segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Filosofia indígena

Filọ́sọ́fi ti ọmọ-ìbílẹ̀ (filosofia indígena)

                                                               





O bem-viver dos povos andinos: a sustentabilidade desejada
                         

Por Leonardo Boff*

Curiosamente, nos vem dos povos originários uma proposta que poderá ser inspiradora de uma nova civilização focada no equilíbrio e na centralidade da vida. Os povos andinos que vão desde a patagônia até o norte da América do Sul e do Caribe, os filhos e filhas de Abya Ayala (nome que se dava à America Latina que significava “terra boa e fértil”), são originários não tanto num sentido temporal (povos antigos), mas no sentido filosófico, quer dizer, aqueles que vão ás origens primeiras da organização social da vida em comunhão com o universo e com a natureza.

O ideal que propõem é o bem-viver. O “bem-viver” não é o nosso “viver melhor” ou “qualidade de vida” que, para se realizar, muitos tem que viver pior e ter uma má qualidade de vida. O bem-viver andino visa uma ética da suficiência para toda a comunidade e não apenas para o individuo. Pressupõe uma visão holística e integrada do ser humano inserido na grande comunidade terrenal que inclui, além do ser humano, o ar, a água, os solos, as montanhas, as arvores e os animais, o Sol, a Lua e as estrelas, é buscar um caminho de equilíbrio e estar em profunda comunhão com a Pacha (energia universal), que se concentra na Pachamama (Terra), com as energias do universo e com Deus.

A preocupação central não é acumular. De mais a mais, a Mãe Terra nos fornece tudo que precisamos. Nosso trabalho supre o que ela não pode nos dar ou a ajudamos a produzir o suficiente e decente para todos, também para os animais e as plantas. Bem-viver é estar em permanente harmonia com o Todo, harmonia entre marido e mulher, entre todos na comunidade, celebrando os ritos sagrados, que continuamente renovam a conexão cósmica e com Deus. Por isso, no bem-viver há uma clara dimensão espiritual com os valores que acompanham como o sentimento de pertença a um Todo e compaixão para com os que sofrem e solidariedade entre todos.

O bem-viver nos convida a não consumir mais do que o ecossistema pode suportar, a evitar a produção de resíduos que não podemos absorver com segurança e nos incita a reutilizar e reciclar tudo o que tivermos usado. Será um consumo reciclável e frugal. Então não haverá escassez.

A sabedoria aymara resume nestes valores o sentido do bem-viver: saber comer (alimentos sãos); saber beber (dando sempre um pouco a pachamama); saber dançar (entrar numa relação cósmica-telúrica); saber dormir (com a cabeça ao norte e os pés ao sul); saber trabalhar (não como um peso, mas como uma autorealização); saber meditar (guardar tempos de silêncio para a introspecção); saber pensar ( mais com o coração do que com a cabeça); saber amar e ser amado ( manter a reciprocidade); saber escutar ( não só com os ouvidos, mas com o corpo todo, pois todos os seres enviam mensagens) ; saber falar bem ( falar para construir, por isso atingindo o coração do interlocutor); saber sonhar ( tudo começa com um sonho criando um projeto de vida); saber caminhar ( nunca caminhamos sós, mas com o vento, o Sol e acompanhados pelos nossos ancestrais); saber dar e receber ( a vida surge da interação de muitas forças, por isso dar e receber devem ser recíprocos, agradecer e bendizer).

Este conceito é tão central que entrou nas constituições da Bolívia e do Equador. Na constituição deste ultimo país, que entrou em vigor em 2008, no capitulo VII que trata “dos direitos da natureza” se diz belamente no artigo 71: “ A natureza ou a Pachamama, onde se reproduz e realiza a vida, tem direito a que se respeite integralmente sua existência, a manutenção e a regeneração de seus ciclos vitais, estruturas, funções e processos evolutivos. Toda pessoa, comunidade, povo ou nacionalidade poderá exigir da autoridade pública o cumprimento dos direitos da natureza [...]. O Estado incentivará as pessoas físicas ou jurídicas e as coletividades para que protejam a natureza e promoverá o respeito a todos os elementos que formam ecossistema”.

