segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Filosofia africana


Filọ́sọ́fi ti Áfríkà.
Filosofia africana.







CULTURA RACISMO

AFROPERSPECTIVIDADE: POR UMA FILOSOFIA QUE DESCOLONIZA


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Entrevista com o doutor em filosofia e professor da UFRRJ, Renato Noguera


Por Tomaz Amorim

Hoje iniciamos uma série de entrevistas com intelectuais e militantes da luta negra no Brasil. Nosso primeiro entrevistado é Renato Noguera, filósofo e professor da UFRRJ, que fala sobre o surgimento de uma tendência na filosofia brasileira chamada Afroperspectividade. Renato e outros pesquisadores tentam formular conceitos recorrendo às tradições indígena, africana e afro-brasileira. Se Nietzsche buscou inspiração nas figuras europeias clássicas de Apolo e Dionísio para suas formulações sobre a arte moderna, Renato Noguera e outros pesquisadores recorrem a figuras como a Mãe-de-santo e a conceitos como o de drible. O tripé referencial desta empreitada vem de Abdias do Nascimento, Viveiros de Castro e Molefi Asante. A proliferação conceitual de Deleuze dá o exemplo, segundo Renato, a ser superado. Nesta entrevista, falamos também sobre o conceito de epistemicídio (de Suely Carneiro), sobre as filosofias africanas – a anterior à grega e a contemporânea – e sobre como jovens negros em contextos violentos podem se descolonizar através da Filosofia. Renato ainda critica a ideia de mestiçagem e faz um balanço da aplicação das leis 10.639 e 11.645/08 que preveem o ensino de histórias e culturas indígenas, africanas e afro-brasileiras em nossas escolas. Há um pensamento negro e crítico ganhando espaço nas universidades brasileiras. Renato Noguera e outros pesquisadores do Afroperspectividade são uma de suas frentes mais interessantes no campo filosófico.

“Numa sociedade racista que apresenta dados alarmantes de violência urbana em que as principais vítimas são jovens negras e negros, filosofar pode ajudar a repensar o cenário político e social. Mas, insisto, eles devem estudar uma Filosofia que seja marginal e antidogmática. Uma Filosofia que pense o racismo, uma Filosofia que trate da violência, uma Filosofia que pense o Brasil, uma Filosofia enredada no nosso território cultural, uma Filosofia que está porvir e que, talvez, possa estar em semente no pluriverso filosófico afroperspectivista.”

RN: Renato Noguera

TA: Tomaz Amorim (entrevistador)

TA: Renato, você é professor de Filosofia na UFRRJ. Como foi sua trajetória acadêmica, da escola até a posição de professor universitário? Por que a Filosofia?

RN: Em resumo, estudei no Colégio Pedro II e lá, fazendo orientação vocacional aos 13 anos, recebi como “diagnóstico” Filosofia ou Ciências Sociais. Depois pensei em estudar Medicina, Direito ou Letras, mas tinha em mim algumas questões que eram nitidamente filosóficas. Depois de ter ficado na lista de espera para Direito na UERJ, escolhi Filosofia na UFRJ. Eu me lembro que desde a infância vivia me perguntando pelo sentido da vida, ficava comparando o infinito do céu com a finitude humana. Enfim, dos 18 aos 21 anos fiz o bacharelado em Filosofia, aos 22 anos conclui a licenciatura e entrei no Mestrado em Filosofia na UERJ, sob orientação do professor Gerd Bornheim. Depois de dois semestres decidi mudar, prestei outra prova de seleção e acabei indo para a UFSCar, onde cursei o mestrado de 1996 a 29 de fevereiro 2000 (data de defesa da dissertação). No mestrado pude estudar sob orientação do grande Bento Prado Jr. Na época, o mestrado durava quatro anos, toda minha turma usou igualmente o prazo, nós fazíamos as disciplinas em três ou quatro semestres e ficávamos pesquisando e escrevendo pelo mesmo período. Depois do mestrado, voltei a morar no Rio de Janeiro e entrei no doutorado em 2001 na UFRJ, onde o defendi em 31 de março de 2006 com apoio do mesmo orientador da minha monografia, o generoso Mário Guerreiro. Eu estudei a Filosofia de Schopenhauer e participei da fundação do Grupo de Trabalho (GT) Schopenhauer na Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF) em 2004. Na tese de doutorado, articulei as Filosofias de Platão, Schopenhauer e Deleuze para propor uma alternativa schopenhaueriana para uma formulação feita por Platão. A Filosofia de Deleuze trouxe a estratégia de criação de conceitos.  Durante 11 anos fui professor da Educação Básica, trabalhei no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e no Ensino Superior, paralelamente, dei aula em várias escolas privadas, tais como a Escola Parque. Trabalhei na Universidade Estácio de Sá, fui professor substituto da UERJ, da UFRJ e da rede pública estadual fluminense. Entre 2005 e 2006 cheguei a ter 27 turmas por semana. No ano de 2008 fui aprovado em concurso público para a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

TA: Da graduação ao doutorado você se dedicou ao estudo da obra de Schopenhauer, um dos mais importantes filósofos de língua alemã do século XIX. Hoje você é conhecido, principalmente, pelo esforço em produzir uma Filosofia a partir de temas e pensadores africanos. Nesta transição, você acha que houve um rompimento entre os temas ou há uma continuidade na sua produção?

RN: Não sei se foi um rompimento. Eu estudei Schopenhauer por bastante tempo, praticamente de 1991 até 2006, mas, paralelamente, tive outra formação. Tive o privilégio de ter uma formação familiar e política que levou-me para o ativismo negro desde cedo. Por isso, eu estudava, paralelamente, o pensamento africano. Eu sabia que nos anos 1990 e no início dos 2000 seria difícil colocar esse assunto no mundo acadêmico filosófico. O professor Mário Guerreiro me disse sabiamente: termine o doutorado e você poderá pesquisar isso. Foi o que fiz.

TA: Você reivindica uma origem africana à Filosofia, que teria vindo do Egito para a Grécia. Quais são os indícios históricos desta afirmação? Quem quiser se aprofundar nesta questão deve buscar quais referências?

RN: Eu trabalho com a noção de que a Filosofia é pluriversal; não faço coro com a leitura hegemônica de que filosofar seja universal e tenha sido uma invenção grega. Neste sentido, não reivindico que os africanos inventaram a Filosofia. Eu advogo que o Egito, desde 2780 antes da Era Comum, tem uma produção filosófica e possuía escolas de rekhet, termo que, segundo o egiptólogo e filósofo Theóphile Obenga, significa “Filosofia”. Não há dúvida de que Platão, Pitágoras e Tales de Mileto, dentre outros gregos, passaram algum tempo no Antigo Egito. Diversas fontes convergem para a tese de que Pitágoras (570-496 A.E.C) foi o primeiro a usar o termo “Filosofia” depois de retornar do Egito. Diógenes de Laércio e Cícero são fontes importantes dessa perspectiva bastante conhecida. Há um discurso crítico que atribuiria aos gregos uma espécie de plágio da Filosofia egípcia. Eu não defendo isso, tampouco a ausência de influência. É óbvio que todas as culturas são dinâmicas. Eu não defendo que os egípcios inventaram a Filosofia, o que eu digo é mais simples: os textos egípcios são filosóficos e mais antigos do que os gregos. Ou seja, os registros filosóficos africanos são anteriores aos ocidentais. Não estou preocupado com primazia, mas com a legitimidade filosófica africana na Antiguidade. Eu sou contra a recusa desse material por puro dogmatismo, por uma postura que, não encontro outra palavra, tem sido profundamente antifilosófica por parte de colegas com boa formação na área. Eu não digo que os africanos inventaram a Filosofia por dois motivos. Primeiro: amanhã ou depois podemos encontrar algum texto mais antigo do que os egípcios com cerca de mais de 2500 anos antes da Era Comum, isto é, de aproximadamente 4500 anos. Segundo: penso que é um falso problema apontar qual povo inventou a Filosofia, qual povo lavrou sua certidão de nascimento. Seria o mesmo que procurar o povo que inventou a Arquitetura. Penso que todos os povos tinham suas próprias construções. Faz mais sentido apontar as diferenças. Assim, o que soa estranho é reduzir toda diversidade a apenas uma escola. Eu tenho pensado desse modo. As nossas pesquisas são baseadas em diversas fontes, ainda pouco examinadas, que confirmam que os textos africanos são anteriores aos ocidentais. Os egípcios começaram a filosofar antes dos gregos. Além disso, há o fato de que o Egito antigo era uma sociedade negra, o que foi, conforme Martin Bernal e Cheikh Anta Diop, falsificado por conta do racismo antinegro que não aceitaria facilmente que uma sociedade muito avançada tecnologicamente naquele momento histórico pudesse ser negra. Ainda hoje encontramos representações brancas do Antigo Egito. Sem dúvida, minhas afirmações em torno da ideia de que existia uma produção filosófica anterior aos gregos recebe uma vasta série de objeções. O elenco é vasto. Mas para aprofundar o debate eu sempre indico o exame dos trabalhos de George James com Legado roubado (Stolen Legacy), passando pelas obras de Cheikh Diop, Theóphile Obenga, Molefi Asante, até A Filosofia antes dos gregos,de José Nunes Carreira.

