroviários chamados de Closet. Alexander Graham Bell utilizou os serviços de Latimer, ainda jovem, para criar os esboços do projeto para sua mais nova invenção – o telefone. Latimer mais tarde passou a trabalhar para um rival inventor, Thomas Edison e recebeu uma patente para o “Processo para fabricação de filamentos de carbono”, um método melhorado para a produção de filamentos de carbono para as lâmpadas incandescentes. Esta patente levou Latimer a trabalhar na companhia de energia e luzEdison Electric como relator e especialista em patentes.











    4-Invenção: Manteiga de amendoim

    George Washington Carver nasceu escravo no Missouri. Ele foi inabalável na busca de aprendizado e educação para si. Finalmente se formou na faculdade, quando tinha 30 anos. Carver pesquisou e promoveu alternativas agrícolas para o cultivo de algodão, bem como o amendoim e batata-doce. Descobriu mais de 300 utilizações para o amendoim e centenas de outras para soja, nozes e batata-doce, incluindo a manteiga de amendoim, papel, tinta e óleos. Ele trabalhou como professor agronomia no instituto Tuskegee.




    5-Invenção: O primeiro cardiologista a realizar uma operação com o peito aberto com sucesso.
    O filho de um barbeiro da Pensilvânia, Daniel Hale Williams encontrou sua vocação quando deixou de ser aprendiz de sapateiro para aprender medicina. Ele se formou na Escola de Medicina de Chicago em 1883, e foi um dos apenas quatro médicos afro-descendente em Chicago. Em um esforço para combater o racismo institucionalizado que mantinha descendentes de africanos longe das escolas de enfermagem, medicina e na área de atuação, Dr. Williams fundou o primeiro hospital americano afro-americano bem como oprimeiro curso de enfermagem direcionado para essa etnia. Foi, também, ele o primeiro cirurgião a realizar com sucesso uma operação cardíaca com o tórax aberto com resultado positivo. O paciente em questão havia sofrido um golpe de punhalada no peito. Após isso se recuperou e viveu por mais 20 anos.

    6- Invenção: Loção de crescimento capilar
    Nascida Sarah Breedlov em Delta, Louisiana, Walker superou uma infância de escravidão e abuso. Fundou a CJ Walker Manufacturing Company. Na época não era comum encontrar produtos para o tratamento de doenças do couro cabeludo. Muito comum, pois não existia água encanada e produtos de lavagem (xampu). Foi isso que levou Walker a criar seu próprio produto e perfume. Ela partiu para o corpo-a-corpo. Ia de porta em porta oferecendo sua mercadoria. Teve êxito. Após isso, fundou também uma escola de beleza para mulheres no cuidado do cabelo. Tornou-se a primeira mulher afro-descendente milionária na América.




    7- Invention: O SuperSoaker (brinquedo)
    Engenheiro e inventor Lonnie Johnson George fundou sua própria firma de engenharia que acabou sendo comprada pela Hasbro. O SuperSoaker foi o brinquedo mais vendido entre 1991 e 1992 e gerou mais de U$ 200 milhões em vendas no varejo. Além de seu sucesso como um inventor de brinquedos, Johsson também trabalhava para o desenvolvimento de novas tecnologias energéticas, incluindo novos tipos de baterias recarregáveis, usinas de energia solar e geradores de energia térmica oceânica.



    8-Invenção: Cama dobrável
    Sarah E. Good foi a primeira mulher afro-descendente a ter uma patente concedida pelaEUA Trades Mark por sua invenção de uma cama dobrável, em 14 de julho de 1885. Liberta ao final da guerra civil americana, Goode se mudou para Chicago e tornou-se uma empresária, dona de uma loja de móveis. Seus clientes muitas vezes queixavam-se que não tinham muito espaço para as camas em seus apartamentos, e assim, com essa idéia Goodie criou um projeto do que hoje conhecemos como cama-dobrável.





