quinta-feira, 3 de julho de 2014

Iniciação a Oxum em Oshogbo.

 Ìbẹ̀rẹ̀ fún Ọ̀ṣùn ní Òṣogbo.

Iniciação a Oxum em Oshogbo.








Odò Ọ̀ṣùn (rio Oxum).


Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ìbẹ̀rẹ̀, s. Início, começo, origem, iniciação.

Fún, prep. Para, em nome de ( indica uma intenção pretendida para alguém).

, prep. Para, em direção a. Sempre usada com verbo que indica movimento direcional. Ó lọ sílé - Ela foi para casa.

Láti, prep. Para. Usada antes de verbo no infinitivo.

Ọ̀ṣùn, s. Divindade das águas dos rios que fertilizam o solo e que dá nome a um dos rios que corre na região de Ìbàdàn, na Nigéria.

, prep. No, na, em. Usada para indicar o lugar em que alguma coisa está. Indica uma posição estática.

Òṣogbo, s.  Oshogbo (Oxogbô) é a capital e a maior cidade do estado de Oxum, na Nigéria. Localiza-se no sudoeste do país. Tem cerca de  250.951 (1991) mil habitantes. Foi fundada no século XVII pelos yorubás. A população de Oshogbo pertence ao grupo étnico Yoruba, o mais importante grupo étnico na Nigéria.




                                                                                                                                                                                                                                                  



Lindo vídeo que mostra parte do ritual de iniciação ao òrìsà òsun!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Sociedade Egungun

 Ẹgbẹ́  egúngún.
Sociedade egungun.

                                                      




Lindo vídeo com presença da senhora Gisele Crossard - Omindarewa. O culto a ancestralidade não é o culto a qualquer pessoa que tenha falecido, mas antes o culto a nossas raízes, o culto aqueles que mais experientes e que tudo de bom e ruim tenha passado em vida, encontra um elo para nos orientar, admoestar e por vezes punir os seus mais próximos.
Culto lindo e cercado de misteriosos fundamentos!
Egúngún ooo!







terça-feira, 1 de julho de 2014

Rap guarani

   Ẹgbẹ́ ti ìbílẹ̀ ṣe ráàpù nínú èdèe guaraní  láti  sọdi-aláìkú  èdè náà.

   Grupo indígena faz rap em guarani para imortalizar o idioma.





Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

 Ẹgbẹ́ = grupo, sociedade, associação, partido, par, companheiro.

Ti ìbílẹ̀ = indígena.

Ti, prep. De ( indicando posse).


Ìbílẹ̀, s. Nativo, nascido na região.

Ráàpù = rap.

= no, na, em.

Nínú = dentro, no interior de.

Láti = para. Usada antes de verbo no infinitivo.

Sọdi, sọdà = transformar, converter.

Aláìkú = imortal, inextinguível.

Sọdi-aláìkú = imortalizar.

Èdè = idioma, língua, dialeto.

Èdèe guaraní = idioma guarani. Nesta expressão, há dois substantivos juntos e por isso, a vogal do primeiro é estendida na fala e na escrita, se o substantivo seguinte começar com consoante.

Guaraní = guarani.

Náà = o, a, os, as. 






É a mesma coisa que a gente chegar na casa de alguém e falar:
 'eu descobri essa casa’. É que nem se fosse assim aqui, nas histórias”. 





A frase é de Charlie, integrante dos Brô MCs, grupo indígena de rap que é original de uma cidadezinha próxima de Dourados (Mato Grosso do Sul), na divisa do Brasil com o Paraguai. 


Portal Vermelho



Na dúvida se ele está falando da colonização da América do Sul ou da constante invasão e degradação de terras indígenas no país, esclarece-se: das duas coisas. O tratamento de exclusão e desrespeito que se dá aos índios por aqui é o mesmo desde 1500, e é contra que cantam os Brô MCs. E em idioma original.


A banda faz um rap diferente, misturando bases clássicas com instrumentos de origem guarani kaiowá e toques da musical brasileira.

O escolhido pelo grupo foi o ritmo norte-americano com letras em guarani e em português por várias razões. Primeiro, porque ele surgiu do contexto das oficinas oferecidas em um Ponto de Cultura da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Os quatro rapazes que o fundaram participaram de aulas de dança da Cufa (Central Única de Favelas), aprenderam a dançar o rap, e então um deles começou a compor letras de música. Em 2008, nascia a formação básica dos Brô Mc's: Bruno, Charlie, Kelvin e Clemerson.

