sábado, 11 de março de 2017

Ìmọtótó

Ìmọtótó (limpeza)


Ìmọtótó ló le ṣẹ́gun àrun o.
A limpeza pode vencer a doença.

Ìmọtótó ilé ( Limpeza da casa).
Ìmọtótó ara ( Limpeza do corpo).
Ìmọtótó aṣọ ( Limpeza da roupa).
Ìmọtóto ouńj (Limpeza da comida).

Ìmọtótó ló le ṣẹ́gun àrun o.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)

Ìmọtótó, s. Limpeza.
, v. + pron. Ser ela, ser ele. 
, v. Tranquilizar-se.
, v. aux. Poder físico ou inteectual. Tendência para uma ocorrência. Dever, precisar. 
Ṣẹ́gun, v. Vencer.
Àrùn, s. Doença.
O, part. adv. Forma frases excamativas para ênfase. Ó ti dé o! - Ela já chegou!

sexta-feira, 10 de março de 2017

Ecossexualidade

Ìbálòpọ̀ pẹ̀lú yèyé ìṣẹ̀dá tàbí àràmàǹdà obìnrin náà. 
Ecossexualidade (relação sexual com a mãe natureza).


Resultado de imagem para Ecossexual


Ọ̀wọ́ ọ̀rọ̀ tó wà nínú èdè, àwọn ọ̀rọ̀ tó máa lò, àkójọ ọ̀rọ̀ tí ò ń lò lójoojúmọ́, àwọn àkànlò ọ̀rọ̀, àwọn àkànlò èdè, ọ̀rọ̀ tó máa ń sọ, àkànlò èdè lọ́nà tó gún régé (vocabulário).


 Àbáṣe, ìbáṣe (cooperação, apoio, assistência, relação sexual com uma mulher), ìfẹ́ ìbálòpọ̀ sókè (excitação sexual), ẹni tó nífẹ̀ẹ́ sí bíbá ọkùnrin àti obìnrin lò pọ̀ (aquele que tem  atração ou interesse sexual pelos dois sexos), ìbálòpọ̀, ẹ̀yà abo àti akọ, ẹ̀ya obìnrin àti ọkùnrin, ìbádàpọ̀, takọtabo, ìbálòpọ̀ takọtabo (sexo), iṣẹ́ aṣẹ́wó mímọ́ (prostituição sagrada), ìwà bíbá ọmọdé ṣèṣekúṣe (pedofilia), yíyan ọmọdé láàyò fún ìbálòpọ̀ (interesse mórbido pelas crianças), ìgbégbòdì ìbálòpọ̀ nínú èyí tí ó jẹ́ pé àwọn ọmọdé ni a yàn láàyò (perversão sexual em relação às crianças), ìwà bíbá ẹranko ṣèṣekúṣe (zoofilia), ìwà bíbá adìyẹ ṣèṣekúṣe (zoofilia com galinhas), ẹni tó máa ń bá yèyé ìṣẹ̀dá tàbí àràmàǹdà obìnrin náà lò pọ̀ (ecossexual, aquele que faz sexo com a mãe natureza).


Lógica.


Ọgbọ́n (lógica), èrò ìjìnlẹ̀ kọ̀mpútà, èrò ìjìnlẹ̀ ìṣírò (teoria da computação) àti òfin (direito).


Lógica, teoria da computação e direito. 



Prof. Newton Carneiro Affonso da Costa - USP e UFSC



Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)