TA: A Filosofia trabalhou durante muitos séculos com a ideia de universal. No século XX, principalmente, surgiram as Filosofias da diferença e uma produção teórica impulsionada por grupos historicamente oprimidos e por suas questões e reivindicações. É possível entender estas formulações específicas sob o pano de fundo do universal ou elas estariam justamente denunciando a falsidade deste universal?

RN: Penso que as Filosofias da diferença são muito importantes nessa denúncia, mas concordo com o filósofo porto-riquenho Maldonado-Torres que diz que: “os filósofos e os professores de Filosofia tendem a afirmar as suas raízes numa região espiritual invariavelmente descrita em termos geopolíticos: a Europa”. Apesar da enorme compreensão, percebo ainda uma perspectiva, por assim dizer, “conservadora”. O que não significa que eu não dialogue muito com essa abordagem, reconhecendo os seus limites.

TA: Qual a importância da Filosofia produzida hoje no continente africano? Qual sua relação com o pensamento africano na diáspora?

RN: Existem muitos expoentes na Filosofia africana contemporânea, posso citar alguns. Achille Mbembe tem uma obra muito interessante chamada Crítica da razão negra, um belo trabalho de Filosofia política em que ele problematiza o conceito de “negro” e apresenta um risco trazido pelo neoliberalismo e pela crise da Europa como centro político mundial. Mbembe diz algo como “os riscos sistemáticos aos quais os escravos negros foram expostos durante o primeiro capitalismo constituem agora, se não a norma, pelo menos o quinhão de todas as humanidades subalternas”. O trabalho do filósofo sul-africano Mogobe Ramose questiona o conceito de universalidade, substituindo-o pelo de pluriversalidade. Ramose explica como os conflitos geopolíticos entre europeus e africanos foram responsáveis pela invisibilidade sistemática do pensamento filosófico africano. Ora, esse problema tem sido debatido no contexto da afrodiáspora de diversos modos. O filósofo afro-americano Charles Mills disse algo muito interessante, mais ou menos assim, “nas Ciências Humanas, a Filosofia é a área mais branca”. No Brasil, Sueli Carneiro trouxe a ideia de epistemicídio. É preciso citar outros nomes que têm pesquisado o assunto como Wanderson Flor Nascimento da Universidade de Brasília (UnB), Eduardo David Oliveira da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Emanoel Soares da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), além de estudantes de Programas de Pós-Graduação no Paraná como Roberto Jardim e Thiago Dantas, que lançou o livro Descolonização Curricular: A Filosofia Africana no Ensino Médio(2015). No Rio de Janeiro, um grupo de estudantes de pós-graduação, professores da educação básica e um professor da UERJ construíram um projeto que transformou-se no livro Sambo, logo penso: afroperspectivas filosóficas para pensar o samba (2015), organizado por Wallace Lopes com participação de Marcelo Rangel, professor da Universidade Federal de Outro Preto (UFOP), Sylvia Arcuri, Eduardo Barbosa, Felipe Siqueira, Filipi Gradim, Guilherme Celestino e Marcelo Moraes, professor da UERJ. Esse grupo tem feito um belo trabalho filosofando através do samba e usando o repertório cultural negro, africano, afro-brasileiro, ameríndio e indígena.

TA: A tradição oral parece fundamental nas diversas culturas africanas. Quais os desafios em transportar esta tradição para a narrativa e Filosofia escritas?

RN: O pluriverso cultural africano é vasto. Conforme afirma Diop, existe algo em comum entre os povos africanos do mesmo modo que nas culturas ocidentais pode-se identificar alguns elementos razoavelmente constantes. Penso que existe muito desconhecimento sobre os povos africanos. O livro Etno-História do Império Mali de José Lampréia pode se juntar ao arsenal de trabalhos organizados pelo historiador africano Joseph Kizerbo e de tradicionalistas como Hampâte Bá para elucidar que existiam sociedades como o Império Mali, entre os séculos VIII e XVII. A historiografia africana aponta que no século XIV existiam 150 escolas e uma universidade na cidade de Tombuctu, com um vasto acervo em suas bibliotecas. Abdel Kader Haidara tem feito um belo trabalho tentando salvar a vasta documentação que grupos fundamentalistas querem destruir. Ora, faço esse comentário para explicar que existem registros escritos e orais no continente africano. Eu percebo que pouco se fala a respeito do material escrito dos séculos XIV, XV e XVI. Sem contar o vasto material egípcio de 2780 até 330 antes da Era Comum, conforme catalogado por Théophile Obenga. Afinal, mesmo diante das tentativas de falsificação histórica, o Egito Antigo não pode ser embranquecido diante de todas as evidências que Cheikh Anta Diop nos deixou em seus trabalhos. Faço essa digressão para mostrar que, além de material oral, existe muito material escrito que, no entanto, é pouquíssimo conhecido. Pois bem, em relação ao esforço de transpor o “texto” oral para o registro escrito, penso que a oralitura resolve esse aparente problema, transformando o que parecia um obstáculo intransponível numa equação solúvel, desde que os devidos protocolos sejam usados. Pio Zirimu, um incrível linguista ugandense, e uma dupla nascida no Quênia, o escritor e professor de literatura comparada Ngũgĩ Wa Thiong’o e a professora de arte Micere Mugo, explicam que a oralitura é a teoria da composição oral, um modo de catalogar o repertório de registros orais. Não se trata de oralidade, mas de “técnicas” do campo da linguística que criam um acervo oral. Ou seja, a tradição oral pode ser preservada através dessa abordagem. Vale a pena ler o artigo Oralidad y oratura de Juan José Ferrer a esse respeito para compreender melhor o tema. A oralitura é a alternativa para que o conhecimento filosófico antigo registrado oralmente possa ser acessível do mesmo modo que os registros escritos.

TA: Em 2003 foi implantada a lei 10.639, que prevê o ensino de História e Cultura Afro-brasileiras nas escolas. Por que o estado brasileiro demorou tanto para incluir a história dos ancestrais de mais da metade da população brasileira nas escolas? Passados doze anos, quais foram os avanços da lei e de sua implantação? O que ainda falta? Quais as possibilidades de implantação da lei na disciplina de Filosofia?

RN: Esse tema é objeto de muitas pesquisas. A Lei 10.639/03 recebeu em 2008 o acréscimo da Lei 11.645/08 que inclui o ensino de história e culturas indígenas. A regulamentação da alteração do Artigo 26 A da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional tem pelo menos três documentos fundamentais: 1º) Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana de 2004; 2º) Orientação e Ação para Educação das Relações Étnico-Raciais de 2006; 3º) Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígenas de 2008. Existem muitos trabalhos que trazem um belo panorama a respeito do cenário de implementação dos conteúdos obrigatórios africanos, afro-brasileiros e indígenas no currículo do ensino fundamental e do ensino médio em todas as disciplinas. Um bom balanço tem sido feito pelos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabis) que integram oficialmente as Instituições Federais de Ensino (IFES), além de existirem também em diversas universidades privadas e públicas. É difícil discorrer sobre isso sem fazer uma monografia. De qualquer modo, existem avanços e resistências. No caso da disciplina Filosofia, posso fazer um resumo porque tenho dedicado parte de meu tempo de pesquisa em investigações a esse respeito, incluindo a pesquisa que coordeno com apoio da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) intitulada Filosofando com sotaques africanos e indígenas, na primeira versão no período de julho de 2014 até junho de 2016. A maior dificuldade no campo da Filosofia está no desconhecimento da produção fora do circuito ocidental. Eu acredito que o livro Ensino de Filosofia e a lei 10.639 que foi publicado pela Pallas em parceria com a Biblioteca Nacional pode ajudar bastante a dirimir dúvidas. Penso que o primeiro passo é uma cuidadosa leitura da documentação que regulamenta o Artigo 26 A da LDB. O segundo passo: descolonização do pensamento, do currículo e das práticas educativas.