Depois, eles chegaram à conclusão que Brô MCs – que vem de “brothers” – era um nome bacana, porque são duas duplas de irmãos (Bruno e Clemerson; Charlie e Kelvin) que queriam, de fato, buscar uma integração. "Brother, irmão, em linguagem indígena, seria [em guarani] Xerykey, se for mais velho, e Xeryvy, se for mais novo", explica Kelvin. "Como o rap tem sua origem no inglês, o nome ficou assim como uma forma de mostrar ao homem branco que nós queremos paz”.

Eles fundaram o quarteto, levando em conta o cotidiano de sua região, onde os conflitos ao redor da posse de terra ameaçam a forma de vida ancestral dos indígenas. Rapear se tornou a maneira de canalizar as reivindicações e os conflitos da comunidade nativa da maior reserva urbana do Brasil. 

Adany Muniz, um dos integrantes da formação atual, explica que o Mato Grosso está dominado pela economia do agronegócio, que os "rejeita e persegue". "Existe muito conflito pela questão da terra e o preconceito contra o indígena. A sociedade não aceita nossa cultura e nossa identidade, então somos muito melhor recebidos em outros estados onde não há indígenas como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília", diz.

Cantar em duas línguas foi uma escolha natural. Ao mesmo tempo em que no Brasil se fala português, "valorizamos nossa língua". "Somos o único grupo indígena no país que faz rap e mistura português com guarani”, afirma Bruno. Os Brôs têm se apresentado com frequência cada vez maior desde que se tornaram mais conhecidos, em 2010, no Brasil e no Paraguai – onde o guarani é idioma oficial junto ao espanhol e falado por mais de 90% dos paraguaios, de acordo com o último censo local. Kelvin acredita que a banda se transformou em "uma oportunidade muito grande para mostrar a capacidade da cultura indígena" e de sua língua.

Clemerson destacou a surpresa que causaram na própria aldeia quando começaram a cantar rap. Depois veio o lançamento do primeiro CD, em 2012, a gravação de um clipe que já tem mais de 200 mil acessos no YouTube e ampla repercussão na imprensa. Chegaram a abrir um show de Milton Nascimento, se apresentaram em unidades do Sesc de São Paulo e inclusive tocaram em Brasília, para a presidenta Dilma Rousseff. O futuro, apesar do que já foi alcançado, pede muitas conquistas mais. O que esperam é continuar cantando para "imortalizar o guarani" e divulgar o conflito de sua terra.



Assista ao clipe oficial do grupo: 
                                                                                                                  

Analfabeto midiático

Àwọn ènìyàn láìkọ́wé.
Pessoas analfabetas.














Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


Àwọn, pron. Eles, elas. Indicador de plural ( os, as).

Ènìà, ènìyàn, s. Pessoa. Povo, seres humanos, alguém
Láìkọ́, aláìkẹ́kọ́, adj. Inculto
Òpèaláìmọ̀s. pessoa ignorante, simplória.
Láìkọ́wé, aláìmọ̀ iwéaláìmọ̀wé adj. analfabeto, iletrado, sem estudo.
Láìmọ̀rí, ad. Inexperiente.
Kẹ́kọ́, v. Aprender, receber instrução.
Kọ́, v. Estudar, aprender, ensinar, educar.
Mọ̀, v. Saber, compreender. Conhecer, reconhecer.
Láì, prep. Sem, não. Usado como prefixo negativo das palavras.
Àì, láì, pref. neg. Sem, carecer de.
Aláì, pref. neg.





O pior analfabeto é o analfabeto midiático


“Ele imagina que tudo pode ser compreendido sem o mínimo esforço intelectual”. Reflexões do jornalista Celso Vicenzi em torno de poema de Brecht, no século 21

