domingo, 25 de outubro de 2015

Genocídio no Brasil

Ìpakúpa ọ̀dọ́mọdé dúdú ní'lẹ̀ Bràsíl.
Extermínio da juventude negra no Brasil.

1. Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà (racismo)

"O racismo é a valorização generalizada e definitiva, de diferenças reais ou imaginárias em proveito do acusador e em detrimento da vítima, afim de justificar uma agressão ou um privilégio" (Memmi, 1993).







blogqspracismo0






2. O ó fèsì tàbí o ó ni òkú! 
Reaja ou Será Morto (a)!

"Não vamos ser mortos e mortas sem reagir"

71% dos jovens assassinados no Brasil são negros.

"A insensibilidade é produto do racismo. Um mesmo indivíduo, ou coletividade, cuidadoso com sua família e com os outros fenotipicamente parecidos, pode angustiar-se diante da doença de seus cachorros, mas não desenvolver qualquer sentimento de comoção perante o terrível quadro de opressão racial", Carlos Moore, em Racismo e Sociedade.









Polícia Militar da Bahia assassina jovens negros no bairro do Cabula, em Salvador - 6/02/2015.

Memorial em homenagem aos mortos no Cabula  (Foto: Cássia Bandeira/ G1)
Memorial instalado no Cabula lembra os 12 mortos em ação da PM na Bahia.








3. Àwọn nọ́mbà àjálù burúkú kan.
Números de uma tragédia.









4. Àwọn Ìdíje Òlímpíkì ní ẹ̀jẹ̀ àwọn mọdé dúdú.
Jogos olímpicos têm sangue de crianças negras.


Nígbà náà Hẹ́rọ́dù, ní rírí i pé àwọn awòràwọ̀ náà ti gbọ́n já òun, kún fún ìhónú ńláǹlà, ó sì ránṣẹ́ jáde, ó sì mú kí a pa gbogbo ọmọdékùnrin ní Bẹ́tílẹ́hẹ́mù àti ní gbogbo àgbègbè rẹ̀, láti ọmọ ọdún méjì sí ìsàlẹ̀, ní ìbámu pẹ̀lú àkókò tí ó ti fẹ̀sọ̀ wádìí dájú lọ́wọ́ àwọn awòràwọ̀ náà.
Vendo então que tinha sido enganado pelos astrólogos, Herodes ficou furioso e mandou matar, em Belém e nos arredores, todos os meninos de dois anos de idade para baixo, segundo o tempo exato que tinha verificado com os astrólogos. Mateus 2: 16

O Rio de Janeiro tem um dos maiores índices de mortes de crianças do mundo.

Ao fundo uma das favelas do Rio de Janeiro

 A cidade do Rio de Janeiro foi denunciado pela ONU (Organização das Nações Unidas), por ter um dos maiores índices de mortes de jovens e adolescentes. As forças policiais Brasileiras foram denunciadas pela a Organização das Nações Unidas (ONU), “pelo alto índice de assassinatos extra-judiciais de crianças”, e alerta que é  “generalizada” a impunidade no Brasil.
O Comitê para o Direito das Crianças divulgou seu informe nesta quinta-feira (8), sobre a posição da juventude no país. De acordo com o parecer, essa tendência de execuções e prisões teve impulso diante dos megaeventos esportivos, é a tentativa de acabar com a violência para 2016.
A ONU informou que o Brasil tem uma das maiores taxa de assassinatos de jovens no mundo, e enfatiza que os menores no Brasil passaram a ser alvos da violência dos policiais, grupos de extermínios, e do crime organizado. O aviso é resultado de um debate de dois dias com o governo brasileiro que, após 10 anos, teve sua política para infância avaliada. O resultado disso é um relatório que relata uma violência aguda contra os jovens, declarou o presidente do Comitê, Benyam Mezmur.
O vice-presidente do Comitê, Renate Winter, denuncia a “limpeza” que tem sido promovida no Rio de Janeiro tendo em vista a preparação para os jogos olímpicos. “Para mostrar ao mundo uma cidade sem esses problemas uma limpeza está acontecendo visando os jogos olímpicos”, disse. Renate Winter, disse também que houve uma resistência do governo em responder algumas perguntas no decorrer do debate.