Atete rò tẹlẹ, s. Premissa.
Imúwá fún ìfiyèsí, ìmọ̀ràn, àbá, s. Proposição
Ágúmẹ́ntì, s. Argumento.
Aríyànjiyàn, s. Argumento, disputa.
Ọ̀rọ̀, s. Termo, palavra, assunto, expressão.
Lápẹrẹ, lámì, adj. Simbólico.
Bí iṣe, bí ìwà, ti àṣà, bí ti ìrísí, adj. Formal.
Iyè inú, iyè, ìro, s. Ideia.
Ṣàṣàrò, v.  Matutar, raciocinar, discorrer, cuidar, cogitar, cismar, ruminar, considerar, ponderar, pensar.
, v. Pensar, raciocinar, imaginar, conceber, meditar. Relatar, contar, reclamar, queixar-se. Preparar, mexer. Vagar no sentido de arejar a cabeça.
Ìrogún, s. Instilação, indução.
Ìdí, èrèdí; èrò, ìpìlẹ̀, s. Razão.
Ìrònú, s Raciocínio, pensamento, reflexão, cogitação. 
Ìṣe ti ṣàṣàrò, s Ação de raciocinar. 
Ìrònú lílo ọgbọ́n, s. Raciocínio lógico.  
Èrò orí ìdí, s. Raciocínio.
Ìmúkúrò, s. Dedução, remissão, indicação. 
Ìyọkúrò, s. Dedução, extração, processo de subtração.
Ìyọjáde, s. Dedução, aparecimento, ato de sair para fora, brotar. 
Ẹ̀kọ́, s. Dedução, aula, educação, instrução.
Ọgbọ́n lámì, s. Lógica simbólica
Ọgbọ́n bí ti ìrísí, s. Lógica formal.
Èrò, s.  Opinião, doxa, parecer, gosto, juízo, crença, palpite. 
Ìdájọ́, s. Juízo, julgamento, sentena pronunciada, condenação.  
Ìro, ìrònú, s. Pensamento. "A Filosofia afroperspectivista define o pensamento como movimento de ideias corporificadas, porque só é possível pensar através do corpo. Este, por sua vez, usa drible e coreografia como elementos que produzem conceitos e argumentos" (Renato Noguera). 
Aríyànjiyàn ìmúkúrò, s. Argumento dedutivo.
Aríyànjiyàn ìrogún, s. Argumento indutivo.
Ìjọra, àjọra, s. Semelhança, analogia.
Ìfiwé, s. Comparação, analogia. 
Apéerẹìgbìyànjú, s. Analogia
Aríyànjiyàn nípa Apéerẹìgbìyànjú, s. Argumento por analogia.
Lílo ọgbọ́n ìronú, adj. Lógico..
Aríyànjiyàn kò sí ọgbọ́n, s.  Argumento sem lógica.
Aríyànjiyàn láìlágbára, aríyànjiyàn bí olókùnrùn, aríyànjiyàn tí kò jámọ́, s. Argumento inválido.
Ọgbọ́n kúántù, s. Lógica quântica. 




Filosofia africana


Filọ́sọ́fi ti Áfríkà.
Filosofia africana.


1. Muntuísmo

                      Ezio Lorenzo Bono
   
Muntuísmo, neologismo tirado pelo autor deste livro, da palavra Muntu (pessoa na língua bantu), se propõe como denominação de um modelo teórico de "personalismo africano". A corrente do personalismo, notoriamente lançada na França na primeira metade do século passado por Emmanuel Mounier, encontra o seu habitat mais natural na cultura africana que é essencialmente personalista, enquanto se sustenta sobre os três pilares desta corrente: pessoa, comunidade, Deus. No ocidente, estes pilares desmoronaram: Deus já morreu (executado pelas instância niilistas e positivistas da contemporaneidade); a comunidade é concebida prevalentemente como espaço de reivindicação dos direitos individuais (no sentido da filosofia marxista ou filosofia da praxe) e a pessoa é reduzida ao indivíduo sem nenhuma dimensão transcendental, sufocado na sua finitude (do preconceituoso fechamento da cultura à ideia de Deus ficou consequentemente também fechado o acesso à verdade da pessoa). O Muntuísmo, a diferença do ubuntuísmo e do bantuísmo que acentuam mais a dimensão comunitária, coloca no centro o Muntu o qual não desaparece diante da comunidade (o comunitarismo africano é muitas vezes um lugar comum contradito pela realidade) e nem diante de Deus (lembrar que os africanos chegaram ao monoteísmo antes dos gregos e romanos!), mas encontra propriamente a sua verdade plurimilenaria na dimensão horizontal e vertical da sua existência. Uma maior énfase da centralidade da pessoa em relação à comunidade, poderá marcar uma nova dinámica no desenvolvimento da humanitas africana. "I am (Muntu) because I believe (Deus) and I love (Comunidade)": é o aforismo que melhor sintetiza os três pilares do muntuísmo, ou seja, do personalismo africano.

2. Filosofia Bantu


Na década de 30 do século passado, um missionário belga chamado Placide Tempels viveu 29 anos em missão no então Congo Belga, hoje a República Democrática do Congo.

Em contato com as populações residentes na bacia do rio Congo, ele escreveu "A filosofia banto" (La philosophie bantoue), publicado em 1949. Este livro é tão influente quanto polêmico.