TA: Em uma entrevista recente à revista Ensaios Filosóficos você falou em “racismo epistemológico”. O que é isto e como vencê-lo?

RN: O racismo epistêmico ou epistemológico é uma das dimensões mais perniciosas da discriminação étnico-racial negativa. Em linhas gerais, significa a recusa em reconhecer que a produção de conhecimento de algumas pessoas seja válida por duas razões: 1º) Porque não são brancas; 2º) Porque as pesquisas e resultados da produção de conhecimento envolvem repertório e cânones que não são ocidentais. Penso que a disputa para derrotar, ainda que parcialmente, o racismo epistemológico está no esforço por diversificar as leituras. Combater a injustiça cognitiva começa por deixarmos de privilegiar os modelos epistemológicos ocidentais. E, por fim, realizar uma comparação dos modelos de conhecimento, do repertório, criando condições para a polirracionalidade. Minha base para romper com o racismo epistêmico está nas leituras do filósofo Dismas Masolo. É preciso analisar o objeto de conhecimento por ângulos diferentes, mas também por meio de modelos de racionalidade diversos. Isto certamente servirá para enriquecer nosso acervo cognitivo.

TA: A Universidade Federal do Maranhão acabou de anunciar a criação de um curso de graduação em “Estudos Africanos e Afro-Brasileiros”. NEABs, Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, têm sido criados em diversas universidades em todo o Brasil. O surgimento destes espaços mostra o começo de uma mudança na presença negra nas universidades?

RN: Sem dúvida. Penso que temos um processo de franca expansão da produção e ocupação acadêmica. O que também pode ser percebido através das reações de grupos mais reacionários que não querem negociar o espaço público de produção de conhecimento.

TA: Os movimentos negros no Brasil têm reivindicado o conceito de genocídio para descrever o número alarmante de negras e negros que perdem a vida no Brasil por conta de ações diretas do estado ou por sua negligência (aborto mal realizado, assassinato pela polícia ou em guerra de facções, vício em drogas, má alimentação, ausência de serviços púbicos de saúde, etc.). A filósofa Sueli Carneiro desenvolve o conceito de epistemicídio, que seria o extermínio constante do conhecimento de povos não-brancos produzidos através da história e ainda hoje. Você acha que há uma relação entre estes dois tipos de extermínio?


RN: Sem dúvida. O que está em jogo não deixa de ser uma disputa pela versão única da História, da Filosofia, dos modelos e práticas políticas frente à diversidade de perspectivas. A denúncia feita por Sueli Carneiro é magistral, considero o seu trabalho uma das referências mais importantes da área no Brasil. Por exemplo, quando falamos em culinária as pesquisas apontam que a atividade de cozinhar é um território feminino. Em certa medida, na esfera privada no Brasil as mulheres cozinham mais do que os homens. No Brasil escravocrata, as mulheres negras escravizadas protagonizaram os serviços culinários. Mas a alta gastronomia e o papel de chef de cozinha parece ter um elenco majoritariamente branco e masculino. Tudo isso está relacionado ao epistemicídio, ao genocídio. A performance na área da gastronomia inclui a filiação étnico-racial. Os dados e o ranking de melhores chefs mostra que o gênero é masculino, a cor/raça é branca e o sotaque francês. Óbvio que não estou dizendo que homens brancos não podem ser chefs maravilhosos. O que o exemplo mostra é que o epistemicídio dificulta a “escuta” do discurso gastronômico das mulheres negras, já que os homens brancos são naturalmente mais empoderados na disputa.

TA: Você propõe uma Filosofia afroperspectivista. O que é isto? Quais as origens teóricas e políticas deste conceito? Existem outros pensadores hoje no Brasil e no mundo dedicados ao seu desenvolvimento? Quais são até agora seus principais trabalhos?

RN: Por Filosofia afroperspectivista ou Afroperspectividade defino uma linha ou abordagem filosófica pluralista que reconhece a existência de várias perspectivas, sua base é demarcada por repertórios africanos, afrodiaspóricos, indígenas e ameríndios. O que denominamos de Filosofia afroperspectivista é uma maneira de abordar as questões que passa por três referências: 1ª) Afrocentricidade; 2ª) Perspectivismo ameríndio; 3ª) Quilombismo. Alguns aspectos da formulação intelectual feita por Molefi Asante articuladas com certas questões suscitadas pela etnologia amazônica de Eduardo Viveiros de Castro com a formulação política do quilombismo de Abdias do Nascimento são as fontes para a Filosofia afroperspectivista. Vou repetir o que escrevi no capítulo Sambando para não sambar: afroperspectivas filosóficas sobra a musicidade do samba e a origem da Filosofia. A Filosofia afroperspectivista reúne alguns dos seguintes elementos:

  • Afroperspectividade define a Filosofia como uma coreografia do pensamento.

  • A Filosofia afroperspectivista define o pensamento como movimento de ideias corporificadas, porque só é possível pensar através do corpo. Este, por sua vez, usa drible e coreografia como elementos que produzem conceitos e argumentam.

  • Os conceitos afroperspectivistas são construídos a partir de movimentos de coreografia de personagens conceituais melanodérmicos. Neste sentido, os conceitos são escritos com os pés, com as mãos e com cabeça ao mesmo tempo.

  • A Filosofia afroperspectivista define a comunidade/sociedade nos termos da cosmopolítica bantu: comunidade é formada pelas pessoas que estão presentes (vivas), pelas que estão para nascer (gerações futuras/futuridade) e pelas que já morreram (ancestrais/ancestralidade).

  • A Filosofia afroperspectivista é policêntrica, percebe, identifica e defende a existência de várias centricidades e de muitas perspectivas.

  • A Filosofia afroperspectivista não toma o prefixo “afro” somente como uma qualidade continental; estamos diante de um quesito existencial, político, estético e que nada tem de essencialista ou metafísico.

  • A Filosofia afroperspectivista usa a roda como método, um modelo de inspiração das rodas de samba, candomblé, jongo e capoeira que serve para colocar as mais variadas perspectivas na roda antes de uma alternativa ser alcançada. A roda é uma metodologia afroperspectivista.

  • Afroperspectividade é devedora da Filosofia ubuntu de Mogobe Ramose.

  • Afroperspectividade define competição como cooperação, isto é, competir [significa petere (esforçar-se, buscar) cum (juntos)], localizar alternativas que são as melhores num dado contexto, mas, não são únicas, tampouco permanentes e devem atender toda a comunidade.

  • Afroperspectividade é devedora do Nguzo Saba formulado por Maulana Karenga, isto é, se baseia nos sete princípios éticos que ajudam a organizar e orientar a vida. A saber: Umoja (unidade): empenhar-se pela comunidade; Kujichagulia (autodeterminação): definir a nós mesmos e falar por nós; Ujima (trabalho e responsabilidade coletivos): construir e unir a comunidade, perceber como nossos os problemas dos outros e resolvê-los em conjunto; Ujamaa (economia cooperativa): interdependência financeira, recursos compartilhados; Nia (propósito): transformar em vocação coletiva a construção e o desenvolvimento da comunidade de modo harmônico; Kuumba (criatividade): trabalhar para que a comunidade se torne mais bela do que quando foi herdada; Irani (fé): acreditar em nossas(os) mestres.

  • Afroperspectividade é devedora das reflexões e inflexões filosóficas de Sobonfu Somé, definindo o amor como um projeto espiritual e comunitário que serve para manter a sanidade individual e deve contar com o apoio de uma comunidade para ser preservado.