Aqui encontramos em miniatura e de forma antecipada aquilo que provavelmente será o futuro da humanidade. A crise generalizada que ameaça nossa vida e a habitalidade da Terra nos levará necessariamente na direção desta visão e na vivência destes valores. Nossa proposta quer prolongar estas intuições na base da nova cosmologia e do novo paradigma de civilização.

O Butão, espremido entre China e a Índia, aos pés do Himalaia, pratica há séculos um ideal semelhante as dos povos andinos. Trata-se de um país muito pobre materialmente, mas que estatuiu oficialmente o “Índice de Felicidade Interna Bruta”. Este não é medido por critérios quantitativos, mas qualitativos, como boa governança das autoridades, equitativa distribuição dos excedentes da agricultura de subsistência, da extração vegetal e da venda de energia para a Índia, boa saúde, nível de estresse e equilíbrio psicológico, boa educação e especialmente bom nível de cooperação de todos para garantir a paz social.

Estas expressões, embora seminais, revelam-nos que um outro mundo é possível e hoje necessário. Há uma porção da humanidade que não se deixou iludir pelo fetichismo da mercadoria e pela obsessão de riqueza, dominantes na atual fase da humanidade, mas guardou a sanidade básica que se encontra no profundo de cada pessoa e no conjunto das sociedades humanas.

Em conclusão podemos dizer: pouco importa a concepção que tivermos de sustentabilidade, a idéia motora é esta: não é correto, não é justo nem ético que, ao buscarmos os meios para a nossa subsistência, dilapidemos a natureza, destruamos biomas, evenenemos os solos, contaminemos as águas, poluamos os ares e destruamos o sutil equilíbrio do Sistema Terra e do Sistema Vida. Não é tolerável eticamente que sociedades particulares vivam à custa de outras sociedades ou de outras regiões, nem que a sociedade humana atual viva subtraindo das futuras gerações os meios necessários para poderem viver decentemente. 

É imperioso superar igualmente todo antropocentrismo. Não se trata egoisticamente de garantir a vida humana, descurando a corrente e a comunidade de vida, da qual nós somos um elo e uma parte, a parte consciente, responsável, ética e espiritual. A sustentabilidade deve atender o inteiro Sistema Terra, o Sistema Vida e o Sistema Vida Humana. Sem esta ampla perspectiva  o discurso da sustentabilidade permanecerá apenas discurso, quando a realidade nos urge à afetivação rápida e eficiente da sustentabilidade, a preço de perdermos nosso lugar neste pequeno e belo planeta, a única Casa Comum que temos para morar.

*Leonardo Boff é brasileiro e formado em Teologia e Filosofia, e desde 1980 tem se ocupado intensivamente com as questões da ecologia e ajudou a formular uma ecoteologia da libertação. Autor de mais de oitenta livros, Boff também é membro comissionado da Carta de Terra, publicada aqui.

Laísa Mangelli


Fonte:http://www.ecossocioambiental.org.br/editoriais/o-bem-viver-dos-povos-andinos-a-sustentabilidade-desejada/

Pan-africanismo.

Ìṣe gbogbo Áfríkà, ìṣe pan-áfríkánístì (pan-africanismo).

É um movimento de caráter social, filosófico e político, que busca defender os direitos do povo africano através da construção de um único Estado soberano.

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  Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà ti ẹ̀sìn (racismo religioso).



           Os negros suportam e sustentam o próprio racismo. Sempre que os negros vão às Igrejas, eles depositam dinheiros e oferendas para o "Deus ou Jesus branco". Ao fazer isso, os negros alimentam religiões e instituições Ocidentais com ideologias racistas, apoiadas pelo Cristianismo, na qual as Igrejas são proliferações desta engenharia que destruiu a África e a religião de povos africanos. Um negro não pode alimentar financeiramente uma religião que destruiu a sua religião. A base do racismo foi e é, até hoje,  o cristianismo, onde milhares de negros dão dinheiro, valores monetários que entram e saem em todos os bancos, sustentáculos do capitalismo e do próprio racismo. É por ignorância, que os negros contribuem financeiramente com igrejas racistas, porque não é possível ser negro cristão, saber da verdade e permanecer lá, nas tais Igrejas...

