terça-feira, 17 de junho de 2014

Vergonha

Ta ni ó tijú ilẹ̀ Bràsíl.
Quem envergonhou o Brasil?

Foto: Já que o negócio despencou pro baixo calão então esta é a resposta ...

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)


Tani = quem.
Ta = quem. Usado na formação de perguntas referentes a seres humanos e títulos honoríficos.
Ni = ser, é.
Ó = ele, ela.
Ìtìjú = vergonha.
Tijú = envergonhar-se, corar.
Ilẹ̀ = terra, solo, chão.
Bràsíl = Brasil.


Quem envergonhou o Brasil aqui e lá fora?
17/06/2014
Pertence à cultura popular do futebol a vaia a certos jogadores, a juízes e eventualmente a alguma autoridade presente. Insultos e xingamentos com linguagem de baixo calão que sequer crianças podem ouvir é coisa inaudita no futebol do Brasil. Foram dirigidos à mais alta autoridade do pais, à Presidenta Dilma Rousseff, retraída nos fundos da arquibancada oficial.

Esses insultos vergonhosos só podiam vir de um tipo de gente que ainda têm visibilidade do pais, “gente branquíssima e de classe A, com falta de educação e sexista’ como comentou a socióloga do Centro Feminista de Estudos, Ana Thurler.

Quem conhece um pouco a história do Brasil ou quem leu Gilberto Freyre, José Honório Rodrigues ou Sérgio Buarque de Hollanda sabe logo identificar tais grupos. São setores de nossa elite, dos mais conservadores do mundo e retardatários no processo civilizatório mundial, como costumava enfatizar Darcy Ribeiro, setores que por 500 anos ocuparam o espaço do Estado e dele se beneficiaram a mais não poder, negando direitos cidadãos para garantir privilégios corporativos. Estes grupos não conseguiram ainda se livrar da Casa Grande que a tem entrenhada na cabeça e nunca esqueceram o pelourinho onde eram flagelados escravos negros. Não apenas a boca é suja; esta é suja porque sua mente é suja. São velhistas e pensam ainda dentro dos velhos paradigmas do passado quando viviam no luxo e no consumo conspícuo como no tempo dos príncipes renascentistas.

Na linguagem dura de nosso maior historiador mulato Capistrano de Abreu, grande parte da elite sempre “capou e recapou, sangrou e ressangrou” o povo brasileiro. E continua fazendo. Sem qualquer senso de limite e por isso, arrogante, pensa que pode dizer os palavrões que quiser e desrespeitar qualquer autoridade.

O que ocorreu revelou aos demais brasileiros e ao mundo que tipo de tipo de lideranças temos ainda no Brasil. Envergonharam-nos aqui e lá fora. Ignorante, sem educação e descarado não é o povo, como costumam pensar e dizer. Descarado, sem educação e ignorante é o grupo que pensa e diz isso do povo. São setores em sua grande maioria rentistas que vivem da especulação financeira e que mantém milhões e milhões de dólares fora do país, em bancos estrangeiros ou em paraísos fiscais.

Bem disse a Presidenta Dilma: “o povo não reage assim; é civilizado e extremamente generoso e educado”. Ele pode vaiar e muito. Mas não insulta com linguagem xula e machista a uma mulher, exatamente aquela que ocupa a mais alta representação do país. Com serenidade e senso de soberania pessoal deu a estes incivilizados uma respota de cunho pessoal:”Suportei agressões físicas quase insuportáveis e nada me tirou do rumo”. Referia-se às suas torturas sofridas dos agentes do Estado de terror que se havia instalado no Brasil a partir de 1968. O pronunciamento que fez posteriormente na TV mostrou que nada a tira do rumo nem a abala porque vive de outros valores e pretende estar à altura da grandeza de nosso país.

Esse fato vergonhoso recebeu a repulsa da maioria dos analistas e dos que sairam a público para se manfiestar. Lamentável, entretanto, foi a reação dos dois candidatos a substitui-la no cargo de Presidente. Praticamente usaram as mesmas expressões, na linha dos grupos embrutecidos:”Ela colhe o que plantou”. Ou o outro deu a entender que fez por merecer os insultos que recebeu. Só espíritos tacanhos e faltos de senso de dignidade podiam reagir desta forma. E estes se apresentam como aqueles que querem definir os destinos do país. E logo com este espírito! Estamos fartos de lideranças medíocres que quais galinhas continuam ciscando o chão, incapazes de erguer o voo alto das águias que merecemos e que tenham a grandeza proporcional ao tamanho de nosso país.

Um amigo de Munique que sabe bem o portugues, perplexo com os insultos comentou:”nem no tempo do nazismo se insultavam desta forma as autoridades”. É que ele talvez não sabe de que pré-história nós viemos e que tipo de setores elitistas ainda dominam e que de forma prepotente se mostram e se fazem ouvir. São eles os principais agentes que nos mantém no subdesenvolvimento social, cultural e ético. Fazem-nos passar uma vergonha que, realmente, não merecemos.

Leonardo Boff professor emérito de Etica e escritor

About these 

sábado, 14 de junho de 2014

Reencarnação

 Físíksì kùátọ̀mù làdí àtúnwá náà.
A física quântica explica a reencarnação.



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)


Físíksì kùátọ̀mù, s. Física quântica.
Làdí, sọ àsọyé, sọyé. Expor, explicar, definir, interpretar, falar com clareza.
Tùmọ́, v. Traduzir, explicar.
Àtúnwá, s. Retorno, voltar de novo, reencarnação
Àtúnbí, s. Regeneração, renascimento.
Àtúnhù, s. Renascer, brotar de novo.
Náà, art. O, a, os, as.



FÍSICA QUÂNTICA EXPLICA VIDA APÓS A MORTE

Divulgação
Renomado professor de física da Universidade de Oregon, pesquisador do Institute of Noetic Sciences, assíduo visitante do Brasil, o indiano Amit Goswami mostra por que a reencarnação é um fenômeno que merece ser investigado pela ciência
16 DE MAIO DE 2012 ÀS 09:11