De acordo com Mezmur, algumas crianças foram presas sem passar por decisões legais. Gehadi Madi, perito da ONU, também delata a “limpeza”. “Na copa do Mundo de 2014 já vimos isso acontecer, e agora estamos pedindo que corrija o erro para que não volte a acontecer”, disse.
Na análise da perita Sara Oviedo, não é novidade as mortes de crianças no Brasil: "Recebemos informações objetiva de que se trata realmente de uma limpeza para receber os eventos internacionais."
A ONU informou estar muito preocupada devido o estado ter um dos maiores índices de homicídio de crianças no mundo, e também indica que a grande maioria das vítimas são afro-brasileiros.

Fonte: http://br.blastingnews.com/rio-de-janeiro/2015/10/rio-de-janeiro-e-denunciado-pela-onu-00598619.html
                                                                          

4. Ìpakúpa àwọn guaraní-kaiowá.
Genocídio dos guarani-kaiowá.

Negros da terra (povos indígenas)



xurite lopes

Os povos Guarani e Kaiowá INJUSTIÇADOS resistem e luta pela JUSTIÇA! divulga mais uma declaração de RESISTÊNCIA.

Esta nota pública de Aty Guasu apresenta o motivo central das lutas infinitas e da resistência permanente declarada dos povos indígenas Guarani e Kaiowá pela recuperação da parcela das terras tradicionais (tekoha) Ypo’i, Guaiviry, Kurusu Amba, Apyka’i, Te’yi Jusu, Itaguá, entre outros tekoha em despejo judicial, localizadas no atual Cone Sul de Mato Grosso do Sul.

Frente à ordem judicial de expulsão dos indígenas de parte das terras, os povos indígenas Guarani e Kaiowa declaram: “Não sairemos de nossas terras nem vivos e nem mortos”, “ vamos resistir e morrer pelas nossas terras”.

1- Idosa rezadora Xurite Lopes foi assassinada pelos fazendeiros no tekoha Kurusu Amba em janeiro de 2007 é um dos motivos principal da resistência dos povos Guarani e Kaiowa em tekoha Kurusu Amba-Coronel Sapucaia-MS frente à ordem de despejo judicial.

2- Os professores indígenas Genivaldo e Rolindo foram assassinados e cadáveres ocultados pelos fazendeiros no tekoha Ypo’i são motivos centrais da resistência Guarani e Kaiowa em tekoha Ypo’i-Paranhos-MS diante da ordem judicial de expulsão dos indígenas.

3- O idoso rezador Nisio Gomes foi assassinado e cadáver ocultado pelos fazendeiros, em novembro de 2011, esse é o motivo da resistência dos povos Guarani e Kaiowá no tekoha Guaiviry-Aral Moreira-MS frente à ordem judicial.

4- O jovem Denilson Barbosa foi assassinado pelo fazendeiro em fevereiro de 2013 no tekoha Pindo Roky, Itagua, Tey’ijusu-Caarapó-MS. Esse é o motivo da resistência dos povos Guarani e Kaiowa na região de Caarapó-MS frente à ordem de despejo judicial.


5- No tekoha Apyka’i-Dourados-MS, seis indígenas Guarani e Kaiowa foram assassinados pelos fazendeiros. Esse um dos motivos da resistência dos povos Guarani e Kaiowá no tekoha Apyka’i frente à ordem judicial de expulsão dos indígenas Guarani e Kaiowá.




Rio -  A Justiça revogou a ordem de retirada de 170 índios Guarani-Kaiowá das terras que habitam no Mato Grosso do Sul. Em carta à opinião pública, eles apelaram: “Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos, mesmo, em pouco tempo”.

  A morte precoce é recurso frequente adotado pelos Guarani-Kaiowá para resistir frente às ameaças que sofrem. Preferem morrer a se degradar. Nos últimos 20 anos, quase mil indígenas, a maioria de jovens, puseram fim às suas vidas, em protesto às pressões de empresas e fazendeiros que cobiçam suas terras.

  A carta dos Guarani-Kaiowá foi divulgada após a Justiça Federal determinar a retirada de 30 famílias indígenas da aldeia Passo Piraju, em Mato Grosso do Sul. A área é disputada por índios e fazendeiros. Em 2002, acordo mediado pelo Ministério Público Federal, em Dourados, destinou aos índios 40 hectares ocupados por uma fazenda. O suposto dono recorreu à Justiça.

A Constituição abriga o princípio da diversidade e da alteridade e consagra o direito dos índios às terras habitadas tradicionalmente por eles. Os índios não são estrangeiros nas terras do Brasil. Ao chegarem aqui, os colonizadores portugueses se depararam com mais de 5 milhões de indígenas, que dominavam centenas de idiomas distintos. A maioria foi vítima de um genocídio implacável, restando hoje, apenas, 817 mil indígenas.