Dr. Umar Johnson (2016)
Pensador/Palestrante Africano 
Panafricanismo/A Libertação é consciência...




24 Vantagens em abandonar as religiões Ocidentais de matriz colonial




1. Abraçar a vida como o bem supremo, conforme a cultura Bantu;
2. Abraçar a alma; nas culturas africanas a imortalidade está na força da alma;
3. Abraçar a consciência; dono dos seus actos e responsável pelas suas acções;
4. Abraçar a família; um pai presente, nas culturas o homem deve proteger a matrilinearidade;
5. Não acreditar nas figuras que não se conhece e que nada tem haver com a sua história;
6. Abraçar a leitura; os livros que (te) interessam ajudam a compreender a vida, porque os livros ditos sagrados são impostos e muitas vezes nada dizem a respeito da África;
7. Amar as pessoas; normalmente quem se afasta dos dogmas compreende as pessoas porque todos temos uma única força, Nzambi;

8. Abraçar a sua cultura e na melhoria dela, a cultura não é estática, ela evolui.Estar distante das Religiões ajuda abraçar eternamente a sua história;
10. Da coragem e força na luta pela vida e pela sua comunidade; África é comunidade;
11. Amar a esposa, a mulher é o pilar da comunidade africana, o caminho da eternidade na cultura africana;
12. Ajuda a entender o racismo. As religiões destroem a sua cultura para te mostrarem o deus insano que protege um povo escolhido;
13. Para os africanos, Nzambi, olorum, não tem povo escolhido;
14. Abraçar a sua própria língua, a língua é o espelho de um povo;
15. Abraçar a solidariedade, a solidariedade te afasta dos dizimos;
16. Abraçar a partilha, porque na cultura bantu a partilha é natural;
18. Abraça a palavra que nasce da alma e do próprio homem enquanto existente, para os africanos a palavra tem poder;
19. Abraçar a inocência para os africanos a inocência é a base da espiritualidade (sabedoria);
20. Respeito pelos ancestrais;
21. O trabalho que sempre nos deu dignidade;
22. Abraçar a pesquisa, os ancestrais sempre pesquisaram na natureza eis a razão dos grandes avanços dos curandeiros, mas hoje ela, está nos livros e no fomento da própria ciência;
23. Abraçar a iluminação;
24. Entender o sistema político; para os africanos a comunocracia é a base das formas políticas dos negros;
Simão Bengui Eduardo "Tien" (2016)
Muntu

Sexualidade africana.


Ìbálòpọ̀ ti Áfríkà.
Sexualidade africana.

A Drª Marimba Ani, Antropóloga Africano-Centrada, autora de Yururgu, Let The Circle Be Unbroken, dentre tantas outras obras importantes para o Nosso Povo, neste vídeo, dá um parecer acerca de como funcionava a Sexualidade Afrikana antes do Maafa (o Holocausto Afrikano).

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Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


 Ìbálòpọ̀, ẹ̀yà abo àti akọ, ẹ̀ya obìnrin àti ọkùnrin, ìbádàpọ̀, takọtabo, ìbálòpọ̀ takọtabo, s.  Genitália, órgão sexual feminino ou masculino. Relação sexual, transa, cópula, coito. Comportamento humano face a libido, lascívia, sexualidade, sensualidade, lubricidade, volúpia, voluptuosidade, libertinagem, luxúria, erotismo.
Ti, prep. De (indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido.
Ilẹ̀, s. Terra, solo, chão.
Áfríkà, s. África.

Ler: https://estahorareall.wordpress.com/category/dr-marimba-ani/

Deputado Jean Wylys

Aṣòfin àpapọ̀ Jean Wylys sọ lórí òṣèlúaráìlú.
Deputado federal Jean Wylys fala sobre democracia.

Òṣèlúaráìlú (democracia)                                                                      

Ìbẹ̀rù-bojo Krístì (cristofobia)


Ìfojúkojú, ojúkanra (entrevista).



Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)
Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
                                                                                Àwọn, wọn, pron. Eles, elas. Indicador de plural.
Aṣòfin àpapọ̀, s. Deputado Federal.
Aṣòfin ti Ìpínlẹ̀, s. Deputado estadual.
Aṣòfin ìlú, s. Vereador.
Ti, prep. De ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi - A casa do meu pai.
, v. Dizer, relatar. Engolir.
Fọhùn, v. Falar.
Sọ, v. Falar, conversar. Desabrochar, brotar, converter, transformar. Bicar, furar. Arremessar, atirar, lançar, jogar. Oferecer algo. Cavar, encravar. 
Sọ̀rọ̀, v. Conversar, falar.
Lórí, lérí, prep. Sobre, em cima de.
Òṣèlúaráìlú, ìjọba àjùmọ̀ṣe, ìjọba tí ó fi àyè gba ará ìlú láti ní ìpín nínú ètò ìlú , s. Democracia.

Morte


Ikú (morte)

domingo, 28 de agosto de 2016

Ìdánwò mẹ́ta (ọdún kẹ́ta)

1. Ìdánwò mẹ́ta (ọdún kẹ́ta) 


                                                                                                                                                                   NOME                                                                                        N°                SÉRIE


                                           PROVA DE FILOSOFIA

1. Segundo Platão, as opiniões dos seres humanos sobre a realidade são quase sempre equivocadas, ilusórias e, sobretudo, passageiras, já que eles mudam de opinião de acordo com as circunstâncias. Como agem baseados em opiniões, sua conduta resulta quase sempre em injustiça, desordem e insatisfação, ou seja, na imperfeição da sociedade.

Em seu livro A República, ele, então, idealizou uma sociedade capaz de alcançar  a perfeição, desde que seu governo coubesse exclusivamente

a) As guerreiros, porque somente eles teriam força para obrigar todos a agirem corretamente.
b) Aos tiranos, porque somente eles unificariam a sociedade sob a mesma vontade.
c) Aos mais ricos, porque somente eles saberiam aplicar bem os recursos da sociedade.
d) Aos demagogos, porque somente eles convenceriam a maioria a agir de modo organizado.
e) Aos filósofos, porque somente eles disporiam do conhecimento verdadeiro e imutável.

2. “Poder-se-ia [...] acrescentar à aquisição do estado civil a liberdade moral, única a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, porque o impulso do puro apetite é escravidão, e a obediência à lei que se estatui a si mesma é liberdade”. (ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato

social. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 37.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Rousseau, é correto afirmar:

a) As leis condizentes com a liberdade moral dos homens devem atender aos seus apetites.

b) A liberdade adquire sentido para os homens na medida em que eles podem desobedecer às leis.

c) O homem livre obedece a princípios, independentemente de eles também valerem para a sociedade.

d) O homem afirma sua liberdade quando obedece a uma lei que prescreve para si mesmo.

e) É no estado de natureza que o homem pode atingir sua verdadeira liberdade.

3.   O homem natural é tudo para si mesmo; é a unidade numérica, o inteiro absoluto, que só se relaciona consigo mesmo ou com seu semelhante. O homem civil é apenas uma unidade fracionária que se liga ao denominador, e cujo valor está em sua relação com o todo, que é o corpo social. As boas instituições sociais são as que melhor sabem desnaturar o homem, retirar-lhe sua existência absoluta para dar-lhe uma relativa, e transferir o eu para a unidade comum, de sorte que cada particular não se julgue mais como tal, e sim como uma parte da unidade, e só seja percebido no todo.

ROUSSEAU, J. J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.


A visão de Rousseau em relação à natureza humana, conforme expressa o texto, diz que
a) o homem civil é formado a partir do desvio de sua própria natureza.  
b) as instituições sociais formam o homem de acordo com a sua essência natural.
c) o homem civil é um todo no corpo social, pois as instituições sociais dependem dele.  
d) o homem é forçado a sair da natureza para se tornar absoluto.  
e) as instituições sociais expressam a natureza humana, pois o homem é um ser político.

4. O que você pensa da forma como Platão explicou a desigualdade de classes? Argumente fundamentando sua posição.
R.
5. Por que para Rousseau a obediência à lei não fere a liberdade dos cidadãos?
R

Àwọn ìdáhùn: 1(kárún)
                        2(kẹ́rin)
                        3(kíní)

2. Ìdánwò mẹ́ta (ọdún kẹ́ta) 


1. (FGV-SP) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...) A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.”

