segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Reaja ou Será Morto (a)!

O ó fèsì tàbí o ó ni òkú
Reaja ou Será Morto (a)!




Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

O, ìw, pron. Você.
Ó, óò, part. pré-v. Forma abreviada de yíò, que faz a marca do tempo futuro dos verbos.
Ó, òun, pron. Ele, ela.
Fèsì, v. Responder, replicar, reagir. 
Tàbí, conj. Ou.
Jẹ́, wà, ni, mbẹ, sí (depois do negativo kò), v. Ser.
Jẹ́, v. Ser. Concordar, permitir, admitir, arriscar-se a um empreendimento. Ser feito de, envolver. Responder, replicar. Chamar-se. ser chamado.  Jurar. 
, v. Estar, ser, existir, haver. Implica a existência ou a presença de algo.
Ni, v. Ser, é. Usado para ênfase, excluindo o efeito de possibilidade.
Mbẹ, v. Ser, existir.
, v. Forma negativa do verbo wà - estar, existir, haver. É precedido por kò (não). Bàbá kò sí nílé - Papai não está em casa.
Òkú, s. Morto, cadáver.

1. Povo Maxakalí pede socorro em Minas Gerais

02 de Setembro de 2015


Os Maxakali vivem em três municípios no nordeste de Minas Gerais, eles tem sido vítima de agressões, preconceitos, descaso, golpes e assassinatos. Comerciantes tem aplicado golpes em indígenas, além dos vários outros problemas que a população indígena vem enfrentado. 


Em janeiro, mais de 90 casos de diarreia aguda, crianças das aldeias Pradinho e Água Boa, no município de Bertópolis, foram internadas em hospitais. Oito crianças morreram ano passado, das Aldeias Água Boa (Santa Helena de Minas) e Pradinho (Bertópolis).

                     
A população Maxakali é de aproximadamente 1.600, suas terras foram devastada por fazendeiros, a desnutrição e a falta de projetos é preocupante na região, vítima de grande descaso. Assine o abaixo-assinado "Pressionando Governo de Minas,FUNAI e Presidência da República Investiguem, prendam e punam os responsáveis pela chacina do povo Maxakali em MG. Intervenham na situação de miséria e ajudem nossas crianças.", organizado pelo Comitê Mineiro de Apoio As Causas Indígenas.
                                                               

2. Frei Betto: A morte dos Guarani-Kaiowá



Rio -  A Justiça revogou a ordem de retirada de 170 índios Guarani-Kaiowá das terras que habitam no Mato Grosso do Sul. Em carta à opinião pública, eles apelaram: “Pedimos ao Governo e à Justiça Federal para não decretar a ordem de despejo, mas decretar nossa morte coletiva e enterrar nós todos aqui. Nós já avaliamos a nossa situação atual e concluímos que vamos morrer todos, mesmo, em pouco tempo”.

  A morte precoce é recurso frequente adotado pelos Guarani-Kaiowá para resistir frente às ameaças que sofrem. Preferem morrer a se degradar. Nos últimos 20 anos, quase mil indígenas, a maioria de jovens, puseram fim às suas vidas, em protesto às pressões de empresas e fazendeiros que cobiçam suas terras.

  A carta dos Guarani-Kaiowá foi divulgada após a Justiça Federal determinar a retirada de 30 famílias indígenas da aldeia Passo Piraju, em Mato Grosso do Sul. A área é disputada por índios e fazendeiros. Em 2002, acordo mediado pelo Ministério Público Federal, em Dourados, destinou aos índios 40 hectares ocupados por uma fazenda. O suposto dono recorreu à Justiça.

A Constituição abriga o princípio da diversidade e da alteridade e consagra o direito dos índios às terras habitadas tradicionalmente por eles. Os índios não são estrangeiros nas terras do Brasil. Ao chegarem aqui, os colonizadores portugueses se depararam com mais de 5 milhões de indígenas, que dominavam centenas de idiomas distintos. A maioria foi vítima de um genocídio implacável, restando hoje, apenas, 817 mil indígenas.

  Não adianta o governo brasileiro assinar documentos em prol dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável se isso não se traduzir em gestos concretos para a preservação dos direitos dos povos indígenas e de nosso meio ambiente.