    9-Invenção: Lubrificante do motor a vapor
    Elijah McCoy era um inventor de Edinburg. Estudou e formou-se engenheiro e adquiriu 57 patentes nos Estados Unidos. McCoy é mais famoso por inventar um lubrificador automático para locomotivas e motores a vapor – como os barcos – e permitiu assim que esses trabalhassem mais rápido. Elijah McCoy é o homem por trás da frase “O McCoy real”, que também quer dizer “A coisa real”. Contam que os técnicos que trabalhavam na manutenção dos trens sempre perguntavam aos vendedores se o dispositivo era o “McCoy real” ou uma cópia fajuta.


    10- Invenção: Máscara de gás
    Quando Garrett Morgam tinha quatorze anos, ele se mudou de sua cidade natal noKentucky para Ohio procurando seu destino. Morgam trabalhou como mecânico de maquinas de costura e acabou abrindo sua própria empresa no ramo, bem como sapataria e outros. Depois de ficar sabendo sobre o incêndio na fabrica Triangle Shirtwaist, Morgam patenteou um “capô de segurança e protetor de fumaça”. Usando esta nova invenção, ele e dois outros homens ganharam reconhecimento nacional, como heróis quando eles ajudaram equipes de resgate de homens presos em uma explosão em um túnel sob o Lago Erie. Ele também patenteou sua própria versão do sinal de transito, mas nunca foi colocado em produção.

    Chess Players An Important Part Of Black History Month



    Cinco grandes invenções tecnológicas africanas







    África tem várias soluções inovadoras, desde tornar a vida um pouco mais fácil em áreas rurais até, realmente, salvar vidas nas situações mais terríveis através da ciência. Enquanto o continente africano aproxima-se lentamente  das maravilhas tecnológicas dos países desenvolvidos, o sítio on-line "IT News Africa" mostra que por cá, não faltam mentes criativas e aspirantes. 

    Carregador para telemóveis em sola de sapatos
    Anthony Mutua, inventor queniano, desenvolveu uma forma bastante simples para carregar telemóveis, ao utilizar a energias dos pedestres. A invenção é composta por chips ultra-finos de cristal que são montados na parte inferior da sola do sapato.  À medida que o utilizador caminha gera electricidade através da pressão exercida sempre que os chips são pisados. Os chips custam cerca de 46 dólares. Recentemente, o projecto recebeu 6.000 dólares pelo Conselho do Quénia Nacional de Ciência e Tecnologia, assim como a promessa de produção em massa para alcançar um mercado maior.



    Liga-me por favor
    Os utilizadores das telecomunicações móveis, por vezes, não sabem que o "Please Call Me Service" foi inventado em África. O serviço permite que os utilizadores que não têm tempo para enviar uma mensagem de texto a dizer "Ligue-me por favor", alertem os receptores que desejam ser ligados de novo. Apesar de ter existido alguma controvérsia a respeito de quem inventou exactamente o serviço, o facto é que ele foi criado por um funcionário da Vodacom ou da MTN na África do Sul. Tanto o ex-empregado da Vodacom Nkosana Makate e o ex-empregado da MTN, Ari Kahn, reivindicaram a invenção, cada um com a sua própria prova, mas o assunto ainda está a ser investigado num tribunal sul-Africano.


    Cardiopad


    O Cardiopad, tablet que permite fazer exames cardíacos como electrocardiograma (ECG) em localidades rurais remotas, foi criado e desenvolvido pelo empresário Marc Artgur Zang Adzaba. O dispositivo é mais eficaz em áreas onde tais testes de diagnóstico cruciais nunca foram disponibilizados. O dispositivo está disponível apenas nos Camarões, mas diz-se que a Himore Médico, empresa que produz o aparelho, encontra-se em processo de comercialização do aparelho noutros mercados africanos. Segundo a imprensa, "esta inovação vai permitir que muitos pacientes cardíacos recebam um diagnóstico imediato, um luxo que eles não poderiam receber, senão podessem viajar até um centro urbano."