  • Afroperspectividade define o tempo dentro do itan [verso]iorubá que diz: “Bara matou um pássaro ontem com a pedra que arremessou hoje”. O tempo não é evolutivo, tampouco se contrai ou pode ser tomado como um círculo ou uma linha reta; mas, de modo simples, diz que o passado é definido pelo presente e o futuro é um conjunto de encruzilhadas, isto é, destinos (odu).

  • Afroperspectividade permanece em aberto, sempre apta a incluir perspectivas que usem o conceito de odara como crivo de validade de um argumento, entendendo odara como bom, na língua ioruba, uma espécie de bálsamo de revitalização existencial.

Em relação às pessoas que filosofam com algum sotaque afroperspectivista, posso dizer que estão reunidas em Sambo, logo penso. Eu não quero falar por ninguém, nem sou representante especial dessa abordagem filosófica, penso que sou, apenas, academicamente mais antigo do que o resto do grupo. No livro Sambo, logo penso: afroperspectivas filosóficas para pensar o samba(2015) organizado por Wallace Lopes, numa coordenação conjunta que fiz com Sylvia Arcuri e Marcelo Moraes, estão reunidas as pessoas que fazem esse exercício afroperspectivista de modo formal ou informal, Marcelo Rangel, Eduardo Barbosa, Felipe Siqueira, Filipi Gradim, Guilherme Celestino. No projeto Filosofando com sotaques africanos e indígenas, tenho algumas parcerias: o Prof. Rogério Seixas da Universidade de Barra Mansa, Filipe Ceppas da UFRJ, Wanderson Nascimento da UFBA e Wanderely Silva da UFRRJ, estes são colegas que mesmo não se professando afroperspectivamente apoiam e são pesquisadores associados do projeto. Em relação às principais obras: penso que estão porvir, mas Ensino de Filosofia e a Lei 10. 639 (2014)foi o primeiro livro em que confessei esse desejo intelectual de filosofar com sotaques africanos, indígenas, performances femininas, sambando, jogando bola, com carimbó e com um repertório suburbano, enfim, lançando mão das minhas referências culturais.

TA: Qual o papel das mulheres na produção negra de conhecimento no cenário brasileiro? A figura da negra ainda se resume ao papel tradicional de mãe ou a Filosofia afroperspectivista aponta outros espaços possíveis para ela?

RN: Grande interrogação. Penso que o lugar das mulheres só pode ser de protagonismo. Atualmente tenho orientado mulheres em cursos de pós-graduação e buscado apoiar suas iniciativas. Na Filosofia afroperspectivista, estamos cada vez mais pensando em amplificar e fazer circular com mais intensidade as performances femininas. Por exemplo, em um artigo sobre a genealogia do drible mencionei personagens conceituais melanodérmicas da Filosofia afroperspectivista. Nós estamos investindo em estudos a respeito da personagem da Pomba-Gira, por exemplo. Além disso, a pensadora burquinense Sobonfu Somé é uma das nossas maiores referências quando se trata de falar de relacionamentos afetivos e conjugalidades.

TA: A mãe de santo, o jongueiro, o vagabundo, orixás, ubuntu, denegrir, vadiagem, drible, mandinga, enegrecimento, roda, cabeça feita, corpo fechado, estas são algumas imagens e figuras ligadas ao universo negro que você transforma em conceitos filosóficos. No conceito de drible, por exemplo, você faz um interessante resgate histórico do drible no futebol e busca aplicá-lo à tradição acadêmica europeia, exigindo que o pensamento pense também com o corpo. Traduzir tipos históricos e imagens tradicionais em conceitos filosóficos é o procedimento principal da Filosofia afroperspectivista?

RN: É um dos procedimentos. Um dos modos de atuar é trazer o nosso repertório cultural. A maioria das pessoas que usam a afroperspectividade tem sólida formação nas rodas de samba, nos terreiros de candomblé e umbanda, pajelança, xamanismo, nas rodas de capoeira, algumas são jogadoras de futebol e/ou estudiosas de esquemas táticos. Nesse sentido, se o filósofo alemão Adorno usou Ulisses para fazer uma leitura da Modernidade, se Nietzsche falou de Apolo e Dioniso, nós usamos outras personagens: Exu, Pomba-Gira, Zé Malandro, Zumbi dos Palmares, Ogum, Oxóssi, Tupi, Iara, dentre outras.

TA: O filósofo francês Gilles Deleuze é uma referência importante nos seus escritos. É possível trabalhar com escritores europeus em uma Filosofia afroperspectivista? Há limites e dificuldades nesta relação?


RN: A resposta é sim para os dois casos. Ou seja, apesar de ser viável trabalhar com autores europeus, existem limites. Isto está explícito em uma defesa que o próprio Deleuze faz ao lado do psicanalista Félix Guattari em O que é Filosofia?: “Se a Filosofia tem uma origem grega, como é certo dizê-lo, é porque a cidade, ao contrário dos impérios ou dos estados, inventa o agôn como regra de uma sociedade de ‘amigos’, a comunidade dos homens livres enquanto rivais (cidadãos)”. Por isso, ainda que Deleuze seja muito importante para os meus escritos, reconheço limites sérios. Como eu digo sempre, na esteira do filósofo Maldonado-Torres, os filósofos europeus têm essa mania colonial. Sem dúvida, Deleuze é um dos filósofos que mais tem nos ajudado em nossas insurreições. Mas como desejamos criar aldeias e quilombos filosóficos, Deleuze só ajuda a destruir os velhos castelos ocidentais da Filosofia. Para construir a aldeia quilombista precisamos de pessoas que filosofam com samba.

TA: Qual o papel da mestiçagem, ideia fundamental na história da formação racial brasileira, no seu pensamento?

RN: Eu não reivindico a categoria de mestiçagem em nenhum momento. Não se trata de uma dificuldade, mas de um termo muito equívoco, uma ideia que traz mais dificuldades e confusões do que alternativas políticas. Eu identifico um grave problema. O termo “raça” pode ser usado com vários sentidos, destaco dois: sinônimo de espécie ou alusão ao caráter social e histórico que diferencia grupos humanos pelo fenótipo. Ora, os sentidos são trocados e como diz o ditado “não se deve confundir alhos com bugalhos”. Tecnicamente, uma pessoa com mãe austríaca branca e pai norueguês branco é tão mestiça quanto alguém que tem um pai nigeriano da etnia iorubá com uma mãe sueca de pele alva. Minha leitura percebe que o conceito mestiço só faria pleno sentido em casos de centauros, uma mistura de humanos com cavalos, ou ainda, se um ser extraterrestre procriasse com uma pessoa da nossa espécie. Dessa união (extraterrestre com terrestre) nasceria um ser mestiço. Minha experiência política e meus investimentos intelectuais trazem um pensamento diferente desse. Nós somos da mesma raça (no sentido de espécie biológica), mas isso não quer dizer que não exista raça num sentido social e histórico, ou seja, populações que podem ser diferenciadas por características étnico-raciais, isto é, pelo fenótipo. Mas a existência de mestiços pressuporia diferenças de natureza entre as “raças”, o que não é o caso. Eu exemplifico, os jogadores de futebol Daniel Alves e Kaká são “igualmente” mestiços. Porque provavelmente ambos têm pessoas brancas, negras (pretas e pardas) e indígenas em suas ancestralidades. Mas foi Daniel Alves que reclamou dos xingamentos de torcidas que além de jogar bananas, o chamaram de macaco diversas vezes. Conforme minhas pesquisas superficiais, Kaká nunca foi chamado de “macaco” quando jogava na Europa. Ora, Kaká é branco e Daniel Alves é pardo, isto é, negro. (O sistema classificatório étnico-racial brasileiro é bem simples: o IBGE informa cinco categorias de cor/raça: amarela, branca, indígena, parda e preta. É importante notar que a categoria negra não é sinônimo de preta, mas a soma desta com “parda”. Ou seja, pardos + pretos = negros). Por isso, Neymar viveu alguns episódios de discriminação racial em campo, algo impensado para Zico ou Kaká na mesma Europa. Penso que a ideia de mestiçagem cria mais dificuldades e confusões do que efetivas alternativas ao racismo e para a compreensão da sociedade brasileira. A suposição da existência da “mestiçagem” tem sido munição para as teorias puristas. Afinal, para haver mestiços é preciso que existam puros. Supor a mestiçagem parece uma crítica de tom antirracista, mas acaba por revitalizar o racismo que “gostaria” de combater. A ideia de pureza fez e continua fazendo muitos estragos políticos, penso que devemos riscar a ideia de “mestiçagem” dos nossos dicionários político e intelectual, levando a ideia de “pureza” junto. Afinal, não existem puros, tampouco impuros ou misturados. Concordo com Carlos Moore, só existem fenótipos. Por isso, a mestiçagem não faz parte do meu trabalho. Não acredito e nem vejo como a “mestiçagem” poderia ajudar a resolver qualquer tensão racial.