Frei Betto é escritor, autor da novela indigenista ‘Uala, o amor’

ÍNDIA É PRESA DE MODO VIOLENTO EM MONTES CLAROS – MG.
Juvana Petyrhara, uma índia Xakriabá, participava do ato O Grito dos Excluídos em Montes Claros, norte de Minas Gerais, quando foi agarrada de forma violenta por entres os alambrados de contenção, arrastada, deitada com o rosto na calçada, algemada e mantida presa com os joelhos dos policiais sobre seu corpo.
No ponto final do ato, que acompanhou o desfile de 07 de setembro, culminou em frente ao palanque onde estava ao prefeito da cidade, Ruy Muniz. Debaixo de muitas vaias e gritos da multidão, o prefeito foi retirado do local por assessores. Foi nesse momento em que a índia Juvana, estava em frente a grade que distanciava a multidão, segurando um cartaz de cartolina, foi puxada com truculência. 
O policial, que efetuou a prisão, disse que ela teria empurrado a grade, por isso foi preciso “agir usando a força”. 
O cartaz de cartolina branca da índia dizia: “Somos Todos Guarani-Kaiowás contra o genocídio a mando do agronegócio”.

Wil Correia, em Montes Claros, MG, 35°.



3. Genocídio Tupinambá.

Dona Maria Tupinambá, mãe de Célia Tupinambá e do Cacique Babau, entre outros guerreiros encarcerados pelo Terrorismo de Estado, baleada no peito (bala de borracha) pela Polícia Federal em ação de reintegração


Índios são mortos em região de conflito no sul da Bahia

DANIEL CARVALHO
DO RECIFE


09/11/2013  15h03

Três índios tupinambás foram mortos na noite de sexta-feira (8) na região de Ilhéus (a 460 km de Salvador), no sul da Bahia, área de disputa entre produtores rurais e indígenas.

A morte dos índios foi confirmada pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), braço da Igreja Católica para a questão indígena.

Segundo a missionária Alda Maria de Oliveira, as famílias das vítimas disseram que os três índios foram alvo de emboscada. A missionária não soube informar os nomes deles.

De acordo com o Cimi, os índios eram da aldeia do Mamão, que integra a aldeia de Olivença.

O clima no sul da Bahia é tenso. Indígenas e produtores rurais disputam uma área de 47.376 hectares (cada hectare equivale a um campo de futebol), delimitada pela Funai (Fundação Nacional do Índio) em 2009.

Desde a data da delimitação, os tupinambás cobram do Ministério da Justiça o reconhecimento de que aquela área é território tradicional indígena.

Enquanto índios dizem que a área se trata de terra sagrada e afirmam que estão apenas retomando o espaço, produtores rurais dizem que são donos legítimos do local.

Em agosto, o governo federal enviou tropas da Força Nacional de Segurança, o que não impediu novos confrontos.

Duas semanas após a chegada das tropas, um trabalhador rural foi baleado e um índio morreu atingido por tiros.

No último dia 25, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), reuniram-se com líderes indígenas e proprietários rurais para tentar mediar o conflito.


O governo federal e o da Bahia afirmaram que iriam elaborar um plano de segurança para a região, sobre o qual nada foi divulgado ainda.

4. Genocídio de jovens negros e pobres.









O Mapa da Violência produzido pela Unesco – braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a educação, a ciência e a cultura – igualmente atesta o morticínio da juventude negra e pobre do Brasil. Pelo levantamento, em 2002, o índice de vitimização negra alcançou 73 pontos, ou seja, morreram proporcionalmente 73% mais negros no País do que brancos. Em 2012, esse índice subiu para 146,5, fazendo a vitimização negra no período (2002 a 2012) mais que duplicar.

Entidades e pessoas que apoiam o genocídio de indígena, negros e pobres:

Àwọn ààrẹ - Presidentes e presidenta.
Àwọn igbákejì Ààrẹ - Vice-presidentes.
Aṣàkóso ìdájọ́ - Ministro da Justiça.
Ilé-ẹjọ́ Gígajùlọ - Supremo Tribunal Federal (STF).
Àwọn onídàájọ́ - juízes.
Ìbùjókó aṣòfin ti olóko ní Kọ́ngrésì Onítọmọorílẹ̀-èdè (Ilé Aṣòfin Àgbà àti Ilé Aṣòfin Kéreré) - bancada ruralista no congresso nacional (Senado e Câmara dos Deputados).
Àwọn amúnisìn tipátipá - facistas, nazistas, neonazistas, hitleristas. 
Ẹgbẹ́ ọmọ-ogun ti oko aṣòdì sí ọmọ-ìbílẹ̀, s. Milícia rural anti-indígena.
Ọlọ́pàá, s. Polícia.
Àwọn ológun, s. Militares.
Ọ̀dáràn, apànìà, apani, s. Criminoso, assassino, malfeitor, culpado, matador.
Okoòṣowó, s. Agronegócio.
Àwọn olóko, s. Ruralistas, fazendeiros, latifundiários.
Àwọn bálẹ̀ - prefeitos.
Àwọn aṣòfin ìlú - vereadores.
Àwọn gómìnà - governadores.

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