segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Línguas indígenas no Brasil


Àwọn èdè ti ìbílẹ̀ ní ilẹ̀ Bràsíl.
Línguas indígenas no Brasil.


Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Àwọn, wọn, pron. Eles, elas. Indicador de plural. 
Èdè. s. Língua, idioma, dialeto.   
Ti ìbílẹ̀, adj. Indígena  
, prep. No, na, em.
Ilẹ̀, s. Terra, solo, chão.
Bràsíl, s. Brasil.














Classificação das línguas indígenas no Brasil
FamiliaGrupoLínguaTerritorio
línguas arauanasDení-KulinaKulinaAcre
DeníAmazonas
PaumaríPaumaríAmazonas
MadíJaráuaraAmazonas
JamamadíAmazonas
BanauáAmazonas
SorouaháSorouaháAmazonas
ArauáArauáAmazonas
línguas arawakSeptentrional'Alto AmazonasKurripakoAmazonas
TarianaRio Uaupés
BaréAmazonas
Baniua (de Guaiana)Roraima
Iabaana (†)Rio Marauiá
Kaixana (†)Amazonas
Manao (†)Amazonas
Bahwana (Chiriana) (†)Amazonas
Mariaté (†)Amazonas
Mariaté (†)Rio Iça (Amazonas)
Pasé (†)Rio Iça (Amazonas)
Uainumá (†)Rio Iça (Amazonas)
Uaraikú (†)Rio Juraí (Amazonas)
Uirina (†)Rio Branco (Amazonas)
Jumana (†)Rio Puré (Amazonas)
WapixanoWapixanaRoraima
MapidianoRoraima
PalikurPalikurAmapá
Maraua (†)Amapá
Aroã (Aruano) (†)Pará
CentralSalumãEnawenê nawêMato Grosso
Parecí-WauráParecí (Haltiti)Mato Grosso
UauráMato Grosso
MehinakuMato Grosso
YaualapitiMato Grosso
Kustenaú (†)Mato Grosso
MeridionalPiro-ApurináPiroAcre
ChontaquiroAcre
ApurináAcre
línguas caribesSeptentrionalMacushí-KapónPemónRoraima
MachushíRoraima
Acauaio-KapongRoraima
WaimiriAtruahí
Waiwai-SikianaSalumá
Sikiana
Waiwai
Uayana-TrióApalaíPará
Tiriyó
Brasil N.Arára
Ikpeng
MeridionalGuaiana S.Hixkaryana
Caxuîna
XingúBakairíMato Grosso
Kuikoro-Calapalo
Matipuhy
línguas catuquinasKatawixíCatawixí
KanamaríCanamarí
catuquina
línguas chapacura-wanhamUaporéKabixí (Cabishí)
MadeiraOro UinRondônia
WariRondônia
UrupáRondônia
Torá, TorazAmazonas
línguas macro-jêAkroá (†)
Apinajé
Jaiko (†)
Mẽbêngôkre (Kaiapó)
Panará
Sujá
Timbíra
Xavante
Xakriabá
Xerente
KamakãKamakã (†)Bahia
Mongojó (†)Bahia
Menién (†)Bahia
Kotoxó (†)Bahia
Masakará (†)Bahia
MaxakalíMaxakalíMinas Gerais
Capoxó (†)Minas Gerais
Monoxó (†)Minas Gerais
Maconí (†)Minas Gerais
Malalí (†)Bahia
Pataxó-Hãhãhãe (†)Bahia
PuríPurí (†)Espírito SantoRio de JaneiroSão PauloMinas Gerais
Coroado (†)Espírito Santo
Coropó (†)Espírito Santo
KariríQuipeá, Karirí (†)
Camurú (†)
Dzubukuá (†)
Sabujá (†)
BorôroBorôro orientalMato Grosso do Sur
Borôro occidental (†)Mato Grosso
Umotína (†)Mato Grosso
JabutíArikapúRondônia
Jabutí (Djeoromitxi)Rondônia
GuatóGuatóMato Grosso
RikbaktsáRikbaktsáMato Grosso
línguas makú
.
NadahupNadëbAmazonas
DâwAmazonas
JuhupAmazonas
línguas mataco-guaicurú
.
GuaikurúCaduveo (Kaduweu)Mato Grosso do Sul
línguas mura-pirahã
.
Mura-Bohurá (†)Amazonas
PirahãAmazonas
Jahahí (†)Amazonas
línguas nambicuaras
.
SeptentrionalLakondê
Latundê
Mamaindê
Nagarotê
Tawandê
MeridionalN. de Campo
Manduka
Galera
N. do Uaporé
SabanêSabanê
línguas pano-tacanas