Por Amit Goswami - No fim do século 19, os teosofistas, sob a liderança de Madame Helena Blavatsky, redescobriram para o Ocidente algumas antigas verdades orientais. A verdade da ontologia perene – de que a consciência é a base de todo o ser – era clara para eles. Eles reconheciam também dois princípios cosmológicos. Um é o princípio da repetição para o cosmo inteiro – a ideia de que o universo se expande a partir de um big-bang, depois se retrai num big-crunch e em seguida se expande outra vez, esticando e encolhendo de modo cíclico. O segundo princípio era a ideia de reencarnação – a ideia de que existe uma outra vida antes desta e haverá outra depois da morte; nós já estivemos aqui antes e vamos renascer muitas outras vezes.
Para a mentalidade moderna, a reencarnação parece um tanto absurda. Sob implacável pressão da ciência materialista, nós nos identificamos quase totalmente com o corpo físico, de modo que a ideia de que uma parte de nós sobrevive à morte do corpo físico é difícil de engolir. Ainda mais difícil é imaginar um renascimento dessa parte num novo corpo físico. A imagem de uma alma deixando o corpo que morre e entrando num feto prestes a nascer parece particularmente incômoda, porque pressupõe uma alma existindo independentemente do corpo. E nós tentamos com tanto afinco erradicar o dualismo de nossa visão de mundo!
Mas o nosso monismo (1) não precisa ser um monismo fundamentado na matéria. Se, em vez da matéria, a consciência for a base de todo o ser, a primeira dificuldade – aceitar que uma parte de nós sobrevive à morte – é consideravelmente mitigada, pois pelo menos a consciência sobrevive à morte do corpo físico.
Além disso, quando aprendemos que a nova ciência precisa incluir os corpos vital e mental e o intelecto para captar o sentido do que acontece no nível material da realidade, e que o corpo físico é uma espécie de computador (quântico) no qual as funções vitais e mentais estão programadas num software fácil de usar, até mesmo a aceitação da ideia de algo como uma alma se torna fácil. Não, isso não requer dualismo. Nenhum de nossos corpos – o físico, o vital, o mental ou o intelecto – é uma substância sólida, ao estilo newtoniano clássico; eles são, em vez disso, possibilidades quânticas na consciência. A consciência simultaneamente provoca colapsos de possibilidades paralelas desses mundos para compor sua própria experiência de cada momento.
Dos quatro corpos, apenas o corpo físico é localizado, estrutural e também materialmente; é por essa razão que é chamado de corpo grosseiro. Nossos corpos vital e mental são inteiramente funcionais, criados por condicionamento. Nós desenvolvemos propensões a determinadas confluências de funções vitais e mentais no processo de formação das representações no físico. Esses padrões de hábito se constituem de memória quântica – o condicionamento das probabilidades quânticas associadas às funções matemáticas de onda quântica desses corpos. É uma boa descrição científica de uma parte de nós que sobreviveria à morte: o corpo sutil – o conglomerado dos corpos vital, mental e temático –, no qual a memória das propensões passadas (que os hindus denominam carma) é transportada pela matemática quântica modificada dos corpos vital e mental. Podemos chamar esse conglomerado de mônada quântica. (Além dos corpos grosseiro e sutil, existe um terceiro, o corpo causal, constituído do corpo de beatitude do modelo panchakosha, o qual, é claro, sobrevive à morte, porque é a base do ser. Para onde mais ele iria?)
Com isso, a reencarnação é elevada à categoria de fenômeno merecedor de investigação científica, pois a melhor prova científica da existência do corpo sutil, com seus componentes vital e mental, seria um indício de sua sobrevivência e reencarnação. (2)
A mônada quântica sobrevivente, de acordo com o nosso modelo, conserva a memória quântica dos padrões de hábito e das propensões das vidas passadas. E existem amplos dados em apoio à ideia de que as propensões sem dúvida sobrevivem e reencarnam. No entanto, todas as narrativas que acumulamos durante a nossa existência, toda a nossa história pessoal, morrem, de modo geral, com o corpo físico, com o cérebro; essas histórias não são transportadas pelas mônadas quânticas. Mesmo assim, existem dados que mostram que algumas pessoas, especialmente crianças, são capazes de lembrar-se de histórias de vidas passadas, frequentemente com um nível de detalhe surpreendente. Qual é a explicação para essa memória reencarnacional? A não-localidade quântica através do tempo e do espaço esclareceria isso.
Acredito que todas as reencarnações de uma dada mônada quântica são conectadas não-localmente através do tempo e do espaço, correlacionadas em virtude de uma intenção consciente. Pouco antes do momento da morte, quando entramos num estado que os budistas tibetanos denominam bardo (transição), nossa identidade-ego cede consideravelmente; e, quando mergulhamos no eu quântico, tomamos conhecimento de uma janela não-local de recordações – passadas, presentes e futuras. Quando agonizamos, somos capazes de travar uma relação não-local com a nossa próxima encarnação, ainda sendo gestada, de modo que todas as histórias que recordamos se tornam parte das histórias dessa encarnação, agregando-se a suas recordações de infância. Essas recordações podem ser evocadas, mais tarde, sob hipnose. E, em alguns casos, as crianças conseguem evocar espontaneamente essas histórias de suas vidas passadas.
Como a mônada quântica sabe onde deve renascer? Se as diferentes encarnações físicas são correlacionadas pela não-localidade quântica e pela intenção consciente, seria a nossa intenção (no momento da morte, por exemplo) que transporta a nossa mônada quântica de um corpo encarnado para outro.
Indícios de sobrevivência e reencarnação
Existem três tipos de indícios em favor da teoria da sobrevivência e reencarnação do corpo sutil:
• Experiências relativas ao estado alterado de consciência no momento da morte
• Dados sobre reencarnação
• Dados sobre seres desencarnados
Uma espécie de indício vem do limiar da morte, a experiência de morte. As experiências de visões comunicadas psiquicamente a parentes e amigos por pessoas à beira da morte vêm sendo registradas desde 1889, quando Henry Sidgwick e seus colaboradores iniciaram cinco anos de compilação de um Censo das Alucinações, sob os auspícios da British Society for Psychical Research. Sidgwick descobriu que um número significativo das alucinações relatadas envolvia pessoas que estavam morrendo a uma distância considerável do indivíduo que alucinava, e ocorria num prazo de 12 horas da morte.
Mais conhecidas, evidentemente, são as experiências de quase-morte (EQMs), nas quais o indivíduo sobrevive e se recorda de sua experiência. Nas EQMs, nós encontramos uma confirmação de algumas das crenças religiosas de diversas culturas; quem teve a experiência frequentemente descreve uma passagem por um túnel que leva a um outro mundo, guiada, muitas vezes, por uma conhecida figura espiritual da tradição da pessoa ou por um parente morto.
Tanto nas visões no leito de morte quanto nas experiências de quase-morte, o indivíduo parece transcender a situação de morrer, que, afinal, é frequentemente dolorosa e desconcertante. O indivíduo parece experimentar um domínio de consciência “feliz”, diferente do domínio físico da experiência comum.
A felicidade ou a paz comunicadas telepaticamente nas visões no leito de morte sugerem que a experiência da morte é um profundo encontro com a consciência não-local e com seus diversos arquétipos. Na comunicação telepática de uma experiência alucinatória, a identificação com o corpo que está padecendo e morrendo ainda é claramente muito forte. Mas a subsequente libertação dessa identificação permite uma comunicação integral da felicidade da consciência do eu quântico, que está além da identidade-ego.
Que as experiências de quase-morte são encontros com a consciência não-local e seus arquétipos é algo confirmado por dados diretos. Uma nova dimensão da pesquisa sobre a EQM demonstra que uma EQM pode levar a uma profunda transformação no modo de vida do sobrevivente da experiência. Muitos deles, por exemplo, deixam de sentir o medo da morte que assombra a maior parte da humanidade.
Qual é a explicação para a imagética específica descrita pelos que passaram pela EQM? As imagens vistas – personagens espirituais, parentes próximos como os pais ou os irmãos – são claramente arquetípicas. Podemos aprender alguma coisa comparando as experiências dos indivíduos com sonhos, uma vez que o estado que eles experimentam é semelhante ao estado onírico: sua identificação com o corpo se reduz e o ego deixa de ficar monitorando e controlando.
Dados sobre reencarnação
Os indícios em favor da memória reencarnacional são obtidos principalmente a partir dos relatos de crianças que se lembram de suas vidas passadas com detalhes passíveis de comprovação. O psiquiatra Ian Stevenson acumulou uma base de dados de cerca de duas mil recordações reencarnacionais comprovadas. Em alguns casos, ele chegou a levar as crianças aos lugares das vidas passadas de que se lembravam para comprovar suas histórias. Mesmo sem jamais terem estado nesses lugares, as crianças os reconheciam e conseguiam identificar as casas em que tinham vivido. Às vezes reconheciam até mesmo membros de suas famílias anteriores. Em um caso, a criança lembrou-se de onde havia algum dinheiro escondido, e, de fato, encontrou-se dinheiro ali. Os detalhes sobre esses dados podem ser encontrados nos livros e artigos de Stevenson. Um dos modos de se comprovar nosso modelo atual – de que a memorização reencarnacional ocorre numa idade muito precoce, por meio de uma comunicação não-local com o eu à beira da morte da vida anterior – seria verificar se os adultos são capazes de se lembrar de experiências de vidas passadas, quando submetidos à regressão à infância.
Dados sobre entidades desencarnadas
Até aqui, falamos sobre dados que envolvem experiências de pessoas na realidade manifesta. Mas existem outros dados, muito controversos, a respeito da sobrevivência depois da morte nos quais uma pessoa viva (normalmente um médium ou canalizador em estado de transe) alega se comunicar com uma pessoa, e falar por ela, que já morreu há algum tempo e aparentemente habita um domínio além do tempo e do espaço. Isso sugere não apenas a sobrevivência da consciência depois da morte como também a existência de uma mônada quântica sem corpo físico.
Como um médium se comunica com uma mônada quântica desencarnada? A consciência não é capaz de provocar o colapso de ondas de possibilidade numa mônada quântica isolada, mas, se a mônada quântica desencarnada entrar em correlação com um ser material vivo (o médium), o colapso pode ocorrer. Os canalizadores são as pessoas que possuem um talento especial e disposição para atuar nessa qualidade.
O fenômeno da escrita automática também pode ser explicado em termos de canalização. As ideias criativas e as verdades espirituais estão disponíveis para todos, mas o acesso a elas requer uma mente preparada. Como o profeta Maomé foi capaz de escrever o Corão, mesmo sendo praticamente analfabeto? O arcanjo Gabriel – uma mônada quântica – emprestou a Maomé, por assim dizer, uma mente. A experiência também transformou Maomé.
Anjos e devas
Em todas as culturas existem concepções de seres correspondentes ao que, no cristianismo, se denomina anjos. Os devas são os anjos do hinduísmo. Em geral, os anjos, ou devas, pertencem ao reino transcendente e arquetípico do corpo temático, o que Platão chamava de reino das ideias, e são desprovidos de forma. São os contextos aos quais nós damos forma em nossos atos criativos. Mas, na literatura, e mesmo nos tempos modernos, também existem anjos percebidos pelas pessoas como auxiliadores (como Gabriel, que auxiliou Maomé). Na linguagem de nosso modelo, esse tipo de anjo poderia ser uma mônada quântica desencarnada cuja participação no ciclo de nascimento e renascimento já terminou.
Notas
(1) De acordo com o Dicionário Houaiss da língua portuguesa, o monismo é uma “concepção que remonta ao eleatismo grego (antigo sistema filosófico da escola de Eleia, que só admitia duas espécies de conhecimentos: os que provêm dos sentidos e são apenas ilusão, e os que provêm do raciocínio e são os únicos verdadeiros) segundo a qual a realidade é constituída por um princípio único, um fundamento elementar, sendo os múltiplos seres redutíveis em última instância a essa unidade”. (N. da R.)
(2) Saliente-se que F. A. Wolf (1996) elaborou um modelo de sobrevivência depois da morte dentro do próprio paradigma materialista. Em sua teoria, no entanto, há várias hipóteses que talvez não sejam viáveis; seu modelo de sobrevivência, por exemplo, é válido somente se o universo vier a terminar num big-crunch.
Serviço
Este artigo é um excerto do capítulo “A Ciência e o Espírito da Reencarnação” do livro “A janela visionária – Um guia para a iluminação por um físico quântico”, de Amit Goswami, publicado no Brasil pela Editora Cultrix.

