domingo, 25 de outubro de 2015

Genocídio no Brasil

Ìpakúpa ọ̀dọ́mọdé dúdú ní'lẹ̀ Bràsíl.
Extermínio da juventude negra no Brasil.

1. Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà (racismo)

"O racismo é a valorização generalizada e definitiva, de diferenças reais ou imaginárias em proveito do acusador e em detrimento da vítima, afim de justificar uma agressão ou um privilégio" (Memmi, 1993).







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2. O ó fèsì tàbí o ó ni òkú! 
Reaja ou Será Morto (a)!

"Não vamos ser mortos e mortas sem reagir"

71% dos jovens assassinados no Brasil são negros.

"A insensibilidade é produto do racismo. Um mesmo indivíduo, ou coletividade, cuidadoso com sua família e com os outros fenotipicamente parecidos, pode angustiar-se diante da doença de seus cachorros, mas não desenvolver qualquer sentimento de comoção perante o terrível quadro de opressão racial", Carlos Moore, em Racismo e Sociedade.









Polícia Militar da Bahia assassina jovens negros no bairro do Cabula, em Salvador - 6/02/2015.

Memorial em homenagem aos mortos no Cabula  (Foto: Cássia Bandeira/ G1)
Memorial instalado no Cabula lembra os 12 mortos em ação da PM na Bahia.








3. Àwọn nọ́mbà àjálù burúkú kan.
Números de uma tragédia.









4. Àwọn Ìdíje Òlímpíkì ní ẹ̀jẹ̀ àwọn mọdé dúdú.
Jogos olímpicos têm sangue de crianças negras.


Nígbà náà Hẹ́rọ́dù, ní rírí i pé àwọn awòràwọ̀ náà ti gbọ́n já òun, kún fún ìhónú ńláǹlà, ó sì ránṣẹ́ jáde, ó sì mú kí a pa gbogbo ọmọdékùnrin ní Bẹ́tílẹ́hẹ́mù àti ní gbogbo àgbègbè rẹ̀, láti ọmọ ọdún méjì sí ìsàlẹ̀, ní ìbámu pẹ̀lú àkókò tí ó ti fẹ̀sọ̀ wádìí dájú lọ́wọ́ àwọn awòràwọ̀ náà.
Vendo então que tinha sido enganado pelos astrólogos, Herodes ficou furioso e mandou matar, em Belém e nos arredores, todos os meninos de dois anos de idade para baixo, segundo o tempo exato que tinha verificado com os astrólogos. Mateus 2: 16

O Rio de Janeiro tem um dos maiores índices de mortes de crianças do mundo.

Ao fundo uma das favelas do Rio de Janeiro

 A cidade do Rio de Janeiro foi denunciado pela ONU (Organização das Nações Unidas), por ter um dos maiores índices de mortes de jovens e adolescentes. As forças policiais Brasileiras foram denunciadas pela a Organização das Nações Unidas (ONU), “pelo alto índice de assassinatos extra-judiciais de crianças”, e alerta que é  “generalizada” a impunidade no Brasil.
O Comitê para o Direito das Crianças divulgou seu informe nesta quinta-feira (8), sobre a posição da juventude no país. De acordo com o parecer, essa tendência de execuções e prisões teve impulso diante dos megaeventos esportivos, é a tentativa de acabar com a violência para 2016.
A ONU informou que o Brasil tem uma das maiores taxa de assassinatos de jovens no mundo, e enfatiza que os menores no Brasil passaram a ser alvos da violência dos policiais, grupos de extermínios, e do crime organizado. O aviso é resultado de um debate de dois dias com o governo brasileiro que, após 10 anos, teve sua política para infância avaliada. O resultado disso é um relatório que relata uma violência aguda contra os jovens, declarou o presidente do Comitê, Benyam Mezmur.
O vice-presidente do Comitê, Renate Winter, denuncia a “limpeza” que tem sido promovida no Rio de Janeiro tendo em vista a preparação para os jogos olímpicos. “Para mostrar ao mundo uma cidade sem esses problemas uma limpeza está acontecendo visando os jogos olímpicos”, disse. Renate Winter, disse também que houve uma resistência do governo em responder algumas perguntas no decorrer do debate.

De acordo com Mezmur, algumas crianças foram presas sem passar por decisões legais. Gehadi Madi, perito da ONU, também delata a “limpeza”. “Na copa do Mundo de 2014 já vimos isso acontecer, e agora estamos pedindo que corrija o erro para que não volte a acontecer”, disse.
Na análise da perita Sara Oviedo, não é novidade as mortes de crianças no Brasil: "Recebemos informações objetiva de que se trata realmente de uma limpeza para receber os eventos internacionais."
A ONU informou estar muito preocupada devido o estado ter um dos maiores índices de homicídio de crianças no mundo, e também indica que a grande maioria das vítimas são afro-brasileiros.

