quarta-feira, 17 de maio de 2017

Filosofia da religião

Filọ́sọ́fi ti ẹ̀sìn (filosofia da religião)


1. Ìtara aláìmòye ti ẹ̀sìn.
Intolerância religiosa




Intolerância Religiosa. O que diz a lei?

Este é um assunto que desperta muita polêmica e que entra em confronto com algo muito pessoal: a intolerância religiosa são todas as ideologias e atitudes que possam ofender as crenças e religiões pessoais.

Infelizmente ainda é um fato comum, que se descortina em todos os países do mundo, começando pela intolerância religiosa em que vemos a morte de pessoas simplesmente por professar uma religião diferente de uma pessoa fanática.

Esses casos são extremos, onde se cria a perseguição a pessoas de crenças diferentes, sendo algo de extrema gravidade, caracterizado por ofensas, por discriminação e por atos pessoais contra uma pessoa ou grupo que tenha uma crença diferente.

Devemos entender a liberdade de expressão e de culto como um direito das pessoas, mesmo porque são direitos assegurados na Declaração dos Direitos Humanos e garantidos, no Brasil, pela Constituição Federal.

Religião e crença não devem ser barreiras às relações humanas e todos devem ser respeitados e tratados de forma igual diante da lei, independente de sua orientação religiosa.

Contudo, esta é uma questão que envolve o ser humano em sua mais básica essência e que, infelizmente, o torna limitado, acreditando que sua religião é mais importante ou é a única verdadeira, o que torna determinadas pessoas cegas pela crença, sem perceber que também são seres humanos, como outros que professam outro tipo de crença.

A intolerância religiosa é falta de bom senso

Intolerância religiosa é, no mínimo, falta de bom senso e de respeito à diversidade, podendo se transformar, como já vemos na realidade, em situações que criam o caos e a violência.

Uma pessoa que tenha uma determinada crença não apresenta o menor senso crítico ao tentar impor a outro ser humano as suas crenças e valores, tornando-se uma pessoa criminosa, gerando ofensas à liberdade fundamental de uma outra.

Nossa Constituição estabelece em seu artigo 5°, inciso VI, que a liberdade de consciência e de crença é inviolável, assegurando a todos o livre exercício de cultos religiosos e tendo garantida a proteção aos seus locais de culto e às suas liturgias.

Como base, somos um Estado laico, ou seja, o Brasil não possui uma religião oficial, mantendo-se o Estado neutro e imparcial – pelo menos teoricamente – às religiões em todas as suas formas. O que devemos procurar é a perfeita separação entre Igrejas e Estado, assegurando a governabilidade do Brasil isenta de dogmas religiosos.

Assim, o que podemos ter como certo, e dentro da lei, é que todos os brasileiros estão protegidos em suas crenças, não se podendo desrespeitar nenhuma delas.

O que devemos ter em mente é algo totalmente diferente: uma crítica religiosa não é necessariamente uma intolerância religiosa. Podemos ter o direito de criticar dogmas e liturgias de religiões movidos por nossas liberdade de opinião e de expressão, também garantida pela Constituição, mas isso deve ser feito de maneira que não haja o desrespeito e a fomentação de aversões ou agressões a grupos religiosos não condizentes com nossas crenças pessoais.


O exercício democrático permite isso. O que não permite é que uma pessoa intolerante possa agredir qualquer outra motivada apenas pela sua ignorância e falta de compreensão básica de que quer também sua própria religião respeitada.

Fonte: https://blog.juridicocerto.com/2016/02/intolerancia-religiosa-o-que-diz-a-lei.html


2.  Alárin-ẹ̀yà ènìyàn (etnocentrismo).



O etnocentrismo declara a crença de que as normas, os valores, a ideologia, os costumes e tradições de uma cultura, são superiores em comparação a outras culturas. O conceito foi concebido por William Graham Sumner na obra Folkways (1906), e desde então serviu como a pedra de toque na análise cultural. Este fenómeno é universal, pois facilita a coesão e continuidade em vários planos da organização social, e, na sua expressão mais assombrosa, serve de ferramenta racionalizada para atacar ou exterminar outras culturas e subculturas. O conceito está indiscutivelmente ligado à noção de desvio, pois uma cultura rotulada como inferior é vista como um “Outro” ignorante, ou mesmo inumano, o que serve de pretexto para as guerras culturais ou o “Choque entre Civilizações”. Conforme o etnocentrismo cresce mais fortalecido, mais se disseminam os absolutismos culturais, determinando estes que em todos os lugares e todos os tempos há somente uma única forma de atuar e ser. Curiosamente, existe o etnocentrismo inverso, isto é, o fenómeno raro de acordo com o qual um indivíduo classifica outros meios socioculturais como superiores ao seu próprio contexto.