Vácuo quântico

 Òfìfo kùátọ̀mù.
Vácuo quântico.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)

Ofò, òfìfo, àlàfo, s. Vácuo, vazio, o nada.
Asán, s. Vaidade, vazio, orgulho. Inútil.               Wà lásán =  viver por viver.
Ṣófo, v. Estar vazio.
Àlàfo, s. Espaço entre duas coisas. 
Físíksì kùátọ̀mù, s. Física quântica.







1 - Vácuo quântico
     Vácuo quântico seria o espaço no qual aparentemente não existe nada para um observador qualquer, mas que contém uma quantidade mínima de energia, campos eletromagnéticos e gravitacionais principalmente e partículas virtuais (partículas de força) interagindo entre si.



2 - A TEORIA QUÂNTICA, O 'QUANTUM HOLOGRAMA E' ENERGIA DE PONTO ZERO


 Teoria quantisticaTalvez a questão mais premente do nosso tempo é a crescente demanda de energia a partir de combustíveis fósseis, um recurso não renovável que está se tornando cada vez mais caros e escassos. A demanda global continua irá absorver reservas certamente conhecidos em um tempo relativamente curto. Temos os melhores 20-30 anos para encontrar alternativas e parar a crise de energia, ao passo que uma tecnologia e uma forma completamente nova infra-estrutura deve ser projetada e implementada. Outras alternativas para fósseis, com grandes reservas (carvão, turfa, etc) não são razoáveis, eles são caros para extrair, sujo e as emissões resultantes vai piorar o aquecimento global ea poluição. O fracasso na implementação de energia limpa e de baixo custo, pode ser esperado para levar ao colapso das economias e da própria civilização.

O uso de energia abundante, limpa e econômica é essencial se quisermos alcançar uma civilização moderna sustentável. Esta proposta QuanTrek descreve um programa de pesquisa para resolver muitos destes problemas e resolvê-los.



