quinta-feira, 9 de junho de 2016

Filósofos africanos

Àwọn amòye ará Áfríkà.
Filósofos africanos.

1. Ibn Khaldun (1332-1395) e a Inovação da Sociologia.

Resultado de imagem para BIOGRAFIA Ibn Khaldun

Os muçulmanos tiveram um papel destacado e pioneiro nas ciências humanas e intelectuais, criando ciências de alto nível e de grande importância no campo social humano. Eles também criaram importantes ciências exclusivas da lei (Sharia) islâmica e outras exclusivas da língua árabe.
O dicionário de termos das ciências sociais define a sociologia como: "a ciência cujo objeto é estudar, descrever e comparar as sociedades humanas como elas são condicionadas por seus enquadramentos temporal e espacial, na tentativa de descobrir leis de evolução em que essas sociedades humanas são influenciadas em seu progresso e mudança."[1]. 
O assunto da sociologia
Os sociólogos definem o objeto da sociologia nos fenômenos sociais, que se revelam resultado do convívio das pessoas em sociedade e da sua interacção e envolvimento em relações e na criação do que é chamado de cultura comum, na qual as pessoas estão de acordo sobre certos métodos para a expressão de suas idéias, sobre definidos valores e sobre certos métodos no assunto da economia, do governo e da moralidade, e outros.
Os fenômenos sociais começam quando duas ou mais pessoas interagem e se engajam em relações sociais. E quando essas relações permanecem e continuam, os grupos sociais são formados. E os grupos sociais são um dos assuntos básicos da sociologia.
Outro assunto da sociologia se representa nos processos sociais, como conflito, cooperação, competição, acordo, a estratificação social e a mobilidade social. Assim como a mudança de cultura e as estruturas sociais também são importantes assuntos da sociologia. Temos também os sistemas sociais, que são os métodos que regulam e estabelecem o comportamento social e a personalidade, que é o fator que molda e é moldado pela cultura[2].
 Ibn Khaldun, fundador da sociologia
Apesar de o pensamento social ser tão antigo quanto o próprio homem, o estudo das sociedades humanas se tornou um tema para uma ciência há pouco tempo. O estudioso muçulmano Ibn Khaldun foi o primeiro a estabelecer esta ciência e a independência de seus assuntos. Ibn Khaldun, disse em frases claras, que ele explorou uma ciência independente, sobre a qual nenhum de seus ancestrais falou. Ele diz: "Esta é uma ciência independente, tem o seu próprio objeto peculiar, que é a civilização humana, e a sociedade humana. E tem suas questões, que são explicar as condições que se prendem com a essência da civilização, um após o outro. Esta é a situação de todas as ciências, seja ela exata ou intelectual"[3].
E ainda acrescenta: "Saiba que a palavra deste objeto é uma nova produção, uma rara tendência, encontrado através de pesquisa e resultado de aprofundamento. É uma ciência inteiramente original. Na verdade, eu não me deparei com uma discussão nesse sentido por qualquer outra pessoa. Não sei se isso ocorreu por causa da desatenção deles sobre este assunto, e não é esta a minha suspeita sobre eles (de não ter tido conhecimento do mesmo). Ou talvez eles tenham escrito sobre o tema e sua obra não chegou até nós?"[4]
Ele ainda convidou os capacitados a completar o que ainda falta sobre esta ciência, dizendo: "Talvez quem vem depois de nós, auxiliado por Allah com um pensamento correto e um sólido conhecimento, se aprofunde em suas questões além daquilo que nós escrevemos. A pessoa que cria uma nova disciplina não tem a tarefa de enumerar todas as questões, mas sua tarefa consiste em especificar o assunto da ciência, suas várias ramificações e os debates relacionados com ele. E os seus sucessores, em seguida, podem adicionar gradualmente mais questões, pouco a pouco, até que a ciência se complete ".[5]
Além disso, al Muqaddimah de Ibn Khaldun (os Prolegômenos de Ibn Khaldun) abrangeu, pelo menos, sete ramos da sociologia moderna, as quais ele abordou de forma muito clara[6].
Apesar de tudo isto, e apesar do famoso sociólogo austríaco Ludwig Gumplowicz dizer que: "Nós queremos provar que, antes de August Count[7], e até mesmo antes de Giambattista Vico, que os italianos queriam fazer dele o primeiro sociólogo europeu, um muçulmano piedoso veio e estudou os fenômenos sociais com uma mente equilibrada e chegou a opiniões profundas neste assunto. O que esse erudito muçulmano escreveu é o que chamamos de sociologia hoje[8]. Apesar de tudo isso, a história da ciência da sociologia lembra o francês August Count como o primeiro fundador desta ciência e ignora totalmente o verdadeiro fundador desta ciência, que deixou claro que ele foi o primeiro a descobrir esta ciência[9].
Apenas os observadores têm testemunhado que August Comte assimilou muitas de suas teorias e opiniões de Muqaddimah Ibn Khaldun[10]. Ibn Khaldun é considerado um ponto de transformação na escrita da história humana e em sua fundação à sociologia, pois com isso ele agitou o pensamento humano global, colocando um novo plano e apresentando novas idéias e, ainda mais, estabeleceu novas leis que podem ser aplicados em todas as sociedades humanas partindo do fato de que o homem não pode viver, exceto em uma sociedade. E se ele vive em uma sociedade, ele deve viver com um povo, e se vive com um povo, terá que viver em um pedaço de terra. Para que essa relação permaneça entre essas pessoas, tribos ou grupos humanos, um governante deve organizar estas relações. E os tipos de governantes variam desde um governador simples (cacique, sheikh de uma tribo) até um governante absoluto, que conseguiu usar e explorar todos os meios que lhe foram preparados por esse conglomerado humano para se tornar um governante absoluto que pode estabelecer seu próprio Estado. Se este governante estabelece o Estado como previsto na teoria de Ibn Khaldun esse estado passa por diferentes fases, que darão certo na aplicação na vida real[11].
É importante, neste contexto, enfatizar algo sobre Ibn Khaldun, o fundador desta ciência. Ele é Abu Zayd Abd Al-Rahman ibn Khalid (Khaldun) Al-Hadrami, nascido na Tunísia, na primeira noite do Ramadan (732 dH). Ele se mudou para Fez, Granada, Tlemcen, Andaluzia e também para o Egito, onde ele foi homenageado pelo sultão do Egito Al Dhahir Barquq, foi nomeado juiz da escola Maliki de fiqh (uma das quatro escolas de jurisprudência islâmica). Ele permaneceu no Egito cerca de 25 anos (784-808 dH), onde ele morreu e foi sepultado aos 76 anos[12].
Ibn Khaldun foi criado em uma família de ciência e alta posição, memorizou o Alcorão Sagrado em sua infância. Seu pai foi seu primeiro professor e também estudo com os estudiosos famosos de sua época. Ele se dirigiu para vários cargos públicos depois que a maioria de seus professores morreram em uma epidemia de peste que atingiu seu país. Ele começou sua carreira política na chancelaria do governante tunisino Ibn Merin. No entanto, este trabalho não atendia às suas aspirações. Foi nomeado pelo sultão Abu Inan – rei do Marrocos – como membro de seu conselho científico em Fez. Então, lhe foi propiciado iniciar aulas nas mãos de sábios e literários que vieram para Fez da Tunísia, Andaluzia e dos países do oriente.
Mais tarde, Ibn Khaldun mudou-se para Granada deixando sua família em Fez. Depois, ele voltou para Wahran na Argélia para permanecer com a família no castelo Ibn Salama durante quatro anos. Daqui, ele começou seus primeiros escritos com seu livro: wa "Al-ibar fi Diwan Al-Mubtada wa Al-Khabar fi Ayyam Al-Arab wa Al-Ajam wa Al-Barbar wa man A'ssarahum min Dawiu Al-Sultan Al-Akbar" (As Lições no Registro do Sujeito e Predicado dos Dias dos árabes, estrangeiros e berberes e seus contemporâneos dotados de grande autoridade). A introdução deste livro é considerada a primeira e mais famosa introdução escrita sobre a sociologia, os assuntos da sociedade humana e suas leis. Neste preâmbulo, ele lidou com o que hoje é denominado “manifestações sociais” ou o que ele chama de “realidades da civilização humana” ou “situações da organização social humana”[13].
Muqaddimat Ibn Khaldun (Os prolegômenos de Ibn Khaldun)
Ibn Khaldun simplificou em sua Muqaddimah tudo o que tinha de conhecimento. Então, essa introdução veio muito preciosa e muito bem avançada à época em que foi escrita. Ela contém seis capítulos da seguinte forma:
Capítulo um: a civilização humana (equivalente à sociologia pública). Ibn Khaldun estudou os fenômenos da sociedade humana e as regras cursadas pelas sociedades.
Capítulo dois: a civilização beduína. Ele estudou a civilização beduína, revelando suas características mais destacadas e que é a origem da civilização urbana e é anterior a ele.
Capítulo três: sobre o Estado, o Califado e o Reinado (é equivalente à sociologia política). Ele explica neste capítulo, as regras de governança, os sistemas religiosos, entre outros.
Capítulo quatro: a civilização sedentária (ou o que chamamos de sociologia urbana). Neste capítulo, Ibn Khaldun, explica todos os fenômenos urbanos relacionados, as bases da civilização e que a civilização é o objetivo do urbanismo.
Capítulo cinco: sobre os ofícios, meios de sobrevivência e trabalho (equivalente à sociologia econômica). Ele estudou a influência das situações econômicas sobre as condições da sociedade.
Capítulo seis: sobre as ciências e sua aquisição (equivalente à sociologia da educação). Neste capítulo, Ibn Khaldun explica os fenômenos educacionais, os meios de aprendizado e classificação das ciências.
Ibn Khaldun também estudou a sociologia religiosa e legislativa, ligando entre a política e os valores morais[14].
Na verdade, ninguém antes de Ibn Khaldun estudou os fenômenos sociais de forma analítica, que produziu resultados como os produzidos pelo estudo de Ibn Khaldun, em especial porque este pensador muçulmano estudou estes fenômenos sociais a partir de sólidas e saudáveis fontes históricas, assim como os cientistas estudam física, química, matemática e astronomia. Ele é considerado o primeiro a submeter estes fenômenos sociais sujeitas a um método científico, empírico que o levaram a muitos fatos fixos que parecem leis. Assim, o que Ibn Khaldun atingiu de teorias, continuará sendo um trabalho pioneiro no campo dos estudos sociais na marcha do pensamento humano[15].