J.J. Rousseau, Do contrato social. in: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 22.

A respeito da citação de Rousseau, é correto afirmar:

a) Aproxima-se do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a ordem social.
b) Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de submissão semelhante à escravatura.
c) Filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão praticada na América, ao longo do século XIX.
d) Aproxima-se do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve ser abolido e a sociedade, governada por autogestão.
e) Aproxima-se do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito sagrado que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.
2. (Mackenzie) Assinale a alternativa em que aparecem as principais ideias de Jean Jacques Rousseau em sua obra O CONTRATO SOCIAL.
a) Cada homem é inimigo do outro, está em guerra com o próximo e por esta razão cria o Estado para sua própria defesa e proteção.
b) O Estado é uma realidade em si e é necessário conservá-lo, reforçá-lo e eventualmente reformá-lo, reconhecendo uma única finalidade: sua prosperidade e grandeza.
c) O governante deve dar um bom exemplo para que os súditos o sigam. Através da educação e de rituais, os homens de capacidade aprenderiam e transmitiriam os valores do passado.
d) Que as classes dirigentes tremam ante a ideia de uma revolução! Os trabalhadores devem proclamar abertamente que seu objetivo é a derrubada violenta da ordem social tradicional.
e) A única esperança de garantir os direitos de cada indivíduo é a organização da sociedade civil, cedendo todos os direitos à comunidade, para que seja politicamente justo o que a maioria decidir.

3. A obra de Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, tem como questão central discutir se a desigualdade entre os homens civilizados tem uma origem (e, portanto, uma legitimidade) natural. Quanto à conclusão do autor, que se apresenta como tese principal da obra, é CORRETO afirmar que: 
I – A desigualdade social não tem nenhuma legitimidade natural.
II – A desigualdade natural legitima a desigualdade social, já que os mais fortes se apropriaram legitimamente dos bens da natureza a seu favor. 

III – A desigualdade econômica e social surge da propriedade privada, que corrompe os costumes e cria uma falsa associação política. IV – A desigualdade seria parte do estado de natureza do ser humano e constituiria legitimamente a sua essência. 

a) Apenas as assertivas I e II estão corretas. 
b) Apenas a assertiva I e IV estão corretas. 
c) Apenas as assertivas I e III estão corretas. 
d) Todas as assertivas estão corretas. 
e) Apenas a assertiva IV está correta.

4. Encontrar a origem das desigualdades entre os homens e a solução para esse problema é um tema de grande relevância na obra do filósofo Jean-Jacques Rousseau, que exaltava o homem natural, livre e solitário, em oposição ao homem que vive em sociedade, corrompido e fraco. 
      Para Rousseau, a sociedade civil, que promove a desigualdade entre os homens subordinando uns ao outros, origina-se com a noção de 
a) propriedade. 
b) poder. 
c) trabalho. 
d) hierarquia.

5. “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. (...) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar uma multidão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos possam ser submetidos sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de uma associação; nela não existe bem público, nem corpo político.”

(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.)


1. (Unicamp 2012)  No trecho apresentado, o autor
a) argumenta que um corpo político existe quando os homens encontram-se associados em estado de igualdade política.   
b) reconhece os direitos sagrados como base para os direitos políticos e sociais.   
c) defende a necessidade de os homens se unirem em agregações, em busca de seus direitos políticos.   
d) denuncia a prática da escravidão nas Américas, que obrigava multidões de homens a se submeterem a um único senhor. 


6. Representava o pensamento das camadas populares, ao afirmar que a fonte do poder era o próprio 
povo. Em seu livro Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, afirma que "o primeiro que concebeu a idéia de cercar uma parcela de terra e dizer 'isto é meu', e que encontrou gente suficientemente ingênua que lhe desse crédito, esse foi o autêntico fundador da sociedade civil. De quantos delitos, guerras, assassínios, desgraças e horrores teria livrado o gênero humano aquele que, arrancando as estacas e enchendo os sulcos divisórios, gritasse: 'cuidado, não deis crédito a esse trapaceiro, perecereis se esquecerdes que a terra pertence a todos'."

