quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Charges da Nigéria

Lágbájá, s. Fulano de tal, aquela pessoa. Usado para evitar citar o nome de uma pessoa.

Míllíon, num. Um milhão (1 000 000).
Mumu, adj. Maluco, estúpido.





Ọmọ ìyá onípọ̀nmọ́ corrẹkt.
Filho de mãe correta.

Ọmọ, s. Filho, criança, descendência.

Ìyá, s. Mãe.
Oní, pref. Exprime posse, conhecimento, domínio sobre alguma coisa.
Onípọ̀nmọ́, s. Aquele que tem truculência. 
Pọ̀nmọ́, pọ̀nmọ́pọ̀nmọ́, adv. Vigorosamente, severamente.
Corrẹkt, adj. Correto.





quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

O operário em construção

    Nítorí náà ó mú un gòkè wá, ó sì fi gbogbo ìjọba ilẹ̀ ayé tí a ń gbé hàn án ní ìṣẹ́jú akàn; Sátánì sì wí fún un pé: “Gbogbo ọlá àṣẹ yìí àti ògo wọn ni èmi yóò fi fún ọ dájúdájú, nítorí pé a ti fi í lé mi lọ́wọ́, ẹnì yòówù tí mo bá sì fẹ́ ni èmi yóò fi í fún. Nítorí náà, ìwọ, bí o bá jọ́sìn  níwájú mi lẹ́ẹ̀kan ṣoṣo, gbogbo rẹ̀ ni yóò jẹ́ tìrẹ.”   Ní ìfèsìpadà, Jésù wí fún un pé: “A kọ̀wé rẹ̀ pé, ‘Jèhófà Ọlọ́run rẹ  ni ìwọ gbọ́dọ̀ jọ́sìn, òun nìkan ṣoṣo sì ni ìwọ gbọ́dọ̀ ṣe iṣẹ́ ìsìn ọlọ́wọ̀ fún.’'


   Ele o levou assim para cima e lhe mostrou todos os reinos da terra habitada, num instante de tempo;  e o Diabo disse-lhe: “Eu te darei toda esta autoridade  e a glória deles, porque me foi entregue e a dou a quem eu quiser.  Se tu, pois, fizeres um ato de adoração diante de mim, tudo será teu.”  Em resposta, Jesus disse-lhe: “Está escrito: ‘É a Jeová,  teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.’' (Lc 4, 5-8)

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo: 
- Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu. 
E Jesus, respondendo, disse-lhe: 
- Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás. (Lc 4, 5-8)









O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO
                                 Vinicius de Moraes

Era ele que erguia casas 
Onde antes só havia chão. 
Como um pássaro sem asas 
Ele subia com as casas 
Que lhe brotavam da mão. 
Mas tudo desconhecia 
De sua grande missão: 
Não sabia, por exemplo 
Que a casa de um homem é um templo 
Um templo sem religião 
Como tampouco sabia 
Que a casa que ele fazia 
Sendo a sua liberdade 
Era a sua escravidão. 

De fato, como podia 
Um operário em construção 
Compreender por que um tijolo 
Valia mais do que um pão? 
Tijolos ele empilhava 
Com pá, cimento e esquadria 
Quanto ao pão, ele o comia... 
Mas fosse comer tijolo! 
E assim o operário ia 
Com suor e com cimento 
Erguendo uma casa aqui 
Adiante um apartamento 
Além uma igreja, à frente 
Um quartel e uma prisão: 
Prisão de que sofreria 
Não fosse, eventualmente 
Um operário em construção. 

Mas ele desconhecia 
Esse fato extraordinário: 
Que o operário faz a coisa 
E a coisa faz o operário. 
De forma que, certo dia 
À mesa, ao cortar o pão 
O operário foi tomado 
De uma súbita emoção 
Ao constatar assombrado 
Que tudo naquela mesa 
- Garrafa, prato, facão - 
Era ele quem os fazia 
Ele, um humilde operário, 
Um operário em construção. 
Olhou em torno: gamela 
Banco, enxerga, caldeirão 
Vidro, parede, janela 
Casa, cidade, nação! 
Tudo, tudo o que existia 
Era ele quem o fazia 
Ele, um humilde operário 
Um operário que sabia 
Exercer a profissão. 

Ah, homens de pensamento 
Não sabereis nunca o quanto 
Aquele humilde operário 
Soube naquele momento! 
Naquela casa vazia 
Que ele mesmo levantara 
Um mundo novo nascia 
De que sequer suspeitava. 
O operário emocionado 
Olhou sua própria mão 
Sua rude mão de operário 
De operário em construção 
E olhando bem para ela 
Teve um segundo a impressão 
De que não havia no mundo 
Coisa que fosse mais bela. 

