sexta-feira, 9 de junho de 2017

Supremo Tribunal Federal

                                                                   
Ilé-ẹjọ́ Gígajùlọ (Supremo Tribunal Federal)





Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Hl9jAsjWbzQ

quinta-feira, 8 de junho de 2017

- Fontes de pesquisa


Àwọn ìwé ìwádìí (livros de pesquisa, fontes de pesquisa):  

1. Orísun ìsọfúnni: Ìkànnì https://afrikhepri.org/pt/le-site-de-mpumalanga/

Fonte de informação: Site https://afrikhepri.org/pt/le-site-de-mpumalanga/

2.  Gẹ́gẹ́ bí ìwé gbédègbẹ́yọ̀ Brockhaus lédè Jámánì ṣe sọ, ìgbà kan wà tó jẹ́ àṣà àwọn alákòóso tí wọ́n jẹ́ ọmọ ìjọ Pùròtẹ́sítáǹtì láti máa lo àmì tí wọ́n fi oòrùn àti lẹ́tà Hébérù mẹ́rin tó dúró fún orúkọ Ọlọ́run ṣe ọ̀ṣọ́ sí - Segundo a enciclopédia alemã Brockhaus, houve época em que era costume os príncipes protestantes usarem a insígnia de um sol estilizado junto com o Tetragrama. 

3. Àwọn ìwé tó o lè lọ wò - Livros que você pode procurar, lista de referências para consultar.

4. Àkójọ àwọn ìwé táa ti wádìí - Lista de livros pesquisados, bibliografia.

5. Tó o bá fẹ́ ìsọfúnni síwájú sí i - Se você precisar de mais informações.

6. Ìwé kan tá a ṣèwádìí nínú ẹ̀ sọ pé - Uma obra de referência diz que.

7. Ìwé atúmọ̀ èdè orí íńtánẹ́ẹ̀tì "Glosbe" tá a ṣèwádìí nínú ẹ̀ sọ pé - O Dicionário online Glosbe diz que. 

8. Wikipéédíà (ìwé-ìmọ̀ ọ̀fẹ́) tá a ṣèwádìí nínú ẹ̀ sọ pé - A wikipédia que pesquisamos diz que.

9. Gẹ́gẹ́ bí Ìwé atúmọ̀ èdè orí íńtánẹ́ẹ̀tì "Glosbe"ṣe sọ - De acordo com o dicionário "Glosbe". 

10. Òǹkọ̀wé nì, Síkírù Sàlámì (King), sọ pé - O autor, Síkírù Sàlámì (King), diz que. 

11. Gẹ́gẹ́ bí olùkọ̀wé náà Síkírù Sàlámì (King) ṣe sọ - De acordo com o escritor Síkírù Sàlámì (King), segundo o escritor Síkírù Sàlámì (King). 

12. Àkọsílẹ̀ orísun àwọn ìwé pàtàkì tí a lo nínú ìwádìí - Bibliografia das principais fontes usadas na pesquisa. 

13. Àkójọ àwọn ìwé kan tí wọ́n lò fún ìwádìí - Uma lista de livros usados para pesquisa, bibliografia. 

14. Ẹgbẹ́ Àwọn Olùkọ́ni Sáyẹ́ǹsì àti Ìmọ̀ iṣẹ́ ẹ̀rọ ní Èdè Yorùbá - Associação de Educadores de Ciência e Tecnologia na Língua Yorùbá (Association of Educators of Science and Technology in Yorùbá Language).

15. Ọ̀pọ̀ àwọn ọlọ́gbọ́nlóye ti ń ṣèwádìí látinú àwọn ìwé wọ̀nyí - Muitos intelectuais estão pesquisando esses livros. 

16. Àkọsílẹ̀ jàn-ànràn jan-anran lórí ìwádìí tó ṣe nípa - Extensa documentação de sua pesquisa sobre. 

17. Àkójọ àwọn ìwé tí ń wádìí - Lista de livros de pesquisa. 

18. Ìwé ìtọ́ka tí ó dájú tí ó sì ṣeé gbẹ́mìí lé kan - Texto de referência, seguro e autêntico.

19. Ìkànnì orí Íńtánẹ́ẹ̀tì ìtọ́ka tí ó dájú tí ó sì ṣeé gbẹ́mìí lé kan - Um site de referência, seguro e autêntico.

https://languagedrops.com/word/en/yoruba/english/translate/%E1%BA%B9%CC%80r%E1%BB%8D_%C3%ACl%E1%BB%8D%E1%B9%A3%E1%BB%8D/

https://pt.glosbe.com/pt/yo/Sites%20de%20refer%C3%AAncia

20. Ìwádìí yìí nínú èdè tí wọ́n fi kọ àpilẹ̀kọ náà - Pesquisa no idioma em que o artigo foi escrito.

21. Ìwé ìtọ́ka - Livro de referência.

22. Ìwé-ìléwọ́ ẹ̀kọ́ ìmọ̀-jìnlẹ̀ àti ìmọ̀-ẹ̀rọ́ - Manual de ciência e tecnologia.

23. Onímọ̀ ọgbọ́n orí ọmọ ilẹ̀ Bràsíl, Huberto Rohden wá sọ pé - O filósofo brasileiro Huberto Rohden afirma que.

24. Tí o kò bá tíì wo ìkànnì https://afrikhepri.org/pt/le-site-de-mpumalanga/, a rọ̀ ẹ́ pé kó o lọ wo ohun tó wà níbẹ̀ - Se você não viu o site https://afrikhepri.org/pt/le-site-de-mpumalanga/, pedimos que você vá e veja o que está lá.

25. Tí o kò bá tíì wo ìkànnì jw.org, a rọ̀ ẹ́ pé kó o lọ wo ohun tó wà níbẹ̀ - Se ainda não conhece esse site, faça uma visita!

