quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Ìdánwò mẹ́ta (ọdún kíní)

NOME                                                N°          SÉRIE



                   PROVA DE FILOSOFIA


1.  Nietzsche identificou os deuses gregos Apolo e Dionísio, respectivamente, como

a) Complexidade e ingenuidade: extremos de um mesmo segmento moral, no qual se inserem as paixões humanas.

b) Movimento e niilismo: polos de tensão na existência humana.

c) Alteridade e virtu: expressões dinâmicas de intervenção e subversão de toda moral humana.

d) Razão e desordem: dimensões complementares da realidade.

e) Amor e Paixão: sentimentos intensos da vida humana.


2.  Em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar.
(Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, 2001)
O trecho representa o pensamento do filósofo
(A) Rousseau.
(B) Hobbes.
(C) Hegel.
(D) Locke.
(E) Marx.

3. Qual das frases a seguir apresenta um exemplo de alteridade?
a) Não há nada naquele país que me interesse.
b) Não gosto de pessoas roqueiras.
c) Eu aprendi, com nossas diferenças, quanto tenho de crescer.
d) Pessoas tatuadas são assustadoras.
e) Homem não chora.

4) A democracia ateniense antiga (dos séculos V e IV a. C.) possui algumas características que a torna diferente das democracias modernas, ainda que estas se inspirem nela para se constituírem. São características da democracia ateniense, referentes ao período acima relacionado, as seguintes assertivas:

I. Na democracia ateniense, nem todos são cidadãos. Mulheres, criança, escravos e estrangeiros são excluídos da cidadania.

II. É uma democracia representativa, como as modernas. Um cidadão? Mais sábio? É escolhido para representar o povo, garantindo, portanto, o poder de um sobre os outros.

III. É uma democracia direta ou participativa, e não uma democracia representativa, como as modernas. Na democracia ateniense, os cidadãos participam diretamente das discussões e da tomada de decisões, pelo voto.

IV. A democracia ateniense não exclui da política a ideia de competência ou de tecnocracia: em política uns são mais sábios e competentes que outros (os cidadãos comuns), aqueles devendo exercer o poder sobres estes.

Assinale a alternativa correta.
a) As assertivas III e IV são corretas.
b) As assertivas II, III e IV estão corretas.
c) As assertivas I, II e IV são corretas.
d) Apenas a assertiva I está correta.
e) As assertivas I e III são corretas.
5. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.                                  MONTESQUIEU, B. Do Espírito das Leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (adaptado).
A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja
A) exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.
B) consagração do poder político pela autoridade religiosa.
C) concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.
D) estabelecimento de limites aos atores públicos e às instituições do governo.
E) reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governo eleito.


Àwọn ìdáhùn: 1(kẹ́rin)
                       2 (kéjì)
                       3 (kẹ́ta)
                       4 (kárún)
                       5 (kẹ́rin)

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Feminismo negro

Ọ̀rọ sísọ náà ṣe ń lọ lọ́wọ́. 
Palestra ao vivo.                                                            

Angela Davis, no Brasil / BAHIA, ao vivo na TVE.



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ìṣe ìwa ti obìnrin dúdú, s. Feminismo negro. O feminismo negro é a designação utilizada para nomear o movimento de mulheres atuantes tanto na esfera da discussão de gênero quanto na luta antirracista.
Ẹ̀kọ́, s. Aula, educação, instrução. 
Ìpàdé, s. Reunião, encontro.
Ìdánilẹ́kọ̀ọ́, s. Aula, conferência, palestra. 
Yàrá ìkẹ́kọ̀ọ́, s.  Aula. 
Ìbá-sọ̀rọ, ọ̀rọ sísọ, s. discurso, sermão, palestra.
Náà, pron. dem. Aquele, aquela, aquilo.
Náà, art. O, a, os, as. 
Náà, adv. e conj. pré-v. Também, o mesmo.
Ṣe, v. Fazer, causar, desempenhar. Ser.
Ń, v. Estar. Indicador de  gerúndio.
Ń, adv. pré-verbal. O prefixo "ń" no verbo indica não só uma ideia presente como uma ação que esteja ocorrendo, em desenvolvimento (gerúndio). Pela sua função, é equivalente ao verbo auxiliar estar em português.
Lọ, v. Ir.
Lọ́wọ́, s. Mãos. Usado no sentido de dar apoio e segurança a alguma coisa. Ti ń lọ lọ́wọ́ - atual.

Beleza negra do Sudão do Sul


Ẹwà dúdú ti ilẹ̀ Gúúsù Sudan.
Beleza negra do Sudão do Sul.