Foi dentro da compreensão 
Desse instante solitário 
Que, tal sua construção 
Cresceu também o operário. 
Cresceu em alto e profundo 
Em largo e no coração 
E como tudo que cresce 
Ele não cresceu em vão 
Pois além do que sabia 
- Exercer a profissão - 
O operário adquiriu 
Uma nova dimensão: 
A dimensão da poesia. 

E um fato novo se viu 
Que a todos admirava: 
O que o operário dizia 
Outro operário escutava. 

E foi assim que o operário 
Do edifício em construção 
Que sempre dizia sim 
Começou a dizer não. 
E aprendeu a notar coisas 
A que não dava atenção: 

Notou que sua marmita 
Era o prato do patrão 
Que sua cerveja preta 
Era o uísque do patrão 
Que seu macacão de zuarte 
Era o terno do patrão 
Que o casebre onde morava 
Era a mansão do patrão 
Que seus dois pés andarilhos 
Eram as rodas do patrão 
Que a dureza do seu dia 
Era a noite do patrão 
Que sua imensa fadiga 
Era amiga do patrão. 

E o operário disse: Não! 
E o operário fez-se forte 
Na sua resolução. 

Como era de se esperar 
As bocas da delação 
Começaram a dizer coisas 
Aos ouvidos do patrão. 
Mas o patrão não queria 
Nenhuma preocupação 
- "Convençam-no" do contrário - 
Disse ele sobre o operário 
E ao dizer isso sorria. 

Dia seguinte, o operário 
Ao sair da construção 
Viu-se súbito cercado 
Dos homens da delação 
E sofreu, por destinado 
Sua primeira agressão. 
Teve seu rosto cuspido 
Teve seu braço quebrado 
Mas quando foi perguntado 
O operário disse: Não! 

Em vão sofrera o operário 
Sua primeira agressão 
Muitas outras se seguiram 
Muitas outras seguirão. 
Porém, por imprescindível 
Ao edifício em construção 
Seu trabalho prosseguia 
E todo o seu sofrimento 
Misturava-se ao cimento 
Da construção que crescia. 

Sentindo que a violência 
Não dobraria o operário 
Um dia tentou o patrão 
Dobrá-lo de modo vário. 
De sorte que o foi levando 
Ao alto da construção 
E num momento de tempo 
Mostrou-lhe toda a região 
E apontando-a ao operário 
Fez-lhe esta declaração: 
- Dar-te-ei todo esse poder 
E a sua satisfação 
Porque a mim me foi entregue 
E dou-o a quem bem quiser. 
Dou-te tempo de lazer 
Dou-te tempo de mulher. 
Portanto, tudo o que vês 
Será teu se me adorares 
E, ainda mais, se abandonares 
O que te faz dizer não. 

Disse, e fitou o operário 
Que olhava e que refletia 
Mas o que via o operário 
O patrão nunca veria. 
O operário via as casas 
E dentro das estruturas 
Via coisas, objetos 
Produtos, manufaturas. 
Via tudo o que fazia 
O lucro do seu patrão 
E em cada coisa que via 
Misteriosamente havia 
A marca de sua mão. 
E o operário disse: Não! 

- Loucura! - gritou o patrão 
Não vês o que te dou eu? 
- Mentira! - disse o operário 
Não podes dar-me o que é meu. 

E um grande silêncio fez-se 
Dentro do seu coração 
Um silêncio de martírios 
Um silêncio de prisão. 
Um silêncio povoado 
De pedidos de perdão 
Um silêncio apavorado 
Com o medo em solidão. 

Um silêncio de torturas 
E gritos de maldição 
Um silêncio de fraturas 
A se arrastarem no chão. 
E o operário ouviu a voz 
De todos os seus irmãos 
Os seus irmãos que morreram 
Por outros que viverão. 
Uma esperança sincera 
Cresceu no seu coração 
E dentro da tarde mansa 
Agigantou-se a razão 
De um homem pobre e esquecido 
Razão porém que fizera 
Em operário construído 
O operário em construção.



1. Nítorí náà ó mú un gòkè wá, ó sì fi gbogbo ìjọba ilẹ̀ ayé tí a ń gbé hàn án ní ìṣẹ́jú akàn.


Ele o levou assim para cima e lhe mostrou todos os reinos da terra habitada, num instante de tempo

Nítorí náà ó mú un gòkè wá = Ele o levou assim para cima.