Teoria Quântica & The Hologram Quantum


A teoria quântica é a base de todas as ciências naturais, da física à química, biologia e cosmologia. Ele explica por que as estrelas brilham, como fotossíntese obras, subjacente a todos os processos biológicos e na raiz da existência do universo. Muitas tecnologias modernas são baseadas em dispositivos projetados para usar os princípios da mecânica quântica. A teoria quântica é provavelmente a teoria mais preciso já desenvolvido para descrever a realidade. É aplicável a objetos micro e macroscópicas e precisa descreve todas as interações de energia e matéria no universo. O campo de energia de ponto zero (ZPE), como a flutuação quântica eletromagnética é um conceito aceito oficialmente mecânica quântica e também acontece a zero graus Kelvin. É uma fonte de energia ilimitada e onipresente que permeia e sustenta toda a matéria e existe em toda parte (mesmo no vácuo do espaço sideral). O princípio da incerteza de Heisenberg exige claramente que os fótons de vida curta, ir e vir da existência (junto com pares elétron-pósitron). A incapacidade para solidificar o hélio mesmo no zero absoluto, é atribuída ao ponto zero de energia.


Da física de partículas surgem questões importantes relacionadas com o campo de ZPE. Eu sou o fenômeno da emissão / absorção de quanta de energia, a dualidade onda / partícula e da estrutura dos mecanismos de não-localidade, complicação, correlação quântica e coerência, os processos de ressonância, de grupo (incluindo a escala macroscópica ) e informações (como padrões de energia). Investigando melhorias na ressonância magnética funcional (fMRI), verificou-se que o fenômeno da emissão / absorção de energia de todos os objetos físicos macroscópicos, traz informações sobre a história dos eventos das relações de fase nos padrões subjacentes de interferência como a saída. O formalismo matemático resultante (modelo teórico) é o mesmo utilizado no formalismo holografia, daí o nome de Quantum holografia (QH). O QH também fornece a base para explicar como toda a criação aprende, auto-corrigir e evoluir como um sistema holístico de auto-organização e interligados. As correlações quânticas não-locais observados nas interações das partículas, exibe a capacidade de aceitar e absorver a informação em todas as escalas, a capacidade de guiar os processos evolutivos via armazenamento e mecanismos de recuperação interna para grandes quantidades de informação. O fenômeno da QH ocorre em todas as temperaturas (não requer zero graus Kelvin).


As implicações de QH são imensas. O QH fornece um meio para explicar o surgimento de energia e matéria escura (agora pensado para ser assunto primordial e energia) do campo de energia do ponto zero. Isto sugere que é a base a partir da qual a aprendizagem da auto-organização, incluindo a vida. As correlações quânticas não-locais observados nas partículas e os objetos moleculares QH-associados não-locais e de grande escala, parecem servir o propósito de fornecer informações em todas as escalas para orientar processos evolutivos. O QH sugere que a aprendizagem ocorre em moléculas de ADN e células procarióticas, tais como processo de adaptação de ressonância do meio ambiente, em vez de mutação e processos aleatórios para adaptação. As correlações quânticas não-locais entre partículas quânticas entrelaçadas já pode ser considerada a principal causa do fenômeno vivenciado como uma percepção do transporte de informações não-local em uma escala molecular e superior através do campo de ZPE. Esses fenômenos associados não são bem compreendidos, mas o suficiente validado teórica e experimentalmente para fornecer uma base para postular uma condição necessária para a existência de todos os fenômenos da consciência. Isso por si só tem grandes implicações para a interligação em um nível profundo de toda a matéria (vivos e não-vivos) no universo.


Di energia de ponto zero (ZPE)


O QH também fornece o formalismo matemático por trás do campo de ZPE. Uma vez devidamente modeladas pela teoria, podemos fazer previsões e experimentos que ocorrem. A evidência da extração de energia a partir da energia do ponto zero foi demonstrada pela primeira vez por Hendrik Casimir em 1947, usando as forças de pressão de radiação a partir do ponto zero, o que empurra as duas placas condutoras paralelas externas. O efeito resultante é agora chamado a força de Casimir. Chegando a 1990 esta força foi medida com grande precisão. É claro que um vasto mar de energia ponto zero é inferior a todo o universo. A questão é se podemos entrar neste mar virtual da energia de ponto zero. Há razões para pensar assim, mesmo que a prova está nos experimentos. Por exemplo, a radiação de Hawking converte as oscilações de quantum na emissão térmica verdadeiro electromagnética. Isso explica por que os buracos negros irradiam e finalmente evaporanto. O efeito Davies-Unruh é semelhante: um objeto experimenta um banho de calor aceleração que é derivada somente a partir de flutuações quânticas. Isso também pode explicar os efeitos da gravidade e inércia. Além disso, a força de Casimir e o chamado deslocamento de Lamb, pode ser atribuído às flutuações do quantum (embora não sem ambiguidade). Muitos outros efeitos podem ser explicados pela energia do ponto zero.


Você está conduzindo um experimento em uma grande universidade americana, que tenta mudar a órbita de elétrons em cavidade Casimir e extrair esta energia. Este é um efeito previsto pela teoria. A experiência até agora tem sido feito com pequenas configurações financiados e teste bastante simples, talvez até demais para obter os resultados previstos. Ele tem um monte de variações experimentais para tentar servir a outros empréstimos. Mesmo que só poderia obter uma pequena fração da ZPE de energia, o limite de disponibilidade não estaria nas reservas (virtualmente ilimitado), mas no dispositivo de extração. Um pedido de patente modelo e vários projetos foram desenvolvidos e envolvendo gás flui através cavidade Casimir. Usando uma estimativa muito conservadora de um elétron de energia por átomo que passa na cavidade apropriada, teríamos cerca de um watt por centímetro cúbico de estrutura (que seria simples para construir uma pilha de cavidade Casimir). A produção é esperada para aquecer. Mesmo tendo em conta uma considerável sobrecarga dispositivos para captação de energia térmica e convertê-la em eletricidade, as estimativas mostram que uma única estação pode gerar pelo menos um gigawatt. Outras melhorias podem aumentar o valor. 


A incerteza de nossas estimativas é em física. Se estiver correta, a tecnologia de conversão é muito simples e tradicional, e talvez mais importante, limpo. Os gases utilizados em nosso processo são continuamente reciclados e são inofensivos gases nobres (néon, xenônio, argônio ou criptônio). Esta energia pode então ser convertido e usado em muitas aplicações, incluindo a iluminação da cidade e do poder do carro com a tecnologia adequada.


Traduzido por Richard para Altrogiornale.org

http://www.altrogiornale.org/news.php?extend.7971





Espiritualidade quântica

Ohun ti ẹ̀mí kùátọ̀mù.
Espiritualidade quântica. 