Celso Vicenzi, no Outras Palavras
Ele ouve e assimila sem questionar, fala e repete o que ouviu, não participa dos acontecimentos políticos, aliás, abomina a política, mas usa as redes sociais com ganas e ânsias de quem veio para justiçar o mundo. Prega ideias preconceituosas e discriminatórias, e interpreta os fatos com a ingenuidade de quem não sabe quem o manipula. Nas passeatas e na internet, pede liberdade de expressão, mas censura e ataca quem defende bandeiras políticas. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. E que elas – na era da informação instantânea de massa – são muito influenciadas pela manipulação midiática dos fatos.
Não vê a pressão de jornalistas e colunistas na mídia impressa, em emissoras de rádio e tevê – que também estão presentes na internet – a anunciar catástrofes diárias na contramão do que apontam as estatísticas mais confiáveis. Avanços significativos são desprezados e pequenos deslizes são tratados como se fossem enormes escândalos. O objetivo é desestabilizar e impedir que políticas públicas de sucesso possam ameaçar os lucros da iniciativa privada. O mesmo tratamento não se aplica a determinados partidos políticos e a corruptos que ajudam a manter a enorme desigualdade social no país.
Questões iguais ou semelhantes são tratadas de forma distinta pela mídia. Aula prática: prestar atenção como a mídia conduz o noticiário sobre o escabroso caso que veio à tona com as informações da alemã Siemens. Não houve nenhuma indignação dos principais colunistas, nenhum editorial contundente. A principal emissora de TV do país calou-se por duas semanas após matéria de capa da revista IstoÉ denunciando o esquema de superfaturar trens e metrôs em 30%.
jornal nacional analfabeto midiático
Bancada do Jornal Nacional (Divulgação)
O analfabeto midiático é tão burro que se orgulha e estufa o peito para dizer que viu/ouviu a informação no Jornal Nacional e leu na Veja, por exemplo. Ele não entende como é produzida cada notícia: como se escolhem as pautas e as fontes, sabendo antecipadamente como cada uma delas vai se pronunciar. Não desconfia que, em muitas tevês, revistas e jornais, a notícia já sai quase pronta da redação, bastando ouvir as pessoas que vão confirmar o que o jornalista, o editor e, principalmente, o “dono da voz” (obrigado, Chico Buarque!) quer como a verdade dos fatos. Para isso as notícias se apoiam, às vezes, em fotos e imagens. Dizem que “uma foto vale mais que mil palavras”. Não é tão simples (Millôr, ironicamente, contra-argumentou: “então diga isto com uma imagem”). Fotos e imagens também são construções, a partir de um determinado olhar. Também as imagens podem ser manipuladas e editadas “ao gosto do freguês”. Há uma infinidade de exemplos. Usaram-se imagens para provar que o Iraque possuía depósitos de armas químicas que nunca foram encontrados. A irresponsabilidade e a falta de independência da mídia norte-americana ajudaram a convencer a opinião pública, e mais uma guerra com milhares de inocentes mortos foi deflagrada.
  • O analfabeto midiático não percebe que o enfoque pode ser uma escolha construída para chegar a conclusões que seriam diferentes se outras fontes fossem contatadas ou os jornalistas narrassem os fatos de outro ponto de vista. O analfabeto midiático imagina que tudo pode ser compreendido sem o mínimo de esforço intelectual. Não se apoia na filosofia, na sociologia, na história, na antropologia, nas ciências política e econômica – para não estender demais os campos do conhecimento – para compreender minimamente a complexidade dos fatos. Sua mente não absorve tanta informação e ele prefere acreditar em “especialistas” e veículos de comunicação comprometidos com interesses de poderosos grupos políticos e econômicos. Lê pouquíssimo, geralmente “best-sellers” e livros de autoajuda. Tem certeza de que o que lê, ouve e vê é o suficiente, e corresponde à realidade. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o espoliador das empresas nacionais e multinacionais.”

O analfabeto midiático gosta de criticar os políticos corruptos e não entende que eles são uma extensão do capital, tão necessários para aumentar fortunas e concentrar a renda. Por isso recebem todo o apoio financeiro para serem eleitos. E, depois, contribuem para drenar o dinheiro do Estado para uma parcela da iniciativa privada e para os bolsos de uma elite que se especializou em roubar o dinheiro público. Assim, por vias tortas, só sabe enxergar o político corrupto sem nunca identificar o empresário corruptor, o detentor do grande capital, que aprisiona os governos, com a enorme contribuição da mídia, para adotar políticas que privilegiam os mais ricos e mantenham à margem as populações mais pobres. Em resumo: destroem a democracia.
Para o analfabeto midiático, Brecht teria, ainda, uma última observação a fazer: Nada é impossível de mudar. Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
O analfabeto político
O pior analfabeto, é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha
Do aluguel, do sapato e do remédio
Depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que
Se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política.
Não sabe o imbecil,
Que da sua ignorância nasce a prostituta,
O menor abandonado,
O assaltante e o pior de todos os bandidos
Que é o político vigarista,
Pilanta, o corrupto e o espoliador
Das empresas nacionais e multinacionais.
Bertold Brecht

domingo, 29 de junho de 2014

Interrogação

Ta ni  ó kú fún ọ?
Quem morreu por você?

