quarta-feira, 9 de julho de 2014

Ìdánwò méjì

                                                                                                                                                     Ọdún ìkejì: Ìdíyelé ti ìmòye


   

                                                                                                            QUESTÕES DE 1 A 40 GABARITO NO FINAL

QUESTÃO 01

O sujeito ético-moral é somente aquele que preencher os seguintes requisitos:
A) ser consciente de si, mas não precisa reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si
B) saber o que faz, conhecer as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais
C) não precisa controlar interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, deixando-as fluir livremente
D) dizer o que as coisas são, como são e por que são. Enunciar, pois, juízos de fato
E) ser responsável, mas não precisa reconhecer-se como autor da sua própria ação nem avaliar os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros

QUESTÃO – 02

Quando examinamos as virtudes definidas pelo cristianismo, descobrimos que, embora as aristotélicas não sejam afastadas, deixam de ser as mais relevantes. O quadro cristão de virtudes e vícios pode ser assim resumido:
1. Virtudes cardeais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho
2. Pecados capitais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho
3. Virtudes morais: fé, esperança, caridade
4. Virtudes teologais: fé, esperança, caridade Estão corretas apenas as afirmativas:
A) 1, 3 e 4
B) 1, 2 e 3
C) 2, 3 e 4
D) 3 e 4
E) 2 e 4
QUESTÃO – 03

Quais auxílios divinos sem, os quais, a vida ética - na Idade Média - seria impossível?
1. Aos humanos, cabe ignorar a vontade e a lei de Deus, cumprindo somente as leis humanas
2. Considerar que o ser humano é, em si mesmo e por si mesmo, incapaz de realizar o bem e as virtudes. Tal concepção leva a introduzir uma nova ideia na moral: a ideia do dever
3. Por meio da revelação, somente aos reis e governantes Deus tornou sua vontade e sua lei manifestas aos seres humanos, definindo eternamente o bem e o mal, a virtude e o vício, a felicidade e a infelicidade, a salvação e o castigo
4. Deve-se obedecer, obrigatoriamente e sem exceção, à lei divina revelada São corretas apenas os auxílios
A) 1, 3 e 4
B) 1, 2 e 3
C) 2, 3 e 4
D) 3 e 4
E) 2 e 4
QUESTÃO 04

39) O estoicismo, que desde o seu início propôs ao homem submeter sua conduta a uma razão correta, mesmo que isso lhe trouxesse sofrimento e dor, tem um histórico de seguidores que desde a antiguidade exaltam as virtudes dessa proposta filosófica. Das afirmativas abaixo sobre essa linha filosófica, apenas uma é falsa. Assinale-a:
a) A felicidade é entendida como estabilidade e segurança.
b) O homem deve viver de acordo com a lei racional da natureza e sentir-se indiferente em relação a tudo que é externo ao ser.
c) Defender e exaltar a ética e a virtude pela virtude - fazer o bem porque isso é bom e resulta em coisas melhores.
d) Defender a busca incansável do prazer de realizar coisas boas e desfrutá-las.
QUESTÃO 05