26.  Ìkànnì https://solven.com.br tá a ṣèwádìí nínú ẹ̀ sọ pé - O site https://solven.com.br que pesquisamos diz que: 

27.  Ìkànnì tá a ṣèwádìí nínú ẹ̀ sọ pé - O site que pesquisamos diz que: 




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                                                                                                                                                              Nome                                             Nº      Série

                       Prova de filosofia

1. Em sua obra Política, Aristóteles afirma que:
A) os governantes da pólis, cuja finalidade é o bem comum, devem ser virtuosos porque refletem a virtude dos cidadãos.
B) a linguagem permite ao homem exprimir em comum as noções de bem e mal, justo e injusto.
C) a comunidade política é anterior às famílias e aldeias, do ponto de vista ontológico, mas, do ponto de vista lógico e cronológico, é posterior.
D) a aristocracia é a melhor forma de governo por permitir que os melhores homens conduzam a cidade.
2. O mito de Prometeu é uma das imagens mais ricas já inventadas para diferenciar o homem dos demais seres vivos.
Nesse mito, o
(A) fogo roubado, entregue aos homens, representa o início da corrupção e do vício humanos.
(B) homem é representado como poderoso e invencível em relação aos deuses, que nada podem fazer para deter o progresso humano.
(C) principal deus do Olimpo, Zeus, se compadece com a fraqueza humana e doa aos homens a razão e a técnica.
(D) roubo do fogo indica o início da cultura humana, na medida em que representa a aquisição do saber técnico.
3. Em sua Crítica da Razão Pura, Kant define o conhecimento a priori como aquele que
(A) pode ser obtido exclusivamente mediante a experiência empírica.
(B) pode ser obtido unicamente por meio da análise lógica dos conceitos.
(C) diz respeito às coisas nelas mesmas.
(D) pode ser obtido independentemente de qualquer acontecimento empírico.
4. Para que serve, afinal, a filosofia?
5. Por que o homem é um ser político, segundo a argumentação de Aristóteles?



Àwọn ìdáhùn (kẹ́rin, kárún, kíní, kéjì, kẹ́ta, kárún):
                        1(kéjì)
                        2(kẹ́rin)
                        3 (kẹ́rin)
                        

Associação Esportiva Araguaia.


Ẹgbẹ́ Eré-ìdárayá Araguaia.
Associação Esportiva Araguaia.


Guerrilha do Araguaia inspira time do ABCD paulista

Com menos de um ano de vida, time de Santo André tem origem e inspiração em movimento que lutou contra a Ditadura Militar

Fundado há menos de um ano, a Associação Esportiva Araguaia surgiu na várzea de Santo André ocupando espaço pelos campos da cidade com entusiasmo e com intuito de trazer de volta o velho espírito do futebol amador, algo que há muito vem se perdendo pelas praças esportivas desse universo varzeano.
“Um de nossos objetivos é resgatar o sentimento e a essência da várzea de camaradagem, de amizade, de vínculo com algo que nos una, saindo dessas velhas práticas, por exemplo, de pagar jogadores que ao fim do jogo apenas pegam o envelope e vão embora e nem sabem o significado ou o mínimo da história do time”, explicou Renato Ramos, dirigente, treinador e fundador da equipe.
Contando com o apoio do PCdoB, o nome do clube de Renato é uma direta homenagem à Guerrilha do Araguaia. Um movimento de luta armada que aconteceu no Brasil dos anos de Chumbo da Ditadura Militar no Brasil entre 1972 e 1975, na região do Araguaia, divisa entre os estados de Tocantins e Pará – quando pouco mais de 80 guerrilheiros, estudantes universitários, profissionais liberais e camponeses compunham a força da guerrilha. Naquele contexto, o futebol foi escolhido pelo grupo para fazer parte da vida cotidiana do local.
“Osvaldão, líder guerrilheiro e um dos patronos do nosso time, havia sido boxeador e jogador de basquete. Entre suas paixões estava o Botafogo do Rio e muito por conta disso, ele foi um dos que mais quis o futebol ali como instrumento de lazer dentro do movimento”, contou Renato.
Toda essa carga histórica faz parte das coisas da equipe do Araguaia. Seus jogadores, quase todos jovens na casa dos 25 anos, ao chegarem, são recebidos pela direção e informados do que é e o que significa o Araguaia. Renato conta que é um trabalho de base, para o atleta saber que a foice e o martelo do escudo do time não estão ali gratuitamente.
“Nossa ideia é ter um relacionamento político propositivo com nossos jogadores, conversando sobre o dia a dia deles, procurando, a partir daí, gerar uma reflexão. Muitos de nossos atletas são de comunidades do ABCD, alguns do CDHU do Jardim Santo André, outros do Sitio dos Vianas e todas as camadas da sociedade estão aqui representadas. Dessa forma, podemos estabelecer um debate político saudável.”
Entre os atletas, essas informações todas são recebidas com novidade, mas de maneira positiva.
“Eu moro no Jardim Santo André, estou na várzea desde os cinco anos de idade e hoje, atuando aqui no Araguaia, posso dizer que achei bem diferente a proposta do time, mas gostei de saber todas essas coisas. A guerrilha, a luta do pessoal, todos ali queriam um País melhor da forma deles. Tudo isso é novo para mim, estou aprendendo bastante aqui sem falar que a equipe é legal, bem organizada e bacana de jogar”, diz o atacante Cris Sales, de 25 anos.
Para o futuro, o Araguaia tem planos de se consolidar na várzea. Esse ano, além de várias copas alternativas, o time disputa pela primeira vez a terceira divisão da várzea de Santo André. A adesão, junto a admiradores de pensamento em comum com a origem da agremiação, vem crescendo por todo Brasil.
Camisas, bonés e outros utensílios vêm sendo vendidos através do site da equipe (http://www.araguaia.eusoutorcedor.com.br/) pelo país afora e o dinheiro arrecadado está sendo empregado na manutenção em coisas básicas, como comprar bolas, pagar lavagem de uniformes, taxas da liga tais como arbitragem e combustível para viagens ao interior de São Paulo, onde o Araguaia é sempre convidado para atuar.