Una de las familias con más línguas diferentes en Perú.
PanoYaminawaCaxinawaAcre
MoronawaAcre
YaminawaAcre
YawanawaAcre
ChacoboCamannawaAcre
CapanawaCanamari (†)Rondônia
MaruboAmazonas
Remo (†)Amazonas
OtrasCulino (†)Acre
Caripuná (†)Acre
CaxawiriAcre
Matsés, MayorunaAmazonas
Nokamán (†)Acre
Nocamán (†)Acre
Poyanawa (†)Acre
Tutxinawa (†)Acre
línguas tucanas
Esta familia está formada por gran número de línguas localizadas en el sur de Colombia y en parte Brasil.
CentralCubeoAmazonas
OrientalPiratapuyaAmazonas
TucanoAmazonas
TuiucaAmazonas
UananoAmazonas
línguas tupíAriquemAriquemRondônia
CaritiânaRondônia
AuetíAuetí (auetö)Mato Grosso
MauéMaué-SateréPará, Amazonas
MondéAruá, AruáshiRondônia
Cinta largaMato Grosso
Gavião do JiparanáRondônia
Canoé (†)Rondônia
MondéRondônia
SuruíMato Grosso, Rondônia
MundurukúCuruáyaPará
MundurucúAmazonas, Pará
PuruboráPuruboráRondônia
RamarramaArara, KaroRondônia
Ramarrama (†)Rondônia
Ntogapíd (†)Rondônia
Urumí (†)Rondônia
Urukú (†)Rondônia
TuparíKepkiriwát (†)Rondônia
MakurápRondônia
SakirabiáRondônia
TuparíRondônia
WayoróRondônia
Juruna (Juruná)JurunáMato Grosso
Maritsauá (†)Parque Xingú, Mato Grosso
XipaiaParque Xingú, Mato Grosso
tupi-guaranisubgrupo Ilíngua guarani
Kaiuá
Mbyá
Nhadéva (Chiripá)
Xetá (†)Paraná
subgrupo IIICocama-cocamillaAmazonas
OmaguaAmazonas
Potiguára (†)Paraíba
Tupinikim (†)Espírito Santo, Bahia
Tupinambá (†)Costa atlantica
Tupi (†)São Paulo
NheengatuAmazonas
subgrupo IVAssuriniPará
Avá-canoeiroGoias
GuajajáraMaranhão
Suruí do ParáPará
ParakanãPará
TapirapéMato Grosso
TembéMaranhão
subgrupo VAssurini xingúPará
ArauetéAmazonas
CaiabiMato Grosso, Pará
subgrupo VIAmundavaRondônia
ApiacáMato Grosso
Júma (†)Amazonas
Karipúna (†)Amapá
Karipuná (†)Rondônia, Acre
Paranawát (†)Rondônia
TenharimAmazonas, Rondônia
Tukumanféd (†)Rondônia
Uru-ew-wau-wauRondônia
Wiraféd (†)Rondônia
MorerebiAmazonas
subgrupo VIICamaiuráMato Grosso
subgrupo VIIIAnambé (†)Pará
Amanaié (†)Pará
Emerillon
GuajáMaranhão, Pará
Oiampi
ZoéPará
Turiwára (†)Pará
Urubú-caaporMaranhão
OutrasAurá (†)Maranhão
Línguas ianomâmisYanamIanam-NinamRoraima
TsanumáSanumáRoraima
YanomamYanomamiRoraima
YanomamöRoraima
línguas isoladas
AikanãRondônia
Irantxe (Mynky)Alto Jurena, Mato Grosso
Kanoê (Kapixanã)Rondônia
Kwazá (Koiá)Rondônia
SapéRondônia
TikunaAmazonas
TrumaíAlto Xingú
Tuxá (tushá) (†)BahiaPernambuco
línguas no clasificadas
Arára (†)Rondônia
Atikum (Uamué) (†)PernambucoBahia
Baenã (†)Bahia
Gamella (Curinsi) (†)Maranhão
Kambiwá (cambioá) (†)Pernambuco
KarahawyanaAmazonas
Katembrí (Mirandela) (†)Bahia
Korubo (†)Amazonas
Kukurá (Kokura) (†)Mato Grosso
Maku (†)Roraima
Matanawí (†)
Natú (†)Bahia, Pernambuco
Oti (Chavante) (†)São Paulo
Pankararú (†)PernambucoAlagoas
Tarairiú (†)PernambucoParaíbaRio Grande del Norte
Taruma (†)Pará
Tingui-boto (Carapató) (†)Alagoas
Tremembé (†)(Itarema) Ceará
Truká (†)Bahia, Pernambuco
Xukurú (Xocó) (†)Pernambuco
Yurí (Carabayo)Rio Caquetá