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)


Ìwà ti ẹ̀mí, ohun ti ẹ̀mí, ẹ̀ olúwa, s. Espiritualidade.
Ìwà, s. Caráter, conduta, comportamento.
Ti, prep. De ( indicando posse).
Ohun, s. coisa,  algo.
Ẹ̀mí, s. Vida representada pela respiração.
Olúwa, s. Senhor, mestre, soberano.
Físíksì kùátọ̀mù, s. Física quântica.

Misticismo ou espiritualidade quântica?

por Osvaldo Pessoa Jr.


O termo “misticismo quântico” tem sido usado por diversos autores para se referir às propostas de estender a mecânica quântica para além dos domínios da física, para a psicologia, administração de empresas, religião, parapsicologia, etc. No entanto, as pessoas que adotam essa perspectiva, de que a espiritualidade humana teria como base física a teoria quântica, consideram o termo pejorativo. Qual seria um termo mais adequado? E como distinguir as diferentes correntes que defendem a importância da física quântica na explicação da consciência e da espiritualidade?

Comecemos com a definição de “misticismo”. O Dicionário de Filosofia de Abbagnano define misticismo como toda doutrina que postula uma comunicação direta entre o homem e Deus. Este termo foi usado por Dionísio Aeropagita, no séc. V, para descrever o neoplatonismo de Plotino. Por um lado, seria impossível alcançar Deus através dos procedimentos ordinários do saber humano; por outro, haveria uma relação originária, íntima e privada entre o homem e Deus, um êxtase. 

No séc. XII, Bernardo de Claraval defendeu o caminho místico contra a filosofia e, em geral, contra o uso da razão. Vemos assim que o misticismo defende um modo de conhecimento não racional, que podemos chamar de intuição, e que no Cristianismo culmina na “contemplação” do divino. Outros pensadores medievais, como São Boaventura, cultivavam igualmente a especulação racional filosófica e a especulação mística. 

No séc. XIV alemão, Meister Eckhart e outros místicos voltam a criticar o uso da razão no campo da religião. A frase de Eckhart, “Deus e eu, somos um”, exprimia a experiência mística da dissolução do eu (a dissolução da distinção sujeito-objeto). Autores como Ninian Smart, em seu World Philosophies (1999), apontam semelhanças entre a cosmovisão de Eckhart e a do hinduísmo do Vedanta Advaita. Claramente, a definição de misticismo se aplica bem para as correntes orientais do Hinduísmo, Budismo e Taoísmo, além da Cabala judaica, do Sufismo islâmico, etc. 

A origem do termo “misticismo quântico” parece ter surgido das comparações entre a física quântica e o misticismo oriental, que foram exploradas por Fritjof Capra no seu O Tao da Física (clique aqui, “As origens hippie do misticismo quântico”), mas que já tinham sido sugeridas antes por alguns fundadores da física quântica. O termo passou a ser adotado por críticos do movimento, sugerindo que haja aqui uma “mistificação”, que pode ser definida como uma interpretação obscura, tendenciosa ou falsa. Talvez seja por essa conotação negativa que o termo “misticismo” não é apreciado por muitos dos defensores de uma espiritualidade quântica. 

William James, em seu livro As Variedades da Experiência Religiosa (1902), apresenta dois capítulos em que discute a consciência mística do ponto de vista da psicologia, e que são reproduzidos numa excelente coletânea editada por Patrick Grim, Philosophy of Science and the Occult. Para induzir o estado místico, James estudou os estados alterados da mente gerados pela inalação de óxido nitroso, inclusive em si mesmo. Ele descreveu sua experiência mística como uma “reconciliação” entre lados opostos do mundo.

O misticismo seria uma atitude antinaturalista, que se liga ao sobrenatural, seria otimista e veria a natureza como Deus (panteísmo). Quem tem a experiência mística se torna mais feliz, e geralmente tal experiência passa a guiar sua vida. Quem está de fora, porém, não é obrigado a aceitar as afirmações místicas de maneira acrítica. No entanto, segundo James, sempre será uma possibilidade que a experiência mística seja uma forma superior de conhecimento (em outras palavras, não se pode refutar a experiência mística, mostrar que ela é falsa).

Frei Betto e Leonardo Boff

Passemos agora para dois autores brasileiros. Frei Betto e Leonardo Boff publicaram em 1994 o livro Mística e Espiritualidade, em que exploram a experiência mística de “re-ligação” com a divindade, que se daria num nível prévio a qualquer elaboração conceitual. É interessante que, nesse livro, Frei Betto discute a física quântica. Segundo ele, “quando, hoje, o cientista analisa a matéria, descobre duas coisas fantásticas: primeiro que, no seu ponto mais ínfimo, matéria é simultaneamente espírito e matéria”. Trata-se da tese conhecida como “panpsiquismo”, de que todas as coisas têm espírito ou consciência.

Está claro que a afirmação de Betto é exagerada: a física quântica não implica que toda matéria seja espiritualizada. Trata-se de uma interpretação particular que pode até ser conciliada com a física quântica, mas está longe de ser uma conclusão da ciência moderna. A base para esta afirmação de Betto é a não localidade quântica, que ele não consegue explicar bem, mas nos remete aos livros de Capra. Já vimos no (“Teorema de Bell para crianças” - clique aqui) que há diversas interpretações diferentes para esta importante questão.

A segunda descoberta mencionada por Betto é o princípio de incerteza (ou de indeterminação). Em sua discussão, duas teses são associadas a este princípio: o indeterminismo (a quebra da causalidade) e o subjetivismo, segundo o qual “a subjetividade humana interfere no movimento de alguma coisa que deveria independer dela”. Conclui com a tese de Capra de que “os orientais já tinham pressentido o princípio de indeterminação três mil anos antes de Cristo. O que mais intriga os cientistas ateus, antirreligiosos, é o fato de as religiões orientais já o terem pressentido.” Está claro que este comentário não é aceito pelos físicos de partículas. Sempre poderemos traçar semelhanças entre visões de mundo, mas se houvesse algum conhecimento de microfísica contido nas cosmovisões antigas, elas deveriam poder ser usadas para fazer novas descobertas na física. Mas como comentou John Bell, “iremos todos sentar aos pés do Maharishi se ele nos disser onde o bóson de Higgs pode ser encontrado” (citado na coletânea de Grim, mencionada acima, p. 310). 

Detive-me na apresentação de Frei Betto sobre o misticismo quântico porque ela representa bem as ideias pouco fundamentadas que circulam sobre a física quântica. Está claro que o tom crítico contra suas afirmações sobre física quântica não se estendem para sua obra maior, que merece grande respeito, assim como a de Boff. Vale mencionar que, segundo o livro World Philosophies mencionado acima, a contribuição mais original da filosofia latino-americana para o mundo foi a teologia da libertação, articulada entre outros por Leonardo e Clodovis Boff. 