O propósito de Tempels era entender o modo que esses povos pensavam e viam o mundo, principalmente sob o ponto de vista religioso. No entanto, muitos criticam o fato de que ele fez uma generalização, para todos os povos banto, de uma experiência restrita. Além disso, seu ponto de vista sempre foi o de um evangelizador cristão, com todos os preconceitos que isso significa.

Seja como for, feitas as devidas ressalvas, seu trabalho ainda é considerado fundamental para quem se interessa por filosofia africana.

Nei Lopes, em sua "Enciclopédia brasileira da diáspora africana", faz um resumo dos princípios básicos do livro:

1) o fundamento do universo e seu valor supremo é a vida e a força que a impulsiona e dela emana;

2) todos os seres devem ser entendidos como forças e não como entidades estáticas;

3) em qualquer circunstância, deve-se sempre procurar acrescentar força à vida e ao universo e evitar sua diminuição;

4) ocorrendo essa diminuição, deve-se buscar a intervenção dos adivinhos e ritualistas, porque eles conhecem as palavras que reforçam a vida;

5) a morte é um estado de diminuição do ser; mas os descendentes vivos de um defunto podem, através de oferendas, transmitir a ele ainda um pouco de vida: o morto sem descendentes está condenado a uma morte definitiva;

6) um indivíduo se define por seu nome: ele é o seu nome; e este é algo exclusivo e íntimo, indicativo de sua individualidade dentro do grupo a que pertence; e

7) todo ser humano constitui um elo vivo na cadeia das forças vitais: um elo ativo e passivo, ligado em cima aos elos de sua linhagem ascendente e sustentando, abaixo de si, a linhagem de sua descendência.

Essa energia vital é o que costumamos chamar de Ngunzo.

Através dela, todos os seres, vivos ou mortos, se inter-relacionam e influenciam. Há ações de forças que tendem a diminuir a energia vital e outras que a aumentam, fazendo interagir harmonicamente todas as forças que Nzambi criou e colocou à disposição do homem.

3. Filosofia ubuntu


Uma sociedade sustentada pelos pilares do respeito e da solidariedade faz parte da essência de ubuntu, filosofia africana que trata da importância das alianças e do relacionamento das pessoas, umas com as outras. Na tentativa da tradução para o português, ubuntu seria “humanidade para com os outros”. Uma pessoa com ubuntu tem consciência de que é afetada quando seus semelhantes são diminuídos, oprimidos. – De ubuntu, as pessoas devem saber que o mundo não é uma ilha: “Eu sou porque nós somos”.

Do Portal Raízes

Eu sou humano, e a natureza humana implica compaixão, partilha, respeito, empatia – detalhou em entrevista exclusiva ao Por dentro da África, Dirk Louw, doutor em Filosofia Africana pela Universidade de Stellenbosch (África do Sul). Dirk conta que não há uma origem exata da palavra. Estudiosos costumam se referir a ubuntu como uma ética “antiga” que vem sendo usada “desde tempos imemoriais”. Alguns pesquisadores especulam sobre o Egito Antigo (parte de um complexo de civilizações, do qual também faziam parte as regiões ao sul do Egito, atualmente no Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália) como o local de origem do ubuntu como uma ética, mas o próprio fundamento do ubuntu é geralmente associado à África Subsaariana e às línguas bantos (grupo etnolinguístico localizado principalmente na África Subsaariana).

No fundo, este fundamento tradicional africano articula um respeito básico pelos outros. Ele pode ser interpretado tanto como uma regra de conduta ou ética social. Ele descreve tanto o ser humano como “sercom-os-outros” e prescreve que “ser-com-os-outros” deve ser tudo. Como tal, o ubuntu adiciona um sabor e momento distintamente africanos a uma avaliação descolonizada – contou o especialista e membrofundador da South African Philosopher Consultants Association.

Na esfera política, o conceito é utilizado para enfatizar a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão, bem como na ética humanitária. Dirk lembra que também existe o aspecto religioso, assentado na máxima zulu (uma das 11 línguas oficiais da África do Sul) umuntu ngumuntu ngabantu (uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas) que, aparentemente, parece não ter conotação religiosa na sociedade ocidental, mas está ligada à ancestralidade. A ideia de ubuntu inclui respeito pela religiosidade, individualidade e particularidade dos outros.