Nítorí náà = então, assim.
Ó = ele, ela.
Mú un =  o levou.
Mú un gòkè wá = o levou para cima.
Gòkè = subir escadas, ascender, escalar.
= procurar.
Ó sì fi gbogbo ìjọba ilẹ̀ ayé tí a ń gbé hàn án ní ìṣẹ́jú akàn = e lhe mostrou todos os reinos da terra habitada, num instante de tempo.
Ó sì fi hàn án = e lhe mostrou.
Ó = ele, ela.
= e.
Fihàn = mostrar, revelar.
Fi hàn án = lhe mostrou.
Gbogbo ìjọba ilẹ̀ ayé tí a ń gbé = todos os reinos da terra habitada.
Gbogbo = todos.
Ìjọba = reino.
Ìjọba ilẹ̀ ayé = Reinos da terra.
Ilẹ̀ ayé = planeta terra.
Tí a ń gbé = que nós vivemos, habitada.
= que.
A = nós. 
ń = estar. Indicador de gerúndio.
Gbé = morar, viver em determinado lugar.
Ní ìṣẹ́jú akàn = em um instante, num instante de tempo.
= no, na, em. 
Ìṣẹ́jú = minutos. 
Akàn (caranguejo) = palavra usada em conversação para indicar o que é bom e, ao lado de ẹjá (peixe) para indicar o que é mau.

2. Sátánì sì wí fún un pé: “Gbogbo ọlá àṣẹ yìí àti ògo wọn ni èmi yóò fi fún ọ dájúdájú, nítorí pé a ti fi í lé mi lọ́wọ́, ẹnì yòówù tí mo bá sì fẹ́ ni èmi yóò fi í fún.

 E o Diabo disse-lhe: “Eu te darei toda esta autoridade e a glória deles, porque me foi entregue e a dou a quem eu quiser.


Sátánì sì wí fún un pé: e o Diabo disse-lhe.

= e.
Sátánì = diabo, capeta, satã.
= dizer.
Fún = para.
Fún un = para ele.
= que.
Gbogbo ọlá àṣẹ yìí àti ògo wọn ni èmi yóò fi fún ọ dájúdájú = Eu te darei toda esta autoridade e a glória deles.
Gbogbo ọlá àṣẹ yìí = toda essa autoridade.
ọlá àṣẹ = autoridade.
Yìí = essa, esse.
Àti = e
Àti ògo wọn = e sua glória.
Ògo = glória. 
Wọn = deles, delas.
Wọn = a eles, a elas
Èmi yóò fi fún ọ dájúdájú =  Eu te darei.
Èmi = eu.
Yóò =  tempo futuro.
Fi fún = dar para. 
Fún = dar.
=  você
Dájúdájú = certamente.
Nítorí pé a ti fi í lé mi lọ́wọ́ = porque me foi entregue.
Mi = me.
Lọ́wọ́ = mãos
ẹnì yòówù tí mo bá sì fẹ́ ni èmi yóò fi í fún = e a dou a quem eu quiser.
Yòówù = tanto faz, seja qual for.

3.  Nítorí náà, ìwọ, bí o bá jọ́sìn níwájú mi lẹ́ẹ̀kan ṣoṣo, gbogbo rẹ̀ ni yóò jẹ́ tìrẹ .     

  Se tu, pois, fizeres um ato de adoração diante de mim, tudo será teu.”                                                          


Nítorí náà = então, pois.

Níwájú = diante.
Níwájú mi = diante de mim.
Lẹ́ẹ̀kan ṣoṣo = só uma vez.
ṣoṣo = só, somente. 
Gbogbo rẹ̀ ni yóò jẹ́ tìrẹ = tudo será teu.
Rẹ̀, ẹ̀ = dele, dela.
Rẹ̀ = aumentar. Derramar. Atirar, cair frutas ou folhas.  Estar cansado.
Ni = ser, é.
Jẹ́ = ser.
Tìrẹ = seu, sua, de você.

4. Ní ìfèsìpadà, Jésù wí fún un pé: “A kọ̀wé rẹ̀ pé, ‘Jèhófà Ọlọ́run rẹ ni ìwọ gbọ́dọ̀ jọ́sìn, òun nìkan ṣoṣo sì ni ìwọ gbọ́dọ̀ ṣe iṣẹ́ ìsìn ọlọ́wọ̀ fún.


        Em resposta, Jesus disse-lhe: “Está escrito: ‘É a Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.