    M-Pesa
    M-Pesa é um serviço finaceiro que permite transferir e levantar dinheiro, pagar serviços, assim como comprar crédito através do telemóvel. Este serviço foi criado para as operadoras Safaricom e Vodacom, no Quénia e na Tanzânia, respectivamente. O "M" vem de móvel, enquanto que "pesa" é a palavra swahili para dinheiro. De acordo com fontes online, o serviço foi desenvolvido seguindo um projecto de um estudante de software, do Quénia, em 2007, posteriormente lançado pela Safaricom. O serviço está actualmente a ser utilizado em Moçambique, Quénia, Tanzânia, Afeganistão, África do Sul, Índia e Egipto.




    TAC scan


    Amplamente utilizado na área médica em todo o mundo, poucos pacientes sabem que a tomografia axial computadorizada (TAC), ou tomografia computadorizada (TC), foi inventada por sul-africanos.  Apesar da tecnologia ter sido desenvolvida na Universidade de Tufts, Reino Unido, a pessoa responsável pelo equipamento de imagem foi o sul africano físico Allan Cormack e o britânico Godfrey Hounsfield do EMI Laboratories. A dupla foi premiada Prémio Nobel de Fisiologia/Medicina, em 1979.




    Produto repele o mosquito pelo cheiro e já ganhou prêmio

    sabonete malaria




    Uma dupla de estudantes africanos criou um sabonete capaz de repelir o mosquito causador da malária. O produto, feito a base de ervas e ingredientes naturais, já rendeu a Moctar Dembele e Gerard Niyondiko um prêmio de U$ 25.000, em abril deste ano, pela "Global Social Venture Competition", uma competição mundial promovida pela Universidade de Berkeley, na Califórnia.
    Os dois são alunos do Instituto Internacional de Água e Engenharia Ambiental, em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, na África. Como informou Niyondiko ao site da CNN, o sabão, apelidado de “Fasoap”, deixa um perfume na pele que repele os mosquitos.
    Outro detalhe importante é que a água residual de quem toma banho com o sabonete contem substâncias que impedem o desenvolvimento das larvas de mosquitos. E esse aspecto pode trazer resultados significativos, já que o problema do saneamento na África é uma das causas da proliferação de vetores de malária.
    De acordo com Niyondiko, o objetivo é que o produto possa atender a uma parcela significativa da população da África, que não tem acesso aos produtos convencionais industrializados, como cremes e spray, devido aos custos. "Pensamos em um sabonete repelente e larvicida que estará acessível para a maioria da população, uma vez que o sabão é um produto a base de ingredientes regionais", disse Niyondiko ao site.
    Por ora, os estudantes ainda estão trabalhando na otimização do produto. A expectativa é que ele chegue ao mercado em 2015.







    Cientistas nigerianos produzem chocolate resistente ao calor



    Abuja- Nigéria (PANA) – Cientistas nigerianos produziram um novo chocolate resistente ao calor no âmbito dos maiores progressos da ciência nutricionista, noticiou recentemente a revista British Food Journal. 
    Os cientistas nutricionistas, S. 
    O. 
    Ogunwolu e C. 
    O. 
    Jayeola do Instituto de Pesquisa da Cacau da Nigéria (CRIN), baseado no sudoeste de Ibadan, misturaram a farinha de milho com o cacau para produzir um chocolate resistente ao calor que, no seu entender, "compara-se favoravelmente com o convencional chocolate com leite em termos de cor, gosto, doçura e aceitabilidade integral". 
    A farinha ajuda a determinar a espessura do chocolate e evita o derramamento da manteiga de cacau – a gordura natural do grão de cacau – quando estiver calor. 
    O novo producto permanece firme até 122 graus Fahrenheit, ao passo que uma maior parte de outros chocolates se fundem entre 77 e 91 graus. 
    Os pesquisadores esperam que a sua nova confecção vá "permitir uma ampla distribuição e uma maior exposição e consumo de chocolate nos trópicos, particularmente na Nigéria", disse a revista. 
    18 Julho 2006 22:09:00






    Meninas africanas inventaram gerador de eletricidade que funciona com urina?


