domingo, 17 de maio de 2015

Filosofia africana

Ìmòye  Áfríkà.
Filosofia africana.
                                                            


 Livros 

Escrito para a Eternidade





The Egyptian Philosophers: Ancient African Voices From Imhotep to Akhenaten - Molefi Kete Asante (0913543667)

1. Colocando conceitos em jogo


Intelectual público, o filósofo e professor da UFRRJ, Renato Noguera, batalha pela inclusão de maneira adequada do pensamento afro-brasileiro e indígena no ensino da filosofia

POR MARCOS CARVALHO LOPES*

O racismo epistêmico é inseparável da narrativa eurocêntrica da história da razão. Razão e diversidade não são incompatíveis, pelo contrário, penso que dar voz à diversidade é um dos melhores caminhos para o uso mais efetivo da Razão.
CPF: Cornel West afirma que a escolha de ser um intelectual negro é "um ato de marginalidade auto-imposta", que garante uma condição "periférica dentro e para a comunidade negra". Essa descrição vale para a sociedade brasileira? É pertinente em relação a sua trajetória intelectual de autocriação como intelectual?
RN: 
Eu gosto muito de Cornel West e concordo com muitas de suas ideias, inclusive com essa. Sem dúvida, a definição de West é perfeita. No caso da experiência na sociedade brasileira se aplica o mesmo que na sociedade estadunidense. Porque dentro de uma sociedade em que o racismo antinegro é estruturante e formador, a comunidade negra tende a deslocar os intelectuais negros e marginalizá-los. Por exemplo, eu entendo que os valores do racismo antinegro convergem para aceitação de negras e de negros de sucesso apenas nos esportes ou na música. Enfim, a definição de Cornel West está correta e a minha trajetória não foge à regra.
CPF: Você propõe uma redescrição da ideia de "denegrir" dando-lhe um sentido positivo. A ideia de denegrir a filosofia é provocativa, mas efetivamente, como tem sido recepcionada?
RN:
 A palavra denegrir num estudo etimológico que pense negrura, negra e negro em suas raízes de egípcio antigo e diversas línguas africanas do tronco níger-congo convergem para a ideia de revitalização e restauração. O próprio termo grego "melas" de onde vem a palavra melanina remete à deusa Melanto, responsável pela fertilidade e pela criação. Daí, denegrir ser pensado em meus textos como modo de intensificar a compreensão sobre algo, revitalizar, criar possibilidades ou restaurar e corrigir situações adversas. No que diz respeito à recepção acadêmica, a recepção da área de educação é muito boa, principalmente entre pesquisadoras e pesquisadores de educação das relações étnico-raciais. Mas, em se tratando do campo da filosofia, quase nada escuto a respeito ou encontro silêncio ou, às vezes, críticas brandas. O mais comum é o silêncio. Em se tratando dos meus trabalhos filosóficos afroperspectivistas, encontro mais interlocutoras e interlocutores na área de educação e história da África do que entre filósofas e filósofos.
No que diz respeito à recepção acadêmica, a recepção da área de educação é muito boa, principalmente entre pesquisadoras e pesquisadores de educação das relações étnico-raciais.
CPF: De certa forma, você procura esquivar-se da ideia de que os modos de fazer filosofia analítico, continental e pragmatista, sejam os únicos legítimos, ressaltando coerentemente a existência de outros modos e jeitos de filosofar. Mas não existem contribuições efetivas e ainda úteis para o desenvolvimento de um pensamento afrocentrado provenientes destas tradições hegemônicas de pensamento?
RN: 
Contribuições do pragmatismo, da filosofia analítica e da filosofia continental para um pensamento afrocentrado? No sentido mais "técnico" do termo dado por Molefi Asante, entendo que não. Mas, contribuições que valorizem as contribuições africanas e construa argumentos antirracistas? Sim. O meu compromisso intelectual com uma filosofia afroperspectivista percebe que podemos tecer articulações com pragmatismo, filosofia continental e filosofia analítica sem problemas. Mas, entendendo que elas parecem convergir com um "senso comum" que me incomoda da filosofia na sua versão ocidental e dominante no mundo acadêmico. Os maiores expoentes desses modos de fazer filosofia parecem não divergir da ideia de que a filosofia nasceu na Grécia antiga.
CPF: Quais leituras você recomendaria para um "leigo culto" que quer conhecer a filosofia africana?
RN:
 Eu recomendo as leituras dos textos egípcios de Ptah-Hotep, Ame-em-ope, Merika- rá, dentre outros, que estão no livro Escrito para a eternidade: a literatura no Egito faraônico com tradução de Emanuel Araújo. O livro de Molefi Asante The Egyptian philosophers: ancient African voices from Imhotep to Akhenaten. Os dois livros trazem textos que foram escritos até 2780 anos antes da Era Comum. Ou seja, bem anterior aos primeiros textos gregos de filosofia. Th eóphile Obenga tem uma obra maravilhosa com os originais egípcios e a tradução comentada chamada La philosophie africaine de la période pharaonique (2780-330 a. C.) Outro livro importante foi escrito pelo português José Nunes Carrera intituladoFiloso a antes dos gregos. Filósofos contemporâneos como Mogobe Ramose que fala da filosofia ubuntu, a filósofa Marimba Ani, o filósofo Dismas Masolo.
Cornel West
Pesquisador de temas relacionados à classe, gênero e etnia, o filósofo Cornel West é um ativista dos direitos humanos e professor na Princeton University, instituição onde obteve seu PhD. Cornel West é membro da organização Socialistas Democráticos da América

*Marcos Carvalho Lopes é doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor na Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) e autor, entre outros, do livro Canção, estética e política - Ensaios Legionários (Mercado de Letras, 2011).





2. O julgamento da Alma segundo a Filosofia Egípcia.

Segundo as crenças dos antigos egípcios, todo espírito deveria após a morte comparecer ao tribunal dos deuses, presidido por Osíris.

Lá acontecia um julgamento, onde se verificavam quais os humanos dignos do paraíso. Cenas retratando essas idéias são encontradas em ataúdes, templos, tumbas e principalmente em papiros funerários contendo textos que os egiptólogos chamam de '' Livro dos Mortos ''.

Convencionou-se dividir as centenas de orações dessa obra em '' capítulos '', sendo que o julgamento da alma constitui o de número 125.

O espírito apresenta-se diante de vários deuses na chamada '' sala da verdade '', onde havia uma balança. Anúbis, o deus da mumificação com cabeça de chacal, regula o pêndulo e faz as pesagens, e os resultados são anotados por Toth, deus da escrita, com cabeça de íbis. Num dos pratos da balança repousa o coração falecido - era a sede da consciência, onde estavam registradas as ações da pessoa quando em vida na terra. O outro prato da balança é ocupado pela deusa Maat, da verdade e da justiça, simbolizada por uma pena.

O falecido deveria proferir uma '' confissão negativa '' declarando que não cometera pecados ou más ações. Verifica-se então se estava sendo honesto a cada um dos 42 itens confessados.

Se o coração fosse mais leve que a verdade, o espírito era dito '' justo de voz '' e declarado '' puro '', ganhando o paraíso para uma vida de '' milhões e milhões de anos ''; caso contrário, se o coração fosse mais pesado que a pena ( considere-se não o material, mas o simbólico: consciência X verdade ) era devorado por um monstro, para desespero da alma.

Trechos da Confissão Negativa

Homenagem a ti, grande deus, senhor da verdade! Venho a ti, meu senhor, de modo que possa contemplar tua beleza. Conheço-te e conheço o teu nome, e conheço os nomes dos 42 deuses que estão contigo na sala da verdade ...

Não proferi mentira contra homem algum.

Não empobreci meus próximos.

Não cometi erros no lugar da verdade.

Não fiz nenhum mal.

Não ordenei trabalho em excesso para mim.

Não privei o oprimido de sua propriedade.

Não fiz o que os deuses abominam.

Não caluniei o servo para seu senhor.

Não causei dor.

Não provoquei fome.

Não fiz ninguém chorar.

Não matei.

Não mandei matar.

Não fiz ninguém sofrer.

Não diminui as oferendas alimentares nos templos.

Não roubei a comida dos espíritos.

Não forniquei.

Não tive mau comportamento.

Não diminuí as propriedades da terra.

Não invadi campos alheios.

Não adulterei o peso da balança.

Não tirei o leite da boca das crianças.

Não capturei os pássaros das reservas dos deuses.

Não construí uma barragem na água que deveria correr.

Não apaguei o fogo quando ardia.

Não negligenciei as datas das oferendas alimentares.

Não me opus a um deus em sua procissão.

Sou puro! Sou puro! Sou puro!