Nyakim Gatwech

Foto de Nyakim Gach Gatwech.


Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ẹwà, s. Beleza, graciosidade.
Dúdú, adj. Negro, preto.
Dúdú, dú, v. Ser preto, ser escuro.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ilẹ̀, s. Terra, solo, chão.
Gúúsù, gúsù, s. Sul.
Sudan, s. Sudão.
Ilẹ̀ Gúúsù Sudan, s. Sudão do Sul.
Gúúsù Sudan, Sudão do Sul.




segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Félix Éboué

 Alábòójútó gbókèèrè ń ṣàkóso ti Fránsì, adúláwọ̀ àti ọmọ ilẹ̀ Gùyánà Fránsì. 
Administrador colonial francês, negro e guianense.


File:FELIX EBOUE' GOVENOR GENERAL FIGHTING FRENCH AFRICA - SCHOLAR, STATESMAN, SOLDIER. - NARA - 535672.jpg

Félix Éboué 


Como governador do Chade (parte da África Equatorial Francesa ) durante a maior parte da Segunda Guerra Mundial , ele ajudou a construir apoio para o francês livre de Charles De Gaulle em 1940, levando a um amplo apoio eleitoral para a facção gaullista após a guerra. Ele apoiou os africanos educados e colocou mais na administração colonial, além de apoiar a preservação da cultura africana. Ele foi a primeira pessoa negra a ter suas cinzas colocadas no Panteão em Paris após sua morte em 1944.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Félix_Éboué


Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Alábòójútó, alábòjútós. Administrador.
Alábòójútó alásopọ̀, s. Administrador de rede.
Alábòójútó ìlànà ètò, s. Administrador de sistema.
Alábòójútó kọ̀ǹpútà, s. Administrador do computador.
Alàbòójútó apèsè, s. Administrador do servidor.
Ìṣetò aṣàkóso, s. Configuração pelo administrador.
Ìṣetò aṣàkóso, s. Instalação do administrador.
Alábòójútó gbókèèrè ń ṣàkóso, s. Administrador do domínio colonial, administrador colonial.
Gbókèèrè ń ṣàkóso, adj. Colonial.
Gùyánà, s. Guiana.
Gùyánà Fránsì, s. Guiana Francesa.
Ọmọorílẹ̀-èdè Gùyánà Fránsì, ọmọ ilẹ̀ Gùyánà Fránsì, ọmọkùnrin ilẹ̀ Gùyánà Fránsì, s. Guianense.
Ọmọkùnrin ilẹ̀ Gùyánà Fránsì, s. Guianense.
Ọmọbìnrin ilẹ̀ Gùyánà Fránsì, s.  Guianensa.
Ní ti Gùyánà Fránsì, ti orílẹ̀ èdè Gùyánà Fránsì, adj. Guianense.
Fránsì, s. França.
Faransé, adj. Francês.
Ilẹ̀ Faransé Olómìnira, s. República Francesa.
Àwọ̀ dúdú, ènìyàn dúdú, s. Negro. 
Adú, s. Aquele que é negro, negro retinto, algo muito negro. 
Adúláwọ̀, s. Pessoa negra, um africano.
Dúdú, adj. Negro, preto, escuro.
Orílẹ̀, s. Grupo de origem, clã.
Èdè, s. Idioma, língua, dialeto.
Orílẹ̀-èdè, s. Nação, país, Estado.
Olómìnira, adj. Independente. 
Ìlómìnira, s. Independência. 
Ìsọdibiàmúsìn, s. Colonialismo.
Àgbègbè ìkápá, s. Colônia.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Àti, Conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.




quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Muçulmanos de Myanmar

Ìjìyà àti Kálfárì ti àwọn mùsùlùmí ní Orílẹ̀-èdè Myanmar (Ilẹ̀ Burma).

O sofrimento e o calvário dos muçulmanos de Mianmar (Birmânia).




Foto de Le petit journal Marocain.


Foto de Le petit journal Marocain.



O sofrimento e o calvário dos muçulmanos de Mianmar (Birmânia), chamados rohingyas continuam na indiferença geral. Estão a ser matar pelo exército birmanês e os budistas que pregam a paz e a não-violência.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).



