domingo, 30 de agosto de 2015

Atentado terrorista no Mato Grosso do Sul

 Ìṣẹ̀lẹ̀ ìdánilóró ti àwọn olóko mọ́ ẹ̀yà ènìyàn guaraní Kaiowá.
 Atentado terrorista de ruralistas contra etnia guarani Kaiowá.
                                                                      





Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)
Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìṣẹ̀lẹ̀ ìdánilóró, s. Atentado terrorista.
Ti, prep. De (indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Àwọn, wọn, pron. Eles, elas. Indicador de plural.
Olóko, s. Ruralista, fazendeiro, latifundiário.
Mọ́, prep. Contra.
Ẹ̀yà ènìyàn, s. Etnia.
Guaraní Kaiowá, s. Guarani Kaiowá.

1. Entidades e pessoas que apoiam o terrorismo e genocídio da etnia guarani kaiowá no Mato Grosso Sul:
- Governo federal (aliado do agronegócio).
-Agronegócio (aliado do governo federal).
-Justiça Federal (aliada do agronegócio).
-Bancada ruralista ( deputados do agronegócio).
-Neonazistas ( apoiam o agronegócio).
-Psicopatas ( sentem prazer em matar).
-Milícia rural e pistoleiros (trabalham para o agronegócio).
-Militares e policiais (protegem o agronegócio).

2. Ruralistas atacam e matam líder Guarani-Kaiowá no Mato Grosso do Sul

Inserido por: Administrador em 29/08/2015.
Fonte da notícia: Cimi - Conselho Indigenista Missionário

Após uma semana de preparativos, ruralistas atacaram famílias indígenas Guarani e Kaiowá, do tekohá Nhanderu Marangatu, e assassinaram uma de suas lideranças, na tarde deste sábado, 29 de agosto, em Antônio João, no Mato Grosso do Sul.

Nhanderu Marangatu é sabidamente uma terra indígena tradicional Guarani e Kaiowá. Foi reconhecida e homologada pelo Governo Federal em meados de 2005. No entanto, a suspensão dos efeitos da homologação, seguido por uma ordem de despejo proveniente do Poder Judiciário, destinou quase mil pessoas ao peso impagável de mais de uma década de beira de estrada, mortes e a obrigatoriedade de suportar condições sub-humanas de vida. Estas centenas de pessoas passaram a viver, desde então, em menos de 150 dos 9.500 hectares homologados. Cansados de sofrer, os indígenas decidiram retomar sua área originária há exatamente uma semana.



Para entender mais leia aqui:

http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&action=read&id=8285
 http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=8288&action=read

No início desta manhã, uma professora de Nhanderu Marangatu, tentava, de todas as formas, meios de sair de sua terra para buscar o rumo de Brasília, na esperança de garantir a paz e a segurança de sua comunidade. Porém, a professora foi impedida em seu direito de ir e vir e de exercer livremente sua cidadania por conta do bloqueio das estradas e pelas ameaças de morte, ambas ações realizadas pelos fazendeiros e sindicatos rurais que promoveram cerco sobre os indígenas por mais de três dias. Desesperada, a professora, que conhece de perto a brutalidade dos fazendeiros da região desde que seu próprio pai foi por eles assassinado, relatava que se podia “sentir no ar o clima de morte”.

Enquanto isso, da mesma forma que nos ataques realizados contra famílias Guarani e Kaiowá da Terra Indígena de Kurusu Ambá, município de Coronel Sapucaia, MS, ocorrido há exatos dois meses atrás (http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&action=read&id=8182), ruralistas e políticos se reuniram dentro de um sindicato rural, desta vez o de Antonio João, abandonaram a Justiça, os fóruns do Estado e a legalidade, armaram-se, vestiram coletes a prova de balas e decidiram atacar deliberadamente e criminosamente as famílias indígenas de Nhanderu Marangatu. A ordem de ataque foi proferida, segundo notícias locais, pela presidente do sindicato, Roseli Maria Ruiz (http://www.douradosnews.com.br/noticias/cidades/revoltada-presidente-de-sindicato-deixa reuniao-e-diz-que-vai-retomar-terra-invadida).
 Enquanto o agrobanditismo se organizava e preparava o ataque, que levaria a morte de mais um Guarani e Kaiowá, destacamentos da Força Nacional, que possuíam determinação para atuar no caso e deveriam estar no local, encontravam-se a mais de uma hora da região, na cidade de Ponta Porã, há 70 km, mesmo com a possibilidade latente e iminente do ataque de fazendeiros. Duas horas antes da investida ruralista, funcionários da Funai e o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados, Paulo Pimenta, buscaram sem êxito, junto ao Ministério da Justiça, o deslocamento da Força Nacional para as imediações de Nhanderu Marangatu. A Força Nacional somente começou a se movimentar após o anúncio de que o ataque ruralista havia começado.