Fonte: Papiro do Escriba Ani ( Novo Reino, 19 dinastia, aproximadamente 1250 a. C. )
Postado por Alex


3- Almas egípcias


Texto de Rose-Marie e Rainer Hagen em "Egipto: Pessoas – Deuses – Faraós” (Ed. Taschen [Portugal]), tradução de Maria da Graça Crespo – Trechos das pgs. 162 a 167. Os comentários ao final são meus.
Eis um defunto dono de sua Bela Casa da Eternidade. O feitio da tumba evoluiu no decurso de três milênios. A tumba escavada na falésia substituiu a pirâmide e a mastaba, mas um sarcófago ficou dissimulado num poço funerário subterrâneo ou no maior segredo possível.
Este lugar oculto é precedido de uma porta aberta, acessível do exterior: a capela, dotada de uma estrela sobre a qual está gravado o nome, ou, eventualmente, a efígie do morto. Aqui encontra-se a mesa de oferendas. Uma porta virtual, imitação em pedra de uma porta verdadeira, liga espiritualmente as duas salas, a de baixo e a do Além. Só o morto a pode transpor para ir buscar as oferendas que lhe são levadas: pão, legumes, aves e carne vermelha nos dias de festa. Ele aprecia particularmente o incenso que satisfaz o seu olfato, e a cerveja ou a água fresca, visto que habita na orla do deserto.
Os seus filhos devem abastecê-lo com regularidade. Muitas vezes o defunto institui, enquanto vivo, uma doação para a Eternidade, e assim os sacerdotes funerários velam pela manutenção do culto, que fornece sustento ao clero do templo, atendendo a que as oferendas são levadas para a sua mesa.
Contudo, a experiência revelou aos Egípcios, sobretudo durante os períodos intermediários de desordem, que nada perdura neste mundo, nem mesmo as doações eternas. A acreditar na magia da imagem e da escrita, e no poder da palavra, eles tomaram o cuidado de representar também as oferendas nas paredes, ou inscrevê-las em hieróglifos.
Vós que viveis na terra e que passeis diante desta estrela
Assim, seria suficiente pronunciar o nome das dádivas para que o defunto as pudesse apreciar. É a razão desta prece, inscrita sobre muitas peças decorativas: Vós que viveis na terra e que passeis diante desta estrela, indo e vindo, se ameis a vida e detesteis a morte, dizei que há mil pães e mil potes de cerveja.
Passando pela porta fictícia do seu túmulo, o morto pode vir deliciar-se com as dádivas que lhe são oferecidas e manifestar-se de diversas maneiras, visto que a simples dualidade do corpo e do espírito não satisfaz o pensamento egípcio. Para os Egípcios, a personalidade humana é composta de um corpo material associado a vários princípios espirituais.
Tanto quanto possível, a mumificação evita que o corpo se decomponha, mas se ele se altera ou é queimado, os outros elementos a que se religou são destruídos com ele, a não ser que, dentro do túmulo, se tenha posto um corpo de reserva, uma estátua. Não é muito importante que ela se lhe assemelhe, mas é indispensável que indique o respectivo nome, porque este elemento é essencial ao homem, que, sem ele, não tem personalidade nem, consequentemente, qualquer hipótese de sobrevivência.
O que nós entendemos por alma, difere da noção que os Egípcios tinham de vários princípios espirituais: oka, o ba, e o akh, e ainda a personalidade que comporta também uma sombra, o shouyt.
ka é a energia vital, o que mantém a vida. É a ele que se destinam as oferendas, atendendo a que lhe é necessária a alimentação. Quando um homem nasce, o seu ka é modelado pelo deus criador Khnum, no seu torno de oleiro, e nunca mais o deixa. Ele é representado por dois braços erguidos.
ba corresponde mais à ideia que fazemos de alma e pode afastar-se do corpo mas deve voltar para ele. É simbolizado por um pássaro com cabeça humana, firmado nos ramos de um sicômoro, ao lado do túmulo ou voando nos arredores: Tu sobes, tu desces [...]/ Tu deslizas como o teu coração deseja, / Tu sais do teu túmulo todas as manhãs / Tu regressas todas as noites.

O fato de o morto poder deslocar-se, deixando o seu túmulo, também comporta perigos: Um terceiro princípio espiritual denomina-se akh e pode atormentar os vivos como uma espécie de espírito. Um viúvo do Novo Império implora ao espírito Anchiri numa carta que a sua esposa defunta o deixe em paz, senão ele ver-se á obrigado aapresentar queixa junto aos deuses do Ocidente.
Também havia juízes no Além e antes que um defunto fosse ali acolhido, deveria apresentar-se diante dele – na sua totalidade, com todas as suas partes componentes.
O tribunal divino tem sede na Sala da plena Justiça, onde, o submundo e o Além estão em contato, e onde se situa uma grande balança. O coração do morto é colocado sobre um prato na balança sob a vigilância de Anúbis e de Toth, o deus-escriba. (Para os Egípcios, o coração é o centro real da personalidade, o assento da razão, da vontade e da consciência moral). No outro prato encontra-se uma pluma, símbolo de Maât, a ordem divina. Se os dois pratos se equilibram, o defunto está absolvido.
ao lado da balança está presente a Grande Devoradora
A vida terrena do difunto é, portanto, aqui avaliada segundo o ideal da justiça divina, e muitos raros são aqueles que estão à altura dum tal julgamento que todos receiam, porque, ao lado da balança está presente a Grande Devoradora, um monstro híbrido de crocodilo, pantera e hipopótamo, pronto a devorar o defunto se o seu coração tiver um peso excessivo. Este seria o pior dos castigos imagináveis, o aniquilamento total, a morte absoluta sem esperança de ressurreição. Mas os Egípcios estavam prevenidos e tomaram precauções enquanto viveram.
Entre as pernas de grande número de múmias, envolvidos nas suas faixas de linho, há rolos de papiro que contêm fórmulas e imagens que servem de guia para a viagem no Império dos Mortos. [...] Um certoprocesso de democratização permitiu, mais tarde, que os funerários e sacerdotes bem sucedidos levassem com eles estas instruções. As informações que auxiliavam o defunto estavam inscritas sobre os caixões, e mais tarde em papiros. O Livro dos Mortos podia comprar-se completamente pronto, bastando acrescentar-lhe o nome do proprietário. Custava tanto como duas vacas, um escravo ou seis meses do que era pago a um operário, do que resultava não ser acessível às classes sociais inferiores.
Este guia para o uso no Além, que teria sido redigido pelo próprio Toth, deus da sabedoria, não se refere apenas aos perigos que espreitam o viajante no outro mundo. Incluía também receitas mágicas para os atenuar, ou seja, cerca de duzentas fórmulas que, pronunciadas no momento exato, afastariam o viajante de um passo em falso.
[...] De fato, o texto é uma conjuração: encantados pelas fórmulas e pelas representações mágicas do papiro, os pratos da balança equilibravam-se e os juízes anunciavam que o defunto está em harmonia com a ordem divina: Está justificado. A Devoradora não terá direito sobre ele.
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Comentários
Este livro que faz parte das comemorações de 25 anos da Taschen (1980-2005) foi concebido para ser um belo livro de arte repleto de fotos espetaculares da arte e arquitetura egípcias, mas o estilo do texto dos autores combinado com sua minuciosa pesquisa história, particularmente sobre detalhes da vida cotidiana dos Egípcios (o que bebiam, o que comiam, para quem rezavam, etc.), fez com que acabasse se tornando ao mesmo tempo um surpreendente conjunto de belos textos e imagens.
Como podemos ver no texto acima, que trata das crenças egípcias ligadas aos seus rituais funerários, muitos dos mitos dessa civilização quase perdida em realidade penetram até hoje no íntimo de nossa sociedade, ou pelo menos da parte que bebeu da cultura egípcia através do que os gregos nos transmitiram dela... Isso demonstra, principalmente, que a espiritualidade humana é mesmo muito, muito antiga, provavelmente tão antiga quanto à primeira comunidade de caçadores-coletores; E todos esses séculos a nos separar no final das contas não nos separam tanto assim.
Para os leigos – mesmo o grande Heródoto tirou conclusões errôneas de sua passagem pelo Egito – a civilização egípcia consistia de uma única cultura que perdurou idêntica durante milênios, em que os homens e mulheres adoravam estranhos seres com cabeça de cachorro ou de águia. Para os iniciados – ou, pelo menos, os realmente curiosos – o Egito é uma concha de retalhos de várias culturas e povos se mesclando através de guerras e períodos de paz, e os deuses nada mais são do que reflexos de nossos questionamentos espirituais mais profundos. E ainda hoje o são, embora com outros nomes, desde heróis de quadrinhos até conceitos algo estranhos como “o gene da fé”.
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Crédito das imagens: [topo] Roger Wood/Corbis (escultura do deus Anúbis); [ao longo] Philip de Bay/Historical Picture Archive/Corbis (o julgamento dos mortos, onde se vê Toth como um babuíno).