Fonte: http://br.blastingnews.com/rio-de-janeiro/2015/10/rio-de-janeiro-e-denunciado-pela-onu-00598619.html
                                                                          

4. Ìpakúpa àwọn guaraní-kaiowá.
Genocídio dos guarani-kaiowá.

Negros da terra (povos indígenas)



xurite lopes

Os povos Guarani e Kaiowá INJUSTIÇADOS resistem e luta pela JUSTIÇA! divulga mais uma declaração de RESISTÊNCIA.

Esta nota pública de Aty Guasu apresenta o motivo central das lutas infinitas e da resistência permanente declarada dos povos indígenas Guarani e Kaiowá pela recuperação da parcela das terras tradicionais (tekoha) Ypo’i, Guaiviry, Kurusu Amba, Apyka’i, Te’yi Jusu, Itaguá, entre outros tekoha em despejo judicial, localizadas no atual Cone Sul de Mato Grosso do Sul.

Frente à ordem judicial de expulsão dos indígenas de parte das terras, os povos indígenas Guarani e Kaiowa declaram: “Não sairemos de nossas terras nem vivos e nem mortos”, “ vamos resistir e morrer pelas nossas terras”.

1- Idosa rezadora Xurite Lopes foi assassinada pelos fazendeiros no tekoha Kurusu Amba em janeiro de 2007 é um dos motivos principal da resistência dos povos Guarani e Kaiowa em tekoha Kurusu Amba-Coronel Sapucaia-MS frente à ordem de despejo judicial.

2- Os professores indígenas Genivaldo e Rolindo foram assassinados e cadáveres ocultados pelos fazendeiros no tekoha Ypo’i são motivos centrais da resistência Guarani e Kaiowa em tekoha Ypo’i-Paranhos-MS diante da ordem judicial de expulsão dos indígenas.

3- O idoso rezador Nisio Gomes foi assassinado e cadáver ocultado pelos fazendeiros, em novembro de 2011, esse é o motivo da resistência dos povos Guarani e Kaiowá no tekoha Guaiviry-Aral Moreira-MS frente à ordem judicial.

4- O jovem Denilson Barbosa foi assassinado pelo fazendeiro em fevereiro de 2013 no tekoha Pindo Roky, Itagua, Tey’ijusu-Caarapó-MS. Esse é o motivo da resistência dos povos Guarani e Kaiowa na região de Caarapó-MS frente à ordem de despejo judicial.


5- No tekoha Apyka’i-Dourados-MS, seis indígenas Guarani e Kaiowa foram assassinados pelos fazendeiros. Esse um dos motivos da resistência dos povos Guarani e Kaiowá no tekoha Apyka’i frente à ordem judicial de expulsão dos indígenas Guarani e Kaiowá.




Rio -  A Justiça revogou a ordem de retirada de 170 índios Guarani-Kaiowá das terras que habitam no Mato Grosso do Sul. Em carta à opinião pública, eles apelaram: “Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos, mesmo, em pouco tempo”.

  A morte precoce é recurso frequente adotado pelos Guarani-Kaiowá para resistir frente às ameaças que sofrem. Preferem morrer a se degradar. Nos últimos 20 anos, quase mil indígenas, a maioria de jovens, puseram fim às suas vidas, em protesto às pressões de empresas e fazendeiros que cobiçam suas terras.

  A carta dos Guarani-Kaiowá foi divulgada após a Justiça Federal determinar a retirada de 30 famílias indígenas da aldeia Passo Piraju, em Mato Grosso do Sul. A área é disputada por índios e fazendeiros. Em 2002, acordo mediado pelo Ministério Público Federal, em Dourados, destinou aos índios 40 hectares ocupados por uma fazenda. O suposto dono recorreu à Justiça.

A Constituição abriga o princípio da diversidade e da alteridade e consagra o direito dos índios às terras habitadas tradicionalmente por eles. Os índios não são estrangeiros nas terras do Brasil. Ao chegarem aqui, os colonizadores portugueses se depararam com mais de 5 milhões de indígenas, que dominavam centenas de idiomas distintos. A maioria foi vítima de um genocídio implacável, restando hoje, apenas, 817 mil indígenas.

  Não adianta o governo brasileiro assinar documentos em prol dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável se isso não se traduzir em gestos concretos para a preservação dos direitos dos povos indígenas e de nosso meio ambiente.

Frei Betto é escritor, autor da novela indigenista ‘Uala, o amor’

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