A Ética, como área de investigação filosófica, possui categorias, problemas e métodos próprios que a caracterizam como uma área de saber autônoma. Marque a alternativa FALSA em relação a uma caracterização adequada da ética como disciplina filosófica.
a) "A ética é indiretamente normativa, na medida em que sua atividade reflexiva não visa orientar os indivíduos em ações concretas em casos concretos, mas refletir sobre as diferentes morais e as diferentes maneiras de justificar racionalmente a vida moral, ou seja, orienta o agir de forma indireta".
b) "A ética é um saber essencialmente normativo, ou seja, pretende orientar as ações dos seres humanos. Daí porque a ética, como área da filosofia, tem uma incidência imediata na vida cotidiana, não podendo se furtar a uma normatividade direta, apontando as regras para o agir de cada um individualmente".
c) "A tarefa da ética é esclarecer reflexivamente o campo da moral, explicando o fenômeno da moralidade, dando conta racionalmente dessa dimensão humana, sem reduzi-la a seus componentes psicológicos, sociológicos e econômicos, dentre outros".
d) "A ética não permanece neutra diante de diferentes códigos morais que existiram ou existem. A neutralidade não é própria dos métodos e objetivos próprios da investigação ética, mas ela não pode nos levar a recomendar um único código moral como racionalmente preferível. Em função da complexidade do fenômeno moral e da pluralidade dos modelos de racionalidade e de métodos e enfoques filosóficos, o resultado da investigação ética tem que ser necessariamente plural e aberto".
e) "A Metaética, como parte da investigação ética, é uma metalinguagem que se ocupa em esclarecer os problemas linguísticos e epistemológicos da ética, ou seja, busca discernir a cientificidade, suficiência, aspectos formais, a situação epistemológica, etc., da linguagem ética".
QUESTÃO 06