  Não adianta o governo brasileiro assinar documentos em prol dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável se isso não se traduzir em gestos concretos para a preservação dos direitos dos povos indígenas e de nosso meio ambiente.

Frei Betto é escritor, autor da novela indigenista ‘Uala, o amor’

sábado, 24 de outubro de 2015

Viagens missionárias de Paulo.

Àwọn miṣọ́nnárì ìrìn àjò Pọ́ọ̀lù.
Viagens missionárias de Paulo.


  




















Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário). 

Rómù, Róòmù, s. Roma.
Ítálì, Itálíàs. Itália.
Áńtíókù ti Písídíà, s. Antioquia da Pisídia.
Sísílì, s. Sicília.
Málítà, s. Malta.
Pútéólì, s. Putéoli (atual Pozzuoli). É uma comuna italiana da região da Campania, província de Nápoles.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Animismo

Ìgbàgbọ́ pé ẹ̀mí wà nínú ohun gbogbo.
Animismo.



1. Animismo.

Um só espírito está por dentro de tudo que existe e cada ser que nasce traz consigo uma partezinha do espírito universal (Deus). Como está sempre nascendo seres e coisas, o espírito universal vai se enfraquecendo. Para reforçar o espírito universal, devemos então fazer oferendas.




    Segundo Moustafa Gadalla, a cosmologia egípcia baseia-se em princípios científicos e filosóficos coerentes. A ciência moderna observa tudo como coisas mortas, inanimadas. Os antigos egípcios seguiam um sistema científico e orgânico de observar a realidade. Para eles e para os Baladi, o Universo é animado no todo e em parte. No mundo animado do Antigo Egito, os números não designavam apenas quantidades, e sim eram considerados definições concretas de princípios energéticos que formavam a natureza. Os egípcios chamavam esses princípios energéticos de neteru (deuses).

   O espírito do animismo torna as pessoas ambientalistas, por eles tratarem tudo com carinho e respeito. Esta coerência com a natureza - em todas as suas formas - era um requisito obrigatório de cada pessoa. Aqui estão algumas das 42 Confissões Negativas do Antigo Egito que enfatizam que cada um deveria ser um ambientalista real para ter êxito ao reunir-se à fonte:
- Não saqueei os neteru (7).
-Não desperdicei a terra fértil (16).
-Não me contaminei (22).
-Não sujei a água (34).
-Nunca amaldiçoei os neteru (36). 


2. Hipótese Gaia: o Planeta Terra é um ser vivo.

Em 1969, a Nasa pediu ao químico inglês James Lovelock que investigasse Vênus e Marte para saber se eles possuíam alguma forma de vida. Analisando nossos vizinhos do sistema solar, Lovelock disse que não existia nada que pudesse ser considerado vivo por lá. Mas, ao olhar para a própria Terra, ele concluiu que, além de ser residência de diversas formas de vida, ela mesma se comporta como um grande ser vivo, com mecanismos que ajudam a preservar os outros seres vivos que abriga. E batizou esse ser de Gaia, em homenagem à deusa grega da Terra.














3. Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra (Pachamama)

From the World People’s Conference on Climate Change and the Rights of Mother Earth,
Cochabamba, Bolivia, 22 April – Earth Day 2010



Preâmbulo

Nós, os povos da Terra:

Consideramos que todos somos parte da Mãe Terra, uma comunidade indivisível  vital dos seres interdependentes e inter-relacionados com um destino comum;

Reconhecemos com gratidão que a Mãe Terra é fonte de vida, alimento, ensino e fornece tudo aquilo que nós necessitamos para viver bem;

Reconhecemos que o sistema capitalista e todas as formas de depredação, exploração , abuso e contaminação causaram grandes destruições, degradações e alterações à Mãe Terra, pondo em risco a vida tal como a conhecemos hoje, produto de fenômenos como a mudança do clima;

Convencidos de que numa comunidade de vida interdependente não é possível reconhecer somente os direitos dos seres humanos, sim provocar um desequilíbrio na Mãe Terra.

Afirmamos que para garantir os direitos humanos é necessário também reconhecer e defender os direitos da Mãe Terra e de todos os seres que a compõe, e que existem culturas, praticas e leis que o fazem.