Àwọn mùsùlùmí ti Orílẹ̀-èdè Myanmar, s. Rohingyas. A origem desse grupo é matéria de discussão, com alguns dizendo que se originaram em Arracão (também conhecido como Rakhine, ou Rohang em Rohingya) na Birmânia, e outros dizendo que são imigrantes muçulmanos de Bengala, hoje Bangladesh.
Gọ́gọ́tà, s. Gólgota (Calvário). 
Ibi Agbárí, s. Lugar da Caveira (Gólgota, Calvário). 
Kálfárì, s. Calvário, lugar da Caveira (Gólgota). É o nome dado à colina na qual Jesus foi crucificado e que, na época de Cristo, ficava fora da cidade de Jerusalém. O termo significa "caveira", referindo-se a uma colina ou platô que contém uma pilha de crânios ou a um acidente geográfico que se assemelha a um crânio.
Ìfajúro, s. Tristeza, mágoa, dor. 
Ìbanínújẹ́, ìbànújẹ́, s. Aflição, dor, sofrimento. 
Àbámọ̀, s. Tristeza, pesar, remorso, cheio de dores, meditação. 
Ìjìyà, s. Sofrimento. Ìwà ibi àti ìjìyà - maldade e sofrimento.
Mùsùlùmí, ẹlẹ́sìn Ìsìláàmù, s. Muçulmano,maometano, muslim, islamitaAquele que segue a religião fundada pelo profeta Maomé, o islamismo.
Ilẹ̀ Burma, s. Birmânia (Myanmar, Mianmar, República da União de Myanmar). 
Orílẹ̀-èdè Myanmar, s. Mianmar, Myanmar, Birmânia, República da União de Myanmar.
Orílẹ̀-èdè, s. Nação, país.
Ní, prep. Contração da preposição ní e substantivo. Quando a vogal inicial do substantivo não é i, a consoante n da preposição se transforma em l, e a vogal i toma forma de vogal do substantivo posterior. Mas se a vogal do substantivo é i, ela é eliminada. Ní àná ( l'ánàá ). Ní ilé (ní'lé)
, part. enfática. Usada na construção de frases, quando o verbo tiver dois objetos, o segundo objeto é precedido por " ní".
, prep. No, na, em. Usada para indicar o lugar em que alguma coisa está. Indica uma posição estática.
, v. Ter, possuir, dizer.Transportar carga em um barco ou navio. Ocupar, obter, pegar.
Ni, v. Ser, é.
, pron. dem. Aquele, aquela. Requer alongamento da vogal final da palavra que o antecede somente na fala. Ex.: Fìlà ( a ) nì = aquele chapéu.

, pron. rel. Que, o qual, do qual, cujo.
, conj. Se. Enquanto, ao mesmo tempo que.
, prep. Desde que.
, v. Bater com a mão ou com algo na mão, acertar o alvo.
, adv. Onde, quando.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ti, ti...ti, adj. Ambos... e. Ti èmi ti ìyàwó mi - ambos, eu e minha esposa.
Ti, v. Ter (verb. aux.). Arranhar. Pular.
Ti, v. interrog. Como. Ó ti jẹ́? - Como ele está.
Ti, adv. pré-v. Já. Indica uma ação realizada.
Ti, àti, conj. E.

Ti, part. pré-v. 1. Usada para indicar o tempo passado dos verbos. Èmi ti máa rìn lálé - Eu costumava caminhar à noite. 2. É usada com báwo ni - como - quando se deseja expressar sentimento e posicionada antes do verbo principal. Báwo ni àwọn ti rí? - Como eles estão?.

, ( conj. pré-v.). E, além disso, também. Liga sentenças, porém, não liga substantivos; nesse caso, usar " àti". É posicionado depois do sujeito e antes do verbo. 
Àti, Conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.
Àwọn, wọ́n, pron. Eles, elas.. Indicador de plural.


terça-feira, 29 de agosto de 2017

Ìdánwò mẹ́ta (ọdún kéjì)



NOME                                                                   N°        SÉRIE

                             PROVA DE FILOSOFIA

1. Assinale exemplos de mercadorias  culturais. Justifique sua escolha.
a) CD de música.
b) Folia de reis.
c) Megashow de rock.
d) Artesanato vinculado a comunidades indígenas.
e) Grupos de amigos.
2. Para Sartre, a ética deve ser baseada na ação histórica do presente, e não em valores metafísicos ou do passado. Assinale exemplos em que essa ideia aparece.
a) As mulheres devem obedecer aos homens.
b) Os homens não devem chorar.
c) Nós temos de nos preocupar mais com nossas necessidades do que com as tradições.
d) Minha família nunca perdoou um erro grave; eu também não.
e) Não importa o fizeram com o homem: importa o que ele fará com o que fizeram dele.
3) Segundo  Sartre, como nós nos constituímos diante dos outros?
a) Pela vergonha, o olhar dos outros nos apresenta existindo de maneira não adequada.
b) Pelo amor, o desejo possuir o outro e de aprisioná-lo, fazendo que o outro nos ame.
c) Pelo ódio da liberdade dos outros.
d) Os outros não nos revelam, nos os revelamos.
e) Pela liberdade natural que temos.