Fonte: http://knoow.net/ciencsociaishuman/sociologia/etnocentrismo/

3. Igbà fún, ijẹ́ fún, ífaradàgbígbà (tolerância)

Tolerância é um termo que vem do latim tolerare que significa "suportar" ou "aceitar". A tolerância é o ato de agir com condescendência e aceitação perante algo que não se quer ou que não se pode impedir.

A tolerância é uma atitude fundamental para quem vive em sociedade. Uma pessoa tolerante normalmente aceita opiniões ou comportamentos diferentes daqueles estabelecidos pelo seu meio social. Este tipo de tolerância é denominada "tolerância social".

O dia 16 de novembro foi instituído pela ONU como o Dia Internacional para a Tolerância. Esta é uma das muitas medidas da Organização das Nações Unidas para o combate à intolerância e da não aceitação da diversidade cultural.

Esta data ainda visa combater a intolerância religiosa, que consiste na falta de compreensão que algumas pessoas têm sobre o direito de cada indivíduo expressar a sua crença.

Fonte: https://www.significados.com.br/tolerancia/


4. Ìwà yàtọ̀ (alteridade)

A palavra alteridade possui o significado de se colocar no lugar do outro na relação interpessoal, com consideração, valorização, identificação e dialogar com o outro.
A pratica da alteridade se conecta aos relacionamentos tanto entre indivíduos como entre grupos culturais religiosos, científicos, étnicos, etc.
Na relação alteritária, está sempre presente os fenômenos holísticos da complementaridade e da interdependência, no modo de pensar, de sentir e de agir, onde o nicho ecológico, as experiências particulares são preservadas e consideradas, sem que haja a preocupação com a sobreposição, assimilação ou destruição destas.

“Ou aprendemos a viver como irmãos, ou vamos morrer juntos como idiotas” (Martin Luther King).

A prática da alteridade conduz da diferença à soma nas relações interpessoais entre os seres humanos revestidos de cidadania. 
Pela relação alteritária é possível exercer a cidadania e estabelecer uma relação pacífica e construtiva com os diferentes, na medida em que se identifique, entenda e aprenda a aprender com o contrário.

Fonte: http://ensinoreligiosopravaler.blogspot.com.br/2011/03/refletindo-sobre-alteridade.html

5. Ìṣe iyèkan ti àṣà (relativismo cultural)

Relativismo cultural é uma perspectiva da antropologia que vê diferentes culturas de forma livre de etnocentrismo, o que quer dizer sem julgar o outro a partir de sua própria visão e experiência.


6. Àṣà àlàáfíà (cultura de paz)

O pacifismo é uma filosofia de oposição à guerra. O termo cobre um amplo espectro de pontos de vista, desde a preferência por meios não-militares para a solução de conflitos até à oposição total ao uso da violência, ou mesmo força, em qualquer circunstância.




Àwọn ìlànà ti àṣà àlàáfíà.
Princípios da Cultura de Paz.



Em 1998, quando da celebração dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, um grupo de ganhadores do Prêmio Nobel da Paz redigiu o “Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência”, listando os seguintes princípios:

1. Respeitar a vida:

Respeitar a vida e a dignidade de qualquer pessoa sem discriminar ou prejudicar.

2. Rejeitar a violência

Praticar a não-violência ativa, repelindo a violência em todas as suas formas: física, social, psicológica, econômica, particularmente diante dos mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes.

3. Ser generoso:

Compartilhar meu tempo e meus recursos materiais cultivando a generosidade, para acabar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica.

4. Ouvir para compreender:

Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem a maledicência e ao rechaço ao próximo.

5. Preservar o planeta:

Promover o consumo responsável, e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta.