ABCD Maior

Fonte: http://outroladodanoticia.com.br/2016/06/02/guerrilha-do-araguaia-inspira-time-do-abcd-paulista/

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ẹgbẹ́, s. Sociedade, associação, clube, partido. Companheiro, par. Posição, classe.
Ẹgbẹ́ kọ́múnístì ti Bràsíl, s. Partido comunista.
Eré-ìdárayá, s. Desporte, desporto, exercício. Desportivo, esportivo.  Distração, hobby, passatempo, entretenimento, divertimento, diversão.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).




quarta-feira, 7 de junho de 2017

Evangélico


Kò gbogbo ẹlẹ́sìn ti ìhìnrere ni Konsafetifu.
Nem todo  evangélico é conservador.


Henrique Vieira | NEM TODO EVANGÉLICO É CONSERVADOR

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Nn7ZPUKn3mI

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ti ìhìnrere, adj. Evangélico.

lẹ́sìn ti ìhìnrere, s. Evangélico.
Kristiẹni, s. Cristão.
Ti pẹ́ńtíkọ́sì, adj. Pentecostal.
Ẹlẹ́sìn Pùròtẹ́sítáǹtì, s. Protestante. 
Alátẹnumọ́, s. Protestante, evangélico.

Onígbàgbọ́, s. Crente. 
Ẹlẹ́sìn májẹ̀mú titun, s.  Neotestamentário.
Ìhìnrere, s. Evangelho.
Ṣọ́ọ̀ṣì ti pẹ́ńtíkọ́sì, ìjọ ti pẹ́ńtíkọ́sì, ilé Ọlọ́run ti pẹ́ńtíkọ́sì, s. Igreja pentecostal.