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Guerreiros indígenas

 Àwọn jagunjagun  ti ìbílẹ̀ lajú  ènìyàn  láì ọ̀làjú. 
Guerreiros indígenas civilizam povos bárbaros.











Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Àwọn, wọn, pron. Eles, elas. Indicador de plural.                                                                                                                  Jagunjagun, s. Guerreiro, combatente.
Ti ìbílẹ̀, adj. Indígena               
Ọ̀làjú, s. Uma pessoa civilizada.
Ìlàjú, s. Civilização.
Láì ọ̀làjú, adj. Sem civilização.
Àìkọ́, ad. Inculto.
Ènìyàn, ènìà, s. Pessoa, povo, seres humanos.
Àìlàjú, adj. Não-civilizado.
Lajú, v. Abrir os olhos de alguém, ser civilizado, ser refinado.

Índios criam 'exército' contra madeireiros
06/09/2014
Fonte: FSP, Poder, p. A20


Índios criam 'exército' contra madeireiros
Líder da etnia kaapor diz que indígenas decidiram pegar em armas e agir sozinhos por não aguentarem mais pedir ajuda
Grupo que extraía madeira em reserva no MA apanhou muito e saiu quebrado, diz integrante de tribo

LUCAS REIS DE MANAUS

Os índios da etnia kaapor que agrediram e expulsaram madeireiros ilegais de suas terras há um mês, no Maranhão, dizem que não "aguentavam mais" pedir ajuda e que, por isso, resolveram agir por conta própria.

A afirmação é de Itahu Kaapor, 32, que representa os quase 2.000 kaapor da Terra Indígena Alto Turiaçu.

Segundo ele, os índios criaram um "exército de selva" com 150 integrantes e farão nova investida contra madeireiros neste mês.

"Estamos em guerra. E nós enfrentamos [os madeireiros] mesmo, porque ninguém quer nos ajudar. A gente não aceita mais isso. A Funai [Fundação Nacional do Índio] nos deixou há meses, então resolvemos agir. Estamos fazendo o que o poder público deveria fazer", disse o índio.

No início de agosto, 16 madeireiros que trabalhavam ilegalmente na terra indígena da etnia kaapor foram amarrados, agredidos e tiveram membros fraturados por 50 índios guerreiros.

Procurada para comentar o caso, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República não respondeu.

"Eles [madeireiros] nem falavam nada, só mostravam ter medo. [Os índios] bateram muito neles, muito. Saíram quebrados, com braço e perna quebrado. Soltaram na floresta. Não sabemos se sobreviveram", disse Itahu, que diz não ter participado da ação.

O líder kaapor disse que os problemas envolvendo madeireiros aumentaram nos últimos dois anos, com ameaças, agressões e outros episódios violentos. Em janeiro deste ano, índios foram recebidos a tiros e dois se feriram.

Um processo que se arrasta desde 2008 na Justiça Federal obrigou Funai, Ibama e União a patrulhar a região para evitar o avanço da exploração ilegal de madeira --todos recorrem da decisão.

O Ibama diz que recorre porque "o Judiciário não pode pedir a criação de postos sem que exista orçamento". Diz ter feito quatro operações na área após o alerta da Procuradoria. A Funai afirma que tem fiscalizado a região. Informou ainda, sem citar a razão, que recorre da decisão judicial, e que o número de agentes é "insuficiente para atender a demanda".

BASE DE TREINAMENTO

Em fevereiro, o Ministério Público Federal no Estado alertou os órgãos sobre a iminência de conflitos na área.

"Ninguém vigia nada, e os madeireiros começaram a entrar em todo lugar. Então criamos uma aldeia que serve de base de treinamento para nossos guerreiros", afirmou Itahu, por telefone.

Desde então, começaram a traçar táticas e aprofundar o treinamento de jovens indígenas de 18 a 25 anos.

O confronto do mês passado começou, disse Itahu, quando um dos índios ouviu o barulho de máquinas e localizou a área desmatada.

Em poucas horas, armados com flechas e paus, os índios cercaram e espancaram os 16 madeireiros. Queimaram seis caminhões, quatro tratores e a madeira encontrada.

O líder ironiza o fato de não terem acionado a polícia. "Para quê? Eles levam para a cidade, soltam e no outro dia estão de volta", afirmou.

A próxima investida, diz o índio, será neste mês, para fechar as duas últimas estradas ainda usadas por madeireiros dentro da terra kaapor. 


Cardozo pede à PF que apure conflito no MA

DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, quer que a Polícia Federal apure os ataques de índios a madeireiros no Maranhão.

Ele também pediu um relatório à Funai (Fundação Nacional do Índio) sobre a situação na reserva Alto Turiaçu e afirmou que vai procurar a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) para tratar do caso.

O Ministério Público Federal pediu à PF, à Funai e ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) que adotem medidas urgentes para fiscalizar e proteger as terras indígenas no Maranhão. A Procuradoria encaminhou ofício aos três órgãos relatando os ataques recentes.

Madeireiros que trabalhavam ilegalmente na terra indígena da etnia kaapor foram amarrados e agredidos por índios armados antes de serem expulsos da reserva Alto Turiaçu. A ação, ocorrida há cerca de um mês, foi registrada em imagens, divulgadas na quinta (4) pela agência Reuters.

Segundo a Procuradoria, os conflitos entre índios e madeireiros na região são recorrentes. A Justiça Federal já havia determinado que o governo federal mantivesse postos de fiscalização para coibir atividade ilegal de devastação em terras indígenas. 


FSP, 06/09/2014, Poder, p. A20