Retomando a discussão terminológica, parece que o termo “misticismo quântico” deve se referir apenas às visões que aceitam que haja um conhecimento intuitivo, não racional e não científico a respeito de dimensões espirituais ou transcendentais da realidade, e que defendem que esse conhecimento primordial tem conexões com a física quântica. 

Uma visão distinta defenderia uma abordagem mais racional à questão das ligações entre espiritualidade e física quântica. 

Participei recentemente como comentador do I Simpósio Internacional Explorando as Fronteiras da Relação Mente-Cérebro (São Paulo, 24-26/09/2010), organizado pelo médico psiquiatra Alexander Moreira-Almeida (U.F.J.F - Universidade Federal de Juiz de Fora), que usa métodos científicos para investigar estados de paranormalidade. Fiz comentários à apresentação do físico-matemático inglês Chris Clarke e do anestesiologista norte-americano Stuart Hameroff, colaborador do físico Roger Penrose em sua teoria de que a consciência seria um fenômeno essencialmente quântico. Ambos os palestrantes adotam uma postura que se pode chamar “científica”, especulando sobre a natureza da espiritualidade e lançando hipóteses sobre as possíveis conexões com a física quântica. 

Naturalmente não se trata de teorias bem confirmadas, mas apenas de ideias na busca por uma compreensão da consciência humana, ideias essas que são articuladas de forma racional, e onde as intuições não são consideradas como sendo uma forma de conhecimento pré-científico seguro, mas apenas como hipóteses de trabalho. Neste caso, o termo “misticismo quântico” não se aplicaria corretamente. 

Como caracterizar então semelhantes abordagens?

O termo que parece mais interessante e amplo é “espiritualismo”, que tem uma acepção geral que se refere à crença na existência de seres imateriais, como Deus e almas imortais. Trata-se da antítese do materialismo, que considera que a alma ou consciência são frutos da matéria organizada em animais, e que desaparecem na morte do corpo. Há diversas acepções mais restritas de “espiritualismo”, todas contidas na acepção geral. Mencionaremos duas a seguir.

Na história da filosofia, o termo “espiritualismo” designa um movimento idealista da filosofia francesa inaugurado por Victor Cousin, estendido por Maine de Biran, e que foi posteriormente associado a Henri Bergson e ao filósofo alemão Rudolf Lotze. Essa doutrina eclética espiritualista considerava que a filosofia é, em primeiro lugar, uma análise da consciência, de onde se extraem os dados para a pesquisa filosófica ou científica. Tratava-se de uma tradição próxima ao Cristianismo e politicamente conservadora, e que teve influência no Brasil no séc. XIX, contrapondo-se ao positivismo. 

Outra acepção mais específica de “espiritualismo” se refere ao conjunto de crenças e técnicas desenvolvidas em meados do séc. XIX para se “comunicar” com os espíritos dos mortos. Além das transes, utilizavam-se a hipnose e as clássicas sessões em que os mortos se comunicariam através de barulhos, mesas girantes ou outros expedientes. Originado nos Estados Unidos, esse movimento se espalhou pela Europa, atraindo cientistas como William Crookes, Oliver Lodge e Alfred Wallace, e sendo sistematizado na França por Hypolite Rivail, codinome Allan Kardec, no que passou a ser chamado “espiritismo”. Além da existência de espíritos, acredita-se na possibilidade de aperfeiçoamento dos espíritos após a morte, que assim se tornariam guias espirituais dos vivos.

Em suma, definimos uma classe de visões de mundo que chamaremos “espiritualidade quântica”, ou “espiritualismo quântico”, e que englobaria tanto o misticismo quântico quanto um naturalismo espiritualista quântico, sendo que este é mais próxima da ciência e da filosofia analítica. 

A figura abaixo representa esta classificação. O círculo externo engloba todas as concepções que se preocupam com o espírito, a alma, a mente ou a consciência humana. À esquerda estão as concepções materialistas, e à direita as espiritualistas. Há também uma divisão entre visões naturalistas e visões místicas, que se aplica bem para o espiritualismo. Está claro que uma mesma pessoa pode ter diferentes visões em diferentes ocasiões, ou defender uma mistura entre essas posições. A finalidade do diagrama é ajudar-nos a definir os conceitos filosóficos, e não classificar as opiniões das pessoas de maneira rígida. 

 



O círculo interno delimita as visões que consideram que a física quântica é essencial para explicar ou descrever a alma ou a consciência. A esse conjunto de visões podemos chamar “neuro¬quantologia”, que é o título de uma revista mencionada no texto , “A interpretação transacional” - clique aqui. Notamos no diagrama que há uma “neuroquantologia materialista”, que considera que a física quântica é essencial para explicar como a consciência surge da matéria. Há materialistas e espiritualistas que negam que a física quântica desempenhe um papel essencial na consciência (eles estariam localizados no anel em volta do círculo interior). Aparentemente, não há materialistas místicos quânticos, e mesmo uma posição materialista mística geral parece difícil de articular. 

No texto, “O que é a ciência ortodoxa?” (clique aqui) , o que chamei de “naturalismo animista” identifica-se com o que agora estou chamando naturalismo espiritualista. “Animismo” é a crença, comum a povos primitivos, de que as coisas naturais são todas animadas, ou seja, que elas todas têm alma. Na antropologia, segundo Abbagnano, houve uma discussão de se o homem primitivo se interessava em explicar os acontecimentos pela ação de forças animadas (o animismo), ou se ele se voltava para a caça, a pesca e suas festividades fazendo uso da “magia” (sem querer explicar nada). A magia é uma atividade prática, que procura dominar as forças naturais com os mesmos procedimentos com que se sujeitam os seres animados. 

Um último termo a ser considerado é “ocultismo”, usado por Grim no título da coletânea mencionada acima. Trata-se da crença em fenômenos que se julgam produzidos por forças ocultas, estando associado à magia, astrologia, parapsicologia, etc. Grim considera que este termo é mais neutro do que “pseudociência”, que é pejorativo, e mais amplo do que “paranormalidade”, que tende a se restringir à parapsicologia.

Ẹ́kísódù ( Êxodo) 20:1-26

Ẹ́kísódù ( Êxodo) 20:1-26 
Ìtúmọ̀: Olùkọ́ Orlandes 




Texto bíblico para aprender yorubá e somente yorubá, o idioma dos orixás e do candomblé. 



20 Ọlọ́run sì bẹ̀rẹ̀ sí sọ gbogbo ọ̀rọ̀ wọ̀nyí, pé:
20 E Deus passou a falar todas estas palavras, dizendo:
Ọlọ́run = Deus supremo.
Sì ( conj. pré-v.) = e, além disso, também. Liga sentenças, porém, não liga substantivos; nesse caso, usar " àti". É posicionado depois do sujeito e antes do verbo.
bẹ̀rẹ̀ sí = começou a
sọ = falar
gbogbo = todo, toda, todos, todas
ọ̀rọ̀= palavra
wọ̀nyí, = estas, estes, esses, essas.
pé = que, para que, a fim de que.