Ní ìfèsìpadà, Jésù wí fún un pé = Em resposta, Jesus disse-lhe.
A kọ̀wé rẹ̀ pé = está escrito.
Jèhófà Ọlọ́run rẹ  ni = É a Jeová, teu Deus.
Jèhófà = Jeová, Javé, Jah, Yahveh, Yehovah, YHVH (Deus de Israel).
Ọlọ́run, Olódùmarè, Èdùmàrè = Deus, o ser supremo, o Onipotente.
Ìwọ gbọ́dọ̀ jọ́sìn = você deve adorar.
Òun nìkan ṣoṣo sì ni ìwọ gbọ́dọ̀ ṣe iṣẹ́ ìsìn ọlọ́wọ̀ fún = e é somente a ele que tens de prestar serviço sagrado.
Nìkan ṣoṣo = somente.
Ìṣẹ́ ìsìn = serviço sagrado.
ọlọ́wọ̀ = pessoa que impõe respeito.
ọlọ́wọ̀ fún = sagrado para.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Diálogo entre Deus e Dilma Rousseff sobre genocídio indígena.

   Lẹ́yìn náà, Ọlọ́run sọ fún Ààrẹ Dilma Rousseff pé: “Ibo ni Adenilson Munduruku ará ìlú kannáà rẹ wà?” òun sì sọ pé: “Èmi kò mọ̀. Èmi ha ni olùtọ́jú ọmọ-ìbílẹ̀ tàbí ọmọnìyàn mímọ́ bí?”  Látàrí èyí, Ọlọ́run wí pé: “Kí ni ìwọ ṣe? Fetí sílẹ̀! Ẹ̀jẹ̀ ará ìlú kannáà ti ìbílẹ̀ rẹ ń ké jáde sí mi láti inú ilẹ̀. Wàyí o, a fi ọ́ gégùn-ún ní lílé ọ kúrò lórí ilẹ̀, èyí tí ó la ẹnu rẹ̀ láti gba ẹ̀jẹ̀ ọmọ ìlú ti ìbílẹ̀ rẹ lọ́wọ́ rẹ.

  Mais tarde, Deus disse a Presidenta Dilma Rousseff: “Onde está Adenilson Munduruku, teu compatriota?”, e ela disse: “Não sei. Sou eu guardião de índio ou de homo sacer?”  A isto Deus disse: “Que fizeste? Escuta! O sangue de teu compatriota indígena está clamando a mim desde o solo. E agora, maldita és, banido do solo, o qual abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue de teu cidadão indígena.




  


Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Lẹ́yìn náà, adv. Mais Tarde. 

Ọlọ́run, s. Deus supremo.
Sọ, V. Falar, conversar.
Fún, prep. Para, em nome de (indica uma intenção pretendida para alguém).
Ààrẹ , s. Presidente.
, conj. Que, para que, a fim de que. Usado depois de verbos que informam, que fazem uma declaração indireta.
, adj. Completo, perfeito, exato.
, v. Encontrar, reunir, juntar. Dizer que, opinar, expressar uma opinião. Precisar, ser exato. Ser, estar completo.
Péé, adv. Fixamente.
Ibo ni, adv. inerrog. onde está. 
Ibo, níbo, adv. inerrog. Onde, aonde.
Ará ìlú kannáà , s. Compatriota.
Rẹ, ẹ, pron. poss. Seu, sua, de você. É posicionado depois de substantivo.
, v. Estar, ser, existir, haver ( implica a existência ou a presença de algo). 1. Quando o verbo for usado numa pergunta sobre lugar, sobre alguém ou alguma coisa, ele é posicionado no fim da frase. 2. Quando indica lugar, ní é sempre usado antes do substantivo que segue o verbo. Bàbá mi wá nílé - Papai está em casa. 3. A forma negativa é kò sí. Kò sí ewé kò sí òrìṣà - Sem as folhas não há orixá. 4. Quando for usado para agradecer, significa falar da existência de uma boa situação. Bàbá nkọ́? Wọ́n wà - E o seu pai? Ele está bem. 5. Este verbo não é usado no gerúndio.
Òun sì sọ pé = e ela disse.
Òun, ó, pron. pess. Ele, ela.

 ( conj. pré-v.) = e, além disso, também. Liga sentenças, porém, não liga substantivos; nesse caso, usar " àti". É posicionado depois do sujeito e antes do verbo.
Èmi kò mọ̀ = eu não sei.
Èmi, mo , pron. pess. Eu.
Kò, ò, adv. Não. Faz a negativa dos verbos regulares.
Mọ̀, v. Saber, compreender. Conhecer, reconhecer.
Èmi ha ni olùtọ́jú ọmọ-ìbílẹ̀ tàbí ọmọnìyàn mímọ́ bí? Sou eu guardião de índio ou de homo sacer?