    Duro-Aina Adebola, Akindele Abiola, Faleke Oluwatoyin e Bello Eniola

    estudantes_gerador_urina
    Inventores angolanos premiados na feira de ideias de Nuremberg


    O inventor angolano Inácio Augusto Simão conquistou hoje (domingo) uma medalha de ouro na Feira de Ideias, Inovações e Novos Produtos (IENA), em Nuremberga, Alemanha, com osoftware de tradução gestual para verbos e sons em línguas nacionais.

    No certame, que hoje, terminou, Angola arrebatou na globalidade nove medalhas, superando a edição anterior, tendo sido o coordenador, Gabriel Luís Miguel, distinguido com uma medalha de ouro e um diploma de mérito pelo empenho e o suporte que Ministério da Ciência e Tecnologia (Minct) tem dado aos inventores em Angola.

    Na senda das distinções, o inventor Inácio Augusto Simão foi agraciado com medalha de prata por ter apresentado um suporte de velas que faz a reciclagem da cera e igualmente medalha de prata para o inventor Ricardo Figueiredo, com a máquina de limpar janelas automáticas.

    Os outros agraciados com prata e diploma de mérito foram os inventores Mpanda Makambua, com a concepção de material didáctico, a partir de materiais de recuperação para o ensino da óptica geométrica, e Hélder Silva pelo conjunto de 10 obras apresentadas.
    Para as medalhas de bronze, num número de três, estão os inventores Mavi Nguengo, com a geleira inteligente, Adilson Octávio da Costa, com o sistema nacional de pagamento por impressão digital e o Mabiala Damasco, com o aparelho para tratamento dental.


    O Brasil e África do Sul estão empreendendo atualmente, um programa de cooperação no desenvolvimento do míssil ar-ar A-Darter








     O eficiente Casspir (blindado da África do Sul) foi utilizado  na guerra do Iraque

    O Casspir é um Ambush Protected Vehicle-Mina resistente que tem sido usado na África do Sul há mais de 30 anos. É um veículo de tração nas quatro rodas, quatro rodas, utilizado para transporte de tropas. Ele pode armazenar uma tripulação de dois, mais 12 soldados adicionais e equipamentos associados.



    Casspir Ai101503g1.jpg veículo

    África do Sul: Cientistas desenvolvem

    primeiro laser digital do mundo


    Pesquisadores do Conselho da África do Sul para a Investigação Científica e Industrial (CSIR) desenvolveram primeiro laser digital do mundo. 






    Inventores angolanos premiados na feira 

    de   ideias de Nuremberg


    O inventor angolano Inácio Augusto Simão conquistou hoje (domingo) uma medalha de ouro na Feira de Ideias, Inovações e Novos Produtos (IENA), em Nuremberga, Alemanha, com osoftware de tradução gestual para verbos e sons em línguas nacionais.

    No certame, que hoje, terminou, Angola arrebatou na globalidade nove medalhas, superando a edição anterior, tendo sido o coordenador, Gabriel Luís Miguel, distinguido com uma medalha de ouro e um diploma de mérito pelo empenho e o suporte que Ministério da Ciência e Tecnologia (Minct) tem dado aos inventores em Angola.

    Na senda das distinções, o inventor Inácio Augusto Simão foi agraciado com medalha de prata por ter apresentado um suporte de velas que faz a reciclagem da cera e igualmente medalha de prata para o inventor Ricardo Figueiredo, com a máquina de limpar janelas automáticas.

    Os outros agraciados com prata e diploma de mérito foram os inventores Mpanda Makambua, com a concepção de material didáctico, a partir de materiais de recuperação para o ensino da óptica geométrica, e Hélder Silva pelo conjunto de 10 obras apresentadas.

    Para as medalhas de bronze, num número de três, estão os inventores Mavi Nguengo, com a geleira inteligente, Adilson Octávio da Costa, com o sistema nacional de pagamento por impressão digital e o Mabiala Damasco, com o aparelho para tratamento dental.

    O aparelho para tratamento dental proporcionou ainda ao inventor Mabiala Damasco uma distinção com um quadro de Leonardo Davinci e um diploma de mérito, entregues pela Associação Europeia dos Inventores.

    Na edição anterior, 2012, Angola conquistou sete medalhas das quais uma de ouro, igual número de prata e cinco de bronze.