Conscientes da urgência de realizar ações coletivas decisivas para transformar as estruturas e sistemas que causam as mudanças climáticas e outras ameaças à Mãe Terra;

Proclamamos esta Declaração Universal dos Direitos da Mae Terra, e fazemos um chamado à Assembleia Geral das Nações Unidas para adota-la, como propósito comum para todos os povos e nações do mundo, com a finalidade de que tanto os indivíduos como as instituições, responsabilizem-se em promover através do ensino, a educação e a conscientização, o respeito para com estes direitos reconhecidos nesta Declaração e assim assegurar através de medidas  e mecanismos efetivos e progressivos de caráter nacional e internacional, o seu reconhecimento e aplicação universal entre todos os povos e países do Mundo.

Artigo 1: A Mãe Terra

A Mãe Terra é um ser vivo.

A Mãe Terra é uma única comunidade, indivisível e auto- regulada, de seres interrelacionados que sustem, contem e reproduz a todos os seres que a compõe.

Cada ser se define pelas suas relações como parte da integrante da Mãe Terra.

Os direitos inerentes da Mãe Terra são inalienáveis porque derivam-se da fonte mesma da existência.

A Mãe Terra e todos os seres que a compõe são titulares de todos os direitos inerentes reconhecidos nesta Declaração sem nenhum tipo de distinção, como pode ser entre seres orgânicos e inorgânicos, espécies, origem, usos para os seres humanos, ou qualquer outro status.

Assim como os seres humanos possuem os seus direitos, todos os demais seres da Mãe Terra também possuem direitos específicos da sua condição e apropriados para o seu papel e função dentro das comunidades em nas quais existem.

Os direitos de cada ser são limitados pelos direitos dos outros seres, e qualquer conflito entre estes direitos deve ser resolvido de maneira que seja mantida a integridade, equilíbrio e saúde da Mãe Terra.

Artigo 2: Direitos Inerentes da Mãe Terra

A Mae Terra e todos os seres que a compõe possuem os seguintes direitos inerentes:

Direito da Vida e a existir;

Direito a ser respeitados;

Direito à regeneração da sua bio-capacidade e continuação dos seu ciclos e processos vitais livre das alterações humanas;

Direito a manter a sua identidade e integridade como seres diferenciados, autorregulados e interrelacionados.;

Direito da água como fonte de vida;

Direito ao ar limpo;

Direito da saúde integral;

Direito de estar livre da contaminação, poluição e resíduos tóxicos ou radioativos;

Direito a não ser alterada geneticamente e modificada na sua estrutura, ameaçando assim a sua integridade ou funcionamento vital e saudável;

Direito a uma plena e pronta restauração depois de violações aos direitos reconhecidos nesta Declaração e causados pelas atividades humanas;

Cada ser tem o direito a um lugar e a desempenhar o seu papel na Mãe Terra para o seu funcionamento harmônico;

Todos os seres possuem o direito ao bem estar e a viver livre de tortura ou trato cruel por parte dos seres humanos.

Artigo 3: Obrigações  dos seres humanos para com a Mãe Terra

Todos os seres humanos são responsáveis de respeitar e viver em harmonia com a Mãe Terra;

Os seres humanos, todos os Estados e todas as instituições públicas e privadas devem: atuar de acordo com os direitos e obrigações reconhecidos nesta Declaração;

Reconhecer e promover a aplicação e a plena implementação dos direitos e obrigações estabelecidos nesta Declaração;

Promover e participar na aprendizagem, analise, interpretação e comunicação sobre como viver em harmonia com a Mãe Terra de acordo com esta Declaração;

Assegurar que a procura do bem estar humano contribua ao bem estar da Mãe Terra, agora e no futuro;

Estabelecer e aplicar efetivamente normas e leis para a defesa, proteção e conservação dos Direitos da Mãe Terra;

Respeitar, proteger, conservar e onde seja necessário restaurar a integridade dos ciclos, processos e equilíbrios vitais da Mãe Terra.

Garantir que os danos causados pelas violações humanas dos direitos inerentes reconhecidos nesta Declaração sejam corrigidos e que os responsáveis prestem contas para restaurar a integridade e a saúde da Mãe Terra;

Autorizar a todos os seres humanos e as instituições a defender os direitos da Mãe Terra e de todos os seres que a compõe;

Estabelecer medidas de precaução e restrição para prevenir que as atividades humanas conduzam à extinção das espécies, à destruição dos ecossistemas ou a alteração dos ciclos ecológicos;

Garantir a paz e eliminar as armas nucleares, químicas e biológicas;

Promover e apoiar praticas de respeito para com a Mae Terra e todos os seres que a compõe, de acordo com as suas próprias culturas, tradições e costumes.