4. TEXTO - Racismo, discriminação, preconceito 

TEXTO- Racismo, discriminação, preconceito.

    Colocando os pingos nos “is”.

                    Maria Aparecida da Silva
         
Recentemente assisti ao programa esportivo Cartão Verde, da TV Cultura, no qual se discutia, de maneira tímida, a discriminação racial que um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores negros, Rincón (Corinthians) e Wagner (São Paulo), em momentos distintos.
         Havia controvérsias quanto à veracidade dos fatos, quanto à sinceridade dos protagonistas, quanto à oportunidade ou oportunismo das denúncias. Mas o que de fato despertou minha atenção foi a relativização do racismo presente no futebol brasileiro. Os cronistas utilizavam a todo tempo a expressão pre conceito, quando as situações em foco constituíam, na verdade, práticas de discriminação racial. Depois de feita essa constatação, procurei explicar para mim mesma porque existe tanta confusão em torno das palavras preconceito, discriminação racial e racismo. É preciso entender exatamente o significado de cada uma dessas expressões.
         Estabelecendo diferenças
         O preconceito é basicamente um sentimento negativo (é necessário que haja alguma possibilidade de comparação), um estado de espírito negativamente determinado com relação a um grupo ou pessoa. Ele é fruto da ignorância, de opiniões inexatas e de estereótipos. Os preconceitos são muito genéricos e disseminados. Em todas as épocas e em todo o mundo, os grupos humanos alimentaram preconceitos uns em relação aos outros. Diariamente, enfrentamos inúmeros preconceitos. O racial é um deles.
         A discriminação é a materialização dos preconceitos. São as atitudes práticas que dão corpo e ação à disposição psicológica dos preconceitos. No caso específico da discriminação racial são as atitudes de vetar, impedir, dificultar, preterir pessoas (predominantemente negras, no caso brasileiro) em seu processo de desenvolvimento pleno como seres humanos.
         O racismo. Ah, o racismo... tão presente em nossas vidas, nas instituições, na cultura e nas relações pessoais e tão ausente do rol de preocupações da intelectualidade brasileira e dos veículos formadores de opinião. A dificuldade de defini-lo – e assumir sua existência entre nós – vem do fato de o racismo constituir-se numa prática social negativa, cruel, humanamente repreensível, com a qual, ninguém, em sã consciência (afora os racistas declarados), deseja se identificar.

         Revista Raça Brasil. São Paulo: Símbolo, ano 4, n.39, nov. 1999, p. 51.


Segundo o que se pode depreender do texto lido, a alternativa que mostra preconceito e não discriminação é:



     (A) os negros não são tão inteligentes quanto os brancos;
     (B) os negros não podem viajar na primeira classe;
     (C) não se servem negros naquele restaurante;
     (D) os negros não podem chegar aos altos postos do poder;
     (E) os negros só podem estudar em escolas públicas.


5. Qual a relação entre a indústria cultural e o indivíduo?
R.

Ìdánwò mẹ́ta (ọdún kẹ́tà)

 NOME                                                           N°           SÉRIE


                               PROVA DE FILOSOFIA

1. Segundo Platão, as opiniões dos seres humanos sobre a realidade são quase sempre equivocadas, ilusórias e, sobretudo, passageiras, já que eles mudam de opinião de acordo com as circunstâncias. Como agem baseados em opiniões, sua conduta resulta quase sempre em injustiça, desordem e insatisfação, ou seja, na imperfeição da sociedade.

Em seu livro A República, ele, então, idealizou uma sociedade capaz de alcançar  a perfeição, desde que seu governo coubesse exclusivamente

a) As guerreiros, porque somente eles teriam força para obrigar todos a agirem corretamente.
b) Aos tiranos, porque somente eles unificariam a sociedade sob a mesma vontade.
c) Aos mais ricos, porque somente eles saberiam aplicar bem os recursos da sociedade.
d) Aos demagogos, porque somente eles convenceriam a maioria a agir de modo organizado.
e) Aos filósofos, porque somente eles disporiam do conhecimento verdadeiro e imutável.

2. “Poder-se-ia [...] acrescentar à aquisição do estado civil a liberdade moral, única a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, porque o impulso do puro apetite é escravidão, e a obediência à lei que se estatui a si mesma é liberdade”. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato

social. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 37.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Rousseau, é correto afirmar:

a) As leis condizentes com a liberdade moral dos homens devem atender aos seus apetites.

b) A liberdade adquire sentido para os homens na medida em que eles podem desobedecer às leis.

c) O homem livre obedece a princípios, independentemente de eles também valerem para a sociedade.

d) O homem afirma sua liberdade quando obedece a uma lei que prescreve para si mesmo.

e) É no estado de natureza que o homem pode atingir sua verdadeira liberdade.