por Dr. Ragheb Elsergany
Tradução: Sh. Ahmad Mazloum

Notas
[1] Ahmad Zaki Badawi: Mujam Al Mostalahat Al Ijtemayah (Dicionário de termos sociais), p 4.
[2] Veja: Mansur Zuwayd al-Muta'iri: Al Seyaghah Al Islamyiah Lielm Al Ijtemaa, Al Dawaí wa Al Makan (A Apresentação Islâmica da Sociologia - razões e local), p 28, 29.
[3] Ibn Khaldun: Al-Muqaddimah 1 / 38.
[4] Idem: A mesma página.
[5] Ibn Khaldun: Al-Muqaddimah 1 / 588.
[6] Veja: Hasan al-Sa'ati: Ilm Al Ijtemaa Al Khalduni (Sociologia Khaldunista), p. 28-35.
[7] August Count (1789-1857): filósofo francês, fundador da filosofia positiva e fundador da sociologia ocidental. Sua obra principal é "Estudos sobre a Filosofia Positiva".
[8] Transferido de Mustafa al-Shaka'a: As fundações islâmicas no pensamento de Ibn Khaldun e suas teorias, p 198.
[9] Mansur Zuwayd al-Muta'iri: Al Seyaghah Al Islamyiah Lielm Al Ijtemaa, Al Dawaí wa Al Makan (A Apresentação Islâmica da Sociologia - razões e local), p 23, 34.
[10] Abd-al-Wahid Wafi: Dirassat Muqaddimah Ibn Khaldun, transferido de Abdallah Nasih Ilwan: Marcos da civilização no Islam e seus efeitos sobre o renascimento europeu, p 48.
[11] Suhilah Zain al-Abidin, Nazaryat Al Dawlah ind Ibn Khaldun (A teoria do Estado para Ibn Khaldun), revista Al Manar, números 75, 76, 77 – ano 1424 H.
[12] Al-Zirikli, Al-Alam 3 / 330.
[13] Al-Zirikli, Al-Alam, 3 / 330, Mustafa al-Shaka'a: As fundações islâmicas no pensamento de Ibn Khaldun e suas teorias, p 21 em diante.
[14] Veja: Nouman Abdul Razzaq Al-Sammiraí: Nós, a civilização e as testemunhas, 1 / 120.
[15]  Mustafa al-Shaka'a: As fundações islâmicas no pensamento de Ibn Khaldun e suas teorias, p 77, 78.

2. Anton Wilhelm Amo.


Anton Wilhelm Amo, trazido para a Europa, tornou-se um filósofo e um professor respeitado nas universidades de Halle an der Saale e de Jena na Alemanha. Foi o primeiro africano sub-saariano conhecido a frequentar uma universidade europeia.

Amo, Anton Wilhelm (1703? -1753)




Professor Africano na Alemanha em 1700 ...