Onípadà-sẹ́hìn, aládẹ̀hìnbọ̀, olùpadà-sẹ́hìn, konsafetifu, s. Reacionário, conservador.
Ti àdẹ̀hìnbọ̀, adj. Reacionário, conservador.
Mọniwọnba, adj. Conservador.
Ìjọ Kátólìkì, s Igreja católica.
Ẹ̀sìn Kristi, ìsìn Kristi, ẹ̀sìn onígbàgbọ́, kirisẹ́ńdọ̀mùs. Cristianismo. 
Ẹ̀sìn Ọlọ́runkan, s. Monoteísmo.
Òjíṣẹ́ Ìhìnrere, miṣọ́nnárì, s. Missionário.
Òjíṣẹ́, s. Mensageiro, criado.
Ìhìnrere, s. Boas notícias, evangelho.
Òfin Mẹ́wàá, s. Dez mandamentos.
Ónjẹ Alẹ́ Olúwa, s. Última ceia.
Bíbélì Mímọ́, bíbélì, s. Bíblia sagrada. Ìwé mímọ́ lédè hébérù àti árámáìkì - Escrituras hebraico-aramaicas.
Májẹ̀mú Láéláé, s. Antigo Testamento.
Májẹ̀mú Titun, s. Novo Testamento.
Ìṣeìjọánglíkánì, s. Anglicanismo.
Ìjọ Jéésù Lótìítọ́, s. Verdadeira Igreja de Jesus.
Ìjọ ilẹ̀ Ilẹ̀gẹ̀ẹ́sì, s. Igreja anglicana.
Ti ìhìnrere, adj. Evangélico.
Ti pẹ́ńtíkọ́sì, adj. Pentecostal.
Ẹlẹ́sìn Pùròtẹ́sítáǹtì, s. Protestante. 
Alátẹnumọ́, s. Protestante, evangélico.
Onígbàgbọ́, s. Crente. 
Ẹlẹ́sìn májẹ̀mú titun, s.  Neotestamentário.
Ìhìnrere, s. Evangelho.
Ṣọ́ọ̀ṣì ti pẹ́ńtíkọ́sì, ìjọ ti pẹ́ńtíkọ́sì, ilé Ọlọ́run ti pẹ́ńtíkọ́sì, s. Igreja pentecostal.
Íṣímáẹ́lì, s. Ismael. 
Kérésìmesì, s. Natal.
Ìlú Fatikan, s. Vaticano.
Pópù, s. Papa.
Biṣọpu, s. Bispo.
Àlùfá, s. Ministro do culto muçulmano, padre.Páàdì, s. Padre. 
Páàdì Kísẹ́rò, s. Padre Cícero.
Pétérù Mímọ́, s. São Pedro.
Pópù Pius 1k, s. Papa Pio I.
Àpọ́sítélì, s. Apóstolo, evangelista, evangelizador, propagador. 
Símónì tàbí Pétérù, s. Simão ou Pedro.
Áńdérù, s. André. 
Jákọ́bù, s. Tiago.
Jòhánù, s. João.
Fílípì, s. Filipe.
Batolómíù, s. Bartolomeu.
Mátíù, s. Mateus.
Tọ́másì, s. Tomé.
Áfíọ́sì, s. Alfeu.
Símónì, s. Simão. 
Júdásì, s.  Judas.
Júdásì Ísíkáríótù, s. Judas Iscariotes.
Jésù Krístì, s. Jesus Cristo.
Krístì alààyè, s. Cristo vivo.
Ọmọ-ẹ̀hìn Kristi, ọmọlẹ́hìn Kristi, s. Seguidor de Cristo, cristão. 
Onígbàgbọ́, s. Uma pessoa crente. 
Ẹlẹ́sìn Krístì, s. Cristão. 
Onígbàgbọ́ titun, onígbàgbọ́ tuntun, ọmọ-ẹ̀hìn Kristi titun, ọmọ-ẹ̀hìn Kristi tuntun, ọmọlẹ́hìn Kristi  titun, ọmọlẹ́hìn Kristi tuntun, s. Cristão-novo, converso (convertido). 
Mọ̀láíkà, ańgẹ́lì, màlékà, s. Anjo.
Sátánì, s. Satã.  
Ohun buburu, S. Coisa ruim. 
Ańgẹ́lì lọ sílẹ̀, s. Anjo decaído. 
Bìlísì ( do hauçá e do árabe iblis), s. Mal. 
Ọ̀run àpáàdì, s. Inferno.
Ṣìọ́ọ̀lù, s. Seol,  sheol, hades, mundo dos mortos.
Gẹ̀hẹ́nà, gẹ̀hẹ́nà oníná, s. Geena ardente. Geena refere-se ao vale de Hinom, fora das muralhas de Jerusalém. Este vale era usado como depósito de lixo, onde se lançavam os cadáveres de pessoas que eram consideradas indignas, restos de animais, e toda outra espécie de imundície. Usava-se enxofre para manter o fogo aceso e queimar o lixo. Jesus usou este vale como símbolo da destruição eterna.
Hédíìsì, s. Hádes, mundo dos mortos.
Tátárọ́sì, s. Tártaro. O mais profundo do abismo no Hades; significa encerrar no suplicio eterno.
Àjíndé, s. Ressurreição.
Miṣọ́nnárì, s. Missionário.
Pọ́ọ̀lù, s. Paulo.
Rómù, Róòmù, s. Roma.
Ítálì, Itálíà, s. Itália.
Áńtíókù ti Písídíà, s. Antioquia da Pisídia.
Sísílì, s. Sicília.
Málítà, s. Malta.
Pútéólì, s. Putéoli (atual Pozzuoli). É uma comuna italiana da região da Campania, província de Nápoles.
Ọ̀run, òkè ọ̀run, ọ̀run àlàáfíà, ọ̀run rere, s. Céu.
Màríà, s. Maria.
Jósẹ́fù, s. José.
Hánà, s. Ana.
Pẹ̀nínà, s. Penina.
Jẹ́nẹ́sísì, s. Gênesis.
Ẹ́kísódù, s. Êxodo.
Léfítíkù, s. Levítico.
Númérì, s. Números.
Diutarónómì, s. Deuteronômio.
Jóṣúà, s. Josué.
Àwọn Onídàájọ́, s. Juízes.
Rúùtù, s. Rute.
1 Sámúẹ́lì, s. 1 Samuel.
2 Sámúẹ́lì, s. 2 Samuel.
1 Àwọn Ọba, s. 1 Reis.
2 Àwọn Ọba, 2 Reis.
1 Kíróníkà, s. 1 Crônicas.
2 Kíróníkà, s. 2 Crônicas
Ẹ́sírà, s. Esdras.
Nehemáyà, s. Neemias.
Ẹ́sítérì, s. Ester.
Jóòbù, s. Jó.
Sáàmù, s. Salmos.
Òwe, s. Provérbios
Oníwàásù, s. Eclesiastes
Orin Sólómọ́nì, s. Cântico de Salomão.
Aísáyà, s. Isaías.
Jeremáyà, s. Jeremias
Ìdárò, s. Lamentações
Ìsíkíẹ́lì, s. Ezequiel
Dáníẹ́lì, s. Daniel.
Hóséà, s. Oseias.
Jóẹ́lì, s. Joel.
Ámósì, s. Amós.
Ọbadáyà, s. Obadias.
Jónà, s. Jonas.
Míkà, s. Miqueias
Náhúmù, s. Naum.
Hábákúkù, s. Habacuque.
Sefanáyà, s. Sofonias.
Hágáì, s. Ageu.
Sekaráyà, s. Zacarias.
Málákì, s. Malaquias 
Mátíù, s. Mateus.
Máàkù, s. Marcos.
Lúùkù, s. Lucas.
Jòhánù, s. João.
Ìṣe, s. Atos
Róòmù, s. Romanos.
1 Kọ́ríńtì, s. 1 Coríntios.
2 Kọ́ríńtì, s. 2 Coríntios.
Gálátíà, s. Gálatas.
Éfésù, s. Efésios.
Fílípì, s. Filipenses.
Kólósè, s. Colossenses.
1 Tẹsalóníkà, s. 1 Tessalonicenses.
2 Tẹsalóníkà, s. 2 Tessalonicenses
1 Tímótì, s. 1 Timóteo.
2 Tímótì, s. 2 Timóteo.
Títù, s. Tito.
Fílémónì, s. Filêmon.
Hébérù, s. Hebreus.
Jákọ́bù, s. Tiago
1 Pétérù, s. 1 Pedro.
2 Pétérù, s. 2 Pedro.
1 Jòhánù, s. 1 João.
2 Jòhánù, s. 2 Pedro
3 Jòhánù, s. 3 João
Júúdà, s. Judas.
Ìṣípayá, s. Apocalipse.
Ni, v. Ser, é.

Filọ́sọ́fi ti ẹ̀sìn

Filọ́sọ́fi ti ẹ̀sìn (filosofia da religião)


1. Ìtara aláìmòye ti ẹ̀sìn.
Intolerância religiosa

 


Intolerância Religiosa. O que diz a lei?

Este é um assunto que desperta muita polêmica e que entra em confronto com algo muito pessoal: a intolerância religiosa são todas as ideologias e atitudes que possam ofender as crenças e religiões pessoais.