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)


Tani =  quem. É usado para pessoas e coisas vivas.

Ó = ele, ela.
    
O, ìwọ = você ( sujeito).

Ẹ,  = você ( objeto)

= morrer.

Fún = para, em nome de.








Zumbi, mártir dos Palmares

Os quilombos ou mocambos eram territórios geoestratégicos que resultavam da fuga de negros das senzalas, onde sua mão-de-obra era escrava.O quilombo dos Palmares foi o que obteve maior expansão, longevidade e reputação, existiu entre 1605 e 1694 numa extensão territorial grande na Serra da Barriga - interior do que hoje é o estado de Alagoas -, e contou com uma população de aproximadamente vinte mil quilombolas.








Por Bruno Peron

Hoje há uma pequena cidade de nome União dos Palmares que recorda a história do quilombo naquele território.

Narrado por alguns contadores de histórias como um provável descendente de guerreiros angolanos fortes, Zumbi é certamente considerado o último dos líderes do quilombo dos Palmares. Sua data de nascimento não é precisa, mas se situa no ano de 1655 em território que hoje pertence ao estado de Alagoas. Zumbi liderou o Quilombo dos Palmares desde um motivo emancipatório comunitário que transbordou ao civilizatório nacional. A resistência ecoou do Quilombo dos Palmares aos limites da colônia portuguesa na América do Sul.Palmares esteve vulnerável a ataques dos colonos portugueses com o objetivo de reconquista dos escravos para manter o sistema de exploração colonial. Para isso, relata-se que a capoeira desenvolveu-se entre os afro-descendentes como uma prática de treinamento de resistência contra a opressão dos colonizadores portugueses e da elite crioula sob o manto de uma dança típica africana. A prática da capoeira já existia entre os escravos da colônia, no entanto.

Embora se atribua a culpa dos descaminhos históricos brasileiros à herança colonizadora, os grupos dominantes brasileiros foram os grandes responsáveis por entregar o Brasil aos portugueses e anexá-lo ao sistema econômico do Continente-Sanguessuga. Um destes representantes foi o bandeirante paulista e sicário Domingos Jorge Velho, que, no menor descuido dos livros didáticos de história, pode injustamente inverter o papel do herói.

Ainda que uma proposta de negociação com Palmares tenha vindo de Pedro Almeida, governador da capitania de Pernambuco, Zumbi recusou-a com desconfiança e continuou a resistência. No entender de Zumbi, a condescendência dos quilombolas de Palmares à monarquia portuguesa não resolveria o problema da escravidão na colônia. Zumbi pensava na coletividade. Em 20 de novembro de 1695, porém, Zumbi foi capturado e decapitado. Assim como na posterior história de Antônio Conselheiro e seu messianismo no sertão nordestino, as forças oficiais tentam historicamente cooptar o desenvolvimento de forças alternativas. A própria noção de refugiado em que os quilombolas se enquadraram implica uma organização política outra que elude o risco de depender de políticas oficiais de inclusão social. 

Contudo, os quilombos não se desenvolviam somente com base na população afro-descendente que fugia da opressão das casas-grandes. 

Havia neles também uma minoria de indígenas, mestiços e brancos pobres. Portanto, sua organização sócio-política não era excludente de grupos diferentes dos que foram extirpados de suas famílias na África para ser trazidos como animais de força motriz e trabalhar numa economia em vias de globalizar-se. Por alguma razão estranha, quilombo quer dizer desordem e confusão na Argentina. 

A negociação dos colonos com os quilombolas não traria resultados positivos fora da resistência destes à opressão colonial, assim como o diálogo que o governo colombiano tenta estabelecer com o grupo guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia traria uma paz relativa devido à divergência de ideias. Esta interpretação se deve a que, na primeira situação, os negros não se incluíram na sociedade, mas passaram da escravidão à exclusão, enquanto, na segunda, as propostas revolucionárias alternativas tendem a dar lugar ao consentimento a uma ordem capitalista oficial de controle das pessoas e dos territórios. 