Sculpture of Anton-Wilhelm Amo in Halle
Escultura de Anton Wilhelm Amo em Halle
Anton Wilhelm Amo era um respeitado filósofo alemão do Gana, que ensinou nas Universidades de Halle e de Jena, na Alemanha na década de 1730 ... É isso mesmo ... você leu bem, 1730! Este homem é dito ser o primeiro Africano a receber um doutorado de uma universidade europeia, e ensinar mais tarde lá. Quem era Anton Wilhelm Amo?
Anton Wilhelm Amo nasceu em 1703 em Awukena perto da cidade de Axim em Gana. Na tenra idade de 4, ele foi levado para Amsterdã; alguns relatos dizem que ele foi levado para a escravidão, outros que ele foi enviado para Amsterdam por um missionário com base em Gana. De qualquer maneira, ele foi dado como um presente para o Duque de Brunswick-Wolfenbüttel . Amo foi criado como um membro da família, e frequentou a Wolfenbüttel Ritter-Akademie 1717-1721, e depois a Universidade de Helmstedt 1721-1727. Ele também se reuniu com o grande matemático e filósofo alemão Gottfried Leibniz , que era um visitante freqüente do palácio Wolfenbüttel. Ele frequentou a escola de Direito da Universidade de Halle em1727, e terminou seus estudos preliminares em dois anos, no final da qual ele escreveu uma tese de dissertação intitulada "Os Direitos do mouros na Europa." Ele passou a outra filosofia de estudo e ganhar um doutorado em filosofia pela Universidade de Wittenberg , em 1734. Amo era um homem culto, e um verdadeiro poliglota como ele domina seis idiomas: francês, inglês, alemão, holandês, latim e grego.
Anton-Wilhelm Amo's Dissertation 1st Page (Source: www.jehsmith.com)
Dissertação de Anton Wilhelm Amo 1ª página (Fonte:http://www.jehsmith.com)
Ele foi nomeado professor de filosofia na Universidade de Halle em 1736, e foi por seu nome preferido Antonius Guilelmus Amo, Afer de Axim. Ele ensinou a psicologia, a "lei natural", eo sistema decimal. Em seguida, ele publicou o seu segundo grande trabalho: "Tratado sobre a arte de Philosophing precisa e sobriamente (Tractatus de Arte Sobrie et philosophandi Accurate). Em 1740, entrou para a Universidade de Jena em Jena, Alemanha central. Durante os primeiros anos do reinado de Frederico II da Prússia, Amo foi convidado para o tribunal em Berlim como um conselheiro do governo. Amo também foi eleito membro da Academia Holandesa de Flushing.
Havia um monte de mudanças sociais na Alemanha na década de 1740, e as pessoas estavam se tornando menos liberal, xenófobo, racista, eo próprio Amo foi objecto de ameaças públicas de seus ennemies. Eventualmente, Amo regressou à sua terra de nascimento, Gana e se acomodou em Axim, onde foi homenageado como um médico tradicional e trabalhou como um ourives (por algumas contas). Ele foi colocado para descansar em Fort San Sebastian, em Shama, no Gana, em 1759. Hoje, a Universidade de Halle-Wittenberg concede anualmente o prêmio Anton Wilhelm Amo aos estudantes merecedores. Há também uma estátua em Halle em sua honra. Este homem estava no momento pensado para estar entre os pensadores alemães mais importantes de seu tempo.
Fort San Sebastian or Fort Shama in Ghana, Henri Frey 1890
Fort San Sebastian ou Fort Shama em Gana, Henri Frey 1890
Para saber mais sobre este grande homem, confiraAnton Wilhelm Amo por Marilyn Sephocle (Journal of Black Studies Vol 23, No. 2, Edição Especial:.. A imagem da África na Sociedade Alemã (dezembro de 1992), pp 182- 187), Anton Wilhelm Amo da SUNY Buffalo, The Life and Times of Wilhelm Anton Amo por W. Abraham, Transações da Sociedade histórica do Gana 7 (1964) P. 60-81, Anton Wilhelm Rudolph Amo ,Anton Wilhelm Amo , um filósofo Ghanaia no século 18 Alemanha no blog de ​​Justin EH Smith, e, por últimoMês da História Negra na Europa 2007: o fantasma de Amo ., onde o autor do blogue faz perguntas muito comovente sobre a vida de Amo Toda vez que você pensar em África como o continente negro , ou pensar que os africanos eram analfabetos ou não tinham 'light', pense sobre Anton Wilhelm Amo o grande filósofo ganense-alemã de 1700 que ensinaram grandes mentes na Europa, e foi um dos filósofos alemães os mais proeminentes de seu tempo.














quarta-feira, 8 de junho de 2016

Berço da Humanidade

Ìtẹ́ aráyé.
Berço da humanidade.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ìtẹ́, s. Trono, ninho de pássaro, berço de criança.
Aráyé, s. Humanidade, gênero humano.










segunda-feira, 6 de junho de 2016

Pré-sal

Ìfiṣúra òróró nísàlẹ̀ àpáta iyọ̀ jínlẹ̀.
Pré-sal.

O “pré-sal” é uma área de reservas petrolíferas encontrada sob uma profunda camada de rocha salina, que forma uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho.

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Fiquem atentos às investidas deste governo golpista nas relações exteriores. Botaram o Serra lá não foi à toa. QUEREM ENTREGAR O PETRÓLEO, QUE É NOSSO!!!

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ìfiṣúra, ìṣúra, s. Tesouro, reserva.
Òróró, s. Óleo.
Nísàlẹ̀, pre. Embaixo, debaixo de, sob.
Àpáta, s. Rocha.
Iyọ̀, s. Sal.
Jínlẹ̀, adj. Profundo, misterioso, confuso.


Miss

 Apèmọ́ ọlá fún ọ̀dọ́mọbìnrin (miss)  





1. Apèmọ́ ọlá fún ọ̀dọ́mọbìnrin Ìpínlẹ̀ Páùlù mimọ́.
Miss Estado de São Paulo.

 Sabrina de Paiva (Miss São Paulo 2016)


2. Apèmọ́ ọlá fún ọ̀dọ́mọbìnrin Àwọn Ìpínlẹ̀ Aṣọ̀kan Amẹ́ríkà. 
Miss Estados Unidos da América.

Deshauna Barber (Miss Estados Unidos 2016)
Deshauna Barber001


3. Apèmọ́ ọlá fún ọ̀dọ́mọbìnrin Jèpánù.
       Miss Japão.

Ariana Miyamoto (miss Japão 2015)
miss

4. Apèmọ́ ọlá fún ọ̀dọ́mọbìnrin Itálíà.

Silvia Novais (miss Itália  2011)


Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Apèmọ́ ọlá fún ọ̀dọ́mọbìnrin, s. Miss.
Ìpínlẹ̀ Pọ́ọ̀lù mimọ́, Ìpínlẹ̀ Páùlù mimọ́, s. Estado de São Paulo.
Pọ́ọ̀lù, Páùlù, s. Paulo.
Mímọ́, adj. Limpo, puro, íntegro, sagrado.
Pọ́ọ̀lù mimọ́, Páùlù mimọ́, s. São Paulo.
Àwọn Ìpínlẹ̀ Aṣọ̀kan Amẹ́ríkà, s. Estados unidos da América.
Orílẹ̀-èdè Olómìnira Itálíà, s. República Italiana.
Itálíà, ilẹ̀ Itálíà, s. Itália.
Jèpánù, ilẹ̀ Jèpánù, s. Japão.


MEND

Àwọn ọlọ́tẹ̀ ti Dẹ́ltà Nìjẹ̀r.
Rebeldes do Delta do Níger.