Infelizmente ainda é um fato comum, que se descortina em todos os países do mundo, começando pela intolerância religiosa em que vemos a morte de pessoas simplesmente por professar uma religião diferente de uma pessoa fanática.

Esses casos são extremos, onde se cria a perseguição a pessoas de crenças diferentes, sendo algo de extrema gravidade, caracterizado por ofensas, por discriminação e por atos pessoais contra uma pessoa ou grupo que tenha uma crença diferente.

Devemos entender a liberdade de expressão e de culto como um direito das pessoas, mesmo porque são direitos assegurados na Declaração dos Direitos Humanos e garantidos, no Brasil, pela Constituição Federal.

Religião e crença não devem ser barreiras às relações humanas e todos devem ser respeitados e tratados de forma igual diante da lei, independente de sua orientação religiosa.

Contudo, esta é uma questão que envolve o ser humano em sua mais básica essência e que, infelizmente, o torna limitado, acreditando que sua religião é mais importante ou é a única verdadeira, o que torna determinadas pessoas cegas pela crença, sem perceber que também são seres humanos, como outros que professam outro tipo de crença.

A intolerância religiosa é falta de bom senso

Intolerância religiosa é, no mínimo, falta de bom senso e de respeito à diversidade, podendo se transformar, como já vemos na realidade, em situações que criam o caos e a violência.

Uma pessoa que tenha uma determinada crença não apresenta o menor senso crítico ao tentar impor a outro ser humano as suas crenças e valores, tornando-se uma pessoa criminosa, gerando ofensas à liberdade fundamental de uma outra.

Nossa Constituição estabelece em seu artigo 5°, inciso VI, que a liberdade de consciência e de crença é inviolável, assegurando a todos o livre exercício de cultos religiosos e tendo garantida a proteção aos seus locais de culto e às suas liturgias.

Como base, somos um Estado laico, ou seja, o Brasil não possui uma religião oficial, mantendo-se o Estado neutro e imparcial – pelo menos teoricamente – às religiões em todas as suas formas. O que devemos procurar é a perfeita separação entre Igrejas e Estado, assegurando a governabilidade do Brasil isenta de dogmas religiosos.

Assim, o que podemos ter como certo, e dentro da lei, é que todos os brasileiros estão protegidos em suas crenças, não se podendo desrespeitar nenhuma delas.

O que devemos ter em mente é algo totalmente diferente: uma crítica religiosa não é necessariamente uma intolerância religiosa. Podemos ter o direito de criticar dogmas e liturgias de religiões movidos por nossas liberdade de opinião e de expressão, também garantida pela Constituição, mas isso deve ser feito de maneira que não haja o desrespeito e a fomentação de aversões ou agressões a grupos religiosos não condizentes com nossas crenças pessoais.


O exercício democrático permite isso. O que não permite é que uma pessoa intolerante possa agredir qualquer outra motivada apenas pela sua ignorância e falta de compreensão básica de que quer também sua própria religião respeitada.

Fonte: https://blog.juridicocerto.com/2016/02/intolerancia-religiosa-o-que-diz-a-lei.html


2.  Alárin-ẹ̀yà ènìyàn (etnocentrismo).



O etnocentrismo declara a crença de que as normas, os valores, a ideologia, os costumes e tradições de uma cultura, são superiores em comparação a outras culturas. O conceito foi concebido por William Graham Sumner na obra Folkways (1906), e desde então serviu como a pedra de toque na análise cultural. Este fenómeno é universal, pois facilita a coesão e continuidade em vários planos da organização social, e, na sua expressão mais assombrosa, serve de ferramenta racionalizada para atacar ou exterminar outras culturas e subculturas. O conceito está indiscutivelmente ligado à noção de desvio, pois uma cultura rotulada como inferior é vista como um “Outro” ignorante, ou mesmo inumano, o que serve de pretexto para as guerras culturais ou o “Choque entre Civilizações”. Conforme o etnocentrismo cresce mais fortalecido, mais se disseminam os absolutismos culturais, determinando estes que em todos os lugares e todos os tempos há somente uma única forma de atuar e ser. Curiosamente, existe o etnocentrismo inverso, isto é, o fenómeno raro de acordo com o qual um indivíduo classifica outros meios socioculturais como superiores ao seu próprio contexto.

Fonte: http://knoow.net/ciencsociaishuman/sociologia/etnocentrismo/

3. Igbà fún, ijẹ́ fún, ífaradàgbígbà (tolerância)

Tolerância é um termo que vem do latim tolerare que significa "suportar" ou "aceitar". A tolerância é o ato de agir com condescendência e aceitação perante algo que não se quer ou que não se pode impedir.

A tolerância é uma atitude fundamental para quem vive em sociedade. Uma pessoa tolerante normalmente aceita opiniões ou comportamentos diferentes daqueles estabelecidos pelo seu meio social. Este tipo de tolerância é denominada "tolerância social".

O dia 16 de novembro foi instituído pela ONU como o Dia Internacional para a Tolerância. Esta é uma das muitas medidas da Organização das Nações Unidas para o combate à intolerância e da não aceitação da diversidade cultural.

Esta data ainda visa combater a intolerância religiosa, que consiste na falta de compreensão que algumas pessoas têm sobre o direito de cada indivíduo expressar a sua crença.

Fonte: https://www.significados.com.br/tolerancia/

4. Ìwà yàtọ̀ (alteridade)

A palavra alteridade possui o significado de se colocar no lugar do outro na relação interpessoal, com consideração, valorização, identificação e dialogar com o outro.
A pratica da alteridade se conecta aos relacionamentos tanto entre indivíduos como entre grupos culturais religiosos, científicos, étnicos, etc.
Na relação alteritária, está sempre presente os fenômenos holísticos da complementaridade e da interdependência, no modo de pensar, de sentir e de agir, onde o nicho ecológico, as experiências particulares são preservadas e consideradas, sem que haja a preocupação com a sobreposição, assimilação ou destruição destas.