    Angop / Expansão


    Foto: Inventores angolanos premiados na feira de ideias de Nuremberg

  
O inventor angolano Inácio Augusto Simão conquistou hoje (domingo) uma medalha de ouro na Feira de Ideias, Inovações e Novos Produtos (IENA), em Nuremberga, Alemanha, com o software de tradução gestual para verbos e sons em línguas nacionais.

No certame, que hoje, terminou, Angola arrebatou na globalidade nove medalhas, superando a edição anterior, tendo sido o coordenador, Gabriel Luís Miguel, distinguido com uma medalha de ouro e um diploma de mérito pelo empenho e o suporte que Ministério da Ciência e Tecnologia (Minct) tem dado aos inventores em Angola.

Na senda das distinções, o inventor Inácio Augusto Simão foi agraciado com medalha de prata por ter apresentado um suporte de velas que faz a reciclagem da cera e igualmente medalha de prata para o inventor Ricardo Figueiredo, com a máquina de limpar janelas automáticas.

Os outros agraciados com prata e diploma de mérito foram os inventores Mpanda Makambua, com a concepção de material didáctico, a partir de materiais de recuperação para o ensino da óptica geométrica, e Hélder Silva pelo conjunto de 10 obras apresentadas.

Para as medalhas de bronze, num número de três, estão os inventores Mavi Nguengo, com a geleira inteligente, Adilson Octávio da Costa, com o sistema nacional de pagamento por impressão digital e o Mabiala Damasco, com o aparelho para tratamento dental.

O aparelho para tratamento dental proporcionou ainda ao inventor Mabiala Damasco uma distinção com um quadro de Leonardo Davinci e um diploma de mérito, entregues pela Associação Europeia dos Inventores.

Na edição anterior, 2012, Angola conquistou sete medalhas das quais uma de ouro, igual número de prata e cinco de bronze.

Angop / Expansão





















    13. Inventores negros.



    Conheça alguns dos negros que fizeram toda a diferença para a sociedade com seu inventos.

    Imagine o mundo sem semáforos ?






    Sem dúvida, a invenção de um negro mais visível, são os semáforos. Garret Morgan, um afro-americano (nascido em Kentucky, EUA, em 4 de março de 1877), inventou o sistema automático de sinais de trânsito em 1923, e depois vendeu os direitos à corporação General Electric por 40 mil dólares.
    Morgan, o sétimo de 11 irmãos, só tinham uma educação escolar elementar, mas era extremadamente inteligente. Começou sua vida de trabalhador como técnico de máquinas de coser e rapidamente inventou um sistema para aperfeiçoar as máquinas, que vendeu em 1901 em menos de 50 dólares.

    Garrett Morgan também inventou a primeira máscara de gás em 1912, 
    pela que obteve uma patente do governo norte-americano. Seguidamente criou uma companhia para fabricar as máscaras. O negócio inicialmente foi bom, sobretudo durante a I Guerra Mundial, mas quando seus clientes descobriram que ele era negro, as vendagens começaram a diminuir.
    Morgan tentou enganar seus clientes racistas inventando um creme que se aplicava para alisar o cabelo e passar por índio da reserva Walpole, no Canadá. Morreu em 1963, aos 86 anos. Outro dos grandes inventores negros foi Elijah McCoy


    Tinha nascido em 2 de maio de 1843 em Colchester, Ontario, Canadá. Seus pais tinham escapado da escravidão da América do Sul e foram morar no Canadá com suas 12 crianças.
    Sendo jovem Elijah foi bom para a mecânica. Depois de estudar em Edimburgo (Escócia), regressou ao Canadá, mas não podia encontrar trabalho. Terminou nos Estados Unidos, onde conseguiu emprego como operário ferroviário em Detroit, Michigan. Era o encarregado de engordurar as maquinarias.
    McCoy decidiu desenvolver um sistema para engordurar que não fizesse parar o funcionamento das máquinas e em 1872 inventou um sistema de gotejamento para máquinas de vapor que permitiu engordurá-las durante a marcha.
    Em 1929, quando McCoy morreu, tinha mais de 50 patentes a seu nome, inclusive, uma mesa de ferro e um rociador de grama. Seu dispositivo para engordurar as máquinas de vapor cimentou a revolução industrial do século 20.
    De volta a casa na África, o cientista ganês, Raphael E. Armattoe (1913-1953)candidato ao Prêmio Nobel de Medicina em 1948, encontrou a cura para a doença do verme da água da Guiné com sua droga Abochi na década de 1940. Ele também fez uma extensa investigação sobre as diferentes espécies de ervas e raízes africanas de uso medicinal