A que filósofo iluminista refere-se o texto?

a) Voltaire
b) Montesquieu
c) Rousseau
d) Denis Diderot
e) Jean d'Alembert  

7. (UPE/2012) O iluminismo de Jean-Jacques Rousseau, fruto do iluminismo do século XVIII, serve de base até hoje para a estrutura política de vários países democráticos ocidentais. Sobre essa realidade, assinale a alternativa CORRETA. 

A) No pensamento de Rousseau, gesta-se a teoria do Estado Contratualista. 
B) Os atuais regimes socialistas do ocidente condenam a propriedade privada com base nos textos de Rousseau. 
C) A teoria da tripartição do poder é herança do pensamento de Rousseau. 
D) A teoria contratualista foi desenvolvida por Rousseau na obra Origem da desigualdade social entre os homens. 
E) Na obra Do contrato social, Rousseau defende a propriedade privada.


Àwọn ìdáhùn:

1. (kárún). Rousseau foi um dos principais filósofos do Iluminismo, acreditando que a criação de novas instituições de poder decorrentes da vontade dos homens era necessária para garantir uma sociedade mais justa.
2. (kárún). Rousseau acreditava que a ordem social poderia ser estabelecida por meio do contrato racional entre os indivíduos. A função do Estado seria garantir esses laços fraternais de liberdade. Ainda não havia nas ideias de Rousseau um programa revolucionário como seria levado a cabo na Revolução Francesa e, depois, na Revolução Russa. 
3. (kẹ́rin)
4. (kẹ́ta)
5. (kíní)
6. (kẹ́ta)

7. (kíní)




3. Ìdánwò mẹ́ta (ọdún kẹ́ta) 

1. Sobre a ideia de Liberdade é correto afirmar que:
a) liberdade é poder fazer algo quando se quiser.
b) liberdade é um caminho que outro ser decide para a nossa vida.
c) liberdade é um estado em que o homem não tem mais limites, podendo fazer o que quiser e sem precisar considerar a liberdade dos outros.
d) liberdade é escolher o tipo de pessoa que você possa ser ou será, segundo a sua consciência moral.
e) liberdade é um cálculo sobre as causas que levaram as pessoas a fazer o mal.

2. Para agir no mundo, a pessoa humana utiliza-se de diferentes modalidades de conhecimento.

Coloque Verdadeiro (V) ou Falso (F) para as afirmativas a seguir que buscam expressar diferenças e características fundamentais de cada modalidade de conhecimento, conceituando:

( ) senso comum como conhecimento irracional, de pouca influência na formação de novos conhecimentos.
( ) ciência como um saber, que, na sua essência, procura desvendar a natureza a partir, principalmente, das relações entre causa e efeito.
( ) arte como um conhecimento que proporciona entender o mundo através da sensibilidade do artista.
( ) filosofia como um saber que se propõe a oferecer um conhecimento, baseado na busca rigorosa da origem dos problemas, relacionando-os a outros aspectos da vida humana.
( ) mito como saber capaz de superar a subjetividade do homem, frente ao desconhecido.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

A) F,V,V,V,F.
B) V,V,F,F,V.
C) F,V,F,V,F.
D) V,F,V,V,V.
E) F,V,V,V,V. 