Promover sistemas econômicos em harmonia com a Mae Terra e de acordo com os direitos reconhecidos nesta Declaração.

Artigo 4: Definições

O termo “ser” inclui os ecossistemas, comunidades naturais, espécies e todas as outras entidades naturais que existem como parte da Mãe Terra. Nada nesta Declaração poderá restringir o reconhecimento de outros direitos inerentes de todos os seres o de qualquer em particular.

- See more at: http://www.rightsofmotherearth.com/declaracao/#sthash.V645L7aA.dpuf


4. Seria o Universo autoconsciente e espiritual?                                   
                                         Leonardo Boff 


As reflexões vindas da física quântica e da cosmologia moderna,  especialmente as de Brian Swimme, diretor do Centro da História do Universo, na Califórnia, que reúne centenas de cientistas de várias áreas do saber e autor dos conhecidos livros The Universe story (1992) em parceria com o conhecido ecólogo norte-americano Thomas Berry  e  seu livro  Hidden heart of the cosmos (1996) e mesmo os estudos de Amit Goswami, matemático e físico-quântico, sobre O Universo autoconsciente (1998), sugerem que a consciência e a espiritualidade são emergências pertencentes ao nosso Universo. Elas estão relacionadas a fenômenos quânticos que irrompem daquela Energia Universal de Fundo que subjaz ao Universo em evolução e que sustentam a cada um dos seres existentes. Assim como os elementos de nosso corpo surgiram do processo cosmogênico, da mesma forma a nossa dimensão espiritual.  Espírito e corpo (material) são, de certa forma, tão antigas quanto o Universo. Estavam presentes, em forma potencial, no primeiro momento da chama primordial, chamada também de Big Bang. 

Em termos cosmológicos, o espírito pode ser entendido como a capacidade de as energias primordiais e da própria materia originária, formada a partir do Campo Higgs, de interagirem entre si criando, organizando sistemas abertos (autopoiesis) que se comunicam e que constituem um tecido cada vez mais complexo de inter-retro-conexões, responsáveis por sustentar o Universo em expansão, em complexificação e em autocriação.   

No primeiríssimo momento do estouro silencioso (não havia ainda espaço e tempo para reboar a grande explosão) surgiu o Campo Higgs, de que tanto se falou ultimamente na busca da “partícula Deus” (nome infeliz porque a natureza de Deus é tudo menos uma partícula material). Esse Campo Higgs é marcado por oscilações rapidíssimas de energias que constituem a origem de todas as energias e das partículas fundamentais (topquarks, prótons etc). Estes estabeleceram relacionamentos e interconexões que, ao interagirem e trocarem informações de maneira cada vez mais complexa, deram origem à rede de energias que compõem tudo o que existe. Podemos entender esse jogo de relações como a alvorada do espírito. 

Assim, o Universo está pleno de espírito porque é interativo, pan-relacional e criativo.  Desta perspectiva não há entes inertes, não há matéria morta, se contrapondo aos seres vivos.  Todas as coisas, todas as entidades (de partículas subatômicas a galáxias) participam de certo modo do espírito, da consciência e da vida.  

A diferença entre o espírito da montanha e o do ser humano não é de princípio mas de grau. O princípio de interação, de relacionalidade e de criatividade está presente em ambos, mas sob graus diferentes de realização.  No espírito humano, na forma  autoconsciente e em grande complexidade de conexões.Na montanha, também envolto em relações mas menos complexas e mais estabilizadas. Repetimos: o espírito somente está presente nestes graus de complexidade, porque estava presente no cosmo desde o começo, embora sob graus menos complexos. 

O espírito visto como a capacidade das energias e da matéria de se interconectarem e trocarem informações umas com as outras pode ser entendido também como vida. O princípio de vida, portanto, estava presente desde os primórdios do processo cosmogênico. Essa vida foi se complexificando mais e mais à medida que o próprio Universo avançava, se expandia e se autocriava, até ganhar a forma de uma bactéria, de uma célula, de um organismo e de um ser consciente. 

Se vida é  relacionamento e complexificação em alto grau de realização, então seu oposto não é a matéria, mas a morte e a ausência de conexões.  A matéria não é “material” mas, pela teoria da relatividade de Einstein, um campo profundamente condensado de energia, de interação e de informação.  