Movimento para a Emancipação do Delta do Níger

O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND, na sigla em inglês) é um grupo armado da zona petroleira do sul da Nigéria, um dos últimos países a integrarem a OPEP.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Àwọn, s. Eles, elas, os, as. É também usado como partícula para formar o plural do substantivo; neste caso, é posicionado antes do substantivo. 
Ọlọ́tẹ̀, s.  Pessoa rebelde, revolucionário.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Dẹ́ltà, s. Delta.
Nìjẹ̀r, s. Níger.
Odò Nìjẹ̀r, s. Rio Níger.

República de Papua Ocidental

Ìpakúpa náà mọ́ ẹ̀yà ènìyàn melanésíà (papua) ní'lẹ̀ Indonésíà.
O genocídio contra o povo melanésio (papua) na Indonésia.











Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ìpakúpa, s. Genocidio.
Náà, art. O, a, os, as.
Mọ́, prep. Contra.
Ẹ̀yà ènìyàn, s. Etnia.
Melanésíà, s. Melanésia.
Papua, s. Papua.
, prep. No, na, em.
Ilẹ̀, s. Terra, solo, chão. 
Indonésíà, ilẹ̀ Indonésíà, s. Indonésia.
Orílẹ̀-èdè Olómìnira ilẹ̀ Indonésíà, s. República da Indonésia.
Orílẹ̀-èdè Olómìnira ilẹ̀ Papua ti Ìwọòrùn, s. República de Papua Ocidental.
Ti Ìwọòrùn, adj. Ocidental.
Orílẹ̀-èdè Olómìnira, s. Republica.
Ìpínlẹ̀, orílẹ̀-èdè, s. Estado.
Ìpínlẹ̀, s. Fronteira, demarcação, limite entre duas cidades, Estado ( SP, RJ).
Orílẹ̀, s. Nome que denota um grupo de origem ou clã.
Orílẹ̀-èdè, s. Estado, nação.
Èdè, s. Idioma, língua, dialeto.
Olómìnira, adj. Independente.
mọorílẹ̀-èdè papua, s. Papuásio. Natural de Papua-Nova Guiné.
Ní ti papua, adj. Papuásio. Relativo a Papua-Nova Guiné.




Àwọn orílẹ̀-èdè àti agbègbè ti Melanésíà.
Estados e territórios da melanésia.



Orílẹ̀-èdè Olómìnira ilẹ̀ Papua ti Ìwọòrùn.         
República de Papua Ocidental.
Localização de Papua Ocidental

Orílẹ̀-èdè Olómìnira ilẹ̀ Indonésíà.
República da Indonésia.
Mapa de Indonésia

Holocausto indonésio contra os papuásios  da Papua Ocidental.

Image












CONTRA UM GENOCÍDIO: A NOVA GUINÉ OCIDENTAL

1) A APATIA PERANTE UM DRAMA

   Vivemos numa época de contradições. As informações circulam a uma velocidade estonteante. Nada parece passível de ser escondido. A toda a hora surgem vagas de indignação contra atentados as Direitos Humanos. Manifestações. Vigílias.
   O terrorismo islâmico, então, está na ordem do dia. Os massacres insanos entram na casa de cada um, pela televisão e pela "internet" (basta um "clique"). É verdade que a opinião pública tende a valorizar mais a ações de terror na Europa ou no Estado Unidos do que em África ou na Ásia, por exemplo. Os sofrimentos dos curdos do Médio Oriente ou dos africanos do Ruanda e do Burundi dizem pouco aos europeus. A 2 000 vítimas do fundamentalismo na Nigéria nestes meados de novembro de 2015 têm apenas um pequeno impacto. Mesmo assim, lá vão sendo notícia.
   Menos sorte têm outros, de que quase ninguém ouviu falar. É um desses casos que aqui se aborda. O de um povo remoto, com costumes e culturas bizarros. E que, para além de estar a ser vítima de um genocídio diário, ainda teve o azar de sempre ter sido vítima de inúmeras decisões erradas de instituições internacionais.
   Vou falar dos Papuas da Nova Guiné Ocidental, sob administração indonésia. Meio milhão de mortos desde 1969. Sempre lutando, principalmente contra a indiferença e o esquecimento. Mas de que se começa a falar um pouco mais, aqui e ali. Como neste texto.
   Não se pode compreender a real dimensão da tragédia sem História. Que, até certa altura, é a História duma enorme ilha, sem metades ocidental e oriental.

 2) A HISTÓRIA DA NOVA GUINÉ E DOS POVOS PAPUAS

   A ilha da Nova Guiné, a Norte da Austrália, é habitada por quase 8 milhões de pessoas. É uma ilha bem grande, com 786 000 quilómetros quadrados (mais do dobro da Alemanha), e caracteriza-se por um relevo muito acentuado e uma beleza natural única, nomeadamente ao nível de espécies de aves, algumas das mais belas e exóticas do mundo. O nome "Nova Guiné" terá sido dado pelos navegadores portugueses no século XVI, perante a luxuriante cobertura vegetal e a cor negra dos seus naturais, semelhantes em muito à Guiné, em África.
   Os seus habitantes, segundos estudos recentes, terão origem africana, tal como os aborígenes australianos (os "australóides"), e terão chegado ao atual território há cerca de 50 000 anos. A Nova Guiné e a Austrália estiveram ligadas por terra, ou pelo menos muito próximas, mas, após o último degelo. há mais de 10 000 anos, ficaram mais longe. E os povos da Nova Guiné, parte, tudo indica, de um grupo genericamente designado por Melanésios, isolados, desenvolveram as chamadas "Línguas Papuas".
   Mas... a designação "Línguas Papuas" refere-se a um agrupamento muito mais geográfico que verdadeiramente linguístico de línguas do Pacífico Ocidental. As línguas papuas (cerca de 780) não parecem ser uma família linguística na verdadeira aceção do termo; são agrupadas em várias famílias e macrofamílias cuja classificação precisa de ser mais estudada. Torna-se difícil compreender uma tal diversidade linguística em menos de oito milhões de habitantes, mas o relevo montanhoso da grande ilha, por vezes quase intransponível, deve ser a causa principal deste facto. É incrível como os locais quase não se entendem entre si.
   Alguns destes Papuas vivem em tribos tecnologicamente muito pouco avançadas, mas muito ricas em termos folclóricos e mitológicos. Tudo indica que pouco terão evoluído nos últimos milhares de anos, permanecendo num neolítico mais ou menos avançado. A agricultura é, muitas vezes, bastante primitiva. E, todavia, há sinais de ligações comerciais, principalmente a Oeste e um pouco a Norte, com povos malaios-indonésios, e eventualmente com chineses. Alguns estados hoje integrados na Indonésia tiveram feitorias em zonas costeiras, ainda que pouco habitadas. Os portugueses, primeiro, e os espanhóis, depois, foram os primeiros europeus a chegar a tão remotas paragens (século XVI) , logo comerciando com as populações (ferramentas de osso, de madeira e de pedra, e, claro, algumas de metal). O explorador português Jorge de Menezes foi mesmo o primeiro a chamar "papuas" aos habitantes, ao que parece segundo uma denominação de um povo local.