Vinte de novembro é um dia cujas lutas se rememoram como "consciência" de um grupo étnico que sofreu sob o jugo da pretensa superioridade branca. Um feriado comemorativo da braveza e da resistência dos afro-descendentes no Brasil é muito mais digno que o número sufocante de festividades de tantos santos cujo vestígio remanesce dos colonizadores. Por razões que se lhe ocorriam menos na época em que o maior objetivo era libertar todos da opressão dos portugueses, Zumbi virou mártir das lutas atuais de afirmação étnico-racial.


Racismo no Brasil


  Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà ní'lè  Bràsíl.

 Racismo no Brasil.



Ìwé gbédègbéyò ( vocabulário)

Àkójópò ìtúmò ( Glossário).



Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà = racismo


Contração da preposição  e substantivo. Quando a vogal inicial do substantivo não é i, a consoante n da preposição se transforma em l, e a vogal i toma forma de vogal do substantivo posterior. Mas se a vogal do substantivo é i, ela é eliminada. Ní àná ( l'ánàá ). ní ilé (ní'lé)

 = partícula enfática usada na construção de frases, quando o verbo tiver dois objetos, o segundo objeto é precedido por " ní".



 = no, na, em. Usada para indicar o lugar em que alguma coisa está. Indica uma posição estática.

 = ter, possuir, dizer.Transportar carga em um barco ou navio. Ocupar, obter, pegar.

Ni = ser, é.

 = aquele, aquela. Requer alongamento da vogal final da palavra que o antecede somente na fala. Ex.: Fìlà ( a ) nì = aquele chapéu.

Ilè, s. Terra, solo, chão.

Bràsíl = Brasil



Racismo no Brasil


  Olùkó Orlandes.



    Estou muito preocupado com o genocídio das etnias guarani-kaiowá, tupinambá e de jovens negros no Brasil. As balas, deste genocídio, percorrem um longo caminho, que vai de Brasília ( bancadas ruralista e evangélica, justiça federal e presidência da república) até os territórios indígenas e favelas. Neste percurso, as balas são incorporadas nas armas de homens pobres ( pistoleiros e policiais) para assassinar pessoas pobres de outras etnias ( negros e indígenas) e assim, promover os interesses econômicos e políticos de homens ricos e brancos ( latifundiários,agronegócio e burguesia capitalista).



 Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà (Racismo)


1 - RACISMO segundo Carlos Moore



Não é nada mais que um sistema de poder que cria ideologias, que determina onde vão ser concentrados os recursos e como eles serão divididos. O RACISMO é feito, unicamente, para isso. O resto é conversa fiada.




2 - RACISMO segundo Albert Memmi





valorização, generalizada e definitiva, de diferenças biológicas, reais ou imaginárias, em proveito do acusador e em detrimento da vítima, a fim de justificar os seus privilégios ou a sua agressão.








DILMA e CABRAL impõem DITADURA MILITAR no Complexo da MARÉ-RJ

Foto: ESTRAÇALHA LADRÃO QUE NEM PAPEL !

Leia na CartaCapital: http://t.co/xSQCOgHR3t

DILMA e CABRAL impõem DITADURA MILITAR no Complexo da MARÉ-RJ



As mortes de dois soldados estariam sendo vingadas e sua honra lavada com sangue de jovens corpos negros estirados nas escadarias de um morro qualquer no Rio de Janeiro.

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E se as vítimas fossem filhos de empresários, médicos, advogados, engenheiros ou dentistas? E se os territórios de terror fossem na Lagoa ou em Ipanema, no Rio; no Alto de Pinheiros ou em Moema em São Paulo ou na Barra, em Salvador? E se o sangue jorrasse de corpos brancos, a reação social e política a esses números seria a mesma? 



ROLEZINHO: QUANDO O FUNK-   OSTENTAÇÃO TORNA-SE AMEAÇA

Repressão a jovens que marcam encontros nos shoppings revela: no Brasil da Casa Grande, pobres sempre são subversivos quando saem do gueto -- mesmo que para consumir...

Por Eliane Brum, no El Pais / Outras Mídias






Genocídio indígena