    Só nos Estados Unidos, milhares de inventores e cientistas negros têm contribuído enormemente ao desenvolvimento nacional, além do mundial, sem nenhum reconhecimento. Esta é uma pequena mostra de inventores negros dos Estados Unidos na era moderna:
    Em medicina, Charles R. Drew foi o pioneiro no desenvolvimento do banco de sangue. Em 1940, seu trabalho com o plasma e armazenagem abriu o caminho para o desenvolvimento dos bancos de sangue nos Estados Unidos. Em 1935, o Dr. William Hinton publicou o primeiro manual médico escrito por um afro-americano, baseado em sua investigação da sífilis.




     Lloyd Quarteman


    O físico Lloyd Quarteman jogou um papel transcendental na equipe
    científica norte-americana que desenvolveu o primeiro reator nuclear na década de 1930 e iniciou a era atômica no mundo. Outro físico, 


    Roberto E. Shurney
     Desenvolveu os pneumáticos de malha de arame para o robô da Apolo XV que tocou a superfície da lua em 1972.


    George Washington Carver, um gênio agrícola, desenvolveu novos métodos de cultivo que salvaram a economia do sul dos Estados Unidos na década de 1920. Em 1927 fez imensas melhoras ao processo de fabricação de pinturas e colorantes. Também investigou ampliamente a terra e as doenças das plantas e desenvolveu 325 produtos derivados do amendoim, entre eles tintas, alimentos e produtos cosméticos.



    Jan Ernst Matzeliger (1852-1889) inventou a ‘máquina sem fim’ que impactou grandemente na indústria dos sapatos do mundo. Obteve uma patente do governo em 1883. após vendeu os direitos à firma Consolidated Hand Method Lasting Machine Co. Quando morreu, em 1889, tinha outras 37 patentes a seu nome. Foi honrado pelos Estados Unidos em 1992 com um selo de correios com seu retrato.

     Dr. Ernest E. Just (1883-1941)
     estudou a fertilização e a estrutura celular do ovo antes da I Guerra Mundial. Ele deu ao mundo a primeira visão da arquitetura humana ao explicar como trabalham as células.


    Granville T. Woods (1856-1910) inventou um novo transmissor do telefone que revolucionou a qualidade e distância à que podia viajar o som. A companhia de telefones Bell comprou a patente de Woods, cujo trabalho mais memorável foi a melhora que logrou para os trens.
    Primeiramente, ele inventou o “sistema de telegrafia ferroviário”, que permitiu enviar mensagens de trem a trem, mas em 1888 melhorou seu invento com um sistema que permitiu eletrificar os trens. Mais? A lista é inesgotável. Vejamos alguns outros inventores negros.


    Richard Spikes



                                                                 Desenvolveu a caixa de câmbios automáticos para os automóveis em 1932. 

       
      George Carruthers um astro-físico da NASA, desenvolveu a câmera remota ultravioleta que se usou na missão da Apolo XVI e que permitiu ao mundo ter uma visão das crateras da lua na década de 1960. Sua combinação de telescópio e câmera é ainda usada nas missões dos transbordadores.

    Dra. Patricia E. Bath

                         Em 1986, a Dra. Patricia E. Bath,uma oftalmologista, inventou um dispositivo laser que tem se usado desde então na cirurgia de cataratas.