3) O COLONIALISMO

   Os contactos comerciais foram-se mantendo, em especial, depois do século XVII, com holandeses, mas também com ingleses, franceses, e até alemães. Espantava a todos a diversidade de costumes, bem como muitas originalidades, algumas pouco aceitáveis, como a prática de canibalismo ritual por alguns grupos. No final do século XIX, como sucedeu noutras partes do mundo, a ilha, após conversações um tanto complexas, ficou dividida em três partes: uma holandesa, a ocidente, outra alemã, a nordeste, e uma britânica, a sudeste, transferida em 1902 para o Domínio da Austrália. Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha perdeu a sua parte para a Grã-Bretanha, fixando-se uma divisão bipartida. já que em breve a parte cedida pelos alemães era entregue à Austrália também, ainda que alguns aspetos administrativos permanecessem distintos.
   Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses ocuparam quase toda a Nova Guiné holandesa, e partes das regiões australianas/britânicas, sendo rechaçados, após duros combates, só em 1944/45.
   A grande ilha assistiu, nas décadas de 1950 e 1960, ao aparecimento de movimentos independentistas e anticolonialistas, nas duas regiões (holandesa/ocidental e australiana/britânica/oriental), principalmente nas cidades que as administrações europeias tinham desenvolvido, como sempre, nestes casos, no seu próprio interesse. Os grupos tribais mantinham-se bastante à margem dos novos tempos.
   Na década de 1960, já a Indonésia era independente desde os finais da década de 1940, o general Sukarno renovou as reivindicações de Jakarta sobre a região ocidental holandesa da ilha, argumentando que ela fizera parte das Índias (Orientais) holandesas, como a Indonésia, e que sempre tinha havido contactos comerciais, já antes da presença europeia, entre as civilizações da Insulíndia e o território . Já antes Jacarta tinha tentado que a Holanda discutisse a administração da região, mesmo porque a  O.N.U., através da sua Comissão de Descolonização, protestava cada vez mais contra a presença europeia naquela parte do mundo.  Em 1961, alguma autonomia foi concedida, e  foi criado um governo local com alguns poderes, que adotou bandeira própria (partida verticalmente, um parte menor vermelha, à esquerda, com um estrela branca, e um parte maior, à direita com sete listas azuis e seis brancas, alternadas, dispostas horizontalmente).

4) A TRISTE ATUAÇÃO DAS INSTÂNCIAS INTERNACIONAIS

  O capítulo seguinte é um dos mais tristes da História das Nações Unidas, que, sob pressão indonésia, tomaram conta da administração da colónia holandesa (1962), acabando, em 1963, por a ceder a Jacarta, com a condição de ser promovido um referendo.
  A Indonésia tinha então uma grande influência nas Nações Unidas, como um dos países que primeiro e libertara do colonialismo, e o general Sukarno tinha todo o apoio do bloco soviético, enquanto os Estados Unidos procuravam não hostilizar o regime, considerando os seus interesses geoestratégicos e a sua intervenção no Vietnam.
   Assim se compreende o quase silêncio com que foi acolhida a "farsa" de 1969, quando Jacarta, em vez do prometido referendo, convocou os chefes tribais da Nova Guiné Ocidental (Papua Ocidental a partir de então) para decidirem o futuro do território. Foi possível averiguar que a maioria desses chefes não tinha qualquer noção do que estava em causa, e que aceitaram a proposta de integração na Indonésia a de forma vaga, e até a troco de presentes. Nascia uma nova província indonésia, dotada, em teoria, de alguma autonomia: Papua, depois chamada Irian Jaya e Irian Barat.
   Na região oriental da ilha, a administração australiana dava lugar a um estado independente em 1975, com o nome de Papua Nova Guiné, englobando alguns arquipélagos vizinhos (462 840 Km.2 ; um pouco mais de 7 milhões de habitantes em 2013). Este estado tem vindo a ser cuidadosamente vigiado pela Indonésia, dado ser naturalmente um aliado dos movimentos independentistas papuas.

5) SALVEM OS PAPUAS NA NOVA GUINÉ OCIDENTAL...ANTES QUE SEJA TARDE!!

   Logo após a instalação das autoridades indonésias, surgiram revoltas e guerrilhas na Nova Guiné ocidental. A repressão foi violenta, e mostrou-se de duas formas: repressão direta (mortes, prisão, tortura, falta de liberdade de expressão) e indireta (destruição das culturas locais, imigração de inúmeros indonésios, principalmente da ilha de Java, para alterar a composição étnica da população local. 
   A separação de Timor (1999-2002) foi vista por muitos locais como um sinal de esperança. Em vão. Há poucos anos, o território foi subdividido em duas províncias: Papua ocidental, e Papua. Dividir para reinar continua a ser o lema dos opressores.
   Nos nossos dias, vivem nos 421 981 Km.2 da antiga colónia holandesa quase 2 milhões de pessoas, contra pouco mais de oitocentos mil em 1969. Todavia, quase metade são imigrantes vindos de toda a Indonésia, desde então. A repressão contra os naturais terá feito um pouco mais de meio milhão de mortos. É quase impossível entrar no território, isolado do mundo em termos de informação. As populações, oprimidas, têm dificuldades até em movimentarem-se de um lado para o outro. Recentemente, as torturas, assassinatos, intimidações, parecem estar a aumentar. Em proporção, têm crescido os protestos internacionais, não só nos países vizinhos, mas na Europa e América. Refugiados papuas e amigos dos Direitos Humanos excedem-se em protestos e ações simbólicas. Alguns ecos se fazem sentir, aqui e ali. Entretanto, todo um povo se arrisca a ser eliminado, perante uma apatia que começa a ser criminosa. Será que ter a pele escura e uma cultura materialmente primitiva os condena ao desprezo? É triste ousar exprimir esta reflexão, mas, perante outras reações tão diferentes diante de violências e genocídios noutras partes do mundo, é-se levado a equacionar a razão do desprezo pela sorte destes povos papuas que parece predominar nos "media" de todo o planeta!
Estremoz, Portugal, 15 de novembro de 2015


Fonte: http://mil-hafre.blogspot.com.br/2015/11/contra-um-genocidio-nova-guine-ocidental.html


domingo, 5 de junho de 2016

Carinho

Ó ṣekẹ́ mi.
Ela fez um carinho em mim.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ó, pron. pess. Ele, ela.
Ṣe, v. Fazer, agir, causar, desempenhar. Ser. Usado ao lado de advérbio para exibir certa aparência incomum.
Ìkẹ́, s. Carinho.
Mi, pron. oblíquo. Me, mim, comigo. É posicionado depois de verbo ou preposião.
Mi, pron. poss. Meu, minha.
Mi, pron. pess. Eu.





sábado, 4 de junho de 2016

Mulher africana


Obìnrin: ìyá àlàáfíà àti ìtànkálẹ̀ - Áfríkà titun.
Mulher: mãe da paz e da evolução - nova África.