4- Os gregos roubaram a filosofia dos africanos, por Yeye Akilimali

Sugestão de jns
"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" é um antigo provérbio egípcio, erroneamente creditado na conta de Jesus Cristo na bíblia cristã.
Os africanos, são humilhados e ridicularizados, porque a sua história foi roubada e sua herança cultural foi erroneamente atribuída a outros povos
O livro 'Stolen Legacy', de George Granville Monah James, revisto  por Femi Akomolafe
A filosofia, as artes e as ciências foram legados à civilização pelos povos do Norte da África e não pelo povo da Grécia.
Foi dado para Pitágoras o crédito que o mundo está dando para um teorema que os egípcios certamente usavam na construção de suas pirâmides!
Os "filósofos" Aristóteles, Platão e Sócrates foram perseguidos pela mesma razão que eles são endeusados: "introduzir divindades estranhas".
Esta é uma deturpação que se tornou a base do preconceito racial e afetou todas as pessoas de cor.
Pitágoras, o mais velho dos chamados pensadores gregos, estudou no Egito durante vários anos e, mais tarde, foi exilado quando começou a ensinar o que tinha aprendido. Sócrates foi executado por ensinar 'ideias alienígenas'. Platão foi vendido como escravo e Aristóteles também foi exilado. 
RESPONDAM COMPANHEIROS AFRICANOS:
- Qual é o país que nós devemos a nossa Civilização, Filosofia, Artes e Ciências?
- Grécia
- Quem é o homem mais sábio que o mundo já viu? 
- Aristóteles
- Quem são os três maiores pensadores de todos os tempos? 
- Sócrates, Platão e Aristóteles
- Quem inventou o teorema do quadrado da hipotenusa e é o maior matemático de todos os tempos?
- Pitágoras.
*
Sócrates: (Atenas , 469 aC - Atenas 399 aC) - Filósofo ateniense que dirigiu o pensamento filosófico para análise do caráter e divulgador do aforismo que é lembrado por sua admoestação para a conduta humana: "Conhece-te a ti mesmo."
Sócrates não escreveu nada [ Informações sobre a sua personalidade e sua doutrina são encontradas principalmente nos Diálogos de Platão e na Memorabilia de Xenofonte. "The New Encyclopedia Britannica, vol. 10, Micropædia, 15 ª edição, p.929.]
Platão: (Atenas ou Egina, 428/427 aC - 348/347 aC, Atenas) - Filósofo grego, o segundo do grande trio de gregos antigos - Sócrates, Platão e Aristóteles,  desenvolveu um sistema amplo de filosofia que era fortemente ético, repousando sobre uma base de ideias eternizadas com formulação universal e absoluta. O Platonismo influenciou todas as correntes filosóficas até o século 20. "The New Encyclopedia Britannica, vol. 9, Micropædia, 15 ª edição, p.509
Aristóteles: (Estagirus, 384 aC - Chalcidice, perto de Macedônia, 322 sC, Cálcis, Eubeia, Grécia) - Filósofo grego, cientista e organizador da pesquisa, um dos dois maiores intelectuais produzidos pelos gregos (o outro foi Platão). Ele inspecionou todo o campo do conhecimento humano conhecido no mundo mediterrâneo na sua época e os seus escritos influenciaram longamente o pensamento ocidental e muçulmano. "The New Encyclopedia Britannica, vol. 1, Micropædia, 15 ª edição, p. 555
As citações são de uma enciclopédia, que é muitas vezes definida como a "coleção do conhecimento humano" e não se discute com uma enciclopédia, não é mesmo?
Os africanos não têm escolha a não ser defender e contestar, vigorosamente, muitas das informações distorcidas contidas nas enciclopédias e outros livros. Considerando-se que qualquer livro pode se basear na falsificação histórica e no preconceito racial e que nenhum livro pode ser sagrado, no entanto, Enciclopédia Britânica é certamente santificada, elogiada encarecidamente.
Você será julgado como certo e correto se você der as respostas acima em qualquer exame, mas, na verdade, nenhuma das respostas são verdadeiras e, com base no que sabemos da história, elas são falsas.
O maior crime cometido pela Europa contra o mundo é o roubo intelectual da herança africana. Impérios foram roubados, países inteiros foram arrebatados e rebatizados após a pilhagem pirata, o estupro e a sangria desatada por estelionatários. Palácios e edifícios monumentais que foram destruídos, poderiam ser reconstruídos, mas quando é roubado o patrimônio cultural de um povo que é usado para escravizá-lo e insultá-los, os atos imperdoáveis ​​fazem fronteira com um sacrilégio.
Que a Grécia inventou a filosofia, as artes e as ciências é a única base sobre a qual a arrogância da Europa está de pé. É daquelas coisas creditadas aos gregos que fizeram todos os europeus acreditarem-se superiores aos outros povos. Por outro lado, é o temor de que as outras raças percebam as origens dessas antigas e grandes conquistas é o que faz estremecer o altar da suposta superioridade europeia.
O que fica claro caso a história do mundo tivesse prescindido dos eruditos europeus? Ninguém teria pedido nada, porque o que é atribuido aos gregos, certamente, não é deles. Será que a arrogância dos europeus não teria sido diminuída se a verdade sobre a contribuição da África para a civilização humana fosse corretamente declarada e interpretada corretamente? Será que os africanos abandonariam o complexo e o auto desprezo, se eles tivessem descoberto mais cedo a verdade sobre o seu passado? Será que os africanos se encolheriam no altar do ocidentalismo se eles soubessem que quase todos os ideais que os europeus estão usando hoje foi descaradamente roubado deles? Será que os africanos estariam suplicantes a um suposto filho de um deus imaginário se soubessem que eles deram a religiosidade ao mundo?
A "Civilização Grega Europeia" é a inspiração central e eles circulam ao redor do mundo com volumes sobre volumes celebrando 'o grego isto, o grego aquilo'. Da sua base original na Europa a imóveis que eles roubaram de outras pessoas na África, eles gritaram em voz alta sobre como eles sozinhos inventaram e sustentaram a civilização humana! Irmandades são criadas em instituições de ensino superior, reunindo 'grandes pensadores’, lirismo e sentimentalismo sobre a civilização grega. Na mesma linha, os africanos estão lamentando a sua singular histórica 'não realização" - alguns até acreditam que são uma 'raça amaldiçoada’.
"O termo filosofia grega, para começar é um completo equívoco, pois não há existe tal filosofia. Os antigos egípcios desenvolveram um sistema religioso muito complexo, chamado Mistérios, que também foi o primeiro sistema que contemplava a salvação". Essa foi a declaração de George G. M. James na aberturado seu livro Stolen Legacy: Greek Philosophy is Stolen Egyptian Philosophy.
George James começou o seu livro, informando que o Sistema de Mistérios Egípcio era a mais antiga do mundo e foi "também uma ordem secreta, onde a participação era adquirida pela iniciação e a aceitação de um compromisso de sigilo. O ensino graduado era repassado pela tradição oral para o Neófito e, nestas circunstâncias de sigilo, os egípcios desenvolveram sistemas secretos de escrita e ensino, proibindo os seus Iniciados de escrever o que eles tinham aprendido". - P.1
Os egípcios desenvolveram os seus sistemas e ensinaram aos Iniciados em todo o mundo muito antes de autorizar os gregos a entrar nos templos. Foi somente após a invasão de Alexandre, o Destruidor (chamado de ‘Grande’ por mistificadores ocidentais), quando os templos e as bibliotecas foram saqueadas, que os gregos tiveram acesso a todos os livros antigos, permitindo que Aristóteles construísse a sua própria escola e a sua reputação como o homem mais sábio que já viveu!
No primeiro capítulo do seu livro, George James destrói, magistralmente, o mito de uma ‘filosofia grega’. Pitágoras, o mais velho dos chamados gregos pensadores, estudou no Egito durante vários anos. Ele foi exilado quando começou a ensinar o que tinha aprendido. Sócrates foi executado por ensinar 'ideias alienígenas'. Platão foi vendido como escravo. Aristóteles também foi exilado. É surpreendente que esses antigos gregos tenham sido perseguidos em uma sociedade que era suficientemente avançada em filosofia.
Em que base estudiosos ocidentais afirmam que a filosofia nasceu na Grécia? Porque toda a literatura foi escrita na Grécia. Como ainda hoje, a maioria das ordens secretas proíbe os seus membros de escrever o que eles aprendem. Os Babilônios e os Caldeus, que também estudaram com os mestres egípcios, também se recusavam a publicar esses ensinamentos. São usurpadores, como Platão e Aristóteles, que fizeram a transcrição e reivindicaram a autoria de todos os ensinamentos secretos dos egípcios. Isso explica por que Sócrates, como até mesmo a Enciclopédia Britânica admitiu, não investiu intelectualmente para os seus escritos. 
George James apontou o absurdo dessa situação. As escrituras hebraicas, chamadas de Septuaginta, os Evangelhos e as Epístolas também foram escritas em grego. Por que os gregos não reivindicam a autoria delas? "É só a filosofia não escrita dos egípcios que foi traduzida para o grego que conheceu um destino tão infeliz: um legado roubado pelos gregos.”
Este não é o único dos absurdos apontados por James no seu livro. Outro exemplo: o número de livros cuja autoria é creditada a Aristóteles é simplesmente impossível de ser o trabalho de um único homem, mesmo em nossa época, quando o software de processamento de texto torna a escrita muito mais fácil. Temos também que ter em mente que Aristóteles teria recebido ensinamentos de Platão. Platão, segundos os livros, foi um filósofo performático. Aristóteles é, ainda, considerado como o maior cientista da antiguidade. A questão, portanto, esgota os recursos para sustentar a tese de que Platão ter ensinado a Aristóteles o que ele próprio não sabia.