2  Èmi ni Jèhófà Ọlọ́run rẹ, tí ó mú ọ jáde kúrò ní ilẹ̀ Íjíbítì, kúrò ní ilé ẹrú.  
2  Eu sou Jeová, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egito, da casa dos escravos.
Èmi = eu
Ni = ser, é
Jèhófà = Jeová,  Yahweh ou Javé (Yahvéh)
Ọlọ́run = Deus
rẹ, ẹ = seu, sua, de você
tí = que
ó = ele, ela
mú = tomar, capturar, agarrar.
ọ = você
jáde = sair, ir para fora.
kúrò = afastar-se, mover-se para, distanciar-se.
ilẹ̀ = terra, solo, chão.
Íjíbítì = Egito
ní = no, na, em. 
ilé = casa
ẹrú = escravo

3  Ìwọ kò gbọ́dọ̀ ní àwọn ọlọ́run èyíkéyìí mìíràn níṣojú mi.
3  Não deves ter quaisquer outros deuses em oposição à minha pessoa.
Ìwọ = você
kò = não
gbọ́dọ̀ = dever, arriscar, precisar, ousar
ní = ter, possuir. Dizer.
àwọn, wọn  = eles elas.
àwọn ọlọ́run =  deuses
èyíkéyìí = qualquer, quaisquer
mìíràn = outro
níṣojú = na frente ( em oposição)
mi = mim
4  Ìwọ kò gbọ́dọ̀ ṣe ère gbígbẹ́ fún ara rẹ tàbí ìrísí tí ó dà bí ohunkóhun tí ó wà nínú ọ̀run lókè tàbí tí ó wà lábẹ́ ilẹ̀ tàbí tí ó wà nínú omi lábẹ́ ilẹ̀.
4 Não deves fazer para ti imagem esculpida, nem semelhança de algo que há nos céus em cima, ou do que há na terra embaixo, ou do que há nas águas abaixo da terra.
Ìwọ = você
kò = não
gbọ́dọ̀ = dever, arriscar, precisar, ousar.
ṣe = fazer
ère = imagem
gbígbẹ́ = cortado, escavado. Esculpido
fún = para
ara = corpo
rẹ = seu
tàbí = ou
ìrísí = forma
tí = que
ó = ele, ela
dà = moldar em metal, fundir. Tender a fazer algo. Tornar-se, vir a ser. Trair, delatar, ao contrário. Digerir. Fazer uma oferenda. Dirigir, donduzir, cuidar. Derramar, despejar água, colocar para fora, esvaziar.
bí  = como
ohunkóhun = qualquer coisa
wà = estar, ser, existir, haver. Implica a existência ou a presença de algo.
wà = cavar. Abraçar, prender, apertar. Monopolizar.
lábẹ́ = sob, embaixo de
ilẹ̀ = terra, solo, chão
nínú = dentro, no interior de
omi = água

