sexta-feira, 1 de abril de 2016

Negros

Àwọn ènìyàn dúdú (negros)

Gbèrò èyí (pense nisto)

Em tempo de saberes, derrubando poderes, vivemos a era de apreciação e demarcação da melanina e sua história de resistência trazida no corpo, dos pés a cabeça.


Foto de Gilza Marques.

Melanina do tipo eumelanina, de cor marrom a preta, só o povo mais antigo da terra produz. Em Kemet, ela era chamada de, dentre outros nomes, "o preto perfeito".

Ao contrário do que a biologia branca nos ensina, a melanina está presente não só na pele, mas no cérebro, olho, ouvido, rins, fígado... No olho, por exemplo, todos os grupos humanos possuem uma camada de melanina na retina responsável pela difração da luz que permite a visão em cores. Sem melanina, o olho é cego: "a visão de luz é permitida pela escuridão da melanina".

Entretanto, somente em povos eumelaninados, quando o óvulo com melanina, se encontra com o espermatozoide com melanina, por exemplo, o "ovo ou zigoto" recebe um banho-explosao de melanina cuja força não é comparável a nenhuma outra fecundação e se assemelha à explosão de formação do universo.

Há muitas diferenças nos processos biológicos de povos eumelaninados (nós) e povos feomelaninados (todos os que não são nós). Por que a pesquisa da melanina tem sido suprimida? Por que há uma ignorância tão chocante sobre a importância biomédica da negritude biológica?

(Richard King em "Melanin: a key to freedom".)


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