Ubuntu ressalta a importância do acordo ou consenso. A cultura tradicional africana, ao que parece, tem uma capacidade quase infinita para a busca do consenso e da reconciliação (Teffo, 1994a: 4 – Towards a conceptualization of Ubuntu). Embora possa haver uma hierarquia de importância entre os oradores, cada pessoa recebe uma chance igual de falar até que algum tipo de acordo, consenso ou coesão do grupo seja atingido. Este objetivo importante é expresso por palavras como Simunye (“nós somos um”, ou seja, “a união faz a força”) e slogans como “uma lesão é uma lesão para todos” (Broodryk, 1997a: 5, 7, 9 – Ubuntu Management and Motivation, de Johann Broodryk). Uso da palavra com a democracia na África do Sul Após quase cinco décadas de segregação racial apoiada pela legislação, o processo de construção da África do Sul no pós-apartheid exigia igualdade universal, respeito pelos direitos humanos, valores e diferenças. Desta forma, a ideia de ubuntu estava diretamente ligada à história da luta contra o regime que excluía a cidadania e os direitos dos negros.

Fonte: http://www.geledes.org.br/ubuntu-filosofia-africana-que-nutre-o-conceito-de-humanidade-em-sua-essencia/#gs.Fy=BuWs

quinta-feira, 9 de março de 2017

Panafricanismo

 Àwọn atete rò tẹlẹ ọgbọ́n láàbò aráyé nínú ti àlà Áfríkà.
Premissas intelectuais em defesa da humanidade dentro da visão Africana.

Àwòrán Kemet Bunga

1. Se os Ocidentais defenderem o racismo, defenda o Panafricanismo. Isto serve para os africanos e os outros povos que foram oprimidos (Obenga, 2001, Aime Césaire, 2001);

2. Se eles defenderem a Religião, defenda sempre a sua cultura. A cultura é religião de um povo (Dawson 1958, Ki-zerbo, 2006);

3. Se eles defenderem o cristianismo/Islamismo, defenda a espiritualidade. A religião é fruto da espiritualidade (Ani, 1997);

4. Se eles defenderem o Homossexualismo, defenda a família. A familia é o segredo da nossa existência (Cultura Bantu, 2006, Yoruba, 1978);

5. Se eles defenderem o Patriarcado, defenda o matriarcado. A maior parte das culturas milenares são matriarcais (Harding, 2007);

6. Se eles defendem Allah, Jeová, Zeus, defenda Obatalá, Olorum, Amon, Olodumare, Nzambi . É nossa visão do mundo e não do Opressor (Obenga, 2001);

7. Se eles defenderem a ciência, defenda a ciência também. A ciência não é propriedade de ninguém (Hountondji, 1997, Ki-zerbo, Cheikh Anta Diop, 1958);

8. Se eles defenderem as guerras, defenda a humanidade (Frantz Fanon, 1969); 

9. Se eles defenderem a Bíblia e o  Alcorão, defenda a natureza. A natureza é o único livro sagrado que existe. A nossa vida está ligada a natureza (Malomalo, 2010, Bâ, 1976);

10. Se eles defenderem a Grécia, defenda o Egito antigo e civilizações africanas;

11. Se eles defenderem os filósofos gregos, defenda os pensadores africanos - Akhenathon, Imhotep, Diop, etc..;

12. Se eles defenderem o inglês e o português, defenda as línguas africanas - Kikongo, Umbundu, Lingala, Swahili, Zulu, criolo, Tsonga..etc..;

13. Se eles defenderem os pastores do Cristianismo e do Islão e outros mais, defenda os Curandeiros, sábios e profetas africanos;

14. Se eles defenderem os seus heróis (Bonaparte, Leopold e mais outros), você defenda os Heróis africanos (Garvey, Lumumba, Cabral, Malcolm X e mais Outros...);

15. Se eles defenderem o Capitalismo, defenda o Muntuismo. Nesta filosofia, a mulher e o homem têm valor. A vida esta acima de tudo;

16. Se eles defenderem os dogmas, defenda o Cosmo, o Universo.

17. Se eles defenderem o amor ao próximo, defenda o Ubuntu e deixa a desconstrução no critério deles...

Att: Defenda a sua cultura até ao fim da sua vida...Resistência Resistência...Resistência...
~ Simão Bengui Eduardo (2011).
Muntu

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)