A verdade da questão é que Aristóteles, auxiliado por Alexandre, o Destruidor, garantiu a posse dos livros das bibliotecas reais e templos egípcios. "Sintomaticamente, apesar de tão grande tesouro intelectual, a morte de Aristóteles também marcou a morte da filosofia entre os gregos, que, definitivamente, não parecem possuir as habilidades naturais para o avanço dessas ciências." p. 3
"O objetivo deste livro é o de estabelecer melhores relações raciais no mundo, revelando uma verdade fundamental sobre a contribuição do Continente Africano para a civilização. Deve-se ter em mente que a primeira lição da Humanidade é fazer com que um povo seja consciente de sua contribuição para a civilização e a segunda lição é ensiná-lo sobre outras civilizações. Para disseminar a verdade sobre a civilização dos povos individuais, deve ser promovido um melhor entendimento sobre a contribuição de cada um isoladamente e fazer uma avaliação histórica correta”. Esta noção é baseada no ensinamento do Grande Mestre: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Consequentemente, o livro é uma tentativa de mostrar que os verdadeiros autores da filosofia grega não foram os gregos; mas as pessoas do Norte de África, comumente chamado de egípcios; e o louvor e honra falsamente atribuída aos gregos durante séculos pertencem ao povo da África do Norte, e, portanto, ao Continente Africano. Consequentemente, este roubo do legado Africano pelos gregos levou à opinião mundial errônea de que o Continente Africano não fez nenhuma contribuição para a civilização e que o seu povo é naturalmente atrasado. Esta é a deturpação que se tornou a base do preconceito racial, que afetou todas as pessoas de cor.
"Durante séculos o mundo foi enganado sobre a fonte original das artes e das ciências; durante séculos Sócrates, Platão e Aristóteles foram falsamente idolatrados como modelos de grandeza intelectual; e durante séculos o continente Africano tem sido chamado de o continente negro, porque a Europa cobiça a honra de transmitir para o mundo, as Artes e Ciências." p.7
Para não deixar ninguém na dúvida sobre o poder de persuasão dos impressionantes argumentos de George James, o Capítulo 1 (Filosofia grega é roubada da Filosofia egípcia) abre com uma análise das histórias dos chamados "filósofos gregos". Pitágoras, depois de receber a sua formação no Egito, voltou às suas Samos nativas e estabeleceu a ordem para o costume naqueles dias. Os gregos Anaximandro e Anaxímenes e os nativos da Iônia Parmênides, Zenão e Melisso não ensinaram nada além dos Mistérios egípcios, assim como, Ditto, Heráclito, Empédocles, Anaxágoras e Demócrito. O que deve ser lembrado aqui é que Iônia era uma colônia do Egito (os leitores podem pesquisar em Black Athena, de Martin Bernal, publicado pela Vintage, especialmente o vol. I, ISBN 0 09 988780 0). No ápice de sua glória, o Egito dominou grande parte do mundo conhecido. Os jônicos mais tarde se tornariam persas, após a queda do Egito, antes mesmo de se tornar cidadãos gregos.
Os jônicos não reivindicaram para si a glória da filosofia ou das ciências. Os persas e os caldeus também foram apresentados aos antigos Mistérios, mas eles não reivindicaram a sua autoria. Foram os atenienses - Sócrates, Platão e Aristóteles - que usurparam este legado Africano e, assim, distorceram a história da humanidade. O que está muito claro é que foi Atenas que quem ensinou os Mistérios foi perseguido por Alexandre. Sabemos com certeza que esses filósofos foram severamente perseguidos pelo Governo ateniense pelo ensino de doutrinas estrangeiras.
O que é incrível sobre esses 'grandes filósofos' é a total falta de qualquer conhecimento sobre a fase inicial das suas vidas. O mundo é convidado a acreditar que estes homens que possuíam todas as habilidades sobrenaturais que lhes são atribuídas não tinham educação e, sem formação, a filosofia, a matemática e as ciências veio a eles, como num passe de mágica! A única prova produzida por este tipo de fraude é que todos os livros foram escritos por Ordens fundadas pelos impostores atenienses. Mas, como George James lembrou repetidamente, os antigos egípcios proibiram os seus alunos de escrever e essa liminar foi obedecida por todos, menos os atenienses. Temos que desculpar Sócrates, a quem George James credita ser o único que foi devidamente treinado como Iniciado. Mas, em vez de divulgar os segredos que tinha aprendido, ele bebeu um veneno. Tanto Platão como Aristóteles fugiram. No entanto, eles voltaram e reivindicaram os créditos sobre as "suas criações".
A questão crucial de como Aristóteles apresentou todos os livros que traziam o seu crédito é facilmente respondida pelo simples fato histórico que ele acompanhou o seu amigo, Alexandre, na última campanha e conquista. Depois que o Egito foi conquistado e destruído, a Biblioteca Real e os templos foram saqueados por Aristóteles. Foi com esses livros que ele estabeleceu a sua própria escola e, auxiliado por seus alunos, Teofrasto, Andrônico de Rodes e Eudemo, começou a copiar os livros. Esses homens também receberam os créditos pela autoria de vários livros e foram eles que formaram a organização  "O Estudo e Aprendizagem dos Escritos de Aristóteles". "Parece que o objetivo da criação da associação de aprendizes foi bater o próprio tambor e dançar para Aristóteles. A ideia de Aristóteles, para compilar uma história da filosofia, foi realizada na própria escola de Aristóteles e foram seus ex-alunos que realizaram a ideia."(P.19)
"A suposta filosofia grega era estranha para os gregos e suas condições de vida." No capítulo II, do seu livro, George James desenhou as condições em que os gregos estavam vivendo naquele período da história. De acordo com os mitorianos ocidentais, o período da "filosofia grega" foi localizado entre 640-322 aC. "O período da filosofia grega (640-322 aC) foi um período de guerras internas e externas, e foi, portanto, inadequado para a produção de filósofos.  A história suporta o fato de que a partir da época de Thales até a época de Aristóteles, os gregos foram vítimas de desunião interna, por um lado, enquanto por outro lado,  viviam sob constante medo de invasão dos Persas que eram um inimigo comum para as cidades-estados."
". . . os obstáculos contra a origem e o desenvolvimento da filosofia grega, não eram apenas a frequência das guerras e a defesa constante contra a agressão persa; mas também a ameaça de extermínio do governo ateniense,o  seu pior inimigo". pp 21-26
O capítulo três mostra que a chamada "filosofia grega" era apenas descendente do egípcio Sistema Mistério.Todas as artes, a filosofia e a religião que são creditados aos gregos já existiam no Egito milhares de anos antes que os gregos fossem autorizados a aprendê-las. "A mais antiga teoria de salvação é a teoria egípcia. O Sistema de Mistério Egípcio tem como objeto mais importante, a deificação do homem e ensina que a alma do homem libertado dos grilhões do corpo, poderia tornar-se divina e ver os Deuses nesta vida, alcançando a visão beatífica e mantendo comunhão com os imortais. " " (Mistérios Antigos, CH Vail. P.32)
O parágrafo anterior enfatiza, simplesmente, que o sistema de crenças que os evoluiu na África, há milhares de anos, tem sido distorcida e usada para abusar dos africanos atualmente.
Mistificadores ocidentais promovem Aristóteles, Platão e Sócrates, ao mesmo tempo em que não conseguem explicar porque esses caras eram perseguidos pelo seu próprio governo.  Estes "filósofos" foram perseguidos pela mesma razão que são cultuados hoje: "introduzir divindades estranhas. "Sócrates cometeu  um crime por não acreditar nos deuses da pólis e introduzir outras  divindades. Ele também cometeu crimes por corromper a juventude.
“Sócrates erra por investigar indevidamente o que se passa em baixo da terra e no céu, por tornar bons os argumentos ruins e também por induzir outros a fazerem a mesma coisa.”
Considerando que a Astronomia era parte do estudo exigido nas escolas egípcias, o governo ateniense perseguia os seus cidadãos por prosseguir os estudos. Quem, agora, é o pai de quê?
O capítulo 3 lidou com os sistemas dos Mistérios Egípcios e mostrou a sua estreita correlação com o que foi erroneamente atribuído aos gregos. Mesmo as estruturas dos aposentos eram construídas com padrões egípcios.
A conquista de Alexandre e a destruição dos alojamentos e as bibliotecas, incluindo os editais de Teodósio e Justiniano, suprimiu os sistemas de Mistérios Egípcios e as escolas da filosofia grega da mesma forma, abrindo o caminho para o Cristianismo, que nada mais é que uma religião egípcia muito mal entendida.
No capítulo 4, George James explora o fato dos gregos foram banidos do Egito por vários anos. "Devido à prática de pirataria, em que os jônicos e Garians eram mai ativos, os egípcios foram forçados a fazer as leis para restringir a imigração dos gregos e punir a sua violação por pena de morte, ou seja, o sacrifício da vítima." - P.41. Foi o rei egípcio Amasis que levantou a restrição e permitiu que os gregos entrassem no Egito como mercenários - eles não foram autorizados a estudar no Egito até a invasão persa. E até a conquista de Alexandria eles não tinham acesso às bibliotecas, mais especialmente à Biblioteca Real de Alexandria, que foi convertida em uma cidade grega.
O próprio Platão atestou o fato (em seu Timeu) que, aspirando alcançar a sabedoria grega, visitou o Egito para a iniciação e que os sacerdotes egípcios se referiam a ele como uma criança nos Mistérios.
