Filọ́sọ́fi àti ẹ̀kọ́ nípa Ọ̀gbọ́gbà ayé (filosofia e ecologia).
"Problematizar as estruturas que configuram a nossa representação da natureza, eis uma tarefa importante para uma filosofia da crise socioambiental. Significa isto uma possibilidade de liberar o pensamento ecológico para torná-lo mais crítico e, portanto, mais efetivo do ponto de vista de seu alcance social, justamente porque mais preparado para resistir à tendência de sua normalização dentro do grande esquema capitalístico do mundo. Uma das características operatórias desse esquema, e que explica a dificuldade de sua superação, é sua dialética fechada: nada se tornando estranho ao capitalismo, nada o ameaçando porque tudo acabando por se tornar um elemento seu a mais funcionando para a sua continuação. O discurso ecológico soava tão subversivo em suas origens que não tardou a época em que passou a fazer parte da agenda dos interesses econômicos do mundo capitalista em sua versão mais atual. Exatamente como na lógica da dialética fechada e positiva em que o termo opositor não consegue manter a sua contrariedade negativa na próxima fase, ele existe tão simplesmente para confirmar a positividade da síntese, desde sempre garantida. Isto não quer dizer que em termos práticos não tenha havido uma mudança de mentalidade na ordem social, apenas ela ainda não foi tão radical quanto ainda podemos esperar que fosse. (A esperança precisa conservar a sua negatividade dialética)".
Fonte: FILOSOFIA E ECOLOGIA – PARA UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA André Brayner de FariasUniversidade de Caxias do Sulabraynerfarias@yahoo.com
Ọ̀rọ̀ìwòye (comentário).
Olùkọ́ Orlandes
Este texto valoriza a filosofia da crise socioambiental para questionar estruturas de representação da natureza ( o ser humano separado da natureza, natureza-paraíso etc. ). A expressão crise socioambiental já indica que o homem faz parte da natureza, há relações entre cultura e natureza e problemas sociais estão conectados aos problemas ambientais. Assim, a inclusão da filosofia no penamento ecológico pode torná-lo mais crítico e efetivo no âmbito da sociedade. Por isso, a filosofia da ecologia é de fundamental importância para a prática científica, para os ecólogos e para resistir ao capitalismo que deseja cooptar o discurso ecológico, torná-lo normal e útil dentro do grande esquema capitalístico do mundo. A filosofia, mesmo reconhecendo os avanços do eco-capitalismo, síntese da tese (continuidade do capitalismo) e da antítese ( pensamento ecológico); na lógica do capital, o termo opositor (antítese) não consegue manter sua contrariedade negativa na próxima fase do processo dialético. Isto porque, no eco-capitalismo, tudo pára na síntese ( o termo opositor serve só para confirmar a positividade da síntese). Porém, no processo dialético, a luta dos contrários produz mudança ou devir ( o que torna possível, em teoria, superar o eco-capitalismo e sua lógica da dialética fechada e positiva). A síntese (negação da negação, superação da tese e da antítese) já é uma nova tese (afirmação) e traz dentro de si sua antítese (negação) que irá superá-la. Assim, com a filosofia, o discurso ecológico poderá continuar subversivo (crítico, radical) e o termo opositor (antítese) manter sua contrariedade negativa e, portanto, tornar-se mais efetivo do ponto de vista de seu alcance social,
"Problematizar as estruturas que configuram a nossa representação da natureza, eis uma tarefa importante para uma filosofia da crise socioambiental. Significa isto uma possibilidade de liberar o pensamento ecológico para torná-lo mais crítico e, portanto, mais efetivo do ponto de vista de seu alcance social, justamente porque mais preparado para resistir à tendência de sua normalização dentro do grande esquema capitalístico do mundo. Uma das características operatórias desse esquema, e que explica a dificuldade de sua superação, é sua dialética fechada: nada se tornando estranho ao capitalismo, nada o ameaçando porque tudo acabando por se tornar um elemento seu a mais funcionando para a sua continuação. O discurso ecológico soava tão subversivo em suas origens que não tardou a época em que passou a fazer parte da agenda dos interesses econômicos do mundo capitalista em sua versão mais atual. Exatamente como na lógica da dialética fechada e positiva em que o termo opositor não consegue manter a sua contrariedade negativa na próxima fase, ele existe tão simplesmente para confirmar a positividade da síntese, desde sempre garantida. Isto não quer dizer que em termos práticos não tenha havido uma mudança de mentalidade na ordem social, apenas ela ainda não foi tão radical quanto ainda podemos esperar que fosse. (A esperança precisa conservar a sua negatividade dialética)".
Fonte: FILOSOFIA E ECOLOGIA – PARA UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA André Brayner de FariasUniversidade de Caxias do Sulabraynerfarias@yahoo.com
Ọ̀rọ̀ìwòye (comentário).
Olùkọ́ Orlandes
Este texto valoriza a filosofia da crise socioambiental para questionar estruturas de representação da natureza ( o ser humano separado da natureza, natureza-paraíso etc. ). A expressão crise socioambiental já indica que o homem faz parte da natureza, há relações entre cultura e natureza e problemas sociais estão conectados aos problemas ambientais. Assim, a inclusão da filosofia no penamento ecológico pode torná-lo mais crítico e efetivo no âmbito da sociedade. Por isso, a filosofia da ecologia é de fundamental importância para a prática científica, para os ecólogos e para resistir ao capitalismo que deseja cooptar o discurso ecológico, torná-lo normal e útil dentro do grande esquema capitalístico do mundo. A filosofia, mesmo reconhecendo os avanços do eco-capitalismo, síntese da tese (continuidade do capitalismo) e da antítese ( pensamento ecológico); na lógica do capital, o termo opositor (antítese) não consegue manter sua contrariedade negativa na próxima fase do processo dialético. Isto porque, no eco-capitalismo, tudo pára na síntese ( o termo opositor serve só para confirmar a positividade da síntese). Porém, no processo dialético, a luta dos contrários produz mudança ou devir ( o que torna possível, em teoria, superar o eco-capitalismo e sua lógica da dialética fechada e positiva). A síntese (negação da negação, superação da tese e da antítese) já é uma nova tese (afirmação) e traz dentro de si sua antítese (negação) que irá superá-la. Assim, com a filosofia, o discurso ecológico poderá continuar subversivo (crítico, radical) e o termo opositor (antítese) manter sua contrariedade negativa e, portanto, tornar-se mais efetivo do ponto de vista de seu alcance social,
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