A espiritualidade é o empoderamento máximo da vida sob as mais variegadas formas. Na espiritualidade vivida conscientemente pelo ser humano está implicado um compromisso de proteger e promover a vida e permitir que ela continue coevoluindo.  Não apenas a vida humana, mas toda a vida em sua incomensurável diversidade e formas de manifestação. 

Para vivermos o cosmos como um ser vivo, para vivenciarmos a Terra como Gaia (a Grande Mãe, a Pachamama dos andino),  é preciso sentir estas realidades e a própria a natureza da qual somos parte como fontes vivas de energia e entrar em comunhão com todos os seres considerando-os como parentes, irmãos e irmãs, primos e primas e companheiros na grande aventura do Universo. Efetivamente, todos possuímos o mesmo código genético de base. 

Desenvolver tais percepções significa demonstrar que somos verdadeiramente seres espirituais e viver profundamente uma espiritualidade ecológica, algo extremamente necessário para a salvaguarda da biosfera.  

O futuro da Terra, um planeta velho, pequeno e limitado, o futuro da Humanidade que nunca cessa de crescer, o futuro dos ecossistemas exauridos pelo grande estresse causado pelos processos industriais, o futuro das pessoas confusas, perdidas, espiritualmente entorpecidas, que anseiam por vidas mais simples, autênticas e significativas: este futuro depende de nossa capacidade de desenvolver uma espiritualidade verdadeiramente ecológica. 

Não basta sermos racionais e religiosos.  Mais que tudo, devemos ser espirituais, em comunhão com o Espírito Universal e Cósmico, sensíveis aos outros, dispostos a cooperar com  nossa criatividade e a respeitar os outros seres da natureza. Quer dizer, precisamos ser autenticamente espirituais.  

Só então vamos comparecer como responsáveis e benevolentes para com todas as formas de vida, amantes da Mãe Terra e adoradores da Fonte de todos os seres e de todas as bênçãos que existem e estão por vir: Deus.

 *Leonardo Boff, teólogo e filósofo, é coautor, junto com M. Hathaway, do livro 'O tao da libertação: Explorando a ecologia da transformação' (Vozes, 2012).

5. Carta do Cacique americano ao Presidente dos Estados Unidos da América

Apresentação

Em 1854, o Governo dos Estados Unidos tentava convencer o chefe indígena Seatle a vender suas terras. Como resposta, o chefe enviou uma carta ao Presidente Franklin Pierce, que se tornou um documento institucional importante e que merece uma reflexão atenta pois é uma lição que deve ser cultivada por esta e pelas futuras gerações.

Decorridos quase dois séculos da carta do cacique indígena Seatle ao Presidente do Estados Unidos, seus ensinamentos permanecem atuais e proféticos, para todos aqueles que sabem enxergar no fundo do conteúdo de sua mensagem.

A carta do cacique Seatle é uma lição inesgotável de amor à natureza e à vida, que permanece na consciência de milhões de pessoas em todas as partes do mundo. É o hino de todos aqueles que amam a natureza e tudo o que nela vive. A cada leitura, renovamos os ensinamentos que ali estão. Serve para ler e reler e passar adiante para que todos a conheçam.

No Brasil, existiam em torno de 4 milhões de indígenas, quando os colonizadores chegaram. Hoje, restam cerca de 300 mil! Embora o indígena tenha contribuído de forma essencial para a miscigenação da raça brasileira, é certo que foram sendo expulsos de suas terras pelos exploradores e eliminados por doenças contraídas através do convívio com os brancos.

Atualmente, continuam sofrendo a invasão de suas terras por madeireiros, fazendeiros e garimpeiros, seus principais algozes.

É fundamental que seja preservada a riqueza de sua cultura, suas danças, ritos, conhecimentos sobre as plantas e animais e as formas de viver em harmonia com a natureza. Os indígenas possuem uma sabedoria milenar que precisamos aprender a cultivar e preservar.

A história dos indígenas em cada país onde existiam, antes do homem branco, é diferente nas suas particularidades, mas no seu conteúdo são iguais. Nos Estados Unidos ou no Brasil, os problemas enfrentados pelos indígenas foram os mesmos. Daí esse sentimento de solidariedade e cooperação que existe entre os diferentes povos indígenas e essa sabedoria milenar da qual todos nós temos muito que aprender.


CARTA DO CHEFE INDÍGENA SEATLE

 “O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro (...).

Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem deve tratar os animais desta terra como seus irmãos (...)

O que é o homem sem os animais? Se os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.

Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a Terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a Terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá aos filhos da Terra. Se os homens cospem no solo estão cuspindo em si mesmos.  

Isto sabemos: a Terra não pertence ao homem; o homem pertence à Terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas, como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.  

O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu o tecido da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos ( e o homem branco poderá vir a descobrir um dia): nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que o possuem, como desejam possuir nossa terra, mas não é possível. Ela é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e para o homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.

Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam. Onde está a árvore? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da vida e o início da sobrevivência.

Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água como é possível comprá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira, cada inseto a zumbir é sagrado na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho (...).

Essa água brilhante que corre nos rios não é apenas água, mas a idéia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água como é possível comprá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira, cada inseto a zumbir é sagrado na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho (...).

Essa água brilhante que corre nos rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, devem ensinar às crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa (...). Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei. Nossos costumes são diferentes dos seus.

A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.

Não há lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece apenas insultar os ouvidos. E o que resta da vida de um homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.”

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa (...). Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Os paleoíndios negros na pré-história do continente americano.

Àwọn onílẹ̀-ayéijọ́un dúdú ní ìṣíwájú ìtàn ti orílẹ̀ Amẹ́ríkà.
Os paleoíndios negros na pré-história do continente americano.
                         
1. O crânio de Luzia





2. OLMECAS - A CIVILIZAÇÃO PRETA AMERICANA

Por Walter Passos, historiador, teólogo e membro da COPATZION (Comunidade Pan-Africanista de Tzion)





     Ao iniciar as discussões acerca dos Olmecas, importante é ressaltar que esta nomeação foi posta por arqueólogos ao se depararem com essa civilização preta, e não sabendo como chamá-la optaram por este nome asteca referente à população que habitava essa região. As pessoas que habitavam a região na qual a cultura se desenvolveu eram chamados de Olmecas que, em Nahuatl (a língua dos Astecas), quer dizer: Habitantes do País da Borracha. Isso se deve ao fato de que naquela região havia muitas seringueiras, árvores de onde se extrai o látex utilizado na fabricação da borracha. Então, já sabemos que o nome Olmeca não é como os membros dessa civilização africana se autodenominavam. Mas, enquanto os estudos arqueológicos continuam, apesar de uma parte dos sítios se encontrarem em propriedade das instalações do PEMEX (Petróleos Mexicanos), o equivalente a Petrobrás e outros soterrados pelos pântanos mexicanos, aguardamos novas descobertas e decifrações dos hieróglifos para sabermos a verdadeira denominação.



Sempre digo aos estudantes a necessidade da localização espacial dos fatos históricos, não há história sem geografia, a interdisciplinaridade entre estas duas ciências é fundamental paras o entendimento das civilizações. Uma das táticas do eurocentrismo é negar ou tentar modificar as localizações das civilizações pretas, como o caso de Khemet, da negação dos estudos dos povos do Vale do Indo, a ausência de discussão geográfica das civilizações pretas na Oceania e na Europa. A arte de negar e dissimular os fatos históricos tem contribuído para o desconhecimento das civilizações pretas no planeta, com os Olmecas a questão ainda é mais profunda, pois há todo um complô acadêmico de negação da africanidade desta civilização dentro do próprio México e no mundo ocidental, apesar das provas arqueológicas, os defensores do eurocentrismo dominam as principais academias de história. A nossa equipe se sente desafiada a desmitificar a história eurocêntrica, por este motivo a nossa equipe em breve disponibilizará o curso de Geografia e História da América-Africana, com uma concepção afrocentrada, sendo o primeiro do Brasil. A civilização dos Olmecas estava situada no Golfo do México e começou a ser pesquisada através da arqueologia no século XX:

A descoberta de uma antiga agenda no México de 3113 anos a.C. comprova que a civilização dos Olmecas é muito mais antiga deixando exasperados muitos historiadores e arqueólogos que tentam negar esta civilização preta. Os relatórios apontam que as autoridades mexicanas ficaram "envergonhadas", porque afirmavam que o início cerca de 1200 anos a.C. A descoberta do calendário comprova que há 3113 anos antes de Cristo, os pretos habitavam a América.

Hieróglifos Olmeca




Os cientistas afrocentrados têm realizados diversos estudos que comprovam que os Olmecas possuem ligação direta com as civilizações africanas, e de acordo com Clyde Winters, os Olmecas foram africanos Mandinka da África Ocidental que utilizaram a forma de escrita Mende para escrever e falar a língua Mende, a mesma língua falada por 

Ver filme Amistad.