Foi Heródoto que nos informou que Pitágoras foi admitido no Egito apenas depois de Polícrates ter dado uma carta de apresentação. Mesmo depois disso, ele teve que passar por vários testes, incluindo a circuncisão, que era obrigatória - "Apud Aegyptios nullus aut geometrica studebat, aut astonomiae secreta remabatur, nisi circumcisione suscepta '(Ninguém entre os egípcios, estudou a geometria estudada, ou investigou os segredos da Astronomia, a menos que a circuncisão havia sido realizada)"-. p.44. Foi dado para Pitágoras o crédito que o mundo está dando para um teorema que os egípcios certamente usavam na construção de suas pirâmides!
Heródoto e Diogenes Laertuis informaram que Demócrito viajou ao Egito para receber instruções dos sacerdotes. Platão também mostrou ter realizado peregrinação semelhante.
No capítulo 5 até o capítulo 7, George James analisa as doutrinas dos chamados filósofos gregos que são convincentes para mostrar a sua origem egípcia. Desde a era pré-socrática, 'filósofos' como Tales, Anaximandro, Anaxímenes e Pitágoras aos 'filósofos eleatas', como Xenófanes, Parmênides, Zenão e Melisso, à escola jônica de Heráclito, Anaxágoras e Demócrito, James mostrou que o que a história tem atribuído a esses impostores não era nada mais do que eles copiaram dos egípcios.
Nos capítulos mais importantes, James concluiu que os gregos eram culpados de plágio da mais alta ordem.
O capítulo 8 James analisou a Teologia de Mênfis que "é uma inscrição em uma pedra, agora guardada no Museu Britânico, que contém as visões teológicas, filosóficas e cosmológicas dos egípcios. Já foi referida, no meu tratamento das doutrinas de Platão; mas deve ser repetida aqui para mostrar toda a sua importância como base de todo o campo da filosofia grega". ' p. 139. Aqui James mostra como partes da filosofia da Teologia Menfítica foram atribuídas aos gregos. Este é um capítulo muito importante, pois lança luz suficiente, não só em todo a argumentação sobre os gregos terem a eidos (ideias) creditadas a eles, mas também sobre a verdadeira fonte dos conhecimentos científicos modernos.
Se a moderna hipótese nebular, creditada a Laplace, que sustenta que o nosso presente sistema solar era uma nebulosa gasosa que se fundiu, é cada vez comprovada como correta, o crédito deve ir para os antigos egípcios. A sua cosmologia é muito semelhante. Eles sabiam que o universo foi criado a partir do fogo. O deus egípcio Atum (Atom), juntamente com seus oito deuses, criaram o que compunham a Ennead ou divindade de nove anos, que correspondem aos nossos nove planetas principais. Atom, o sol Deus, era o Motor Imóvel, uma doutrina que tem sido falsamente atribuída a Aristóteles. Da mesma forma, o preceito "Conhece a ti mesmo" foi erroneamente atribuído a Sócrates. Como James apontou, ela era uma inscrição encontrada em cada templo egípcio. O precípuo fundamental da virtude, a justiça, a sabedoria, a temperança e a coragem, foi falsamente creditada a Platão, mas sãos os Mestres egípcios os seus criadores.
Aprendemos também sobre os atributos do deus egípcio Atum que são compartilhados pela moderna ATOM: a semelhança de nomes; o deus egípcio significa autocriado, tudo e nada, uma combinação de princípios positivos e negativos: tudo incluído e vazio. Mesmo os iniciantes estudantes de ciência vão reconheceu estas referências como as propriedades dos átomos.
No capítulo 9, final, "Reforma Social Através da Nova Filosofia da Redenção Africana", James escreveu: "Agora, que foi demonstrado que a filosofia e as artes e as ciências foram legadas à civilização pelos povos do Norte da África e não pelo povo da Grécia, o pêndulo de louvor e honra dever pender e mudar do povo da Grécia para os povos do continente Africano, que são os herdeiros legítimos de tal consideração.
Isso vai significar uma tremenda mudança na opinião pública mundial e na atitude de todos os povos e raças que aceitarão a nova filosofia da redenção Africana, ou seja, a aceitação da verdade que os gregos não foram os criadores da filosofia, mas os povos do Norte de África, mudaria a opinião desrespeitosa para a de respeito com as pessoas negras em todo o mundo, que merecem ser tratadas corretamente.
A mudança mais significativa e importante na mentalidade dos negros, será perder o complexo de inferioridade para tomar consciência da igualdade com todos os outros grandes povos do mundo, que construíram grandes civilizações. Com esta mudança na mentalidade do negro e do branco, grandes mudanças também são esperadas nas atitudes em relação ao indivíduo e na sociedade como um todo." p. 153.
James esboçou uma simplificada Nova Filosofia da Redenção, que consiste na seguinte proposição: "Foram os egípcios, os negros da África do Norte, os autores da filosofia cuja criação é atribuída aos gregos."
Ele exortou-nos a viver de acordo com essa filosofia. "Libertados do complexo de inferioridade pela sua Nova Filosofia de Redenção, que destrói a cadeia da falsa tradição encarceradora, os negros têm de enfrentar e interpretar o mundo de acordo com sua nova visão e filosofia. "
"Ao longo dos séculos, até nossos tempos modernos, as condições do mundo foram influenciadas por dois fenômenos que tem afetado as relações humanas:
- A atribuição de falsos créditos aos gregos: uma conduta que parece ser um projeto de política educacional conduzida pelas instituições de ensino. 
- O segundo fenômeno é o empreendimento missionário para caricaturar a cultura do povo negro na literatura e outras formas de exposição pejorativa, para provocar desrespeito e a chacota. Não nos esqueçamos de que os imperadores romanos Teodósio e Justiniano foram responsáveis ​​pela abolição dos Mistérios Egípcios, que é o sistema básico da cultura do povo negro e também do estabelecimento do cristianismo com a sua configuração perpétua. " pp 159-160.
O apêndice apresenta uma breve análise e a síntese dos principais argumentos de George James.
O Africano é ignorante e admira ou é inspirado pela cultura europeia e a sua história tem sido amplamente reconstruída. George James está entre aqueles que resgatou os crimes perpetrados pelos intelectuais europeus e ideólogos disfarçados de estudiosos contra os negros. A única justiça que pode ser feita para George G. M. James e outros valentes guerreiros da raça negra não é apenas  ler e estudar as suas obras, mas também para divulgá-las. A sagacidade ensina: "Ninguém pode humilhá-lo sem o seu consentimento."
Isto é muito verdadeiro para os povos mais injustamente ridicularizados na terra. Em toda a face da terra, os negros continuam a ser satirizados por civilizações que estavam iniciando quando eles estavam construindo impérios e inventando coisas e continuam a ser ridicularizados por aqueles que emprestaram, roubaram e plagiaram as suas ideias. Todos aqueles que foram convidados, de boa fé, nas suas casas estão zombando deles.
Os africanos, são humilhados e ridicularizados, porque a sua história foi roubado e sua herança cultural foi erroneamente atribuída a outros povos. Por que eles continuam a participar da própria humilhação? Será que é porque estão impressionados com títulos e outros acessórios com os quais os  opressores continuam a deslumbrá-los? Se Ph.D significa doutor de filosofia, não é hora de os africanos começarem a perguntar: 'De qual filosofia?" Por que estão enchendo as suas cabeças e mentes com doutrinas plagiadas de países desenvolvidos há milhares de anos apenas para ser recompensados apenas com diplomas? Por que estão vendendo, a descoberto, a rica herança em troca de certificados? Quantos dos seus doutores sabem sobre a origem egípcia da maior parte do que é creditado para a Grécia? Quantos deles estudaram sobre o legado roubado? Quantos desses, que pretendem ensinar a "História Africana", lera o revelador e importante livro de George James?
Se eles continuam a ser ridicularizados, é só porque permitem ser ridicularizados. Qualquer Africano que estudou a sua história vai encontrar uma satisfação interior indescritível. 
Se ele anda de com o espírito elevado e com a confiança de que ele pode se fortalecer contra qualquer pessoa no mundo. Nenhum estudioso, negro ou branco ou marrom ou amarelo discute com os fatos básicos da história.Apenas os intelectuais psicodélicos, aqueles que não são nada mais sérios do que os seus gurus da televisão.
O Legado Roubado não é um livro contra qualquer um poderia argumentar. Cada frase, cada parágrafo apresentou devidamente as fontes de pesquisas verificáveis. George James foi plenamente consciente do fardo que carregava quando escreveu a sua obra monumental. O seu livro que pode ser facilmente lido e entendido por leigos, ao contrário das besteiras mistificadoras ocidentais que são servidas, repletas de pirotecnias gramaticais para dificultar e esconder o exercício da incoerência.
Eu sei que alguns vão encontrar qualquer desculpa para não ler livros e que não vai pensar duas vezes antes de descartar um Shakespeare, por achar que vai consumir muito do seu tempo. Isso, no entanto não deve parar aqueles que querem ir em frente e buscar mais conhecimento sobre o seu passado. Não há nenhuma razão para qualquer um acreditar em George  James, mas todos devem encontrar o seu próprio caminho para a sua própria salvação.  Um povo sem passado, diz o ditado, é como uma árvore sem raízes.
Ninguém, que não tenha lido o Legado Roubado, deve ser autorizado a ensinar a história Africana. Ninguém, que não tenha lido o Legado Roubado, deve considerar-se educado. A próxima vez que alguém brandir um Ph.D na sua cara, a sua pergunta a ser feita deveria ser: "Você já leu o Legado Roubado?"
"Não acredite, estude! " - Femi Akomolafe.
Título: Stolen Legado | Autor: George GM James | Editor: Africa World Press