Ha, adv. interrog. Usado enfaticamente pelos habitantes de Ọ̀yọ́ em frases interrogativas depois do sujeito da frase. Algumas vezes, a partícula bí é usada no fim da frase.
Ni, v. Ser, é.
Olùtọ́jú, s. Guardião.
Ọmọ-ìbílẹ̀, ẹ̀yà abínibí, onílẹ̀, ìbílẹ̀: índio, aborígene, nativo. 
Ti  ìbílẹ̀, adj. Indígena.
Ọmọnìyàn mímọ́, s. Homo sacer, homem santo. Ser  humano excluído de todos os direitos civis, enquanto a sua vida é considerada "santa" em um sentido negativo.  Pode ser morto por qualquer um impunemente.
Tàbí , conj. Ou.
, v. 1.Perguntar, indagar de alguém, comunicar. Também usado para formar frases interrogativas; nesse caso, é posicionado no final da frase. 2. Gerar, dar nascimento a. 3. Estar zangado, aborrecer.  
Látàrí èyí, ó wí pé A isto, ele disse

Látàrí èyí conj. + pron. dem. A Isto.
Látàrí, conj. Por causa de, porque.
Èyí, yìí, pron. dem. Este,esta, isto.
, v. Dizer, relatar. Engolir.
Ọmọnìyàn, ọmọ ènìyàn, s. Homo sapiens, raça humana, ser humano.

Mímọ́ , adj. Limpo, puro, íntegro, sagrado.
Ọmọ ìlú, ará ìlú: Cidadão. 

Òkú , s. Morto, cadáver.
Ìjọba, s. Governo, reino.

Kí ni ìwọ ṣe? Fetí sílẹ̀!= Que fizeste? Escuta!
Kí ni, kín, pron. interrog. O que. Somente usado em frases interrogativas.
Ṣe, v. Fazer. 
Fetí, v. Ouvir.
Sílẹ̀, v. Estabelecer-se, fixar-se.
Sílẹ̀, adv. Da altura do chão para baixo. Usado como segundo componente na composição de verbos.
Ìwọ, o, pron. pess. Você.

Ẹ̀jẹ̀, s. Sangue.

Ń ké jáde sí mi láti inú ilẹ̀ =  está clamando a mim desde o solo.
Ń, v. Estar. Indicador de gerúndio.
, v. Chorar, gritar, clamar. Cortar. 
Jáde, v. Sair, lançar-se para adiante, ir para fora.
, prep. Para, em direção a. Indica movimento direcional.
Mi, pron. pess. Eu.
Mi, pron. poss. Meu, minha. 
Mi, pron. oblíquo. Me, mim, comigo.

Láti , prep. para. Usado antes de verbo no infinitivo.
Wípé, v.  dizer que.
Inú, s. Dentro, no interior de, no íntimo de, ventre, barriga, estômago, interior. 
Ilẹ̀, s. Solo, chão, terra.

Wàyìí , adv. Claramente, distintamente.
Wàyí o, a fi ọ́ gégùn-ún ní lílé ọ kúrò lórí ilẹ̀ = 
E agora, maldita és, banido do solo.
Wàyí o, adv. Ora.
A, àwa, pron. pess. Nós.
A, pref. Adicionado ao verbo para formar substantivo, geralmemte concretos, com algumas exceções. Ex.: Ata (pimenta) e ta ( queimar).
A, pref. 1. Para dar forma equivalente a Ẹni tí - A pessoa que, aquele que. Ex.: Ajẹran - aquele que come carne, carnívoro. 2. Em provérbios, poesias, enígmas etc., é impessoal e tem o sentido de pessoa, na forma passiva. Ex.: A kìí dàgbà náà láyà - Pessoas não costumam envelhecer sem ter esposas.
A, á, pron. da 3ª pessoa do singular, representado pela repetição da vogal final do verbo. Os demais pronomes possuem formas definidas ( caso objetivo da 3ª pessoa).  O bá a - ele a ajudou.
Fi, part. Usada como verbo simples, como parte de um verbo composto e para ênfase na composição de frases. Díẹ̀ẹ̀ ni jà fi nkún - Pouco a pouco o mercado encheu.

Fi, v. 1. Pôr, colocar. É muito usado na composição de frases. 2. Usar, tomar, pegar para fazer. 3. Dar, oferecer. 4. Deixar de lado, desistir, abandonar. 5. Secar alguma coisa expondo-a ao calor.

Fi, prep. Com, para. Antecede os substantivos que indicam o uso de instrumentos, meios e ingredientes materiais. Ó fi òkúta fọ́ dígí - Ele quebrou o espelho com uma pedra.

, v. Balançar, oscilar, ser instável, rodopiar. Ó fì apá mi - Ele balançou meu braço.