                                                                

Criminologia

Ìṣeọ̀rọ̀ìwà ọ̀daràn (criminologia).


A criminalidade no Brasil

1. Ìpele láìní ìmọ̀ (nível amador).








2. Ìpele lágbedeméjì (nível intermediário).






3. Ìpele ní ìlọsíwájú (nível avançado).





No nível avançado da criminalidade, temos dois grandes genocídios no Brasil: genocídio Guarani-Kaiowá (fruto da aliança política entre latifundiários, políticos e justiça federal) e genocídio de jovens negros e pobres (fruto da parceria entre policiais militares, congresso nacional, governo federal e justiça federal). 


4. Ìpele gbọ́njù (nível expert).













No nível expert da criminalidade, temos intolerância religiosa, racismo e homofobia.

Wicca

  Ìṣekèfèrí titun (neopaganismo).


                                                          







sexta-feira, 3 de junho de 2016

Criacionismo

1. Ìṣeẹ̀dá (criacionismo)








2. Ìṣeìtànkálẹ̀ (evolucionismo).








Arte aborígene


Ọnà ọmọ-ìbílẹ̀ làwùjọ òde ti ilẹ̀ Austrálíà.
A arte aborígene contemporânea da Austrália.



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).
  
Ọnà, s. Arte, obra de arte. Nome de um rio.
Ọmọ-ìbílẹ̀, s. Aborígine, indígena.
Ti ìbílẹ̀, ti ọmọ-ìbílẹ̀, adj. indígena, aborígene.
Ilẹ̀, s. Terra, solo, chão.
Austrálíà, s. Austrália.
Orílẹ̀-èdè Àjọni ilẹ̀ Austrálíà, s. Comunidade da Austrália.
Ọmọorílẹ̀-èdè Austrálíà , s. Australiano.
Ọ̀rọ̀ àdánidá, s. Metafísica.
Ti ìgbà ìsisìyí, ti ìgbàlodé, adj. Moderno.
Làwùjọ òde, adj. Contemporâneo.
Òde-ìsisìyí, òde-òní, s. O presente dia, o dia de hoje.

Ubuntu


Filọ́sọ́fi Bàntú (Filosofia banto)






                                                           




Ubuntu, uma perspectiva para superar o racismo
Jean-Bosco Kakozi parte da metafísica africana para entender o racismo e, a partir dela, pensar em linhas de fuga para a desigualdade racial

Por: João Vitor Santos | Tradução Susana Rocca


Muitas reflexões acerca do racismo trazem como questão de fundo uma perspectiva xenofóbica, em última análise, a não aceitação do outro. É, por exemplo, a atualização dessa perspectiva na relação com imigrantes, numa outra faceta racista. Isso porque são vistos como intrusos, quando na verdade quem os “recebe” é incapaz de assumir o drama do povo como também um drama seu. O professor africano Jean-Bosco Kakozi Kashindi olha para essas questões raciais desde os princípios do Ubuntu, que pode ser apreendido como uma metafísica africana. Para ele, entre as inúmeras definições, Ubuntu pode ser compreendido como a humanidade do ser. Ou, como prefere, “a abstração das pessoas no conjunto de suas humanidades”. “É a ideia de que minha humanidade está ligada à sua. Logo, ‘eu sou porque somos’”, explica, ao mergulhar no princípio do reconhecimento do outro, tão forte na lógica do Ubuntu.

Porém, o que Ubuntu pode responder a reflexões em torno do racismo? A questão norteou as discussões da conferência proferida por Kakozi, ocorrida no Instituto Humanitas Unisinos – IHU, na quarta-feira, 25-05. Em “A dimensão ético-política de Ubuntu: Uma proposta para a superação do racismo em 'nuestra América'”, o professor destaca o postulado ético-político da metafísica africana. “Se no Ubuntu a pessoa é pessoa através dos outros, a perspectiva de humanidade vem sempre primeiro”, pontua. Ao conferir esse valor à relação entre os humanos para constituir suas humanidades, Ubuntu não despreza qualquer ser humano. É como se todas as pessoas, e suas humanidades, tivessem valor e fossem fundamentais para formação dessa humanidade, ou se preferir, para constituição da nação, do povo. Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, o professor aprofunda as ideias que nortearam sua conferência. 

Jean-Bosco Kakozi é natural da República do Congo, onde se graduou em Filosofia e Ciências Humanas. Especializou-se em Religião no Centre de Formation Missionnaire Notre Dame d’Afrique, na cidade de Bukavu (República Democrática do Congo). Realizou mestrado e doutorado em Estudos Latino-americanos, com ênfase na Filosofia, História das Ideias e Ideologia, pela Universidade Nacional Autônoma do México – UNAM. Sua pesquisa é referente ao Ubuntu na África do Sul (Joanesburgo) na Universidade de Witwatersrand. Atualmente é pós-doutorando no Programa de Pós-graduação em Direito na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, São Leopoldo.



Confira a entrevista.



IHU On-Line - Como compreender a essência do Ubuntu? Em que medida se coloca como perspectiva para superação do racismo?

Jean-Bosco Kakozi - Partindo de uma definição geral, Ubuntu significa humanidade; mas desde um aprofundamento conceitual de Ubuntu, este termo tem três significados que se entrelaçam: 1) a abstração e a generalidade dos fenômenos que, na cosmovisão africano-“bantú”, constituem a realidade (o muntu [a pessoa], o kintu [a coisa], o kuntu [o modo o a maneira de expressar o mundo] e o ahantu [o espaço-tempo]); 2) a abstração e a generalidade do umuntu (a pessoa), ou seja, a humanidade como o conjunto dos humanos; 3) a humanidade como valor mesmo que se expressa como solidariedade, empatia, compaixão, generosidade...

Então, essas definições de Ubuntu aparecem condensadas no aforismo isiZulu  “umuntu ngumuntu ngabantu” (a pessoa é pessoa no meio de ou através de outras pessoas), o que levou o arcebispo emérito Desmond Tutu  a definir Ubuntu como “eu sou porque nós somos”. O que aqui se destaca é que uma pessoa é constituída como tal desde a comunidade, desde os outros; em outros termos, a alteridade é a condição de possibilidade da constituição do indivíduo.

Isto é fundamental no combate ao racismo. Na América Latina, em geral, e no Brasil, em particular, a Conquista, a colonização europeia (Portugal e Espanha) e a escravidão de indígenas e africanos estabeleceram relações sociais de dominação e exploração baseadas nos fenótipos das pessoas. O homem branco se considerou como humano por antonomásia, e os não-brancos, como menos humanos ou não-humanos. É isto o princípio anti-Ubuntu, é o princípio do “eu sou porque você não é”. Este princípio está na base do racismo, pois quando se discrimina, se exclui uma pessoa pelos seus traços físicos, se nega a ela implicitamente a sua humanidade, pois a humanidade em si não existe concretamente, mas existe em suas diversas expressões (traços físicos, culturais, línguas, religiões etc.).