    Dr. Philip Emeagwali




    Em 1989 o Dr. Philip Emeagwali, um imigrante nigeriano nos Estados Unidos, realizou o cálculo de computador mais rápido do mundo, uma assombrosa operação de 3,1 bilhões de cálculos por segundo. Seu aporte tem mudado a maneira de estudar o aquecimento global e as condições do tempo e também tem ajudado a determinar como o petróleo flui sob a terra.



    Dr. Daniel Hale Williams



    O Dr. Daniel Hale Williams foi primeiro em realizar, em 1893, uma operação de coração num homem. 



    Percy L. Julian



       O químico Percy L. Julian, “um dos maiores cientistas do século 20″, segundo a revista Ébano, abriu o caminho para o desenvolvimento do tratamento do mal de Alzheimer e do glaucoma com seus experimentos em 1933.
    “Sua investigação na síntese da fisostigmina, uma droga para tratar o glaucoma, determinou que melhora a memória dos pacientes do mal de Alzheimer e serviu como antídoto do gás nervoso”, segundo Ébano.


    Benjamim Banniker






    Benjamim Banniker foi o primeiro inventor afro-americano notável. Ele fez o primeiro relógio nos Estados Unidos e experimentou em astrologia. Depois, foi assistente do francês La Flan, que planejou a cidade de Washington.
    Quando La Flan deixou o país desencantado com os norte-americanos, Banniker recordou os planos e virou o verdadeiro responsável do desenho da cidade, uma das poucas dos Estados Unidos com ruas suficientemente amplas como para permitir o passo de dez automóveis ao mesmo tempo.

    Dr. Hamilton Naki, o cirurgião clandestino


    Dr. Hamilton Naki, o cirurgião clandestino

    Naki era um grande cirurgião. Foi ele quem retirou do corpo da doadora o coração transplantado para o peito de Louis Washkanky em dezembro de 1967, na cidade do Cabo, na África do Sul, na primeira operação de transplante cardíaco humano bem-sucedida.

    O transplante de coração é um trabalho delicadíssimo. O coração doado tem de ser retirado e preservado com o máximo de cuidado. Naki era talvez o homem mais importante na equipe que fez aquele que foi o primeiro transplante cardíaco da história. Mas ele não podia aparecer porque era negro no país do apartheid.

    O cirurgião-chefe do grupo, o doutor Christiaan Barnard (este todos conhecem), tornou-se uma celebridade instantânea. Mas Hamilton Naki não pode nem sair nas fotografias da equipe e quando, por descuido de um fotógrafo desavisado, apareceu numa, o hospital informou que se tratava do faxineiro do prédio. Naki usava jaleco branco e máscara, mas jamais estudara medicina ou cirurgia.

    Ele foi obrigado a largar a escola aos 14 anos para trabalhar, mas procurou ficar próximo aquilo que era o seu sonho, a medicina. Conseguiu então um emprego para cuidar do chiqueiro e logo depois de jardineiro na Escola de Medicina da Cidade do Cabo. Como era muito curioso, aprendia tudo e depressa se tornando o faz-tudo na clínica cirúrgica da escola, onde os futuros médicos treinavam as técnicas de transplante em cães e porcos.

    Foi assim que ele aprendeu a cirurgia, assistindo experiências com animais. Tornou-se um cirurgião excepcional, a tal ponto que Barnard requisitou-o para sua equipe. Mas como? Isso era uma quebra das leis sul-africanas. Naki, negro, não podia operar pacientes nem tocar no sangue de brancos. Mas o hospital abriu uma exceção para ele.


    Tornou se um famoso e requisitado cirurgião, mas clandestino. Era o melhor no que fazia, dava aulas aos estudantes brancos, mas ganhava salário de técnico de laboratório, o máximo que era permitido por lei pagar a um negro. Vivia num barraco sem luz elétrica nem água corrente, num gueto da periferia.

    Hamilton Naki ensinou cirurgia durante 40 anos e aposentou-se com uma pensão de jardineiro, de 275 dólares por mês. Depois que o apartheid acabou, ganhou uma condecoração e um diploma de médico "honoris causa". Nunca reclamou das injustiças que sofreu a vida toda, ao contrário, agradecia sempre por ter podido ajudar a salvar a vida de tanta gente.