, v. Levar para fazer.
Ọ, , pron. oblíquo. Você.
Gégun, v. Xingar, ofender.
Gégùn-ún ní lílé = maldito és.
Lílé, s. Inchação, aumento.
Lílé, s. Arrumação, organização.
Lílé, adj. Dirigível; que é conduzido, pessoa, animal ou coisa.
, pron. Você. É usado dessa forma depois do verbo ou preposição.
, pref. Adicionado ao verbo para formar substantivos que indicam alguém que faz. dẹ (caçador) e dẹ (caçar).
Ọ, ọ́, pron. da 3ª pessoa do singular representado pela repetição da vogal final do verbo de uma sílaba ( caso objetivo 3ª pessoa). Ó ṣọ́ - Ele vigiou, Ó ṣọ́ ọ - Ele a vigiou.
Kúrò, v. Afastar-se, mover-se para, distanciar-se. A forma ní é normamente usada após verbos que denotam mudança de uma posição.
, prep. No, na, em. Usada para indicar o lugar que alguma coisa está. Indica uma posição estática.
L, pref. Forma modificada da palavra ni ou ní quando seguida de palavra iniciada por voval diferente de i. Por ex. Lórí (sobre).
Lóri, lérí, prep. Sobre, em cima de.
Orí, s. Cabeça.
Èyí tí ó la ẹnu rẹ̀ láti gba ẹ̀jẹ̀ arákùnrin rẹ lọ́wọ́ rẹ = o qual abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue de teu cidadão indígena.
Èyí tí, pron. O qual, do qual, que, cujo.
Ó, pron. pess. Ele, ela.
Lanu, la ẹnu, v. Abrir a boca.
Ẹnu, s. Boca, abertura, orifício.
Rẹ̀, ẹ̀, pron. poss. Dele, dela.

Láti, prep. para. Usado antes de verbo no infinitivo.
Gbà, v. Receber.
Lọ́wọ́, s. Mãos. Usado no sentido de dar apoio e segurança a alguma coisa. 

Cidadania brasileira

 Irú mẹ́ta ọmọ ìlú ní ilẹ̀ Bràsíl.
Três tipos de cidadãos no Brasil.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


Irú, s. tipo, espécie, gênero, raça.

Mẹ́ta, num. Total de três.
Ọmọ ilú, ará ilú: cidadão.
, prep. No, na, em.
Ilẹ̀, s. Terra, solo, chão
Bràsíl, s. Pindorama, Brasil.

1. Cidadãos acima da lei.

     São pessoas que roubam o patrimônio público, cometem crimes e não são punidos pela lei. Nesta categoria de ladrões, temos juízes infratores que são premiados com aposentadoria compulsória, políticos com imunidade parlamentar para praticar crimes e fazendeiros que nunca são presos, quando matam indígenas e roubam suas terras.  São compostas de pessoas brancas, poderosas e ricas e que vivem num paraíso de prazeres e delícias, onde só há direitos e nenhum dever.

1. 1. Paraíso de prazeres e delícias para elite burguesa e governamental (corrupção sem limite, parasitismo, roubo do patrimônio público, altos salários e garantia de impunidade) 











2. Cidadãos protegidos pela lei.

  Categoria constituída por pessoas brancas (maioria), de classe média e portadores de direitos e deveres.  Quando comete algum delito e tem curso superior, goza do privilégio de "cela especial." Nas manifestações políticas, no máximo, são atingidos por armas não letais e balas de borracha. Além disso, nossa democracia foi criada para beneficiar este grupo.



2. 1. Brasil  carinhoso e democrático para classe média branca


3. Pessoas excluídas da lei.

Temos nesta categoria o homo sacer, ser  humano excluído de todos os direitos civis enquanto a sua vida é considerada "santa" em um sentido negativo.  Pode ser morto por qualquer um impunemente. Para eles, criaram-se ditaduras militares e   nazismos e, por isso, são perseguidos, torturados  e assassinados pela polícia militar  e pistoleiros do agronegócio e nenhum assassino é punido. 
Para reprimi-los, a polícia militar utiliza armas de guerra e balas de verdade, já que são apenas homo sacer (sem direitos civis). Quando comete algum delito, muitos são assassinados antes da prisão e as provas do crime ocultadas pela polícia. No Brasil atual, com democracia para classe média e branca, há dois grandes genocídios de homo sacer em curso: o genocídio guarani  kaiowá e o da juventude negra nas periferias, ambos com características nazistas e militares. Os homo sacer brasileiros são: guarani  kaiowá, indígenas tupinambá, mendigos, jovens negros, mestiços e favelados.




3. 1 -A Polícia Federal matou Adenilson Munduruku, no governo de Dilma Rousseff (aliada do agronegócio). Prática nazista exclusiva para homo sacer de origem indígena.



                                                                    



3. 2 - Polícia Federal sequestra criança Tupinambá no dia 06/02/2014, no governo de Dilma Rousseff. 