Bem mais próximos dos fazendeiros, o que não é de se estranhar, estiveram destacamentos do D.O.F (Departamento de Operação de Fronteira). Apesar de não ter participado propriamente da ação, não impediu o armamento, nem o deslocamento dos fazendeiros armados, com intenções bem determinadas. O DOF deveria ter dado ordem de prisão à milícia rural. No entanto, em sua conivência e prevaricação, simplesmente assistiu ao ataque das forças paramilitares dos ruralistas sul mato-grossenses.

Sem nenhum impeditivo ou barreira, mais de 40 veículos invadiram as terras indígenas retomadas. Segundo líderes indígenas, dentre os fazendeiros estavam deputados e vereadores. Os criminosos dispararam de maneira franca e para matar. Aterrorizaram famílias inteiras em nome da continuidade do esbulho de seu território originário e ancestral. Depois de muitos disparos conseguiram por fim manchar de sangue novamente o solo sagrado de Nhanderu Marangatu. Já na presença da Força Nacional dentro do território indígena, Simião Vilhalva, irmão de uma liderança tradicional, tombou como Marçal e Hamilton Lopes, defendendo seu território, na esperança de um futuro menos dramático para seu povo.

3. Corpo de Guarani e Kaiowá assassinado é entregue à comunidade e quem disparou tiros de borracha num bebê de colo?

Inserido por: Administrador em 30/08/2015.
Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação - Cimi


Foto: Marcos Ermínio



Lideranças Guarani e Kaiowá relataram no início da noite deste domingo, 30, que o caixão com o corpo de Semião Vilhalva, indígena assassinado ontem durante ataque de fazendeiros contra o tekoha – lugar onde se é – Ñanderu Marangatu, foi entregue à comunidade por um motorista terceirizado da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

As autoridades policiais não informaram aos Guarani e Kaiowá ou à Fundação Nacional do Índio (Funai) se o corpo de Semião passou por perícia de legistas federais ou ao menos por exames cadavéricos. O Ministério Público Federal (MPF) do Mato Grosso do Sul não foi chamado para acompanhar o procedimento ou informado de sua realização.  

Conforme agentes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), o indígena teria sido morto após levar um tiro na cabeça – os indígenas afirmam que o tiro acertou o rosto, saindo pela nuca. Os Guarani e Kaiowá, por questões envolvendo aspectos espirituais do povo, desejam enterrar Simão em uma das áreas retomadas de Ñanderu Marangatu, a Fazenda Fronteira.

No entanto, foram impedidos pela polícia. Os soldados fazem um cordão de isolamento entre a sede da Fronteira e os Guarani e Kaiowá. A fazenda é da presidente do Sindicato Rural de Antônio João, Roseli Maria Ruiz, que liderou o ataque dos fazendeiros. Depois da ação violenta deste sábado, a sede da fazenda ficou tomada pelos ruralistas. Os parentes de Semião afirmam que o tiro que o matou, às margens do córrego Estrelinha, partiu da sede da fazenda.  

Bala de borracha

Além do assassinato de Semião, os indígenas questionam de onde partiram os tiros de bala de borracha que acertaram as costas e a nuca de um bebê de um ano, que na hora do ataque dos fazendeiros estava no colo da avó (foto acima). A arma é usada por polícias de todo o país. Os tiros partiram da polícia ou dos fazendeiros? Se os disparos foram efetuados pela polícia, o que teria motivado agentes do Estado a atacar junto com os fazendeiros? Caso as balas tenham partido de armas empunhadas por fazendeiros, como eles as conseguiram? Essas são algumas perguntas que as autoridades públicas deverão responder aos Guarani e Kaiowá. 

http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=8297&action=read


   MS

Nota Pública: Ruralistas comandam Estado Paramilitar no Mato Grosso do Sul

O assassinato de Simão Vilhalva, na manhã deste sábado, 29, no município de Antônio João, precisa ser investigado por forças federais de Brasília e pelo Ministério Público Federal (MPF)

Ñande Ru Marangatú: novas violações de direitos

Omissão do Estado brasileiro e milícias de fazendeiros produzem mais mortes

Ruralista do MS mente e divulga fotos de incêndio em fazenda como ataque de indígenas

Em texto que acompanha a postagem das fotos, Pedro Pedrossian Filho incita publicamente fazendeiros a ações violentas e clandestinas ao Estado contra os indígenas

Sindicato rural de Antônio João espalha boatos e incita violência contra indígenas de Ñanderu Marangatu

A população chegou a ser informada de que os Guarani e Kaiowá poderiam atear fogo à cidade, boato sem registros históricos de um dia ter sido cometido pelos indígenas

Bispo de Dourados, MS, se pronuncia contra ataques ao Cimi e a CNBB

"Tais calúnias refletem a insatisfação de quantos não aceitam o envolvimento da Igreja na defesa e na promoção dos excluídos e marginalizados"


Fonte: http://cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=8294&action=read




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