    Leia mais em: Dr. Hamilton Naki, o cirurgião clandestino - Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=3683#ixzz2kKwBaSAm









    Ao invés de água ou produtos químicos, o aparelho criado por Seth Robertson e Viet Tran usa ondas sonoras para exitinguir as chamas.


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     14. Astronautas negros.


    Stephanie D. Wilson









    Joan E. Higginbotham






    Yvonne Darlene Cagle










    Winston Scoot








    Frederick D. Gregory







    Leland D. Melvin







    Ronald Mc Nair







    Bernard A. Harris Jr





    Benjamin Alvin Drew






    Guion S. Bluford Jr




     Michael Anderson 







    Robert H. Lawrence




    Charles F. Bolden, Jr





    Charles Bolden, Jr.

     Administrador da Nasa escolhido pelo presidente Barack Obama.

    Ficheiro:Charles F. Bolden, Jr.jpg


    Mae C. Jemison






    Robert L. Curbeam






    15. Intelectuais negros do Brasil
















    16. Cultura negra

     Religião de matriz africana
















                                                                                                                                                                  
    Culto aos voduns





    Candomblé de Angola






                        Nkisis (Inkises) De Angola e Congo

    Os Nkisis são as divindade da natureza manifestadas no candomblé de angola. Segundo a mitologia todas essas divindades foram criadas por Nzambi (Deus Supremo).
    Os Nkisis são equivalentes aos Orixás e aos Voduns. eles reverenciados pela nação de angola.
    Os Nkisis saõ como os orixás, energias que nasceram de Nzambi e vieram para o mundo manifestados em formas da natureza que quando invocados em ritos sagrados se manifestam nos seres humanos, assim como manifesta um espirito.
    São esses Nikises:
    • Aluviá/ Pambu Njila/ Bombo Njila: Intermediário entre os seres humanos e os outros Inkisis.
    • Nkosi: Senhor das estradas.
    • Ngunzu: Engloba as energias dos caçadores de animais, pastores, criadores de gado e daqueles que vivem embrenhados nas profundezas das matas, dominando as partes onde o sol não penetra.
    • Kabila: O caçador pastor. Que zela pelos animais da floresta.
    • Mutalambô: Caçador vive em florestas e montanhas, Nkisi de comida abundante.
    • Gongobila: Caçador jovem e pescador.
    • Mutakalambô: Tem o domínio das partes mais profundas e densas das florestas, onde o Sol não alcança o solo por não penetrar pela copa das árvores.
    • Katendê: Senhor das folhas, o médico.
    • Nzazi: É o raio, a justiça dos seres humanos.
    • Kaviungo: Dono das doenças, da saúde e da morte.
    • Nsumbu: Dono da terra, chamado de Ntoto pelo povo Congo.
    • Hongolo/ Angoro: Comunicação dos seres humano e as divindades, é representado por uma cobra. Sua força feminina é chamada de Angoroméia.
    • Kitembu: Rei de Angola. Senhor do tempo e estações. É representado, nas casas de Angola por um mastro e uma bandeira branca.
    • Kaiango: Dominio sobre o fogo.
    • Matamba: Comanda os Mortos e é caminho de Kaiango.
    • Kisimbi: A grande mãe, dona de lagos e rios.
    • Ndanda Lunda: Dona da fertilidade e da lua.
    • Mikaia/ Kaitumba: Nkisi do oceano e do mar.
    • Nzumbarandá: A mais velha Nkisi, conectada com a morte.
    • Nvunji: O mais jovem do Nkisi, Representa a felicidade de juventude e toma conta dos filhos recolhidos.
    • Lembá/ Lembá Dilê: Nkisi maior, ligado á criação do mundo.

    Umbanda












      Cultura hip hop



    Rastafari











    16. Mulheres negras














    18. Arte negra brasileira






















    19. Racismo













    O Ministério Público baiano (MP-BA) denunciou, nesta segunda-feira, 18, nove policiais militares envolvidos nas mortes de 12 pessoas no bairro do Cabula, em uma operação  no dia 6 de fevereiro deste ano.