6. Redescobrir a solidariedade

Contribuir para o desenvolvimento de minha comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito aos princípios democráticos, para criar novas formas de solidariedade.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

 Ìtara aláìmòye, ìfi ori-kuku, aìmoye di nkan mu, s. Fanatismo, intolerância, zelo excessivo, beatice.
Àìkò lémí, s. Intolerância.
Ìtara, s. Zelo.
Aláìmòye, s. Pessoa sem percepção, pessoa abobalhada.
Àìmòye, s. Imprudência.
Nkan, pron. indef. Algo, alguma coisa.
Nkan, s. Coisa, algo.
Nkankan, s. Nada.
Nkan-kí-nkan, adj. Qualquer coisa.
Nkan oṣù, s. Menstruação (lit. coisas do mês).
Di, v. Tornar-se, vir a ser. Ir direto. Ensurdecer. Cultivar.
Di, prep. Até. Quando indica tempo ou período, é antecedida por títí. Mo ṣiṣẹ́ títí di agogo mẹ́rin - Eu trabalhei até as 16h. Se indica de um período para outro, é antecedida por láti. Mo sùn láti  aago kan di aago méjì lójojúmọ́ - Eu durmo de 13 h até as 14 h diariamente.
Mu, v. Beber, embeber, ensopar. Sugar, chupar, fumar. 
, adj. Sonoro, agudo, claro.
, v. Tomar, pegar coisas leves e abstratas. Capturar, agarrar. Ser severo. Ser afiado.
Oríkunkun, s. Obstinação, teimosia.
Kúkú, v. Preferir.
Kúkù, s. Mestre-cuca (do inglês cook), cozinheiro.
Olùjọ́sìn, s. Adorador, cultuador.
Olùfọkànsìn, s. Um devoto.
Ẹ̀sìn, ìsìn, s. Culto, religião.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ti, ti...ti, adj. Ambos... e. Ti èmi ti ìyàwó mi - ambos, eu e minha esposa.
Ti, v. Ter (verb. aux.). Arranhar. Pular. 
Ti, v. interrog. Como. Ó ti jẹ́? - Como ele está.
Ti, adv. pré-v. Já. Indica uma ação realizada.
Ti, àti, conj. E.
Ti, part. pré-v. 1. Usada para indicar o tempo passado dos verbos. Èmi ti máa rìn lálé - Eu costumava caminhar à noite. 2. É usada com báwo ni - como - quando se deseja expressar sentimento e posicionada antes do verbo principal. Báwo ni àwọn ti rí? - Como eles estão?. 
Àwọn, wọ́n, s. Eles, elas, os, as. É também usado como partícula para formar o plural do substantivo; neste caso, é posicionado antes do substantivo. 
Jẹ́nẹ́sísì, s. Gênesis (origem, nascimento, criação). 
Ìdásílẹ̀, s. Criação, começo, instituição, inauguração.  Ìdásílẹ̀ Àgbájọ àwọn Orílẹ̀-èdè Aṣọ̀kan - Criação da Organização das Nações Unidas (ONU). 
Ìbẹ̀rẹ̀, s. Início. 
Ìbẹ̀rẹ̀pẹ̀pẹ̀, s. Princípio, início. 
Ti, prep. De (indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido.
Ayọ̀, s. alegria, felicidade, satisfação. 
Inúmidun, s. Estou com a barriga doce, a minha felicidade é profunda. 
Ìrọra, s. Calma, paz, sossego. 
Àlàáfíà, àláfíà ( do árabe lafiya), s. Paz, felicidade, bem-estar. 
Orí ire, oríre, s. Uma boa cabeça, uma cabeça abençoada, boa sorte. 
Ìdẹra, s. Calma, relaxamento.
Ìlànà, s. Determinação, estatuto, preceito, regimento, regra e roteiro.
Òfin,s. Lei, regra.
Ìmòye, àmòye, s. Sabedoria, compreensão, previsão. 
Ìmọ̀, s. Cultura, saber, conhecimento. 
Ìlàjú, s. Cultura, civilização.
Àṣà, s. Costume, hábito, moda.
Àṣà-ibílẹ̀, s.  Costume nativo. 





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