Atete rò tẹlẹ, s. Premissa.
Ọgbọ́n, s. Sabedoria, senso, arte.
Ọlọ́gbọ́n, s. Um homem sensato, sabido, intelectual
, prep. Ni, no, na, em.
Gbè ní'jà, v. Defender.
Ààbò, s. Defesa, proteção, refúgio, cobertura, defesa, segurança, escudo.
Láàbò, prep+ s. Na defesa.
Asà, s. Alavanca de trinco, ferrolho. Celebração, cerimônia de homenagem, memorial. Escudo, defesa, proteção.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Aráyé, s. Humanidade, gênero humano.
Nínú, prep. Dentro, no interior de.
Ìran, àlà, ojúran, ìṣípayá, ìṣìpàyaà, iṣipaya, s. Visão.
Áfríkà, Áfíríkà, África, ilẹ̀ Áfríkà, ilẹ̀ àwọn ènìyàn dúdú, s. África.
Africano, adj. Ní ti Áfríkà, ti orílẹ̀ èdè Áfríkà.
Africana, s. Ọmọbìnrin ilẹ̀ Áfríkà.
Africano, s. Ọmọkùnrin ilẹ̀ Áfríkà.



Cantiga de axé

CANTIGA DE AXÉ



BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈAṣẹ fún  

Àṣẹ Eṣù yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ogún yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ifá yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ọbàtálá Ọbàtárià yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Odùdúwa yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ọsányìn yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ṣàngó yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ọya yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ọ̀ṣun yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ọ̀bà yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Yemọja yóò bá ọ gbé làyè.


BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ  Ọ̀ṣọọsì yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ológún-ẹdẹ yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Òṣùmàrè yóò bá ọ gbé làyè.



BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ọmọlú yóò bá ọ gbé làyè.


BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ìbejì yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ọbalúwayé yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Òrìṣà oko yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Egúngún yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Gẹ̀lẹ̀dẹ́ yóò bá ọ gbé làyè.


BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!
ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 

Àṣẹ Ìrókò yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!

ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ 


Àṣẹ Orí rẹ yóò bá ọ gbé làyè.

BÀBÁLÓRÌṢÀ: Aṣẹ, aṣẹ o!

ÉGBÈ: Aṣẹ fún ọ

Àṣẹ ọ̀kanlénígba imalẹ̀ yóò bá ọ gbé làyè. 


Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

1. Aṣẹ, aṣẹ o.
 Assim será, assim será.

Aṣẹ, s. Força, poder, o elemento que estrutura uma sociedade, lei, ordem. Palavra usada para definir o respeito ao poder de Deus, pela crença de que é Ele que tudo permite e dá a devida aprovação.
O, part. adv. Forma frase exclamativa para ênfase. Ó ti dé o! - Ela já chegou! 

2. Aṣẹ fún ọ.
Assim será para você.

Égbè, s. Coro, coral. Ajuda, apoio, parcialidade.
Fún, prep. Para, em nome de (indica uma intenção pretendida para alguém).
, pron. Você. É usado dessa forma depois de verbo ou preposição

3. Àṣẹ ọ̀kanlénígba imalẹ̀ yóò bá ọ gbé làyè.
Axé das duzentas e uma divindades vai acompanhar você por toda vida.

Ọ̀kanlénígba, num. Duzentos e um (201).
Imalẹ̀, s. Embema do culto aos ancestrais, divindade, orixá.
Yóò, adv. pré. v. Indicador de futuro numa frase afirmativa. Em outras palavras, emprega-se o futuro do presente para expressar uma ação que será executada no futuro. Outros indicadores de futuro: yóó, ó, á, máa, fẹ́.
, v. Acompanhar, ajudar. Alcançar, ultrapassar, perseguir. Encontrar., atingir.
Gbé, v. Carregar, levantar, erguer, morar, viver).
Láyè, láàyè, adj. Vivo.
Àyè, s. O fato de estar vivo.
Ìyè, ẹ̀mí, wíwà láàyè: ìgbésí ayé, ayé, s. Vida.
Wíwà. s. Estado de ser , de existir.

4. Àṣẹ Orí rẹ yóò bá ọ gbé làyè.
 O axé do seu Orí vai acompanhar você por toda a vida.

Orí, s. Cabeça.
Rẹ, ẹ, pron. poss. Seu, sua, de você. É posicionado depois de substantivo.

Àkójọ àwọn ìwé ti wádìí lẹ́nu (lista de livros pesquisados, bibliografia)


SÀLÁMÌ, Sikiru. 
           Cânticos dos Orixás na África/ Sikiru Sàlámì King. São Paulo: Oduduwa, 1992.

BENISTE, José.

          Dicionário yorubá-português/ José Beniste. - Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.

Pronomes

1. Ọ̀rọ̀ arọ́pò orúkọ láròjinlẹ.
Pronome reflexivo.