“Ou aprendemos a viver como irmãos, ou vamos morrer juntos como idiotas” (Martin Luther King).

A prática da alteridade conduz da diferença à soma nas relações interpessoais entre os seres humanos revestidos de cidadania. 
Pela relação alteritária é possível exercer a cidadania e estabelecer uma relação pacífica e construtiva com os diferentes, na medida em que se identifique, entenda e aprenda a aprender com o contrário.

Fonte: http://ensinoreligiosopravaler.blogspot.com.br/2011/03/refletindo-sobre-alteridade.html

5. Ìṣe iyèkan ti àṣà (relativismo cultural)

Relativismo cultural é uma perspectiva da antropologia que vê diferentes culturas de forma livre de etnocentrismo, o que quer dizer sem julgar o outro a partir de sua própria visão e experiência.


6. Àṣà àlàáfíà (cultura de paz)

O pacifismo é uma filosofia de oposição à guerra. O termo cobre um amplo espectro de pontos de vista, desde a preferência por meios não-militares para a solução de conflitos até à oposição total ao uso da violência, ou mesmo força, em qualquer circunstância.




Àwọn ìlànà ti àṣà àlàáfíà.
Princípios da Cultura de Paz.



Em 1998, quando da celebração dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, um grupo de ganhadores do Prêmio Nobel da Paz redigiu o “Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência”, listando os seguintes princípios:

1. Respeitar a vida:

Respeitar a vida e a dignidade de qualquer pessoa sem discriminar ou prejudicar.

2. Rejeitar a violência

Praticar a não-violência ativa, repelindo a violência em todas as suas formas: física, social, psicológica, econômica, particularmente diante dos mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes.

3. Ser generoso:

Compartilhar meu tempo e meus recursos materiais cultivando a generosidade, para acabar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica.

4. Ouvir para compreender:

Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem a maledicência e ao rechaço ao próximo.

5. Preservar o planeta:

Promover o consumo responsável, e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta.

6. Redescobrir a solidariedade

Contribuir para o desenvolvimento de minha comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito aos princípios democráticos, para criar novas formas de solidariedade.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

 Ìtara aláìmòye, ìfi ori-kuku, aìmoye di nkan mu, s. Fanatismo, intolerância, zelo excessivo, beatice.
Àìkò lémí, s. Intolerância.
Ìtara, s. Zelo.
Aláìmòye, s. Pessoa sem percepção, pessoa abobalhada.
Àìmòye, s. Imprudência.
Nkan, pron. indef. Algo, alguma coisa.
Nkan, s. Coisa, algo.
Nkankan, s. Nada.
Nkan-kí-nkan, adj. Qualquer coisa.
Nkan oṣù, s. Menstruação (lit. coisas do mês).
Di, v. Tornar-se, vir a ser. Ir direto. Ensurdecer. Cultivar.
Di, prep. Até. Quando indica tempo ou período, é antecedida por títí. Mo ṣiṣẹ́ títí di agogo mẹ́rin - Eu trabalhei até as 16h. Se indica de um período para outro, é antecedida por láti. Mo sùn láti  aago kan di aago méjì lójojúmọ́ - Eu durmo de 13 h até as 14 h diariamente.
Mu, v. Beber, embeber, ensopar. Sugar, chupar, fumar. 
, adj. Sonoro, agudo, claro.
, v. Tomar, pegar coisas leves e abstratas. Capturar, agarrar. Ser severo. Ser afiado.
Oríkunkun, s. Obstinação, teimosia.
Kúkú, v. Preferir.
Kúkù, s. Mestre-cuca (do inglês cook), cozinheiro.
Olùjọ́sìn, s. Adorador, cultuador.
Olùfọkànsìn, s. Um devoto.
Ẹ̀sìn, ìsìn, s. Culto, religião.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ti, ti...ti, adj. Ambos... e. Ti èmi ti ìyàwó mi - ambos, eu e minha esposa.
Ti, v. Ter (verb. aux.). Arranhar. Pular. 
Ti, v. interrog. Como. Ó ti jẹ́? - Como ele está.
Ti, adv. pré-v. Já. Indica uma ação realizada.
Ti, àti, conj. E.
Ti, part. pré-v. 1. Usada para indicar o tempo passado dos verbos. Èmi ti máa rìn lálé - Eu costumava caminhar à noite. 2. É usada com báwo ni - como - quando se deseja expressar sentimento e posicionada antes do verbo principal. Báwo ni àwọn ti rí? - Como eles estão?. 
Àwọn, wọ́n, s. Eles, elas, os, as. É também usado como partícula para formar o plural do substantivo; neste caso, é posicionado antes do substantivo. 
Jẹ́nẹ́sísì, s. Gênesis (origem, nascimento, criação). 
Ìdásílẹ̀, s. Criação, começo, instituição, inauguração.  Ìdásílẹ̀ Àgbájọ àwọn Orílẹ̀-èdè Aṣọ̀kan - Criação da Organização das Nações Unidas (ONU). 
Ìbẹ̀rẹ̀, s. Início. 
Ìbẹ̀rẹ̀pẹ̀pẹ̀, s. Princípio, início. 
Ti, prep. De (indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido.
Ayọ̀, s. alegria, felicidade, satisfação. 
Inúmidun, s. Estou com a barriga doce, a minha felicidade é profunda. 
Ìrọra, s. Calma, paz, sossego. 
Àlàáfíà, àláfíà ( do árabe lafiya), s. Paz, felicidade, bem-estar. 
Orí ire, oríre, s. Uma boa cabeça, uma cabeça abençoada, boa sorte. 
Ìdẹra, s. Calma, relaxamento.
Ìlànà, s. Determinação, estatuto, preceito, regimento, regra e roteiro.
Òfin,s. Lei, regra.
Ìmòye, àmòye, s. Sabedoria, compreensão, previsão. 
Ìmọ̀, s. Cultura, saber, conhecimento. 
Ìlàjú, s. Cultura, civilização.
Àṣà, s. Costume, hábito, moda.
Àṣà-ibílẹ̀, s.  Costume nativo. 