    Atenção: O texto abaixo refere-se às questões de números 3 e 4. 
Vou contar-te um caso dramático. Já ouviste falar das térmitas, essas formigas brancas que, em África, constróem formigueiros impressionantes, com vários metros de altura e duros como pedra? Uma vez que o corpo das térmitas é mole [...] o formigueiro serve-lhes de carapaça colectiva contra certas formigas inimigas, mais bem armadas do que elas. Mas por vezes um dos formigueiros é derrubado, por causa de uma cheia ou de um elefante [...]. A seguir, as térmitas-operário começam a trabalhar para reconstruir a fortaleza afectada, e fazem-no com toda a pressa. Entretanto, já as grandes formigas inimigas se lançam ao assalto. As térmitas-soldado saem em defesa da sua tribo e tentam deter as inimigas. [...] As operárias trabalham com toda a velocidade e esforçam-se por fechar de novo a termiteira derrubada... mas fecham-na deixando de fora as pobres e heróicas térmitas-soldado, que sacrificam as suas vidas pela segurança das restantes formigas. Não merecerão estas formigas-soldado pelo menos uma medalha? [...] Mudo agora de cenário, mas não de assunto. Na Ilíada, Homero conta a história de Heitor, o melhor guerreiro de Tróia, que espera a pé firme fora das muralhas da sua cidade Aquiles, o enfurecido campeão dos Aqueus, embora sabendo que Aquiles é mais forte do que ele e que vai provavelmente matá-lo. Fá-lo para cumprir o seu dever, que consiste em defender a família e os concidadãos do terrível assaltante. Ninguém tem dúvidas: Heitor é um herói, um Homem valente como deve ser. Mas será Heitor heróico e valente da mesma maneira que as térmitas-soldado [...]? Não faz Heitor, afinal de contas, a mesma coisa que qualquer uma das térmitas anónimas? [...] Qual é a diferença entre um e outro caso? 
(SAVATER, Fernando. Ética para um Jovem, 1990, in: http://www.didacticaeditora.pt/arte_de_pensar/cap4.html) 

3. Qual resposta abaixo seria mais apropriada para a pergunta feita pelo autor ao final do texto? 
(A) A situação das formigas é completamente diferente da de Heitor porque as formigas podem escolher morrer, enquanto não resta nenhuma escolha para o herói. 
(B) Não há diferença entre a formiga e Heitor, já que ambos acabam morrendo. 
(C) Enquanto as formigas-soldado ficam para fora do formigueiro por um acidente, Heitor é instintivamente obrigado a defender seu povo contra o ataque do inimigo. 
(D) Enquanto a formiga age instintivamente, não morrendo por escolha, Heitor age livremente, escolhendo a morte. 

4. De forma resumida, está correto afirmar que o tema central do texto é a relação entre 
(A) corpo e alma. 
(B) liberdade e determinismo. 
(C) realismo e idealismo. 
(D) ato e potência. 

5. Leia os dois fragmentos abaixo:
“... Por outras palavras, não há determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. […] Não encontramos diante de nós valores ou imposições que nos legitimem o comportamento. Assim, não temos nem atrás de nós nem diante de nós, no domínio luminoso dos valores, justificações ou desculpas. Estamos sós e sem desculpas. É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo o que fizer.” Jean-Paul Sartre
“Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem como circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”. Karl Marx

a) Enquanto Sartre defende que há determinismo, Marx defende que o homem é livre independente das circunstâncias.
b) Sartre defende que não há determinismo e Marx estabelece um meio termo entre o determinismo e a total liberdade do homem;
c) Quando Sartre afirma “o homem está condenado a ser livre”, diz o mesmo que Marx quando defende que “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem”.
d) Sartre diz que o homem está limitado pela sua própria existência, enquanto Marx afirma que o homem está limitado pelas condições históricas.

Àwọn ìdáhùn:


1. (kẹ́rin)
2. (kárún).
3. (kẹ́rin)
4. (Kéjì)
5. (Kéjì).  Sartre é contundente ao afirmar que não há determinismo. Marx considera que há fatores objetivos que limitam a liberdade humana, mas quanto maior for nosso conhecimento a respeito deles, maior será o nosso poder de ação sobre eles.





sábado, 27 de agosto de 2016

Monte Olimpo

Òkè Olympus gíga fíofìo ilẹ̀ Gríìsì ni ìbúgbé àwọn òòṣà.
O imponente Monte Olimpo da Grécia é o lar 
dos deuses.




Modelo 3D do monte Olimpo


Resultado de imagem para Deuses gregos




Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Òkè Olympus, s. Monte Olimpo.
Hẹ́llẹ́nìkì Olómìnira, s. República Helênica.
Ilẹ̀ Gríìsì, Gríìsì, s. Grécia.
Gíga, adj. Alto.
Fíofìo, adv. Em excesso, demais.
Ilẹ̀, s. Terra, solo, chão.
Ni, v. Ser, é.
Ìbúgbé, s. Casa, habitação, acomodação.
Àwọn, wọn, pron. Eles elas. Indicador de plural. 
Òòṣà, òrìṣà, s. Deus.