Um dos problemas centrais da Ética como disciplina filosófica é a fundamentação da moral. Sobre essa questão, marque a alternativa FALSA.
a) "As teorias éticas são, ao final das contas, esforços de investigação da possibilidade de fundamentação da moral, e em que medida disso ela é tal, ou seja, apontar uma forma racional, dar razões para a moralidade. Entretanto, isso não significa dizer que toda teoria ética aponte a razão como fundamento da moralidade".
b) "O cientificismo não recusa uma fundamentação racional para a moral, pois prescreve que não há uma separação entre fatos e valores. A neutralidade axiológica própria da ciência, conforme Max Weber, permite que os valores possam ser captados na sua objetividade".
c) "Na perspectiva do racionalismo crítico de K. Popper e H. Albert, qualquer esforço de fundamentação última da ética vai fracassar porque termina por cair no Trilema de Münchaussen (Regresso infinito, Círculo lógico e Decisionismo). Para eles, essa impossibilidade da fundamentação última da moral faz com que esta seja, ao final, ancorada no dogmatismo que encobre a decisão de colocar um princípio arquimédico imune a toda crítica".
d) "O pensamento débil ou pós-moderno rejeita a possibilidade de fundamentar a moral porque considera que a tradição filosófica foi vítima de um engano centrado na epistemologia. Não é possível uma razão totalizante, que forneça uma metanarrativa que integre os diversos aspectos do real. A razão é frágil, débil, própria da finitude de nossa condição. Valores éticos universais são formas de mascaramento da vontade de poder totalizante".
e) "O etnocentrismo ético defende que só podemos justificar uma decisão moral para aqueles que compartilham uma determinada forma de vida, porque só eles podem nos entender. Além disso, a objetividade da moral como uma verdade universal acima das contingências históricas e geográficas é uma forma de encantamento que dificulta o consenso social de nossas sociedades democratas liberais".
QUESTÃO 07
A crise ecológica se tornou um problema fundamental da vida social, política e moral contemporânea, obrigando a reflexão humana alçar o voo para questões antes intocadas pela tematização filosófica e passando a incluir novas abordagens éticas. Sobre as relações entre ética filosófica e ecologia, encontramos as seguintes afirmações:
I. "O que se chama ética, tanto quanto normas, leis e ordenamentos sociais de todo tipo, revela o quanto é dramático lidar com as diferenças e os interesses, suprir necessidades e, ao mesmo tempo, instituir uma vida de não-violência, ou seja, a sociabilidade do humanus. Tal situação nunca prescindiu do que se chama natureza ou ambiente, pois não há vida humana sem habitat, sem ecologia, ou seja, relações e condições biológicas, alimentares, culturais, políticas, religiosas, econômicas, ...".
II. "Ética ambiental é um campo relativamente novo da Ética filosófica preocupada em descrever os valores possuídos pelo mundo natural não-humano e em prescrever uma resposta ética apropriada para assegurar a preservação e restauração desses valores. Essa preocupação urgente origina-se especialmente em função das ameaças à natureza postas em grande escala pelos humanos".
III. "A maior parte da reflexão filosófico-ambiental contemporânea é marcada pela leitura da história da ética como uma história de ampliação crescente do respeito moral, ou seja, de estender a consideração moral aos animais, plantas, espécies, ecossistemas e à própria Terra".
IV. "Uma ética com consideração forte pela ecologia não exige para sua formulação qualquer alteração do paradigma cartesiano-baconiano que demarcou a dominação do homem sobre a natureza e que permitiu a aquele o progresso científico-tecnológico que alargou o conhecimento dos seres e ambientes".
V. "O planejamento e administração hoje não podem mais suprimir a base ambiental e o modus civilizatório, assim como não poderão mais prescindir de uma ética do futuro. (...) As éticas anteriores não contemplaram a dinâmica de mutação e a exclusão inerentes à sociedade tecnoindustrial. Tem seus parâmetros inócuos e, muitas vezes, trazem em seu bojo as disposições profundas dos riscos da razão instrumental e egológica hegemônica. São por vezes éticas individualizadas e que não conseguem pensar os sujeitos e os objetos não-humanos, ou pensar a longo prazo, ou ainda pensar a globalização como ela se impõe hoje".
Marque a alternativa FALSA no tocante a uma caracterização pertinente da tematização da crise ecológica pela ética filosófica.
a) Todas as afirmações são falsas.
b) A afirmação IV é verdadeira.
c) Todas as afirmações são verdadeiras.
d) As afirmações I, II, III e V são verdadeiras.
e) As afirmações I, II, III e IV são verdadeiras.
QUESTÃO 08
O século XX testemunhou uma ampliação notável do campo da moralidade ao incluir entre o rol de objetos de consideração ética os animais. A ética animal se tornou objeto de debate filosófico significativo. Sobre essa temática, analise as considerações abaixo:
I. "O modo correto de entender o lugar dos animais, e que tem sido corrente por séculos, possui diversas fontes, incluindo o pensamento judaico-cristão e argumentos de diferentes filósofos. Todos compartilham a posição de que a natureza e os animais existem para ser de usufruto do homem, instrumentos para ação humana. O animal é um recurso que humanos podem dispor naquilo que eles se adequam: um animal é comida, alimento ou objeto para brincadeiras - algo que tem valor apenas instrumental".
II. "O movimento de libertação animal argumenta que existe, na verdade, uma tirania do humano sobre animais não-humanos. Essa tirania causou e ainda causa hoje uma quantidade de dor e sofrimento que só pode ser comparado com aquela que resultou dos séculos de tirania dos homens brancos sobre os homens negros".
III. "Muitas organizações estabelecidas de proteção aos animais são ainda consistentes com a perspectiva tradicional da prioridade do interesse humano sobre o dos animais não-humanos, ao se oporem ao sofrimento dos animais somente quando fosse gratuito ou arbitrário. Para o movimento da libertação animal, tal visão é, na verdade, ainda uma forma de "especismo". Eles arguem que todos os seres sencientes tem interesses, e que devemos dar igual consideração a seus interesses, sem olhar se são membros de nossa espécie ou de outras espécies".
IV. "Em qualquer exploração séria sobre valores ambientais ou dos animais, uma questão central será se existe alguma coisa que, para além dos seres humanos, tem valor intrínseco. As reflexões éticas desenvolvidas por ecologistas e defensores dos animais se voltam justamente para esse problema, sustentando que seres sencientes são merecedores de algum grau de respeito ou consideração moral por serem portadores de valor intrínseco - embora alguns teóricos busquem estender o valor intrínseco para além dos seres sencientes".
V. "A partir do princípio da sensibilidade [senciência], a ética reconhece o direito ao respeito moral a todos os seres capazes dos sentimentos de dor e prazer. Não podemos argumentar sobre o valor moral dos animais a partir do que eles não podem ter: raciocínio e fala. Essa constatação nos ajuda simplesmente a afirmar que eles não são seres humanos; isso nada afirma dos animais, só nega; a negação está certa: os animais não pensam e não falam. Mas o que os define? A resposta é: eles são seres sensíveis à dor e ao prazer. A sensibilidade é essencial para o animal como a razão o é para o homem".
Com base nas considerações acima, marque a alternativa FALSA no tocante a uma caracterização consistente da posição pró-ativa a uma ética animal.
a) As afirmações I, IV e V são falsas.
b) Todas as afirmações são verdadeiras.
c) As afirmações II e III são falsas.
d) A afirmação I é verdadeira.
e) Todas as afirmações são falsas.