Filọ́sọ́fi ti Áfríkà.

 Filọ́sọ́fi ti Áfríkà (filosofia africana)

A Filosofia é de origem Africana – Dr Molefi Kete Asante









Uma origem africana da Filosofia mito ou realidade? Molefi Kete Asante

 Por:  Molefi Kete Asante  
Tradução de Marcos Carvalho Lopes

Existe uma crença comum entre os brancos de que a filosofia se origina com os gregos. A ideia é tão comum que quase todos os livros sobre filosofia começam com os gregos, como se eles precedessem todos os outros povos quando se trata da discussão dos conceitos de beleza, arte, números, escultura, medicina e organização social. Na verdade, esse dogma é hegemônico nas academias do mundo ocidental, incluindo as universidades e academias africanas. É mais ou menos assim: 
  
A filosofia é a maior de todas as disciplinas.  
Todas as outras disciplinas se derivam da filosofia. 
 A filosofia é uma criação dos gregos.  
Os gregos são brancos. 
Portanto, os brancos são os criadores da filosofia.   

Na perspectiva desse dogma, outros povos e culturas podem contribuir com o pensamento, como os chineses – Confúcio -, mas  pensamentos não são filosofia; só os gregos podem contribuir para a filosofia. De acordo com esse raciocínio, os povos africanos podem ter religião e mitos, mas não filosofia. Assim, essa noção privilegia os gregos como os criadores da filosofia, a mais alta das ciências.  Existe um problema sério com essa linha de raciocínio. A premissa é falsa na medida em que os estudiosos revelaram que a origem da palavra “filosofia” não está na língua grega, embora venha do grego para o inglês. De acordo com dicionários de etimologia grega, a origem dessa palavra é desconhecida. Mas isso é assim se você está procurando pela origem na Europa. A maioria dos europeus que escrevem livros sobre etimologia não consideram as línguas zulu, xhosa, yorubá ou amárico, quando chegam a uma conclusão sobre se a origem da palavra é conhecida ou desconhecida. Eles nunca pensam que um termo usado por uma língua europeia pode ter vindo da África.  


                                                            
Existem duas partes na palavra “filosofia”, como ela chegou até nós a partir do grego, "Philo", que significa amigo (brother) ou amante e "Sophia", que significa sabedoria ou sábio. Assim, um filósofo é chamado de "amante da sabedoria".  A origem de "Sophia" está evidente na língua africana Mdu Ntr, a língua do antigo Egito, onde a palavra "Seba", que significa "o sábio", aparece pela primeira vez em 2052 a.C., no túmulo de Antef I, muito antes da existência da Grécia ou do grego. A palavra tornou-se "Sebo" em copta e "Sophia" em grego. Como para o filósofo, o amante da sabedoria, é precisamente aquilo que se entende por "Seba", o Sábio, em escritos antigos de túmulos egípcios.  Diodoro da Sicília, escritor grego, em seu Sobre o Egito - escrito no primeiro século antes de Cristo - diz que muitos dos que são "celebrados entre os gregos pela inteligência e ensino, aventuraram-se para o Egito nos tempos antigos, para que pudessem participar de suas tradições e copiar seus ensinamentos. 

Os sacerdotes do antigo egito relatam em sua história, a partir dos registros dos livros sagrados, que foram visitados por Orfeu e Museu, Melampo, Dédalo, e, além desses, o poeta Homero, o espartano Licurgo, o ateniense Solon, Platão, o filósofo, Pitágoras de Samos, e o matemático Eudoxo, assim como Demócrito de Abdera e Enópides de Quios, também estiveram lá". Obviamente, muitos gregos que aprenderam filosofia aventuraram-se na África para estudar. Eles vieram por muitas razões intelectuais. Pode-se ver que os gregos apreciaram o fato de que no Egito existiam homens e mulheres de grande habilidade e conhecimento, assim como os antigos egípcios apreciavam o fato de que havia homens e mulheres de maior conhecimento na Etiópia.  Segundo Heródoto, que escreveu no século V a.C. no Livro II de História, os etíopes diziam que os egípcios não eram nada mais que sua colônia. É claro que ainda hoje há todo um sistema de descrença sobre a história, experiências e conhecimentos dos povos da África, criado durante os últimos cinco séculos de dominação europeia. A retórica que nega a capacidade da África foi desenvolvida para acompanhar a desapropriação da África. Isso foi feito juntamente com as conquistas europeias da África, Ásia e América. 

A colonização não era apenas uma questão da terra, era uma questão de colonizar informações sobre a terra. Todavia, acredito que os antigos sabiam melhor que os especialistas contemporâneos da importância para os nãoafricanos de estudar na África.  Não houve Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Estados Unidos ou Espanha  para falar quando os gregos começaram a viajar para a África para estudar. Na verdade, eles primeiramente foram para a África e depois voltaram para a Grécia criando a Era de Ouro grega. Não foi antes, mas depois de terem estudado no Egito que esses povos conseguiram algum treinamento avançado.