TA: Por fim, Renato. Em um contexto de opressão e violência, como é o de muitos jovens negras e negros no Brasil, por que eles deveriam estudar Filosofia ?

RN: A Filosofia pode ser um exercício de descolonização. Mas também pode ser de colonização e recolonização. Nós defendemos uma Filosofia que descoloniza, uma Filosofia que declare independência e autonomia sem dogmas. Numa sociedade racista que apresenta dados alarmantes de violência urbana em que as principais vítimas são jovens negras e negros, filosofar pode ajudar a repensar o cenário político e social. Mas, insisto, eles devem estudar uma Filosofia que seja marginal e antidogmática. Uma Filosofia que pense o racismo, uma Filosofia que trate da violência, uma Filosofia que pense o Brasil, uma Filosofia enredada no nosso território cultural, uma Filosofia que está porvir e que, talvez, possa estar em semente no pluriverso filosófico afroperspectivista.

TA: Muito obrigado pela entrevista, Renato.



Fonte: http://negrobelchior.cartacapital.com.br/afroperspectividade-por-uma-filosofia-que-descoloniza/

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Crianças

                                                 
Àwọn ọmọdé fẹ́ràn láti  ṣiré.
Crianças gostam de brincar.




           

domingo, 18 de dezembro de 2016

África

Orílẹ̀-èdè Áfríkà titun.
Nação Nova África.


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Vamos nos tornar novamente adeptos da mais antiga religião existente entre o Homem Preto é a Mulher Preta. E a religião chamada AMOR. 


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Afrocentricidade é um modo de pensamento e ação no qual a centralidade dos interesses, valores e perspectivas africanos predominam. Em termos teóricos é a colocação do povo africano no centro de qualquer análise de fenômenos africanos. Assim é possível que qualquer um seja mestre na disciplina de encontrar o lugar dos africanos num dado fenômeno. Em termos de ação e comportamento, é a aceitação/ observância da ideia de que tudo o que de melhor serve a consciência africana se encontra no cerne do comportamento ético. Finalmente, a Afrocentricidade procura consagrar a ideia de que a negritude em si é um tropo de éticas. Assim, ser negro é estar contra todas as formas de opressão, racismo, classismo, homofobia, patriarcalismo, abuso infantil, pedofilia e dominação racial branca.

Vemos, dessa forma, coo a Afrocentricidade é a peça central de regeneração humana. Ela desafia e critica a perpetuação de ideias supremacistas raciais brancos no imaginário do mundo africano, e, por extensão, de todo o mundo. Na medida em que tem sido incorporada nas vidas de milhões de africanos no continente e na diáspora, ela tem-se tornado revolucionária, atacando as muitas falsificações de verdade e atitudes de auto ódio que tem oprimido a grande maioria de nós. (p.3)

(...) Agência significa que toda a ação tem de ser fundamentada em experiências africanas. Como tal, a Afrocentricidade oferece tanto ao teórico como ao praticante canais de análises nítidos e precisos. (p.4)

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''A África e seu povo são os mais escritos e os menos compreendidos de todos os povos do mundo. Esta condição começou nos séculos XV e XVI com o início do sistema de comércio de escravos. Os europeus não só colonizaram a maior parte do mundo, começaram a colonizar informações sobre o mundo e seu povo. Para isso, tinham que esquecer, ou fingir esquecer, tudo o que tinham conhecido anteriormente sobre os africanos. Eles não estavam encontrando-os pela primeira vez; Havia outro encontro durante os tempos grego e romano. Naquela época, eles se complementavam. O africano, Clitus Niger, rei de Bactria, era também um comandante da cavalaria para Alexandre O Grande. A maior parte do pensamento dos gregos foi influenciada por esse contato com os africanos. As pessoas e as culturas do que é conhecido como África são mais antigas do que a palavra "África". De acordo com a maioria dos registros, antigos e novos, os africanos são as pessoas mais velhas na face da terra. As pessoas agora chamadas africanas não só influenciaram os gregos e os romanos, eles influenciaram o mundo primitivo antes de haver um lugar chamado Europa.'' Dr. John Henrik Clarke


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''A História Europeia é da mitologia. A Mitologia Europeia (Alucinação Europeia) não pode ter um efeito contra os negros, em um meio onde há falta de contato com a realidade, falta de conhecimento da história africana. Mas a história não é uma simples recordação da experiência. Tudo o que aprendemos, nós aprendemos no passado. Você aprendeu a falar, você aprendeu a andar... você aprendeu quando? Hoje não. Você aprendeu há anos. Portanto, se você, em um sentido puramente teórico, esqueceu toda a sua história, toda sua experiência, vocês voltariam então ao estado fetal de existência; a um estado de imaturidade; você seria reduzido em sua capacidade para fazer face às realidades atuais. Muitas técnicas de adaptação e as coisas que você aprendeu no seu passado não seria útil para você, porque você não os teria ao alcance da mão. Ele é o mesmo na vida de um povo; aprendemos muitas coisas enquanto povo africano; aprendemos a lidar com muitas coisas; nós aprendemos muitos métodos e técnicas para resolver problemas. Esquecimento da história africana, o não saber da história africana, então, gera em nós um certo grau de imaturidade e de incapacidade de enfrentar os problemas que enfrentamos hoje.'' - 

Dr. Amos N. Wilson, nascido nos Estados Unidos em 23 de fevereiro 1941, falecido em 1995, foi um psicólogo, teórico social, especialista educacional, historiador afrocentrado, pensador pan-africano.


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"É chegado o tempo de o Negro esquecer e jogar fora seu culto e adoração a heróis de outras raças, e começar imediatamente a criar e emular heróis de sua própria autoria, a ter sua própria opinião.

Qualquer raça que aceita os pensamentos de outra raça automaticamente, torna-se uma raça de escravos desta outra raça. A partir do que os homens pensam, eles reagem e lidam com as coisas ao seu redor. Quando os homens são ensinados a pensar em certos trilhos, eles agem de forma semelhante. Não é à toa que o Negro age de modo peculiar dentro da nossa civilização atual, porque ele foi treinado e ensinado a aceitar os pensamentos de uma raça que se finge superior. O Negro durante o tempo da escravidão aceitou os pensamentos e opiniões da raça branca, e ao fazê-lo, admitiu em seu sistema a ideia da superioridade de um mestre em relação a um escravo.
Qualquer raça que produziu sucesso no mundo - falando do mundo antigo até o mundo atual, vai te dizer que tiveram sucesso por pensarem e agirem por si mesmos." - Marcus Garvey


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A opressão sistêmica deveria ser um denominador comum responsável por impulsionar de uma conscientização cultural, política, contra esta mesmo sistema mas não e exatamente isto que constatamos. Encontramos mais defensores desse sistema justamente entre as pessoas que ele oprime, explora. As palavras de Frantz Fanon ajudam bastante e compreender o fenômeno da alienação.

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De um lado temos a Deusa egípcia Aset, mais conhecida como Isis, amamentando seu filho Heru, também chamado de Hórus. De outro temos a cópia...

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Cheikh Anta Diop

Antropólogo, historiador, nascido no Senegal, estudou as origens da raça humana e a cultura africana livre das avaliações, interpretações e subjugações etnocêntricas dos europeus. Com seus monumentais trabalhos de pesquisa foram fundamentais para se tomar maiores conhecimento sobre a civilização egípcia e posicioná-la corretamente como sendo criação de pessoas negras. Por essa contribuição Cheikh Anta Diop e considerado um dos maiores historiadores africanos do século XX.

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Runoko Rashidi é um historiador, escritor e palestrante público. Dedicado a pesquisa das fundações africanas da humanidade e da presença e condições atuais das populações negra em todo mundo a qual considera como sendo uma comunidade Africana Global. Ele particularmente tem estudado a presença africana na Índia, na Austrália e nas ilhas do Pacífico.