QUESTÃO 09
Sabemos hoje que a política faz parte das nossas vidas. Aristóteles afirmava que "o homem é por natureza um animal político".
Com a afirmação o filósofo pretendia ensinar que:
a. ( ) o ser humano necessita das instâncias políticas para sobreviver em segurança.
b. (  ) o ser humano tem necessidade de viver com os seus semelhantes.
c. ( ) os filósofos, apesar de humanos, deveriam governar as cidades, pois sábios e justos.
d. ( ) os atrativos pelo poder são naturais e inerentes ao ser humano, animal político.
e. ( ) a política envolve relacionamentos humanos e a necessidade de controles sociais.
QUESTÃO 10
Com relação à Filosofia Medieval, é correto afirmar:
a. ( ) Buscava fundamentar a razão através da fé.
b. (  ) Foi marcada pelo dualismo entre fé e razão.
c. ( ) Comprovava que a existência de Deus somente poderia ser comprovada pela fé.
d. ( ) Condenava a punição dos cidadãos, pois eram imagem e semelhança de Deus.
e. ( ) Identificava a incompatibilidade entre fé e razão na busca do conhecimento.
QUESTÃO 11

Sobre a filosofia Escolástica, pensamento desenvolvido entre os séculos IX e XV, é correto afirmar:
a. ( ) Os escolásticos tentavam eliminar da filosofia as influências dos pensadores gregos.
b. ( ) Os textos bíblicos fundamentavam as reflexões filosóficas dos escolásticos.
c. ( ) Os escolásticos priorizavam nas escolas monacais os métodos elaborados por Platão.
d. (  ) Seus filósofos se preocupavam em elaborar uma filosofia cristã.
e. ( ) Preocupados com os conhecimentos teológicos, os escolásticos menosprezavam as artes liberais.
QUESTÃO 12

Para Heidegger "a essência do ser-aí reside em sua existência, isto é, no fato de ultrapassar, de transcender, de ser originariamente ser-no-mundo". Assinale a alternativa que expressa o pensamento de "existência humana" do autor:
a) O fim das ações humanas (individuais e coletivas) consiste na busca da felicidade através do exercício da virtude.
b) A existência não é uma das divisões do ser humano e não se opõe a essência.
c) Enquanto os entes (ser que existe) são fechados em seu universo circundante, o homem é, graças a linguagem, o ser.
d) A essência precede a existência e a liberdade é a existência do homem
QUESTÃO 14