Negação dos outros e de si

Então, a noção de Ubuntu denuncia o racismo e anuncia uma possibilidade de superá-lo em comunidade, em paz com os outros, já que quando se discrimina racialmente uma pessoa, estamos em presença da perda de humanidade em sentido duplo: o discriminador nega a humanidade do discriminado e, ao mesmo tempo, perde a sua humanidade. E se nos referimos às definições mencionadas anteriormente, a perda de humanidade não é um assunto menor, porque leva junto o fato de se desconectar do mundo, da realidade. Distanciar-se do mundo, da realidade não pode ser outra coisa mais do que uma autodestruição.



IHU On-Line - De que forma é possível, a partir do reconhecimento do outro, superar conflitos?

Jean-Bosco Kakozi - Reconhecer o outro, desde a cosmovisão africana “bantú”, é viver em paz, em harmonia. E aqui não se trata só de reconhecer, mas de responder ao outro, de ser recíproco para com ele ou ela. E esse outro não se limita somente às pessoas, mas se estende aos demais seres — animados e inanimados — com os que constituímos a comunidade cósmica da vida.

Assim, quando reconheço o outro e respondo a ele ou a ela, é também para meu benefício. Primeiro, porque eu o respeito, o considero e o trato como humano, isso deve abrir-me a um encontro qualitativo com ele ou ela e nos possibilita viver com dignidade. Segundo, como vivemos em uma comunidade cósmica da vida, reconhecer, respeitar e responder a outros seres (animados e inanimados) de que eu dependo, significa proteger, cuidar o ambiente que me circunda, o qual coadjuvaria a evitar conflitos sociais, políticos e econômicos. E isso conduziria à “libertação da vida” e, em consequência, beneficiaria a vida de todos, pois a minha vida depende de outras vidas e, desde a visão de Ubuntu, não há nenhuma vida humana que tenha mais valor que a outra.



IHU On-Line - Como superar a lógica fascista, que nasce do ataque e não reconhecimento do outro, a partir da perspectiva do Ubuntu?

Jean-Bosco Kakozi - Para os africanos em geral, a vida humana é um valor supremo. E, como já disse antes, não existe uma vida superior a outra, ou seja, não há seres humanos ontologicamente defeituosos ou inúteis. E outro elemento importante que encontramos em Ubuntu é que a humanidade de cada pessoa está entrelaçada com a de outras pessoas, elas me fazem humano.

Entender isto é muito relevante para superar a lógica fascista e xenofóbica. As diferenças, em vez de serem vistas como ameaças, deveriam ser apreciadas como riqueza. Eu sei o difícil que é aceitar o anterior, em um país onde imperou a lógica capitalista individualista e excludente, e agora em crise política e econômica. Minha opinião é que uma das razões fundamentais dessa crise é precisamente a não aceitação da alteridade que nos constitui. O outro (no contexto brasileiro: o pobre, o negro, o indígena e a maioria das mulheres) segue sendo como uma ameaça à classe social que tem sido privilegiada.



IHU On-Line - Que elementos essa filosofia africana oferece para pensar a realidade latino-americana e caribenha?

Jean-Bosco Kakozi - Para começar, vale salientar que para o filósofo sul-africano Mogobe Ramose, Ubuntu seria a pedra angular da filosofia africana. Aliás, seria a filosofia africana mesma. Ela tem relação estreita com a sua irmã, a filosofia latino-americana. O aporte substancial de Ubuntu a esta última está em recuperar e/ou restaurar o ser humano todo dentro da sociedade, que eu entendo aqui como uma “comunidade cósmica de vida”.

Isso quer dizer — em termos kantianos, mas ampliando o postulado ético do filósofo alemão — uma concepção do ser humano não como meio, mas como fim em si mesmo, porém esse ser humano deve ser sempre consciente da alteridade, no sentido amplo, que o constitui. É um ser humano consciente de que a especificidade que o distingue de outros seres cósmicos (consciência, vontade, liberdade) o faz mais responsável do cuidado e não da destruição ou extinção desses outros que o constituem. E tudo isso se encontra mutatis mutandis nas filosofias ou nas cosmovisões dos povos originários das Américas. A contribuição fundamental de Ubuntu ou da filosofia africana para pensar a realidade latino-americana e caribenha seria, em suma, realinhar o homem na sua totalidade no centro da preocupação. E esse “homem” é um ser que está sempre na interdependência vital com os outros seres (animados e inanimados).

Isto se encontra já nas “cosmovivências”   dos povos originárias de América Latina e Caribe, pelo qual Ubuntu viria só lembrar às filosofias, às humanidade e às ciências (“sociais” ou não) latino-americanas e caribenhas que aqui mesmo há recursos inesgotáveis para pensar de outra forma a realidade da região e transformá-la. Estes recursos se encontram paradoxalmente nas cosmovisões dos povos subalternizados, oprimidos, marginalizados ou desprezados pela racionalidade ocidental.



IHU On-Line - De que forma Ubuntu se articula à ideia da Renascença Africana? E como essa experiência africana pode inspirar uma renovação na América Latina e Caribe?

Jean-Bosco Kakozi - Para além da discussão sobre o adequado ou não do termo “Renascimento Africano”, o auge de Ubuntu (desde os anos 1990), no âmbito político e acadêmico, na África do Sul, é um acontecimento a celebrar. No discurso inaugural como segundo presidente negro da África do Sul, Thabo Mbeki  começou dizendo: “I am an Africa” (Sou africano). Isto foi uma tomada de posição existencial, uma reinvindicação identitária que evoca um processo de permanência de uma identidade africana. Ele nem se vestiu como se veste um rei ou uma autoridade nas sociedades “tradicionais” africanas. Falou em inglês e estava vestido “socialmente”, ou seja, à moda ocidental.

O exemplo de Mbeki contém indícios de Ubuntu, no sentido de que ele falou como sul-africano (identidade local), incluindo ao mesmo tempo a África e implicitamente o legado cultural ocidental. Isto é fundamental para o “renascer” da África, para sua descolonização. Não se trata de jogar todo o legado da colonização europeia e retornar completamente ao passado pré-colonial, mas sim partir da afirmação da identidade e cultura próprias (locais) e integrar o bom de outras culturas, neste caso a ocidental.

Tendo a África muita semelhança com a América Latina e Caribenha por terem sido colonizadas pelos ocidentais e, por isso mesmo, incorporadas como “periferias” no sistema-mundo capitalista, o que eu disse antes pode ser aplicado também à América Latina e ao Caribe. O intelectual mexicano Leopoldo Zea  acertou que o problema da América Latina e do Caribe é um problema do “homem” (em sentido genérico), o problema ético. O “homem” latino-americano e caribenho, em geral, anseia mais o mundo alheio (Europa e, em certo sentido, os Estados Unidos), odiando os outros que constituem seu próprio mundo. Então, para a contínua renovação, para a verdadeira saída desta região, é preciso valorizar o próprio estado, ao mesmo tempo, aberto para incorporar o melhor do alheio.