 O que estou dizendo é que eles tinham que vir para a África e estudar com os sábios do antigo Egito, que eram negros, para ter condições de aprender medicina, matemática, geometria, arte e assim por diante. Isso aconteceu muito antes da existência de qualquer civilização europeia.  Por que os filósofos gregos estudaram na África? Tales, o primeiro filósofo é lembrado por ter estudado na África. Dizem que aprendeu filosofia dos egípcios. Eles estudaram no Egito porque era a capital cultural do mundo antigo. Pitágoras é conhecido por ter estudado por pelo menos vinte e dois anos na África. Pode-se obter uma boa educação em vinte e dois anos, talvez até alcançar um Ph.D.! Os gregos buscavam a informação filosófica que os africanos possuíam. 

Quando Isócrates escreveu sobre seus estudos no livro Busirus, disse: "Eu estudei filosofia e medicina no Egito". Ele não estudou esses assuntos na Grécia na Europa, mas no Egito e na África.  Não é só a palavra  filosofia que não é grega, a prática da filosofia já existia muito antes dos gregos. Imhotep, Ptahhotep, Amenemhat, Merikare, Duauf, Amenhotep, filho de Hapu, Akhenaton e o sábio de Khunanup, são apenas alguns dos filósofos africanos que viveram muito tempo antes da Grécia ou de algum filósofo grego existir.  Quando os africanos terminaram de construir as pirâmides, dois mil e quinhentos anos antes de Cristo, faltavam mil e setecentos anos para que Homero, o primeiro escritor grego, aparecesse!  E quando Homero surgiu e começou a escrever A Ilíada não demorou muito tempo para relatar o que havia acontecido ou o que estava acontecendo na África. Os deuses gregos reuniam-se na Etiópia. Dizem que Homero passou sete anos na África. O que ele poderia ter aprendido naquelas aulas com aqueles sábios professores? Poderia ter aprendido direito, filosofia, religião, astronomia, literatura, política e medicina.  

Os africanos não esperaram pelos gregos para descobrir como construir as pirâmides. Você pode imaginar os egípcios em pé em volta de pedreiras ou nas margens do Nilo, dois mil e quinhentos anos antes de Cristo, especulando sobre quando algum europeu viria sozinho para ajudá-los a medir o tamanho do planeta, calcular a largura, amplitude e profundidade, determinar a exata helicoidal crescente de Serpet (Sirius) e as inundações do Nilo, ou diagnosticar doenças do corpo humano? Liderados pelo faraó da História Africana, Cheikh Anta Diop, um novo quadro de estudiosos surgiu para desafiar todas as mentiras que foram ditas sobre a África e os africanos. Eles são os únicos que, como diz o poeta Haki Madhubuti, caminham na direção do medo, não para longe dele. Eles são exemplos reais de coragem e compromisso.  

Numa grande conferência patrocinada pela UNESCO, em 1974, no Cairo, sobre o "Povoamento do Egito", dois negros, Diop e Théophile Obenga, caminharam na direção do medo e quando terminaram de apresentar seus trabalhos haviam  quebrado todas as mentiras que foram ditas sobre africanos. Usando a ciência, a lingüística, a antropologia e a história, esses dois grandes gigantes intelectuais demonstraram que os antigos egípcios eram negros.  Eles usaram um teste de melanina na pele de uma múmia, a arte nas paredes de tumbas, correspondências com outras línguas africanas e os testemunhos dos antigos.  É muito interessante para mim que os antigos gregos soubessem muito melhor do que a atual safra de europeus, que são tomados como autoridade sobre o assunto, que os antigos egípcios viveram muito antes da chegada dos gregos, romanos, árabes e turcos ao Egito, e eram africanos, de fato, africanos negros.  Segundo Heródoto, em História, Livro II, os Colchians eram egípcios "porque, assim como os egípcios, tinham a pele negra e cabelo lanoso”. Aristóteles diz em Physiognomonica que "os egípcios e os etíopes são muito escuros".  

A cor dos antigos egípcios não deve ser questão de debates; essa só vem a tona porque sempre encontramos alguma pessoa branca que se esforça para manter a afirmação de que os africanos não poderiam ter construido as piramides e, especialmente, não africanos negros. É claro, todos devem saber que os egípcios eram africanos, mas o fato é que eles não eram apenas africanos, os egípcios tinham especificamente pele negra com cabelo lanoso.  A filosofia começa 2800 anos a.C. com pessoas de pele negra do Vale do Nilo, ou seja, 2200 anos antes do aparecimento de Tales de Mileto, considerado o primeiro filósofo ocidental. Nossos ancestrais 30.000 anos atrás separavam ocre vermelho de ferro em uma caverna da Suazilândia. Eles deveriam ter alguma ideia sobre aquilo que estavam fazendo. Devia haver alguma reflexão, algum processo pelo qual os anciões determinavam o que era para ser utilizado, para o que e em qual ocasião. Dessa forma, antes mesmo da escrita, temos evidências de que os africanos estavam engajados em discussões significativas sobre a natureza de seu ambiente.   

Molefi Kete Asante Mofeli Kete Asante é professor titular do departamento de Estudos Afro-americanos da Universidade de Temple na Filadélfia (EUA), onde fundou e implantou o primeiro programa de doutorado em Estudos  Afro-americanos dos Estados Unidos. Fundou e foi curador do Museu de artes e antiguidade africanas na cidade de Búfalo, NY. Viaja frequentemente à África, tendo se radicado durante vários anos no Zimbábue e se tornado chefe tradicional (rei) em Gana, sob o título de Nana Okru. Sua inovadora contribuição ao pensamento contemporâneo e aos estudos africanos esta reunida nas obras Afrocentricity (2003), Kemet, afrocentricity, and knowledge (1990) e The history of Africa (2007). 


Título original“An African Origin of Philosophy: Myth or Reality?” publicado em 2004/07/01 no City Press. Disponível em http://www.asante.net/articles/26/afrocentricity/. Permissão para a traduçãoe publicação gentilmente cedida pelo autor.