Filósofo, matemático e fisiologista, o francês René Descartes é considerado o pai da matemática e da filosofia moderna. Em 1637, publica três pequenos tratados científicos: A Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria, mas o prefácio dessas obras é que faz seu futuro reconhecimento: o Discurso sobre o método. O propósito inicial era encontrar um método seguro que o conduzisse a verdade indubitável. Assinale a opção correta quanto as quatro regras básicas do método.
A) 1º Da dúvida/evidência / 2º Da divisão/simplificação / 3º Revisão/exatidão/ 4º Do ordenamento/enumeração
B) 1º Princípio: Da dúvida/evidência / 2° consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver. 3º Princípio: do ordenamento/enumeração / 4° consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir.
C) 1° Nunca aceitar coisa alguma por verdadeira, sem que a conhecesse evidentemente como tal/ 2° consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros/ 3º Princípio: Da divisão/simplificação / 4º Princípio: Revisão/exatidão.
D) 1° Consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir / 2º Da divisão/simplificação / 3º Revisão/exatidão / 4° consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros.
E) 1º Da dúvida/evidência/ 2° consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver/ 3º Da divisão/simplificação / 4º Do ordenamento/enumeração.
QUESTÃO 15
No texto:
"(...) por "democracia" se entende um conjunto de regras (as chamadas regras do jogo) que consentem a mais ampla e segura participação da maior parte dos cidadãos, em forma direta ou indireta, nas decisões que interessam à toda a coletividade."
BOBBIO, Norberto. Qual socialismo? - discussões de uma alternativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. P. 55-6.
Tendo em vista os assuntos abordados no texto, bem como as noções de democracia e política, assinale a opção correta.
A) Na democracia grega, há três pilares: igualdade, liberdade e participação.
B) Na democracia, o cidadão não perde o poder, apenas o transfere provisória e rotativamente aos seus representantes, além de que não perde o direito - e o dever - da participação ativa, inclusive de discordar e criticar.
C) Em uma democracia social, embora as pessoas sejam diferentes e participem de grupos diversos, ninguém pode ser discriminado devido às suas posses, ao gênero ou à etnia a que pertence, à sua crença ou à orientação sexual.
D) A democracia brasileira é direta e não representativa. No entanto, o plebiscito, o referendo e os projetos de iniciativa popular são institutos que oferecem oportunidades de menor participação da sociedade civil.
E) No século V a.C, a escolha dos políticos era feita por sorteio, para que qualquer um pudesse ser alternadamente "governante e governado", sendo portanto uma democracia direta.
QUESTÃO 16

A respeito da relação entre livre-arbítrio, determinismo e liberdade situada, assinale a opção incorreta.
A) Na Grécia Antiga, a liberdade era exercida na vida publica, no espaço da polis, em que os cidadãos livres faziam política.
B) O mundo explicado pelo determinismo é o da contingência, ou seja, o que pode ser de um jeito ou de outro, e não o da necessidade.
C) A noção de livre arbítrio permaneceu na história, principalmente na tradição cristã, influenciando pensadores da filosofia moderna como Descartes e Kant.
D) Na liberdade situada reconhecemos como seres determinados mas igualmente livres, ou seja, a liberdade é construída na ação, na pratica, conforme os desafios que se apresentam
E) Livre arbítrio é a faculdade que tem o individuo de determinar, com base em sua consciência apenas, a sua própria conduta.

QUESTÃO 17
Ao examinarmos o pensamento filosófico dos antigos, veremos que nele a ética afirma alguns princípios da vida moral. Em relação aos princípios, é incorreto afirmar que:
A) Nenhuma das alternativas abaixo
B) A virtude é uma excelência alcançada pelo caráter.
C) A conduta ética é aquela na qual a gente sabe o que está e o que não está em seu poder realizar
D) Não se pode deixar arrastar pelas circunstancias nem pelos instintos
E) Pela conduta virtuosa alcançamos o bem e a felicidade
QUESTÃO 18
Ao pensar em como a coação poderia contribuir para a liberdade, Kant estabeleceu um imperativo no sentido de que a restrição da liberdade de cada indivíduo se harmonizasse com a liberdade de todos os outros, segundo uma lei universal da liberdade. Esse imperativo é o
A) categórico da ética, que é hipotético.
B) do direito.
C) da moral, que é hipotético e categórico ao mesmo tempo.
D) da coisa em si.
QUESTÃO 19
A filosofia patrística (Século I ao Século VII d.C.) refere-se à predominância do pensamento cristão em relação à tradição de pensamento antigo. Os filósofos desse período introduziram novas concepções à medida que intencionavam defender a evangelização e a própria religião cristã. Desse modo, uma das concepções trazidas por eles foi a ideia de
A) um Deus Demiurgo (artífice) responsável pela criação e manipulação da realidade.
B) criação a partir do nada, contradizendo a visão da antiguidade que supunha a geração de todas as coisas.
C) divindade representando a potencialização das virtudes humanas, apresentando-se como modelo de perfeição.
D) livre arbítrio possibilitando entender a vontade de Deus como semelhante à vontade dos homens.
QUESTÃO 20
Sobre a Filosofia Contemporânea, quais correntes filosóficas NÃO correspondem a esse período?
a) Idealismo de Hegel; Positivismo de Comte.
b) Racionalismo Cartesiano; Empirismo de Francis Bacon.
c) Pragmatismo de Charles S. Peirce; Neokantismo de Hermann Cohen.
d) Fenomenologia de Husserl; Martin Haidegger.
e) Marxismo de Gramsci; Estruturalismo de Claude Lévi-Strauss.
QUESTÃO 21