Genocídio de jovens negros

Ìpakúpa àwọn ọ̀dọ́mọdé dúdú.
Genocídio de jovens negros.

Corpos dos jovens no Hospital
 Polícia Militar da Bahia faz limpeza étnica no bairro do Cabula, em Salvador.

                                                                    Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ìpakúpa, s. Genocídio, holocausto.

Àwọn, wọn, pron.  Eles, elas. Indicador de plural.
Ọ̀dọ́, s. Adolescente, jovem.
Ọ̀dọ́mọdé, s. Jovem.
Dúdú, adj. Preto, negro


CPI da Câmara dos Deputados apura o extermínio de jovens negros: Reaja!

Publicado há 2 dias - em 15 de maio de 2015 » Atualizado às 12:28 


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o extermínio de jovens negros e pobres da Câmara dos Deputados vai requerer os laudos necroscópicos das 13 vítimas da Chacina do Cabula, cometida por policiais da Rondesp (Rondas Especiais), em Salvador, em 6 de fevereiro, e pedir informações ao Secretário de Segurança Pública da Bahia sobre mortes cometidas pela PM, como o assassinato de três jovens em Cosme de Farias, no mesmo dia (6/02). O governo baiano também terá que explicar a falta de acesso ao inquérito da morte de Jackson Borgens de Carvalho, 15 anos, morto em Itacaré, em junho de 2013, além das execuções cometidas pela PM no período da greve de 2012.
textos e fotos por Lena Azevedo para o Portal Geledés
Além disso, a CPI quer saber porque o Executivo mantém a divulgação do Manual da Tatuagem, cartilha considerada racista por movimentos sociais e que, a despeito dos protestos, continua sendo usada para formação policial. Além da Câmara, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado também está requerendo os laudos das 13 vítimas do Cabula e quer uma reunião com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e dos programas de proteção, criticados por integrantes da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto, nas duas Casas, na última semana.
“Todos os casos de familiares que chegarem até essa comissão têm que ter a nossa posição. Pela força e poder constituído pela própria CPI vamos pedir informações e realizar oitivas nos casos da Bahia, presentes aqui hoje, como o caso do Cabula, que a CPI vai visitar, das mortes em Cosme de Farias, a questão da greve da Polícia Militar de 2012 (que resultou em 187 assassinatos em 12 dias, boa parte atribuído pelo governo da Bahia à época aos policiais grevistas) e a de Itacaré. São casos que chegaram à essa CPI e não podemos nos omitir. O recorte racial ainda não entrou na cultura das políticas públicas do Brasil”, afirmou o presidente da CPI da Câmara Reginaldo Lopes (PT/MG).
Esse é o desfecho da ida de integrantes da Campanha Reaja ou Será Morta, Reaja ou Será Morto na CPI da Câmara dos Deputados, dia 28. Além do coordenador da Reaja, Hamilton Borges, participaram das audiências Edielle Santana, esposa de uma das vítimas da Chacina do Cabula, Edicarla Pinheiro, mãe de um dos jovens assassinados pela PM em Cosme de Farias no mesmo dia da chacina, em 6 de fevereiro, junto com outros dois rapazes, Maria das Dores Chaves de Oliveira, que teve o filho executado durante a greve da PM em 2012 e levou a carteira de trabalho do filho para provar que ele voltava para casa depois do serviço quando foi morto por policiais, e Antonio Carlos Borgens de Carvalho, pai de Jackson, assassinado, esquartejado e enterrado em ponto de desova em Itacaré, em 2013.
Outra audiência pública foi realizada no dia seguinte (29), na Comissão de Direitos Humanos no Senado. Os senadores também pediram os laudos necroscópicos dos 13 mortos no Cabula e a convocação da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Social (Seppir) e dos coordenadores da Secretaria de Direitos Humanos, para explicar por que os programas de proteção à Testemunhas (Provita), Crianças e Adolescentes (PPCAM) e de Defensores de Direitos Humanos (PPDH) não conseguem atender familiares de negros vítimas da violência.

Mortes e encarceramento seletivos
Hamilton_Das Dores_CDH
A audiência na CPI da Câmara Hamilton Borges, coordenador da Reaja, destacou o caráter seletivo das mortes e encarceramentos no país. “Nós da Reaja estamos há 10 anos debatendo com a sociedade brasileira, com as instituições de defesa de direitos, com as instituições do estado brasileiro o grande drama e a grande tragédia para toda sociedade que é o racismo na sua combinação letal, que incide sobre o sistema de justiça. Um sistema de justiça extremamente seletivo, que escolhe pessoas negras e indígenas e tem nessas pessoas sujeitos que podem ser eliminados sem que ninguém lamente isso. Pessoas que inclusive possam morrer sem que isso constitua homicídio, ainda que não tenha sido legítima defesa, ainda que não exista qualquer exculpante (causa de exclusão da culpabilidade). “
O coordenador da Reaja ainda lembrou em dez anos, desde que a CPI que investigou os grupos de extermínio no Nordeste, em 2005, e que apontou a participação de policiais em execuções a situação só piorou.
“Vou usar um exemplo simples, o de um delegado de polícia alcançado por essa CPI (de 2005), que tem pelo menos 30 acusações por participação em grupos de extermínio e em atividades de tortura, que sentou ali na frente da CPI, que foi acusado por uma juíza, que tem uma família inteira de policiais que participa desses conluios criminosos que retiram a vida das pessoas desde os anos 80, com os esquadrões da morte, conhecidos por apelidos diversos em vários lugares (no Rio de Janeiro e na Bahia como Mão Branca). Essa pessoa alçou, em 2013, o cargo de persecutor de grupos de extermínio, foi designado pelo governador para ser a pessoa responsável para investigar esses grupos e de identificar pontos de desova na cidade de Simões Filho, que, segundo o Mapa da Violência de 2013, era a cidade com maior taxa de jovens negros mortos à época”, lembra.
“Essa CPI diz respeito ao governo que era de Paulo Souto, do grupo político de Antonio Carlos Magalhães (Souto foi sucessor de ACM e governou a Bahia entre 1995 e 1998 e, posteriormente, de 2003 a 2006). Naquela época os grupos chamados de esquerda entraram com ações, inclusive deputados que eram ligados aos direitos humanos, batiam, brigavam, nos apoiavam para que aquela situação não mais acontecesse. Ocorre que nós estamos na vigência de um governo democrático popular e esse delegado citado na CPI do Nordeste vira a pessoa que vai investigar os grupos de extermínio e os locais de desova. Nós precisamos dizer isso porque somos um movimento sem tutela, sem chefes, não temos relação com qualquer partido, somos movimento social. Se estávamos juntos com esses partidos que brigavam para que acabasse essa situação, nós, infelizmente, diante das mortes dos nossos filhos, irmãos, diante dos espancamentos, das perseguições, tivemos que combater um governo que parece que instala um estado democrático de direito penal”, critica Hamilton Borges.

Dispositivos racistas

Para o coordenador da Reaja, o racismo tem orientado a política de segurança pública da Bahia. Ele cita como exemplo a criação do Manual de Tatuagem, feito por um oficial da PM e que tem sido utilizado na formação de agentes de segurança, o Baralho do Crime, com fotos daqueles que a polícia considera perigosos, e os nomes de operações policiais que são explicitamente higienistas, como as Saneamento I e II, e racistas (Operação Quilombo).
“Estamos numa situação que foi fundada numa lógica de segurança pública lombrosiana – Lombroso é um médico que fundou a criminologia e tinha uma ideia de que a senhora   deputada com seus traços característicos africanos, seu crânio, seus lábios, nariz, seria um bandido padrão, nasceria com o traço da violência, nasceria com o traço da desgraça conforme as palavras desse médico. Nos causa espanto que um governo democrático popular crie uma cartilha e deixe que seu autor, um capitão da PM, que deveria ser chamado aqui para ser sabatinado, realizar formação nas guardas municipais, polícias militar e civil, que faça palestras em universidades e em outros locais com esse material racista”, denunciou o coordenador da Reaja.
“Dispositivos como essa Cartilha da Tatuagem indicam quem deve ser abatido, colocam uma marca em quem deve ser procurado pela polícia. O outro dispositivo, pasmem, é o Baralho do Crime, que é um jogo de paciência que está no site da Secretaria de Segurança Pública. Esse Baralho do Crime é inspirado nos Ases do Mal de George Bush, aquele baralho que Bush colocou na mão dos soldados americanos – muitos deles saídos dos guetos jovens, latinos – e eles ficavam ali olhando, memorizando o rosto de quem deveria ser abatido. Quando encontravam com pessoas que pareciam com qualquer árabe, eles matavam. A mesma coisa ocorre no Estado da Bahia com os negros e por nada, por nada”, argumentou.
Hamilton aproveitou para criticar o conservadorismo do Congresso, sobretudo o projeto de lei que reduz a maioridade penal. “Se for para essa Casa criar leis prevendo que um jovem seja perseguido pela polícia e pela Justiça com 14 anos, 16 anos nós não precisamos dessa Casa. Porque isso já foi experimentado em 1890. Em todos os lugares do mundo em que se criou a República a primeira coisa a ser feita foi uma carta de direitos. No Brasil não, a primeira coisa que fizeram foi um código penal, prevendo que pessoas de 14 anos podiam ser alcançadas pela polícia, e esses meninos eram negros. Todos os que querem diminuir a idade penal, ao fim e ao cabo, nos querem presos e mortos, mas não por um discurso moral e religioso como querem parecer que é. Talvez o discurso moral sirva para convencer as mentes mais fracas. Não a nossa, porque nós sabemos que esse debate e esse discurso, tanto quanto os dispositivos criados pela política de segurança, quanto a redução da maioridade penal e outras coisas para o encarceramento geram lucro. Estamos debatendo um discurso de lucro mais uma vez. Mais uma vez o nosso povo está sendo usado para o lucro, para que lucrem conosco”.
Houve também uma crítica indireta ao fato da CPI desde sua instalação, em março, só ter chamado especialistas de segurança e pesquisadores em suas audiências públicas.
“Nós negros queremos falar por nós mesmos, não admitimos o sequestro de nossa voz. Isso é um tema importantíssimo para uma CPI que aqui está colocada. Porque quando nós falamos das mortes dos negros, estamos falando de um conjunto de eliminações e que dizem respeito também ao epistemicídio, que é a morte da produção intelectual dos negros, seja na universidade ou fora da universidade. Já tratamos das questões teóricas que sempre são reclamadas de nós nesses espaços e por isso chamam os especialistas treinadinhos da academia. A capacidade de falar por nós, de apresentar nossa produção intelectual é o primeiro respeito que as Casas Legislativas, Executivas e Judiciárias devem ter.”