1. Ti ènìyàn kan (singular)

Ara mi = eu mesmo
Ara rẹ = você mesmo) 
Ara rẹ̀ = ele mesmo, ela mesma

2. Ti ènìyàn púpọ̀ (plural)

Ara wa = nós mesmos
Ara yín = vocês mesmos 
Ara wọn = eles mesmos, elas mesmas.

2. Ọ̀rọ̀ arọ́pò orúkọ tí a fi lẹ́hìn ti ọ̀rọ̀ ìṣe pẹ̀lú agbára àṣekún tàbí igbákéjì. 
Pronome objeto (oblíquo)

1. Ti ènìyàn kan (singular)

Mi = me, mim, comigo
Ọ, ẹ = você
Repetição da vogal final do verbo na terceira pessoa do singular (ele, ela)

2. Ti ènìyàn púpọ̀ (plural)

Wa = nós, nos, conosco
Yín  = vocês
Wọn =  a eles, a elas


Àwọn àpẹẹrẹ (exemplos):

O rí mi - Você me viu.
Ó rí ẹ - Ela/ele viu você.
O rí i - Você o/a viu.  Obs.: Repetição da vogal final do verbo na terceira pessoa do singular.
Ó rí wa - Ele/ela nos viu.
Ó rí yín - Ele/ela os viu.
Ẹ rí wọn - Vocês os/as viram.
3. Ọ̀rọ̀ arọ́pò orúkọ fí ìní (ìtẹnumọ́).
Pronome possessivo (ênfase).

1. Ti ènìyàn kan (singular)

Tèmi = meu, minha
Tirẹ = de você
Tirẹ̀ = dele, dela

2. Ti ènìyàn púpọ̀ (plural)


Tiwa = nosso, nosso
Tiyín = de vocês
Tiwọn = deles, delas


1. Ti ènìyàn kan (singular)

Mi = meu, minha
Rẹ = de você
Rẹ̀ = dele, dela

2. Ti ènìyàn púpọ̀ (plural)

Wa = nossa, nossa.
Yín = de vocês
Wọn = deles, delas
5. Ọ̀rọ̀ arọ́pò orúkọ ti ara ẹni pẹ̀lú adífábù.
Pronome pessoal com advérbio.

1. Ti ènìyàn kan (singular)

Mà = eu
Wà = você
Á = ele, ela

2. Ti ènìyàn púpọ̀ (plural)

À = nós
Ẹ̀ = vocês, o senhor, a senhora.
Wọ́n = eles, elas ou o senhor, a senhora

Àwọn àpẹẹrẹ (exemplos):

Mà á jẹ ẹ̀bà - Eu vou comer pirão de mandioca.
Wà á jẹ ẹ̀bà - Você vai comer pirão de mandioca.
Á á jẹ ẹ̀bà - Ele/ela vai comer pirão de mandioca.
À á jẹ ẹ̀bà - Nós vamos comer pirão de mandioca.
Ẹ̀ ẹ́ jẹ ẹ̀bà - Vocês vão pirão de mandioca, o senhor vai comer pirão de mandioca, a senhora vai comer pirão de mandioca. 
Obs. O advérbio á (ir) muda para ẹ́ (ir) na segunda pessoa do plural.
Wọ́n á jẹ ẹ̀bà - Eles/ elas vão comer pirão de mandioca, o senhor vai comer pirão de mandioca, a senhora vai comer pirão de mandioca.


ÌDÒWÚ, Gideon Babalọlá
        Uma abordagem moderna ao yorùbá(nagô) / Gideon Babalọlá Ìdòwú. Porto Alegre: Palmarinca, 1990.

6. Ọ̀rọ̀ arọ́pò orúkọ ti ara ẹni.
Pronome pessoal.

1. Ti ènìyàn kan (singular)

Mo, mi, ng = eu 
O = você
Ó = ele, ela                                                                               
2. Ti ènìyàn púpọ̀ (plural)

A = nós
Ẹ = vocês
Wọn = eles, elas
7. Ọ̀rọ̀ arọ́pò orúkọ ti ara ẹni (ìtẹnumọ́)
Pronome pessoal (ênfase)

1. Ti ènìyàn kan (singular)
                                                                                
Èmi = Eu
Ìwọ = Você
Òun = Ele, ela

2. Ti ènìyàn púpọ̀ (plural)

Àwa = Nós
Ẹ̀yin = Vocês
Àwọn = Eles, elas