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Apesar de Napoleão Bonaparte ser mostrado em grande parte dos livros de história como um ambicioso homem disposto a reconfigurar a ordem mundial, sua visão em nada se diferenciava daquela dos líderes das potências coloniais europeias. Napoleão foi um inimigo da Revolução Haitiana. Liderados por Toussaint L'Overture, os escravizados estavam em guerra aberta contra os brancos desde 1791. Apesar dos esforços franceses em 1792 os revolucionários negros já controlavam um terço da ilha. Em 1801 l'Overture expandiu a revolução além Haiti¹, conquistando a parte colonizada pela Espanha de Saint Dominique (atual República Dominicana ). Ele aboliu a escravidão na colônia de língua espanhola e declarou-se governador-geral para a vida em toda a ilha. 

Nesse ano Napoleão já havia ascendido ao poder, e começava a traçar seus planos para tornar a França o país mais poderoso da Europa. Devido ao uso do trabalho escravo de africanos para agricultura de cana o Haiti, havia se tornado um grande produtor mundial de açúcar. Dessa forma, portanto, para as ambições imperiais napoleônicas era necessário manter o Haiti como colônia, assim como a estrutura escravagista para produção de açúcar . Para isso foi despachado o general Charles Leclerc junto com uma força militar de 40.000 soldados com a missão em capturar L'Overture e restaurar o controle dos brancos. Após uma intensa caçada, Toussaint L'Overture foi capturado sendo rapidamente enviado para prisão na França, onde morreu em 1803. Após sua morte foi sucedido por um de seus generais Jean-Jacques Dessalines que havia sido um ex-escravizado. Em 1 de Janeiro de 1804, Dessalines declarou o país independente, os franceses reconhecem que não conseguiriam reaver o domínio sobre o território e aceitam formalmente o status de soberania. O Haiti se torna uma república, a segunda do hemisfério ocidental após os Estados Unidos, primeira nação do continente americano a abolir a escravatura. 


1 Hispaniola foi o nome que os europeus deram para a ilha que hoje situa o Haiti e a República Dominicana. O território da ilha foi divido entre colonização espanhola e francesa que durante este período também era chamado de Saint Dominique. Esse nome foi alterado para Hayti (Haïti), quando Jean-Jacques Dessalines declarou a independência em 1804.

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Saudemos com respeito o Haiti, Pátria de Guerreiros e Guerreiras que no passado protagonizaram uma revolução vitoriosa contra o poder europeu.

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Tenha consigo uma noção simples, exata, direta: você não pode ter uma mentalidade eurocêntrica para lutar por uma uma emancipação ideológica, epistemológica, política, espiritual afrikana.

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O sistema de religiosidade europeu tem feito uma lavagem cerebral para assim matar a memória dos povos africanos. Qual povo em sã consciência venera os homens, deus, símbolos e igreja dos que trouxeram decadência a sua civilização?

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"Nacionalismo negro ou Afrikano é... um nacionalismo de libertação e autodeterminação, não de conquista e dominação. Ele tem como premissa o preceito de que os negros como um povo não deve ser sujeitos de outro povo nem devem sujeitar outros povos; que os povos negros e as nações devem exercer os seus direitos para desenvolver e utilizar seus recursos materiais, humanos e espirituais principalmente para seu próprio benefício e bem-estar e para o benefício e bem-estar dos outros como entenderem fazer. Eles vêem a sua personalidade e da humanidade, sua nacionalidade e etnia como igual à de qualquer e todas as outras pessoas ou povos, para que eles não são os inferiores aos outros e não são destinados por deus ou homem de existir em servidão forçada para os outros. E quando, e se, e por quanto tempo eles podem ser propositadamente submetidos à dominação dos outros, eles são comissionados pelo seu direito inalienável à liberdade como seres humanos para resistir a tal dominação e derrubá-la assim que for humanamente possível. Este é o alicerce credo do nacionalismo Negro hoje como ela se manifesta nos Estados Unidos da América, em toda a diáspora e no mundo ".

Dr. Amos s. Wilson
Trecho do livro Blueprint for Black Power, ano 1998

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Um deus com as feições do colonizador escravagista não tem minhas orações, nem preces. Dessa escravidão já quebrei os grilhões

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Existe uma lavagem cerebral feita para que as pessoas com descendência africana desprezem sua origem identitária para se tornarem serem desprovidos de referências, isto torna o trabalho de convencê-los de sua inferioridade mais fácil de operar.

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Stephen Bantu Biko - mais conhecido como Steve Biko nasceu em 1946 na África do Sul, foi assassinato em 12 de setembro de 1977 pelo apartheid. 

Durante seu crescimento presenciou a consolidação das leis de segregacionismo racial. A opressão, repressão do Apartheid, criado para garantir a supremacia racial, econômica, política para a casta de colonizadores europeus, desencadeou sua consciência na luta contra o racismo. Sua forma de fazer militância contra o apartheid, eram focado no uso da desobediência civil, instigando a população africana nativa a se negar a acatar a legislação que dirigia aos negros a uma condição de sub-cidadania. Como intelectual artífice, teorizou as bases ideológicas da Consciência Negra, como sendo um movimento de resgate identitário contra a dominação de valores de inferiorização, subalternização impostos pelos brancos. Devido a sua crescente influência perante a população oprimida, as autoridades racistas, passaram a considerá-lo um risco para continuidade do regime. Após se negar a portar o passaporte interno de identificação que era documento obrigatório para que os negros pudessem se deslocar pela África do Sul, foi preso.

Durante o cárcere, foi submetido a sessões de torturas e impedido de receber ajuda médica adequada. Sua morte ocorreu em 12 de setembro de 1977 foi em decorrência dos ferimentos. Sua morte teve repercussão internacional, expõe a natureza violenta como o apartheid, perseguia seus opositores. Steve Biko atualmente é celebrado como um herói nacional na África do Sul.

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E assim se fundamentou o compromisso do Honorável Senhor Marcus Garvey perante o Povo Preto no mundo. Um gigante cujo a existência á história devemos sacralizar

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O racismo (supremacia branca) faz uma lavagem cerebral sobre o povo negro (africano, diásporico) para que perca a referência de sua identidade. Para que renegue sua ancestralidade. E que anseie sempre o sonho de uma integração que nada mais seria do que uma escravização disfarçada. 

Muhammad Ali foi um excepcional. Um homem de consciência gigante que rejeitou todas essas dominações políticas, ideológicas, psicológicas.

Renascimento africano.

  Ìtúnṣe Áfríkà (renascimento africano)

  A Renascença Africana é um conceito de que o povo e as nações da África devem superar os atuais desafios com que se defronta o continente, promovendo uma renovação cultural, científica e econômica (Cheikh Anta Diop).
                                             






 Deixe Maat guiá-lo de volta à origem (o futuro antigo).





Maat é a deusa da verdade, da justiça, da retidão e da ordem. Para ela e para os egípcios, o poder deve ser exercido com justiça e verdade (origem da civilização).


Os orixás são forças sagradas da natureza. Orixá é natureza e natureza é orixá.





          


                Bahia Ô Africa!

Bahia, ô África, vem cá vem, nos ajudar!
Bahia, ô África, vem cá vem, nos ajudar!

Força baiana, força africana, 
força divina vem cá, vem cá!

Força baiana, força africana, 

força divina vem cá, vem cá!



Ilé-iṣẹ́ Àgbéṣe Ìgbédìde àti Ìwáàdí Òfurufú Orílẹ̀-èdè Nàìjíríà.

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Agência de Pesquisa e Desenvolvimento Espacial Nacional da Nigéria (NASRDA).

Tẹknọ́lọ́jì dúdú (tecnologia negra)


 Henry Thomas Sampson – Inventor dos modernos telefones celulares.

Henry Thomas Sampson – Inventor dos modernos telefones celulares.