IHU On-Line - Como se constitui e como compreender o conceito de resistência dentro da filosofia Ubuntu?

Jean-Bosco Kakozi - Em Ubuntu, como filosofia africana, o conceito de resistência está incluído no de libertação africana. A resistência dentro do processo da libertação africana se articula desde outras vivências africanas, isto é, desde um modo de vida, um fazer diferente ao imperante “way of life”  ocidental. Vou me explicar com um pequeno exemplo: agora, o neoliberalismo com seu corolário do consumismo se expandiu por muitas partes do globo. O lema agora, como me dizia um professor, é “devo (ao banco, às grandes lojas...), então eu sou”. Contudo, mesmo que na África também haja práticas consumistas, até exageradas, continua havendo muitas práticas locais de solidariedade entre as pessoas e de poupança que não dependem do sistema bancário nacional ou internacional. A solidariedade não é só em termos de dinheiro ou de bens materiais, mas sobretudo a partilha de momentos importantes da vida (nascimento, luto pela morte de um ente querido, casamento etc.). A poupança, por outro lado, se faz em organizações rurais ou do bairro (“likilimba”, no caso da R. D. Congo, por exemplo). Essas práticas são, de alguma forma, um modo de vida que contrasta com o “way of life” ocidental.

Podem-me questionar e considerar que essas práticas têm mais a ver com o “atraso” que com Ubuntu, ou até mesmo que Ubuntu se relaciona mais com o “atrasado” que com a realidade “atual”. Minha resposta obviamente seria que não, por dois motivos principais: 1) o conceito mesmo do “atrasado” é eurocêntrico, isto é, vem das ideias “desenvolvimentistas” e lineares, onde a Europa — e os Estados Unidos — estão e estarão sempre na frente, isto é, são e serão sempre superiores e, por isso, suas culturas, seus modos de vida, suas visões do mundo devem ser seguidos por todo o mundo; 2) essas práticas são simultâneas, temporalmente falando, às práticas do neoliberalismo, e é dessa exterioridade precisamente, evocando o filósofo argentino-mexicano Enrique Dussel , que haveria de implodir-se o sistema imperante.



IHU On-Line - Que perspectivas a ética Ubuntu é capaz de abrir frente a um mundo apoiado na lógica do consumo e da financeirização das relações e da vida?

Jean-Bosco Kakozi - Um dos postulados éticos de Ubuntu é “nenhum ser humano pode ser considerado absolutamente inútil”, e o outro é “ignora a vaca  e salva o ser humano, porque a vida é maior que a riqueza”. Esses dois postulados mostram, como já disse anteriormente, o importante que é a vida, em geral, e a humana, em particular. Daí segue que a ética do Ubuntu, ou o Ubuntu como ética, é uma crítica contundente ao consumismo exacerbado e à superficialidade das relações humanas. Pois, o consumismo está fazendo justamente o contrário: ignora o ser humano para salvar a todo custo a “vaca”.

Dentro de um panorama assim (anti-Ubuntu), a vida mesma neste mundo está ameaçada. A harmonia está quebrantada porque, como aparece nas definições de Ubuntu, Ubuntu como humanidade não somente significa valores essenciais (solidariedade, generosidade...), mas também a abstração e a generalidade da realidade da qual dependemos e na qual somos. Assim, seguir antepondo a riqueza e/ou o consumo ao ser humano é continuar o caminho seguro até o afogamento coletivo dos seres humanos (o planeta terra não vai desaparecer, a espécie humana, sim). Ao contrário, os caminhos de Ubuntu e das diversas cosmovisões dos povos originários da “nossa América” contêm a insuspeita esperança de e para a libertação da vida e da nossa libertação.



IHU On-Line - Quais os desafios para as culturas ocidentais apreenderem perspectivas metafísicas como as do Ubuntu?

Jean-Bosco Kakozi - O primeiro desafio é aprender a ser humilde, isto é, não se considerar como Deus, e sim como ser humano. Se isto se aceita, o segundo desafio seria então convencer-se de que não há uma vida humana superior e outra inferior. Uma que vale mais, portanto, é digna de ser defendida, conservada e reproduzida, e outra que vale menos ou não vale nada é inútil, descartável e não digna de ser protegida nem reproduzida. O terceiro desafio que está relacionado com a “essência” mesma de Ubuntu é reconhecer que vivemos em uma “comunidade cósmica de vida”, onde há uma interdependência vital entre os seres humanos e outros seres. Reconhecer isto deve levar à tarefa impostergável de responder, isto é, fazer-se responsável pelos outros (humanos e não humanos), para humanizar-se e viver em harmonia, em paz.■



Leia mais…

- Metafísicas Africanas - Eu sou porque nós somos. Entrevista com Jean Bosco Kakozi Kashindi, publicada na revista IHU On-Line, número 477, de 16-11-2015.

- Ubuntu. 'Eu sou porque nos somos'. Revista IHU On-Line, número 353, de 06-12-2010.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Quem somos nós?

Ta ni àwa?
Quem somos nós? 

 Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Kín, kí? = o que? Referente a substantivos impessoais.
Ta? = quem? Referente a substantivos pessoais.
Ni = ser, é.
A, àwa = nós.













Salto quântico

Fífò kùátọ̀mù, fífò kúántù, fífòsókè kùátọ̀mù, fífòsókè kúántù (salto quântico).



                                                            





quarta-feira, 1 de junho de 2016

Antropologia Filosófica.

 Ìṣeọ̀rọ̀ọmọnìyàn ti filọ́sọ́fi.
 Antropologia filosófica.




                                                        






Antropologia

Ìṣeọ̀rọ̀ọmọnìyàn (antropologia)



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ìṣeọ̀rọ̀ẹ̀yà ènìyàn, s. Etnologia.
Ìṣeọ̀rọ̀ọmọnìyàn, s. Antropologia.
Ọmọ-ìbílẹ̀,  ẹ̀yà abínibí, onílẹ̀, ìbílẹ̀, s. índio, nativo,  aborígine, indígena.
Ti ìbílẹ̀, ti ilẹ̀, ti ìlú, ti ọmọ-ìbílẹ̀, adj. indígena, aborígene.

1. Ìṣeọ̀rọ̀ẹ̀yà ènìyàn ti ọmọ-ìbílẹ̀.
Etnologia indígena.                                                    




                                                     








2. Ìṣeọ̀rọ̀ọmọnìyàn (antropologia).













Educação tradicional

       
Gbèrò èyí! 
Pense nisto!









Após o término da segunda guerra mundial, esta carta foi encontrada num campo de concentração nazista, contendo a seguinte mensagem dirigida aos professores:

“Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de concentração. Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver. Câmaras de gás construídas por engenheiros formados. Crianças envenenadas por médicos diplomados. Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas. Mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades. Assim, tenho minhas suspeitas sobre a Educação. Meu pedido é: ajude seus alunos a tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis. Ler, escrever e saber aritmética, só serão importantes se fizerem nossas crianças mais humanas.”

Autor Anônimo