Homem Mandinka Atual

A forma de escrever Mende foi encontrada em monumentos no Monte Alban, no México, posteriormente descobiu-se que a língua é a mesma falada pelo povo Mende da África Ocidental.
Não somente o fenótipo com os pretos africanos comprovam a origem dos olmecas e também muitos dos seus rituais religiosos, como a utilização de machados como adereço e respeitabilidade a força da natureza, representada pelo trovão, a utilização de sacerdotes-rei e o respeito às crianças.
Após escavações na região costeira de Vera Cruz foram encontradas muitas casas em três locais: La Venta, Tres Zapotes, e San Lorenzo; os quais mostram especialmente em La Venta os antecedentes das futuras civilizações da Mesoamerica, com templos construídos em torno de praças em padrão regular e toda a área de cerimonial de um longo eixo central em direção norte-sul. O fator interessante é que esta ordenação é parecida e contemporânea das civilizações do Vale do Indo, como o caso das ruas de Monhejo-Daro e Harappa.

A civilização olmeca é batizada de futura-mãe, devido aos traços comuns legados a outras civilizações meso-americanas. Esses traços seriam: o culto ao jaguar, os centros cerimoniais, a escrita, o calendário, a construção de pirâmides escalonadas e o jogo ritual com bolas de borracha. Ao redor desses centros os olmecas cultivaram o milho, o feijão e a abóbora aplicando uma agricultura de coivara ao longo dos rios. A dieta alimentar ainda era complementado com a caça e a pesca. Os olmecas não conheciam os metais, mas usavam o jade como principal minério para construção de maravilhosos trabalhos artísticos.




Artesãos Olmecas foram hábeis em retratos de animais, por exemplo, o peixe navio. Os olmecas, como outras civilizações americanas, construíram templos e pirâmides parecidas com as construídas pelos pretos de Khemth e Kush-Nubia, sendo uma preocupação aos eurocentristas, evidente que a migração dos povos pretos confirma que foram primeiros a fazer comércio ao redor do planeta e desenvolver civilizações.



Mais de 22 pedras esculpidas em forma cabeças de rocha basalto sólida tem identificados pretos em características raciais, bem como traços culturais como penteados, tranças com pérolas e cabelo retorcido, além de um tipo de capacete de guerra identificado como Nubiano foram encontrados esculpidos nas esculturas colosais Olmecas em conexão com a África Ocidental e Khemth / região de Kush.


Em 1982 Professor Alexander von Wuthenau comparou cabeças Olmecas com Rei Rei Taharka, um  Nubio-Kushita, Faraó do Egito antigo. Destarte, é impossível em um artigo de blogger descrever essa importante civilização preta, mas, é um dos caminhos simplórios para uma desconstrução do mito eurocentrista, e não somente os Olmecas tem características africanas. Outras importantes civilizações da América - Africana a possuem, por isso em breve a nossa equipe estará oferecendo o curso Geografia e História da América-Africana.

3. Kòkéní nínú àwọn ìgìdì (òkú) ti ilẹ̀ Ẹ́gíptì ayéijọ́un.
Cocaína dentro das múmias do Egito antigo.





"Em março de 1992, pesquisadores alemães solicitaram o auxílio especializado da cientista forense Dra. Svetla Balabanova, do Instituto de Medicina Forense em Ulm, para investigar os conteúdos de múmias egípcias. A primeira espécie testada foi apelidada Het-Nut-Tawy, "Senhora das duas terras" - 21ª dinastia (cerca 1069 a.C.), cujo sarcófago era finamente decorado com figuras de Nut, rainha do céu. Como se depreende, era uma múmia feminina. A cientista ficou pasma, quando encontrou a presença de grandes quantidades de nicotina e cocaína nas amostras desta múmia e de outras tantas, guardadas no Museu Egípcio de Munique.


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Família Obama

Ààrẹ Orílẹ̀-èdè Amẹ́ríkà àti ẹbí rẹ.
Presidente dos Estados Unidos e sua família.



Ìyálóde ti Àwọn Ìpínlẹ̀ Aṣọ̀kan Amẹ́ríkà
Primeira-dama dos Estados Unidos da América.



Àwọn ọmọbìnrin ti Ààrẹ Barack Obama.
As filhas do Presidente Barack Obama.