No dia 6 de julho de 1971, Henry T. Sampson inventou o "celular gama-elétrica", que pertence ao uso de reator nuclear. Segundo o Dr. Sampson, o celular Elétrica Gamma, patenteado 6 de julho de 1971, Patent No. 3.591.860 produz uma saída de alta tensão estável e atual para detectar radiação no solo. Nascido em Jackson, Mississippi, ele recebeu um diploma de Bacharel em Ciência da . Universidade Purdue, em 1956, ele foi para a Universidade da Califórnia, em Los Angeles, onde se graduou com um mestrado em engenharia em 1961; Universidade de Illinois, Urbana-Champaign, mestrado em Engenharia Nuclear, em 1965, e doutorado em 1967. Mobile Communications deu um grande passo à frente em 1983, com a invenção do sistema celular regulando os telefones portáteis, que usam ondas de rádio para transmitir e receber sinais de áudio. Antes disso, o serviço de telefonia móvel nos Estados Unidos, que consiste principalmente de telefones carro, foi extremamente limitada porque as áreas metropolitanas tinham apenas uma antena para esses fins. Além disso, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) atribuído apenas 12 a 24 freqüências para cada área, o que significava que só que muitas chamadas podem ocorrer ao mesmo tempo. Estas limitações muitas vezes significava uma espera de até 30 minutos para um tom de discagem e uma lista de espera de cinco a 10 anos apenas para adquirir o serviço. Com a invenção do serviço de telefonia celular em 1983, comunicações pessoais já não dependia de fios. Na década de 1990 ele se tornaria possível se conectar à Internet a partir de praticamente qualquer lugar do mundo usando um computador portátil e um modem celular com serviço de satélite. Tecnologias que se desenvolveram a partir de diferentes campos, tais como comunicações pessoais, computação e exploração espacial muitas vezes trabalharam em conjunto para atender às necessidades em constante evolução humanos da era da informação. Henry T. Sampson trabalhou como Engenheiro Químico de pesquisa em os EUA Naval Weapons Center, China Lake, Califórnia. 1956-1961. Henry T. Sampson, em seguida, mudou-se para o Aerospace Corp, El Segundo, Califórnia. Seus títulos incluem: Engenheiro de Projetos, 1967-1981, diretor de Planejamento e Operações do Programa de Teste de Espaço, de 1981 -, e co-inventor do celular gamma-elétrico. Ele detém patentes relacionadas a motores de foguetes sólidos e conversão de energia nuclear em energia elétrica . Ele também foi pioneiro de um estudo de balística interna de motores de foguete sólidos usando fotografia de alta velocidade. Ele também foi produtor de filmes documentários sobre cineastas primeiros negros e filmes, um membro do conselho de administração da Fundação Los Angeles Southwest College, e um técnico consultor histórico Preto Faculdades e Universidades Programa. Sampson Prêmios e Homenagens: * membro da Marinha dos EUA, 1962-1964 * Comissão de Energia Atômica, 1964-1967 Award * Black Imagem da Aerospace Corp, 1982


Dr. Philip Emeagwali


Em 1989 o Dr. Philip Emeagwali, um imigrante nigeriano nos Estados Unidos, realizou o cálculo de computador mais rápido do mundo, uma assombrosa operação de 3,1 bilhões de cálculos por segundo. Seu aporte tem mudado a maneira de estudar o aquecimento global e as condições do tempo e também tem ajudado a determinar como o petróleo flui sob a terra.