5  Ìwọ kò gbọ́dọ̀ tẹrí ba fún wọn tàbí kí a sún ọ láti sìn wọ́n, nítorí èmi Jèhófà Ọlọ́run rẹ jẹ́ Ọlọ́run tí ń béèrè ìfọkànsìn tí a yà sọ́tọ̀ gedegbe, tí ń mú ìyà ìṣìnà àwọn baba wá sórí àwọn ọmọ, sórí ìran kẹta àti sórí ìran kẹrin, ní ti àwọn tí ó kórìíra mi.
5  Não te deves curvar diante delas, nem ser induzido a servi-las, porque eu, Jeová, teu Deus, sou um Deus que exige devoção exclusiva,* trazendo punição pelo erro dos pais sobre os filhos, sobre a terceira geração e sobre a quarta geração* no caso dos que me odeiam.
6  ṣùgbọ́n tí ó ń ṣe inú-rere-onífẹ̀ẹ́ sí ìran ẹgbẹ̀rún ní ti àwọn tí ó nífẹ̀ẹ́ mi, tí wọ́n sì ń pa àwọn àṣẹ mi mọ́.
6  mas usando de benevolência para com a milésima geração no caso dos que me amam e que guardam os meus mandamentos.
7 Ìwọ kò gbọ́dọ̀ lo orúkọ Jèhófà Ọlọ́run rẹ lọ́nà tí kò ní láárí, nítorí Jèhófà kò ní ṣàìfi ìyà jẹ ẹni tí ó lo orúkọ rẹ̀ lọ́nà tí kò ní láárí.
7 Não deves tomar o nome de Jeová, teu Deus, dum modo fútil, pois Jeová não deixará impune aquele que tomar seu nome dum modo fútil.
8  Máa rántí ọjọ́ sábáàtì láti kà á sí ọlọ́wọ̀.
8  Lembrando o dia de sábado para o manteres sagrado.
9  kí ìwọ ṣe iṣẹ́ ìsìn, kí o sì ṣe gbogbo iṣẹ́ rẹ ní ọjọ́ mẹ́fà.  
9  deves prestar serviço e tens de fazer toda a tua obra por seis dias.
10  Ṣùgbọ́n ọjọ́ keje jẹ́ sábáàtì fún Jèhófà Ọlọ́run rẹ. Ìwọ kò gbọ́dọ̀ ṣe iṣẹ́ èyíkéyìí, ìwọ tàbí ọmọkùnrin rẹ tàbí ọmọbìnrin rẹ, ẹrúkùnrin rẹ tàbí ẹrúbìnrin rẹ tàbí ẹran agbéléjẹ̀ rẹ tàbí àtìpó rẹ tí ó wà nínú àwọn ẹnubodè rẹ.
10  Mas o sétimo dia é um sábado para Jeová, teu Deus. Não deves fazer nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu animal doméstico, nem teu residente forasteiro que está dentro dos teus portões.
11  Nítorí ọjọ́ mẹ́fà ni Jèhófà ṣe ọ̀run àti ilẹ̀ ayé, òkun àti ohun gbogbo tí ó wà nínú wọn, ó sì bẹ̀rẹ̀ sí sinmi ní ọjọ́ keje. Ìdí nìyẹn tí Jèhófà fi bù kún ọjọ́ sábáàtì, tí ó sì bẹ̀rẹ̀ sí ṣe é ní ọlọ́wọ̀.
11  Pois em seis dias fez Jeová os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e no sétimo dia passou a descansar. É por isso que Jeová abençoou o dia de sábado e passou a fazê-lo sagrado.
12  Bọlá fún baba rẹ àti ìyá rẹ  kí àwọn ọjọ́ rẹ bàa lè gùn lórí ilẹ̀ tí Jèhófà Ọlọ́run rẹ yóò fi fún ọ.
12  Honra a teu pai e a tua mãe, a fim de que os teus dias se prolonguem sobre o solo que Jeová, teu Deus, te dá.
13  Ìwọ kò gbọ́dọ̀ ṣìkà pànìyàn.
13  Não deves assassinar.
14  Ìwọ kò gbọ́dọ̀ ṣe panṣágà.
14  Não deves cometer adultério.
15  Ìwọ kò gbọ́dọ̀ jalè.
15  Não deves furtar.
16  Ìwọ kò gbọ́dọ̀ jẹ́rìí lọ́nà èké gẹ́gẹ́ bí ẹlẹ́rìí lòdì sí ọmọnìkejì rẹ.
16  Não deves testificar uma falsidade contra o teu próximo.
17  “Ojú rẹ kò gbọ́dọ̀ wọ ilé ọmọnìkejì rẹ. Ojú rẹ kò gbọ́dọ̀ wọ aya ọmọnìkejì rẹ, tàbí ẹrúkùnrin rẹ̀ tàbí ẹrúbìnrin rẹ̀ tàbí akọ màlúù rẹ̀ tàbí kẹ́tẹ́kẹ́tẹ́ rẹ̀ tàbí ohunkóhun tí ó jẹ́ ti ọmọnìkejì rẹ.”
17  “Não deves desejar  a casa do teu próximo. Não deves desejar a esposa do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu touro, nem seu jumento, nem qualquer coisa que pertença ao teu próximo.”
18  Wàyí o, gbogbo àwọn ènìyàn náà rí ààrá àti ìkọyẹ̀rì mànàmáná àti ìró ìwo àti òkè ńlá tí ń rú èéfín. Nígbà tí àwọn ènìyàn náà rí i, nígbà náà ni wọ́n gbọ̀n pẹ̀pẹ̀, tí wọ́n sì dúró ní òkèèrè. 
18  Ora, todo o povo presenciava os trovões e os lampejos, e o som da buzina e o monte fumegando. Quando o povo chegou a ver isso, então estremeceu e ficou de longe. 
19  Wọ́n sì bẹ̀rẹ̀ sí wí fún Mósè pé: “Ìwọ ni kí ó máa bá wa sọ̀rọ̀, kí a sì máa fetí sílẹ̀; ṣùgbọ́n má ṣe jẹ́ kí Ọlọ́run bá wa sọ̀rọ̀ kí àwa má bàa kú.”
19  E começaram a dizer a Moisés: “Fala tu conosco, e escutemos; mas não fale Deus conosco, para que não morramos.”
20  Nítorí náà, Mósè wí fún àwọn ènìyàn náà pé: “Ẹ má fòyà, nítorí pé tìtorí dídán yín wò ni Ọlọ́run tòótọ́ fi wá, àti kí ìbẹ̀rù rẹ̀ bàa lè máa wà nìṣó níwájú yín kí ẹ má bàa ṣẹ̀.” 
20  Portanto, Moisés disse ao povo: “Não tenhais medo, porque o [verdadeiro] Deus veio para pôr-vos à prova e para que o temor dele continue diante das vossas faces, para que não pequeis.
21  Àwọn ènìyàn náà sì ń bá a lọ ní dídúró ní òkèèrè, ṣùgbọ́n Mósè sún mọ́ ìwọ́jọpọ̀ àwọsánmà ṣíṣú náà níbi tí Ọlọ́run tòótọ́ wà.
21  E o povo ficou de longe; Moisés, porém, aproximou-se da densa nuvem escura, onde estava o [verdadeiro] Deus.
22  Jèhófà sì ń bá a lọ láti wí fún Mósè pé:“Èyí ni ohun tí ìwọ yóò wí fún àwọn ọmọ Ísírẹ́lì, ‘Ẹ̀yin fúnra yín rí i pé láti ọ̀run wá ni mo ti bá yín sọ̀rọ̀. 
22  E Jeová prosseguiu, dizendo a Moisés: “Isto é o que deves dizer aos filhos de Israel: ‘Vós mesmos tendes visto que foi desde os céus que falei convosco.
23  Ẹ kò gbọ́dọ̀ ṣe àwọn ọlọ́run fàdákà pẹ̀lú mi, ẹ kò sì gbọ́dọ̀ ṣe àwọn ọlọ́run wúrà fún ara yín.
23  Não deveis fazer junto de mim deuses de prata, e não deveis fazer para vós deuses de ouro.
24  Pẹpẹ ilẹ̀ ni kí o sì ṣe fún mi, orí rẹ̀ sì ni kí o ti máa rú àwọn ọrẹ ẹbọ sísun rẹ àti àwọn ẹbọ ìdàpọ̀ rẹ, agbo ẹran rẹ àti ọ̀wọ́ ẹran rẹ. Ibi gbogbo tí èmi yóò ti mú kí a rántí orúkọ mi ni èmi yóò ti wá bá ọ, èmi yóò sì bù kún ọ dájúdájú.
24  Deves fazer para mim um altar de terra, e sobre ele tens de sacrificar as tuas ofertas queimadas e os teus sacrifícios de participação em comum, teu rebanho e tua manada. Em todo lugar onde farei que meu nome seja lembrado virei a ti e certamente te abençoarei.
25  Bí ìwọ bá sì fi àwọn òkúta ṣe pẹpẹ fún mi, ìwọ kò gbọ́dọ̀ mọ wọ́n gẹ́gẹ́ bí àwọn òkúta gbígbẹ́. Bí ó bá ṣẹlẹ̀ pé o lo ẹyá rẹ lára rẹ̀ ní ti gidi, nígbà náà, ìwọ yóò sọ ọ́ di aláìmọ́.
25  E se fizeres para mim um altar de pedras, não as deves construir como pedras lavradas. Caso brandas sobre ele a tua talhadeira, profaná-lo-ás.
26  Ìwọ kò sì gbọ́dọ̀ fi àtẹ̀gùn gun pẹpẹ mi, kí abẹ́ rẹ má bàa hàn lórí rẹ̀.’

26  E não deves subir por degraus ao meu altar, para que as tuas partes pudendas não fiquem expostas nele.’



Pomba Gira



1 - POMBA GIRA TATA MULAMBO






Conta a história da Pomba GiraTata Mulambo viveu há muito mais tempo do que possamos imaginar. Segundo ela, este Exú Mulher desencarnada há pelo menos 107 anos. 

Era ela uma rainha da província onde vivia e estava sempre cercada de muito luxo, bons tecidos, ouro, prata muitos súditos e muita riqueza. Conta a lenda que certa vez, em um de seus passeios fora do castelo, Tata Mulambo também conhecida como Molambo....

2 - Pomba gira Maria Padilha



3 - POMBA GIRA CIGANA DA LUA Esta entidade cigana é muito querida nas giras do povo do oriente, não costuma baixar em giras que não seja específica do seu povo .





Caminhos da Religiosidade Afro-Riograndense