Chacina do Cabula

Hamilton também abordou a Chacina de Cabula, o sequestro e morte de Geovane Mascarenhas de Santana, 22 anos (morto dentro das dependências da sede da Rondesp, unidade da Polícia Militar, no bairro do Lobato em agosto de 2014. A moto e o celular do rapaz desapareceram) e da recente ação no bairro Cosme de Farias, em 26 de abril, quando a PM matou três pessoas e feriu outra.
“Nós somos um povo, estamos dentro de um território e estamos sendo vítimas de um genocídio. Essa polícia assassina pegou esse garoto Geovane, colocou no fundo de uma viatura da Rondesp e o conduziu ao quartel sem que houvesse na prática qualquer delito que justificasse sua prisão. É um insulto para a sociedade brasileira que policiais de uma guarnição da Rondesp abordem uma pessoa, levem-na para o quartel, retire seus testículos, a tatuagem no braço, que cortem os dedos e arranquem sua cabeça. Quem está falando isso não é a Reaja. É o Ministério Público da Bahia que indiciou 11 policiais por essa prática. Apesar de toda materialidade da execução, esses PMs continuam soltos”, relata Hamilton.
E foram também PMs da Rondesp que, no dia 6 de fevereiro, entraram em Vila Moisés, no Cabula, e levaram mais de 15 jovens para um campo de futebol. Os jovens tiveram pernas, braços quebrados. Foram executados de joelhos com tiros na cabeça. Desses, 13 morreram e três ficaram feridos. “Até agora o governador não autorizou a saída dos laudos necroscópicos e todos os laudos técnicos. Eles (os laudos) vazaram para jornalistas, mas o governador, que aplaudiu a ação no Cabula e que esteve conosco em uma reunião quando exigimos o resultado das necropsias, nos negou o acesso aos laudos. Essas pessoas foram executadas e como sempre a justificativa é de que participavam do tráfico de drogas. O governo não tem atuado para debelar os grupos de extermínio, os paramilitares, mas todas as mortes que comete contra jovens negros é colocada na conta de tráfico de drogas”, reclama.
Hamilton lembra que a Polícia Militar do Estado da Bahia surgiu em 1825 (em 17 de fevereiro, por decreto de D. Pedro I) para combater o Quilombo do Urubu, que era chefiado por uma mulher. “Essa mulher quando fugiu daquela operação policial, que poderia ser muito bem da Rondesp, subiu a ladeira do Cabula. A PM não precisa ser desmilitarizada. Ela tem que acabar. Nós precisamos desmilitarizar o espaço urbano, porque, ao fim ao cabo, são pessoas comuns, policiais que morrem todos são negros. Com os oficiais brancos, nada acontece.
O recado da Campanha Reaja para o governo é de resistência e de repúdio à atual política de segurança pública. A Reaja inclusive reivindica a demissão do secretário Maurício Barbosa. “Por todos esses fatos e dispositivos usados pela secretaria de Segurança Pública da Bahia afirmamos que essa política é racista. Isso está na fala do secretário da pasta que considerou a ação policial no Cabula ‘razoável’. O que nós estamos debatendo aqui não surge do acaso, surge de escolhas políticas e infelizmente a escolha política feita na Bahia, assim como a escolha política de se colocar o Exército para ocupar comunidades, dizendo que isso é segurança pública cidadã, são escolhas merecem todo o nosso repúdio”.
Senado
No dia 29, o grupo falou na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, por solicitação dos senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Regina Sousa (PT-PI). Após os relatos, o senador Capiberibe chegou a sugerir uma oitiva da CDH em Salvador, mas a ida da comissão foi negada pelo presidente da comissão, Paulo Paim (PT-RS). Diante da negativa, Capiberibe e Regina Souza fizeram requerimento solicitando os laudos dos 13 mortos no Cabula e convite para que a Seppir coloque o que a secretaria tem feito em relação ao extermínio de negros. Também serão chamados os coordenadores dos programas de proteção, para que expliquem por que não atendem os familiares de vítimas.

OS RELATOS NAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Edielle Santana, esposa de uma das vítimas da Chacina do Cabula, em 6 de fevereiro: “Meu marido foi morto porque saiu para jogar bola. Eu vim, mas a mãe dele não conseguiu. Ele era trabalhador e cheio de sonhos. A polícia matou ele pelas costas, com tiro na nuca, como foi com a maioria dos mortos no Cabula. A Rondesp age de forma terrível nos bairros onde a gente mora. Eles xingam mães de família, as crianças não podem brincar na rua, porque eles (a polícia) chegam dando tiro. Fazem isso porque é na periferia. Fizeram uma barbaridade dessa, de matar várias pessoas, muitas delas com menos de 17 anos. Se desconfiavam de algo, deveriam ter levado para averiguação e não matar desse jeito. Exames que foram feitos nas vítimas mostraram sinais de tortura antes de serem assassinados. Como é que a PM fala em troca de tiros? O governador (Rui Costa – PT-BA) disse que não queria ver as famílias dos policiais chorar. E nós podemos chorar com a morte dos nossos? ”, questionou. Edielle lembrou ainda que existem áreas na região utilizadas pela PM como pontos de “desova”.
Edicarla Pinheiro, mãe do jovem Alexandro, assassinado pela PM no bairro Cosme de Farias (Salvador), em 6 de fevereiro de 2015, mesmo dia da Chacina do Cabula:
“Meu filho era trabalhador. Estava indo para o trabalho quando foi abordado pela PM. O laudo mostra que ele apanhou muito antes de tomar cinco tiros. Foi perversidade pura. Era meu único filho e minha dor nunca vai passar”.