3.3 - Criança indígena queimada viva por madeireiros.




3.4 - Assassinato do Guarani Kaiowá Denilson Barbosa.





3. 5 - Genocídio e violência policial contra jovens negros ( Regime nazista exclusivo para homo sacer de origem negra)





3. 6 - Militarização das favelas no Rio de Janeiro ( Ditadura militar exclusiva para homo sacer favelado no Brasil).

Militarização de Manguinhos, RJ (foto: EBC)


Homo sapiens

Tani àwọn ọmọnìyàn?
Quem são os humanos?

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


Tani, pron. interrog. Quem. É usado para pessoas e coisas vivas.
Àwọn, wọn pron. Eles, elas. Indicador de plural.
Ọmọnìyàn, ọmọ ènìyàn, s. Homo sapiens, raça humana, ser humano



sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Homo sacer brasileiro

Ọmọnìyàn mímọ́ ọmọorílẹ̀-èdè Bràsíl.
Homo sacer brasileiro.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ọmọnìyàn mímọ́, s. Homo sacer, homem santo.
Ọmọnìyàn, s. Homo sapiens, ser humano.
Mímọ́, adj. Limpo, puro, íntegro, sagrado.
Ọmọorílẹ̀-èdè Bràsíl, adj. e s. Brasileiro.
Orílẹ̀-èdè, s. Nação, país.
Orílẹ̀, s. Grupo de origem ou clã.
Èdè, s. Língua, idioma, dialeto, linguagem.

Bràsíl, s. Pindorama, Brasil, República Federativa do Brasil.

1. Definição de Homo sacer

Ser  humano excluído de todos os direitos civis, enquanto a sua vida é considerada "santa" em um sentido negativo.  Pode ser morto por qualquer um impunemente.

2. Homo sacer brasileiro.

A) Os guarani  kaiowá ( homo sacer) são assassinados pelos pistoleiros do agronegócio e nenhum assassino é punido.  Os assassinos não punidos porque são aliados do governo e da justiça brasileira.







b)  Jovens negros, mestiços e favelados (homo sacer) são assassinados pela polícia militar brasileira e nenhum policial é punido com rigor.








terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Hino nacional brasileiro em guarani

 Orin-ìyìn Onítọmọorílẹ̀-èdè Bràsíl ní èdè Guaraní.
Hino nacional brasileiro em guarani.



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


Orin-ìyìn Onítọmọorílẹ̀-èdè Bràsíl, s. Hino nacional brasileiro.
Torílẹ̀-èdè, adj. Nacional.
Ọmọ orílẹ̀-èdè Bràsíl, ọmọ ilẹ̀ Bràsíl, s. Brasileiro, brasileira.
Ti orílẹ̀ èdè Bràsíl, adj. Do Brasil; 
Tó jẹ́ ọmọ bíbí ilẹ̀ Bìràsílì, tó jẹ́ ọmọ bíbí ilẹ̀ Bràsíl, tí a bí ní ilẹ̀ Bràsíl, adj. Brasileiro, brasileira.
Obìnrin ọmọ Bràsíl, obìnrin ọmọ ilẹ̀ Bràsíl, obìnrin ará Bràsíl, obìnrin tó jẹ́ ọmọ bíbí ilẹ̀ Bràsíl, s. Brasileira.
Ọkùnrin ọmọ Bràsíl, ọkùnrin ilẹ̀ Bràsíl, ọkùnrin ará Bràsíl, ọkùnrin tó jẹ́ ọmọ bíbí ilẹ̀ Bràsíl, s. Homem Brasileiro.
Orílẹ̀-èdè Olómìnira Aparapọ̀ ilẹ̀ Bràsíl, s. República Federativa do Brasil.
Orin-ìyìn, s. Hino.
Orin, s. Cântico, uma cantiga.
Ìyìn, yínyìn, s. Louvor, apreço.
Orílẹ̀-èdè, s. Nação, país.
Orílẹ̀, s. Grupo de origem ou clã.
Èdè, s. Língua, idioma, dialeto, linguagem.
Olómìnira, adj. Independente.
Àpapọ̀, s. Soma, total, combinação, ato de unir, de juntar
Aparapọ̀, adj. Federativa.
Ilẹ̀ Bràsíl, Bràsíl, s. Brasil, Pindorama.
Ilẹ̀, s. Terra, solo, chão.