1.Lâmpada eléctrica 13/09/1881 Joseph V. Nichols e Lewis H. Latimer
2.A antena Parabólica 07/06/1887 Granville T. Woods
3.A produção de Açúcar Melhorado 10/12/ Norbert Rilleux
4.A agulhagem de Comboios 31/10/1899 William F. Burr
5.A Máquina Escavadora Das Batatas 23/04/1895 F.J. Wood
6.A Cápsulas das garrafas e Jarres 13/09/1898 
7.O bidon 17/02/1891 Albert C. Richardson
8.O Painel de protecção de camas 13/08/1895 Lewis A. Russel
9.O Motor a combustão 05/07/1892 Andrew J. Beard
10.A máscara De Gás 13/08/1914 Garett A. Morgan
11.A boca de incêndio de emergência 07/05/1878 Joseph R. Winters
12.A cadeira de baloiço 15/11/1881 Payton Johnson
13.O Vigamento Metálico De Automóvel 02/02/1892 Carter William
14.A Mesa De Cozedura A Vapor 26/10/1897 Carter William
15.A Lentes De Proteção Para Os Olhos 02/11/1880 Powell Johnson
16.O Elevador 11/10/1867 Alexander Miles
17.Apontador de Lápis 11/10/1867 John L. Loove
18.O Dispositivo De Engate Dos Vagões De Comboio 10/10/1899 Andrew J. Beard
19.Os Carrosséis Para Divertimento 19/12/1899 Granville T. Woods
20.O Chaminé De Locomotiva (Melhorado) 23/05/1871 Landron Bell
21.A Lanterna Ou Lâmpada Da Tempestade 19/08/1884 Michael C. Hamey
22.O Piano 11/06/1912 Joseph H. Dickinson
23.O Vagão-Dormitório 08/10/1870 John W. West
24.A Balança Portátil 03/11/1896 John W. Hunter
25.O WC 19/12/1889 Jerome B. Rhodes
26.O Carimbo E O Tampão 27/02/1883 William B. Purvis
27.O Frigorífico (Geladeira) 14/07/1891 John Stenard
28.O Interruptor Elétrico 01/01/1889 Granville T. Woods
29.O Revelador De Fotografia 23/04/1895 Clatonia Joaquin Dorticus
30.A Galocha 08/02/1898 Alvin L. Rickman
31.A Máquina de compostagem 22/06/1897 William Barry
32.A Maquina de fundir e de moldagem 14/03/1876 David A.Fisher
33.A Vassoura-Lavador 13/06/1893 Thomas W.Steward
34.O Dactilógrafo (A Máquina de Escrever) 07/04/1885 Lee S. Burridge e Newman R. Mashman
35.O Protetor De Documentos 02/11/1886 Henry Brown
36.A Maquina Gravadora 08/01/1918 Joseph Hunter Dickinson
37.O Sistema De Alarme De Comboios 15/06/1897 Richard A. Butler
38.Terrina ou Molde de gelo 02/02/1887 Alfred L. Cralle
39.A Máquina De Secar Roupas 07/06/1892 George T. Sampson
40.A Pintura E Os Corantes 14/06/1927 George Washington Carver
41.Os Travões De Automóvel 06/08/1872 John V. Smith
42.A Máquina De Amassar 07/08 Joseph H.Dickinson
43.A Máquina De Sapataria 20/03/1884 Jan E. Matzeliger
44.A Caneta-Tinteiro Com Reservatório Permanente 07/01/1890 William B. Purvis
45.O Túnel Para Comboio Eléctrico 17/07/1888 Granville T. Woods
46.Os Fogos Tricolores de Circulação Automóvel 20/11/1923 Garett A. Morgan
47.A Guitarra 30/03/1886 Robert F. Flemmings Jr
48.A Caixa De Correio 27/10/1891 Philip B. Downing
49.O Pente De Cabelo 21/12/1920 Walter H. Sammons
50.O Trólei Eléctrico Ferroviário 19/09/1893 Elbert R. Robinson
51.O Corte-Biscoito Mecânico 30/11/ Alexander Ashbourne
52.O Chicote Batedor De Ovos 05/02/1884 Willis Johnson
53.A Mesa De Engomar 1892 Sarah Boone
54.A Imprensa Giratória 17/09/1878 W.A Lavalette
55.O Sistema De Segurança Dos Elevadores 02/04/1895 James Cooper
56.A Maquina Varredora De Ruas 17/03/1890 Charles B.Brooks
57.A Bagageira Da Bicicleta 26/12/1899 Jerry M. Certain
58.Os Sistemas E Os Aparelhos Telefónicos 11/10/1887 Granville T. W Oods
59.A Máquina De Cortar Relva 09/05/1899 John Albert Burr
60.Caixa De Velocidades Automática De Veículos 06/12/1932 Richard B. Spikes
61.O Balde De Lixo (Lixeira) 03/08/1897 Lloyd P. Ray
62.A Máquina De Pressionar Citrinos 08/12/1896John T. White
63.As Portas De Segurança (Para Pontes Balancins) 07/10/1890 Humphrey Reynolds
64.O Termóstato 06/03/1928 David N. Crosthwait Jr
65.O Quadro Da Bicicleta 10/10/1899 Isaac R. Johnson
66.A Ferradura De Cavalo 23/08/1892 Oscar E. Brown
67.O Carrinho De Bebé 18/06/1889 William H. Richardson
68.A Armadilha Automática De Ratos 31/08/1881 William S. Campbell
69.A Ceifeira Debulhadora 07/08 Robert P. Scott
70.A Sela De Cavalo William D. Davis
71.Freios De Cavalos 25/10/1892 Lincoln F. Brown
72.Protege Calçados De Cavalos 19/04/1892 Robert Coates
73.A Vara De Golf 12/12/ George F. Grant
74.O Ar-Condicionado (Split) 12/07/1949 Frederck M. Jones
75.O Gatilho do Fuzil 03/05/1897 Edward R. Lewis
76.Aparelhos Automáticos de Pesca 30/05/ George Cook
77.O Regador de Relva 4/05/1897 Joseph H. Smith
78.O Telégrafo dos Caminhos de Ferro 28/08/1888 Granville T. Woods
79.Os Aparelhos de Transmissão de Mensagens via a electricidade 7/04/1885 
Granville T. Woods.
80.O Dispositivo de Transferência dos Correios Postais 24/05/1917 J.C. Jones
81.Extintor de Fogo 26/03/1872 Thomas J. Martain
82.O Dispositivo de Transporte de Mercadoria 10/10/1899 John W. Butts
83.A Cama Dobrável 18/07/1899 L. C. Bailey 
84.As varetas de Cortinas 04/08/1896 W. S. Grant
85.O Sofá-cama Convertível 05/10/1897 J. H. Evans
86.O Lavador de Vidros Eléctrico 27/09/1882 A. L. Lewis
88.O 1° Dirigível com Motor elétrico, e o 1° com o Controle Direcional 20/02/1900 
J. F. Pickering
89.Enfardadeira de Algodão 05/06/1894 Georges W. Murray
90.Os Lubrificantes de Motor 15/11/1898 Elijah Mc Coy
91.A Máquina de Lubrificação à Vapor 04/07/1876 Elijah Mc Coy
92.A Banda Magnética de Computadores 24/08/1971 Larry T. Preston
93.O Pedal de Controle 05/10/1886 Minnis Hadden
94.Antena de Detecção por Radares 11/06/1968 James E. Lewis
95.Súper Compressor para Motor à Combustão 03/02/1976 Joseph A. Gamell
96.Automatização de Carregamento e Descarga de Correios Postais 13/02/1945 
Gus Burton
97.O Elevador de Carga 02/05/ Mary Jane Reynolds
98.A Célula Gama Eléctrica 06/06/1971 Henry T. Sampson
99.O Sistema de Refrigeração (Refrigerador e Congelador) 04/11/1879Thomas Elkins
100. A Sinalização (Balizas de aeroporto, Gruas, Edifícios,…) 30/03/1937 Lewis. Chubb
101.Dosagem da melanina (A partir da Pele) Cheikh Anta Diop
102.O Champô de Amendoim George Washington Carver
103.O Vinagre de Amendoim George Washington Carver
104.O Sabão de Amendoim George Washington Carver
105.O Pó Higiênico de Amendoim George Washington Carver
106. A Farinha de Batata George Washington Carver
107. A Tinta a partir de Batata George Washington Carver
108. O Tapioca a partir de Batata George Washington Carver
109. A Fécula a partir de Batata George Washington Carver
110. A Borracha Sintética a partir de Batata George Washington Carver
111. A Conservação dos Alimentos Lloyd A. Hall
112. A Esterilização dos Alimentos 8/02/1938 Lloyd A. Hall
113.Colchão-espuma Ignífugo contra o Fogo: Utilizado durante a 2º Guerra Mundial 
Percy L. Julian
114.Síntese de fisiostigmina (Para o Tratamento de Glaucoma) Percy L. Julian
115.Síntese da Progesterona Percy L. Julian
116. Síntese da Cortisona 10/08/1954 Percy L. Julian
117.Síntese Orgânica do Feromônio Bertram Oliver Fraser-Reid
118. Síntese de oligossacarídeos Bertram Oliver Fraser-Reid
119. Filamento de Carbono (Para a Lâmpada à Incandescência) 17/06/1882 
Lewis Howard Latimer
120. Aparelho de Refrigeração e de Desinfecção 12/01/1886 Lewis Howard Latimer
121. O Reóstato mais Fiável 13/10/1896 Granville T. Woods
122. A Terceira via ferroviária para Metro 29/01/1901Granville T. Woods
123. O Travão Automático com ar comprimido 1905 Granville T. Woods
124. O Travão Electromecânico 1887 Granville T. Woods
125. Um Interruptor Automático de Circuitos Eléctricos 1889 Granville T. Woods
126. Uma Incubadora Artificial 1890 Granville T. Woods
127. O Pacemaker (Regulador para Estimulador Cardíaco) Otis Boykin
128. A Operação com Coração Aberto 9/07/1893 Daniel Hale Williams
129. O Teste de Despistagem da Sífilis 1936 William A. Hinton
130. O Collar para a Fractura do Colo de Útero Louis Tompkins Wright
131. Tratamento das doenças venéreas (Com aureomicina)Louis Tompkins Wrigh
132. A Conservação do Sangue Charles Richard Drew
133. A Polyterapia (Utilização da Quimioterapia contra o Cancro) Parjane Cooke Wright
134. A Transplantação do Rim (2º no Mundo)Samuel L. Kountz
135. A Conservação do Rim (durante mais de 50 Horas)Samuel L. Kountz
136. O Antídoto contra overdoses De barbitúrico Arnold Hamilton Maloney
137. A Máquina de Montar os Cabedais de Sapatos Jan Earnst Matzeliger
138. O Fixador para Cabelos Garrett A. Morgan
139. O Anemômetro Philip G. Hubbard
140. Câmara-Espectrógrafo (Transportado pela Apollo 16)George R. Carruthers


Livro:Inventores negros na era da segregação
Fonte: Você Sabia que...


    

sábado, 17 de dezembro de 2016

Filosofia Africana

 Kọfí ti ìmòye: filọ́sọ́fi ti Áfríkà.
Café filosófico: filosofia africana.                                                               



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Kọfí, s. Café.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ti ìmòye, adj. Filosófico. 
Ìmòye, filọ́sọ́fi, s. Filosofia.
Áfríkà, s. África.

Gravata.


Ọkùnrin papua ńlò aṣọ tẹ́ẹ́rẹ́ ti ọkùnrin ńṣe ọ̀ṣọ́ sí ọrùn àtọwọ́dọ́wọ́.
Homem papua usando gravata tradicional.

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Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ọkùnrin, s. Homem.
PAPUAN, PAPUA, s. Papua (etnia melanésia)
Aṣọ, s. Roupa
Tẹ́ẹ́rẹ́, tọ́ọ́rọ́, adj. Esbelto, magro.
Nkan tẹrẹ́, s. Faixa, tira, fita. 
Ọjabulẹ tinrin, okùn isoṣọ, s. Fita.
Àwọ̀tẹrẹ́, s. Correia.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ń, pref. e adv. pré-v. Indicador de gerúndio ( uma ação em desenvolvimento no presente). É equivalente ao verbo estar em português.
Ṣe, v. Fazer, agir, causar, desempenhar. Ser. 
Ọ̀ṣọ́, ẹ̀ṣọ́, s. Enfeite, adorno, decoração, joia.
, prep. Para, em direção a. Indica movimento direcional.
, conj. pré-v. E, além disso, também. Liga sentenças, porém, não liga substantivos; nesse caso, usar " àti". É posicionado depois do sujeito e antes do verbo.
Ọrùn, s. Pescoço.
Ìṣẹ̀ṣe, àṣà àtọwọ́dọ́wọ́, òfin àtọwọ́dọ́wọ́, s. Tradição. 
Ìṣẹ̀dálẹ̀, s. Costume primitivo, início. 
Àṣà, s. Costume, hábito, moda.
Àtọwọ́dọ́wọ́, adj. Hereditário, tradicional.
Aṣọ tẹ́ẹ́rẹ́ ti ọkùnrin ńṣe ọ̀ṣọ́ sí ọrùn, s. Gravata.  É uma tira de tecido, estreita e longa, que se usa em torno do pescoço e que é presa por um laço ou nó na parte da frente. Peça predominantemente do vestuário masculino.
, v. Usar, fazer uso, utilizar. Dobrar, inclinar-se.