Maria das Dores Chaves de Oliveira, mãe de Edvanildo, assassinado durante a greve da PM da Bahia em 2012, quando voltava para casa após o serviço:
“Estou lutando há três anos não só por mim, mas por outras mulheres que perderam filhos, maridos. Meu filho foi morto durante a greve da PM de 2012. Ele era manobrista e estava chegando do trabalho quando policiais mandaram pessoas encostarem na parede. Meu filho devia achar que ia ser revistado e mandado embora depois, mas o que eles fizeram foi dar um tiro na nuca dele. Mataram as pessoas de costas, na covardia, sem chance de defesa. Onde quer que eu vá eu carrego a carteira de trabalho dele.
Na greve, eles mataram muita gente. Um menino morreu na cama, no Nordeste de Amaralina, um deficiente de Boca da Mata também foi executado – depois, na maior cara de pau, a PM foi pedir desculpas à família. Polícia que mata, que rouba (por que fizeram isso na greve, matavam e roubavam) é bandido fardado”.
Antonio Carlos Borgens de Carvalho, pai de Jackson Antonio Souza de Carvalho, executado com um tiro de espingarda calibre 12 na nuca, esquartejado e enterrado em um ponto de desova em Itacaré, Sul da Bahia, em junho de 2013:
“Gostaria de perguntar aos senhores (integrantes da CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres) como se sentiriam se tivessem um filho de 15 anos que nunca tivesse perdido um ano de escola, se fizesse algum esporte, como meu filho fazia – ele era judoca desde os 7 anos de idade, se o filho tivesse sido assassinado, encontrado em um buraco de cabeça para baixo, tendo as pernas cortadas, com um tiro de espingarda 12 na cabeça. Meu filho foi encontrado por mim. Eu e mais 25 pessoas tivemos que fazer as buscas. Buscar, encontrar, reconhecer para que algum tipo de polícia viesse a aparecer. Polícia essa, que quando apareceu, a única coisa que fez foi criminalizar meu filho. O delegado disse: ‘seu filho foi executado. Você sabia que seu filho era envolvido né? ’ Eu comecei me transformar, porque já estava numa condição desumana. Fez o delegado uma alusão a um jovem negro que foi assassinado e também encontrado pelos familiares dias depois de sua morte, em estado de decomposição, três anos antes do assassinato de meu filho. Meu filho foi morto em 23 de junho de 2013. Então, esse delegado quis dizer que meu filho era envolvido aos 12 anos? Jackson era um menino que estudava, nunca perdeu um ano de escola, judoca desde os sete anos de idade, surfista, estava em um curso de Guia de Turismo na cidade de Ilhéus, ao lado de Itacaré, morando na casa de minha tia, irmã de meu pai – portanto, ele não estava desassistido. Eu, socorrista concursado da prefeitura de Itacaré havia 4 anos.
Eu sou de Itacaré, que é um paraíso para alguns, um lugar onde em menos de dois anos mais de 20 jovens foram assassinados, esquartejados, desmembrados como meu filho foi, e jogados numa vala, onde são encontrados pelos urubus, quando não são enterrados, ou pela família, quando tem alguém que acompanha e tenta saber o paradeiro.
É lamentável viver em um estado em que as esferas municipais e estaduais não dão resposta. Eu estou aqui nessa Câmara acreditando, ao contrário do que algumas pessoas da minha família dizem, que eu sou maluco de acreditar e exigir justiça nesse país para preto, filho de preto. Eu estou aqui acreditando que haja alguma justiça. O inquérito da morte do meu filho foi concluído pelo delegado e está no Fórum de Itacaré e eu nem tive acesso. Eu, pai, não tive acesso ao inquérito, nem sei que matou o meu filho.
O pessoal falou do Cabula e de outros casos. Eu não consigo entender como é que Hamilton Borges, um cidadão comum, como é que Andréia Beatriz, uma médica, mas que é uma cidadã comum, como é que conseguem pegar uma família com 17 pessoas, dar cesta básica, colocar dentro de uma casa, ajudar com água, luz e tudo que uma família precisa, e um secretário de estado da Bahia afirmar que se eu voltasse para Itacaré e fosse assassinado eu seria mais um número na mão dele. Que país é esse que a gente está vivendo? Quer dizer que os negros só servem para ser mais um número?
Jackson era uma criança – porque 15 anos ainda não é adulto – que nunca perdeu um ano de escola, assistida pela família, que trabalhava – quando meu filho foi assassinado ele tinha um trabalho fixo pela manhã como cabelereiro e estudava à tarde. Meu filho voltou para Itacaré no fim de semana trabalhou sábado, domingo e foi executado no domingo à tarde. Como a gente pode ter um delegado de polícia que a única coisa que sabe fazer é criminalizar as pessoas que foram assassinadas, como fez com as outras vítimas?
É por isso que não posso deixar de fazer essa pergunta: como as senhoras e senhores dessa CPI se sentiriam se tivessem passado por isso? Evidente que ninguém faria isso com os senhores. Iriam pensar muito antes de fazer algo. Pensem e tentem imaginar o que eu sinto hoje. Eu não consigo entender, não há resposta. O governador Jacques Wagner (ex-governador e atual ministro da Defesa) disse que faria uma investigação, investigação que nunca tomei conhecimento. Em uma reunião recente com o atual governador, Rui Costa, ele também disse que faria uma investigação e daria uma resposta, resposta que não tive até o momento.
Essa é a nossa realidade. Itacaré, que é um paraíso para alguns, uma região que tem 26 mil habitantes, mas na sede são 12 mil e onde meu filho foi assassinado tem 3 mil moradores. Como é que um jovem que estuda e trabalha é assassinado e passam-se dois anos e nada é feito? A gente não está falando de Salvador, que tem três milhões de habitantes, nem Rio, ou São Paulo. A gente está falando de um lugar pequeno onde não há vontade política e nem policial para que alguma coisa seja feita.  
Estudante é morto e enterrado de cabeça para baixo
A frequência de execuções de jovens negros na Bahia é impressionante. E ela não se restringe à Região Metropolitana. Casos que dão a medida da vulnerabilidade da população negra e pobre.
O homicídio de Jackson Antonio Souza de Carvalho, 15 anos, praticado por grupo de extermínio no interior, mais especificamente em Itacaré, em 23 de junho de 2013, é uma história de horror e perversidade. E é exemplar porque revela não só uma morte cruel de um adolescente, mas a desestruturação de toda uma família, oprimida pelos assassinos após o crime.
Jackson era filho de Antonio Borges de Carvalho, conhecido como Tony, 34, funcionário público, socorrista do Samu, liderança negra com atuação reconhecida na luta contra o racismo. Jackson estudava e trabalhava também como cabelereiro durante a semana em Ilhéus, distante 70 quilômetros de Itacaré. Aos fins de semana voltava para a casa da mãe, que morava a 100 metros da residência do ex-marido e pai do adolescente.
“No sábado à noite ele falou comigo e disse que ia trabalhar no domingo (23 de junho). Dois homens que cortavam o cabelo com ele disseram que uma pessoa estava o chamando na casa dele (Tony pede para não divulgar do suspeito). Ele saiu do salão por volta de 12h20 com esses dois homens para ir à tal casa. Ninguém sabe se ele chegou ao lugar. Desapareceu”, rememora Tony.
O pai chegou a ir à Delegacia de Itacaré registrar um boletim de ocorrência e pedir ajuda para encontrar Jackson. A polícia não se mexeu. Ele então recorreu ao presidente da Câmara de Vereadores, Edson Arantes, o Nego, que conseguiu articular 25 pessoas para fazerem busca na região. Na terça-feira, 25 de junho, o grupo começou a procurar pelo corpo de Jackson em uma conhecida área de desova em Itacaré, localizada ao lado de uma creche municipal, no bairro Santo Antônio, a menos de um quilômetro da casa dos pais.
Jackson Antonio foi localizado enterrado de cabeça para baixo. O pai relata o horror da cena: “Ele foi brutalmente espancado, recebeu um tiro de espingarda calibre 12 na cabeça e para que o corpo ficasse enterrado naquela posição, eles decapitaram o meu filho e cortaram suas pernas abaixo do joelho. Eu reconheci meu filho pela panturrilha”.
Após o enterro do filho, Tony se desentendeu com o delegado. “Eles não ajudaram a procurar meu filho e o delegado saiu dizendo que ele morreu porque era do tráfico. Meu filho era trabalhador, fazia com muito sacrifício curso técnico de guia turístico em Ilhéus. Assim como eu, ele integrava uma articulação política contra o racismo, pelo meio ambiente e pela cultura na Casa de Teatro de Bonecos de Itacaré. Esse delegado não tinha o direito de chamar meu filho de traficante”.
Algumas horas depois, ele, a atual mulher, a cunhada, seus pais, duas irmãs e uma sobrinha foram para a casa. “Todo mundo foi dormir, mas eu só consegui deitar às 23h30. Foi quando uma pessoa começou a gritar do lado de fora de casa: ‘se ficar de caozada vai tomar tiro de treizoitão’. Em seguida passou uma moto rasgando. Aí eu chamei um táxi grande (uma minivan) para tirar toda a minha família de casa”. Ele ainda ligou para a polícia e o presidente da Câmara de Vereadores pedindo socorro. Segundos antes do táxi chegar, ouviu uma mulher instruindo pessoas por onde entrar em sua residência dele. “A minha sorte foi ter chamado o carro e a polícia civil, que arrumou, a pedido do presidente da Câmara dos Vereadores, uma escolta para a gente sair da cidade. Se não fosse isso, todos nós estaríamos mortos hoje”, afirmou.
Tony recolheu toda a sua família, incluindo pais, irmãos sobrinhos, a ex-mulher com outra filha de 7 anos que estava em outra casa e fugiram de Itacaré. Foram escoltados até 30 quilômetros depois do limite do município.
No dia 29 de junho de 2013, Tony conversou com a reportagem por telefone. Ele estava com todos os parentes, no total de 11, na Rodoviária de Salvador. A Campanha Reaja, através de parceiros, arrumou abrigo para a família em uma outra cidade.
O funcionário público lembra que este não foi o único caso em Itacaré. Há um mês um adolescente negro foi assassinado. A família também teve que sair da cidade. A estimativa é de que mais de 20 jovens tenham sido mortos nos últimos meses por um grupo de extermínio que atua no município. “A maioria das vítimas são menores de 18 anos, pretos, filhos da periferia. O Estado, além de exterminar, coloca uma tarja de criminosos nos nossos filhos”, critica.
Tony diz que nos últimos 10 anos Itacaré passou por uma profunda mudança. Era uma cidade pacata, mas se transformou. “Essa propaganda desenfreada feita até no exterior de lugar paradisíaco, ideal para o turismo ecológico, atraiu a especulação imobiliária. Hoje, tem condomínios de magnatas que entram e saem de helicóptero. Ninguém nunca vê a cara deles. Itacaré não tem infraestrutura e esse crescimento desordenado, especulativo atraiu também o crime”, avalia.
Ele não sabe o que vai ser da sua vida e de toda a sua família. Tinha casa, emprego, atividade cultural e convivência com amigos. Isso ficou lá atrás. “Vivo a cada minuto. Não consigo entender tudo isso. Só queria ver esses monstros que mataram meu filho na cadeia. Eu, que comecei a trabalhar com sete anos de idade, não sei o que será da minha vida daqui para a frente. Tenho hoje um futuro incerto”.
PS.: A entrevista feita logo após a morte de Jackson, em junho de 2013. Atualmente, Tony mora em Salvador. Sua família voltou meses depois para Itacaré, mas Tony não pode retornar. É ameaçado de ser morto se pisar em Itacaré. A polícia não informa quem são os indiciados pelo crime, negou acesso ao inquérito, que já está no Fórum de Itacaré. Até o momento, ninguém foi preso pela execução.
15/5/2015Geledés Instituto da Mulher Negra


Leia a matéria completa em: CPI da Câmara dos Deputados apura o extermínio de jovens negros: Reaja! - Geledés 
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sábado, 16 de maio de 2015

Vácuo Quântico

 Òfìfo  kúántù.
Vácuo quântico.

Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)

Ofò, òfìfo = vácuo, vazio, o nada.
Àlàfo = espaço entre duas coisas.
Asán = vaidade, vazio, orgulho. Inútil.               
Wà lásán =  viver por viver.
Ṣófo = estar vazio.
Àlàfo = espaço entre duas coisas. 

Físíksì kùátọ̀mù, físíksì  kúántù = física quântica.

                                                           


Vácuo quântico seria o espaço no qual aparentemente não existe nada para um observador qualquer, mas que contém uma quantidade mínima de energia, campos eletromagnéticos e gravitacionais principalmente e partículas virtuais (partículas de força) interagindo entre si.