                 


Hino Nacional Brasileiro – Versão Guarani
Posted 16 maio, 2007

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
Onhe Hendu ypiranga gui hembe Kangy’i
Ouviram-se do Ipiranga as margens calmas

De um povo heróico o brado retumbante,
Xondáro sapukai omboryryi
O grito dos guerreiros estremeceu

E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Kuaray aça oexape vy nhanderesaka
O raio do sol brilhou ofuscante

Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Hendy pe arai re agu’i
Brilhou no céu nesse instante

Se o penhor dessa igualdade
Openhara joo raminguá
Se o penhor da igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte,
Jyvá mbaraete py rogueru
Conseguimos trazer com braço forte

Em teu seio, ó Liberdade,
Ne kâmy teko vy’a
Em teu seio, a paz

Desafia o nosso peito a própria morte!
Nhande poxi’a oenoi nhane mano
Nosso peito chama a própria morte

Ó Pátria amada,
Yvy hayupy
Terra amada

Idolatrada,
Nhemboete
Respeitada,

Salve! Salve!
Oúma ! Oúma!
Saúdo! Saúdo!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
Pindorama nhe’em baraete overá hendy
Brasil, é a voz forte, raio reluzente

De amor e de esperança à terra desce,
Mborayu ha’e nhearô gui ywy oguejy
De amor e de esperança à terra desce

Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
Yvá porã py tory potim açy
No céu formoso, riso e límpido,


A imagem do Cruzeiro resplandece.
Kuruxú ra’ angaa hexakã
A imagem da cruz das estrelas resplandece

Gigante pela própria natureza,
Tuixa ojegui hae oíny há’epy
Grande pela própria natureza,

És belo, és forte, impávido colosso,
Iporã, hatã há’agaa ndaovaiguái
É bonito, é forte, a imagem é imcomparável

E o teu futuro espelha essa grandeza
Tuixa ojekuaa araka’ e verã
Aparece o grande futuro

Terra adorada,
Yvy porã
Terra bonita,

Entre outras mil,
Heta va’ egui
Entre outras muitas,

És tu, Brasil,
Ndee há’e
Você é,a

Ó Pátria amada!
Yvy hayupy
Terra amada!


Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Ko Yuy Ra’y kuery Gui xy Marangatu
Dos filhos desta terra é mãe gentil

Pátria amada,
Yvy hayupy
Terra amada,

Brasil!
Pindorama!
Brasil!

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Onhenó Kuri peve Guarã Mondeapy
Deitado eternamente em colo da mãe,

Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Pará Guaçu Nhedu Ha’e yuá rexakã
O som do mar e a luz do céu,

Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Pindorama ojekuaa ve va’e “América” py
O Brasil que aparece mais na América,

Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Oexapé kuaray yuy pyau gui
Ilumina o sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida
Pe yvy iporã ve
Terra mais bonita


Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
Hory, nhuu dy porã heta vé yvoty
Seus risonhos, lindos campos e mais flores

Nossos bosques têm mais vida,
Nhande ka’aguypy oi ve tekove
Em nossa floresta tem mais vida,

Nossa vida no teu seio mais amores.
Orerekove nekã my roayuve
Nossa vida em teu seio mais amamos.

Ó Pátria amada,
Yvy hayupy
Terra amada,

Idolatrada,
Nhemboete
Respeitada,

Salve! Salve!
Oúma! Oúma!
Saúdo! Saúdo!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
Pindorama Mborayú guí que tojexauka
De amor do Brasil, que apareça

O lábaro que ostentas estrelado,
Hajukue jaxytata oexauká va’e
O pano que mostra estrelas,


E diga o verde-louro desta flâmula
Eré arapaxái hovy ko haju kue’ire
Diga o verde-louro deste paninho

Paz no futuro e glória no passado.
Vy’arã há’e aguyjevete yma guarere
Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Onhemopy’a ha’egui onhendu ratã
Mas, ergueu-se e clamou forte,

Verás que um filho teu não foge à luta,
Rexa’rã nde ra’y nonhai nherairõ gui
Verás que teu filho não fugirá da luta,

Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Ekyjeme de rayua nemanoa
Não tenha medo, quem te adora, própria morte.

Terra adorada
Yvy porã
Terra bonita

Entre outras mil,
Mbovy he’y va’egui
Entre outras muitas,

És tu, Brasil,
Ndee há’e
Você é, a


Ó Pátria amada!
Yvy hayupy
Terra amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Yuy ra’ygui ha’e xy marangatu
Dos filhos desta terra é mãe gentil

Pátria amada,
Yvy hayupy
Terra amada,

Brasil!
Pindorama!
Brasil!

Ouça em MP3

Versão Guarany: Cafuzo TuKumbó Dyeguaká ( Violonista Robson Miguel ) e Karay Tata’ Endy ( Basílio Silveira ) – Obs.: Eu, TuKumbó Dyeguaká apresento uma versão aproximada da letra original com rimas sonoras do meu povo Guarani considerando no dialeto a não existência das letras C, F, L, e