3.   O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade numérica, o inteiro absoluto, que só se relaciona consigo mesmo ou com seu semelhante. O homem civil é apenas uma unidade fracionária que se liga ao denominador, e cujo valor está em sua relação com o todo, que é o corpo social. As boas instituições sociais são as que melhor sabem desnaturar o homem, retirar-lhe sua existência absoluta para dar-lhe uma relativa, e transferir o eu para a unidade comum, de sorte que cada particular não se julgue mais como tal, e sim como uma parte da unidade, e só seja percebido no todo.

ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.


A visão de Rousseau em relação à natureza humana, conforme expressa o texto, diz que
a) o homem civil é formado a partir do desvio de sua própria natureza.
b) as instituições sociais formam o homem de acordo com a sua essência natural.
c) o homem civil é um todo no corpo social, pois as instituições sociais dependem dele.
d) o homem é forçado a sair da natureza para se tornar absoluto.
e) as instituições sociais expressam a natureza humana, pois o homem é um ser político.

4. Sobre a ideia de Liberdade é correto afirmar que:
a) liberdade é poder fazer algo quando se quiser.
b) liberdade é um caminho que outro ser decide para a nossa vida.
c) liberdade é um estado em que o homem não tem mais limites, podendo fazer o que quiser e sem precisar considerar a liberdade dos outros.
d) liberdade é escolher o tipo de pessoa que você possa ser ou será, segundo a sua consciência moral.
e) liberdade é um cálculo sobre as causas que levaram as pessoas a fazer o mal.

5.   Atenção: O texto abaixo refere-se às questões de números 5. 1.  e  5.2.
Vou contar-te um caso dramático. Já ouviste falar das térmitas, essas formigas brancas que, em África, constroem formigueiros impressionantes, com vários metros de altura e duros como pedra? Uma vez que o corpo das térmitas é mole [...] o formigueiro serve-lhes de carapaça colectiva contra certas formigas inimigas, mais bem armadas do que elas. Mas por vezes um dos formigueiros é derrubado, por causa de uma cheia ou de um elefante [...]. A seguir, as térmitas-operário começam a trabalhar para reconstruir a fortaleza afectada, e fazem-no com toda a pressa. Entretanto, já as grandes formigas inimigas se lançam ao assalto. As térmitas-soldado saem em defesa da sua tribo e tentam deter as inimigas. [...] As operárias trabalham com toda a velocidade e esforçam-se por fechar de novo a termiteira derrubada... mas fecham-na deixando de fora as pobres e heroicas térmitas-soldado, que sacrificam as suas vidas pela segurança das restantes formigas. Não merecerão estas formigas-soldado pelo menos uma medalha? [...] Mudo agora de cenário, mas não de assunto. Na Ilíada, Homero conta a história de Heitor, o melhor guerreiro de Troia, que espera a pé firme fora das muralhas da sua cidade Aquiles, o enfurecido campeão dos Aqueus, embora sabendo que Aquiles é mais forte do que ele e que vai provavelmente matá-lo. Fá-lo para cumprir o seu dever, que consiste em defender a família e os concidadãos do terrível assaltante. Ninguém tem dúvidas: Heitor é um herói, um Homem valente como deve ser. Mas será Heitor heroico e valente da mesma maneira que as térmitas-soldado [...]? Não faz Heitor, afinal de contas, a mesma coisa que qualquer uma das térmitas anônimas? [...] Qual é a diferença entre um e outro caso?
(SAVATER, Fernando. Ética para um Jovem, 1990, in: http://www.didacticaeditora.pt/arte_de_pensar/cap4.html)

5.1. Qual resposta abaixo seria mais apropriada para a pergunta feita pelo autor ao final do texto?
(A) A situação das formigas é completamente diferente da de Heitor porque as formigas podem escolher morrer, enquanto não resta nenhuma escolha para o herói.
(B) Não há diferença entre a formiga e Heitor, já que ambos acabam morrendo.
(C) Enquanto as formigas-soldado ficam para fora do formigueiro por um acidente, Heitor é instintivamente obrigado a defender seu povo contra o ataque do inimigo.
(D) Enquanto a formiga age instintivamente, não morrendo por escolha, Heitor age livremente, escolhendo a morte.

5.2. De forma resumida, está correto afirmar que o tema central do texto é a relação entre
(A) corpo e alma.
(B) liberdade e determinismo.
(C) realismo e idealismo.
(D) ato e potência.