"Moral (mos, moris, "costume"): conjunto de normas livre e conscientemente adotadas que visam a organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em vista o bem e o mal; conjunto dos costumes e valores de uma sociedade, com caráter normativo (regras do comportamento das pessoas em grupo)".
(ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). Sobre a moral, é CORRETO afirmar que:
a) o estudo da moral deixa de ser uma questão de cunho filosófico passando a ser objeto de estudo da teologia.
b) a moral não estabelece regras para a vivência em sociedade.
c) a moral se reduz a um conjunto de normas, regras e valores que são adquiridas através da herança e recebidas pela tradição.
d) através da reflexão crítica, o sujeito tende a colocar a moral e os valores vigentes em questão, questionando-os e criticando-os.
e) não é possível compreender a moral através do seu caráter histórico e social, pois a ideia de moral sempre foi a mesma ao longo do tempo histórico.
QUESTÃO 22
"Ética (ethos, "costume"): parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral" (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). De acordo com Aranha, sobre os conceitos de ética e moral é INCORRETO afirmar que:
a) a moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca e transgride as regras morais.
b) apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes.
c) a ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral.
d) a ética também é conhecida como filosofia moral.
e) os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença.
QUESTÃO 23

Em relação à filosofia moral, é INCORRETO afirmar que:
a) uma ação amoral é considerada como uma ação idêntica à ação moral.
b) a moral apresenta um caráter pessoal, sendo assim, pode ser subjetiva.
c) os aspectos normativos da moral são as normas de ação, as regras que enunciam o "deve ser".
d) o ato moral é constituído pelos aspectos normativos e factuais.
e) a moral apresenta um caráter social.

QUESTÃO 24

A Filosofia Contemporânea, formada a partir do século XIX, apresenta novos objetos a serem discutidos. Das alternativas abaixo, qual NÃO corresponde ao período da Filosofia Contemporânea?
a) Patrística e Escolástica.
b) História e progresso.
c) A cultura.
d) Ciências e técnicas.
e) Ideais políticos revolucionários.

QUESTÃO 25
Sobre as concepções éticas, é INCORRETO afirmar que:
a) a moral iluminista defendia a formação de uma moral religiosa.
b) para Kant, o agir moralmente se funda na razão.
c) para Karl Marx, apenas em sociedades fraternas é possível o surgimento de uma moral autêntica.
d) Nietzsche critica toda a moral fundada pela razão.
e) com os iluministas, a moral se torna laica, secularizada.

QUESTÃO 26 (Ìbèèrè)

Descartes inicia sua obra filosófica fazendo um balanço de tudo o que sabia, ao final, conclui que tudo quanto aprendera tudo quanto sabia e tudo quanto conhecera pela experiência era duvidoso e incerto e acaba não aceitando nenhum dos conhecimentos aprendidos, a menos que pudesse provar racionalmente que eram certos e dignos de confiança. Enfim, submete todos os conhecimentos existentes em sua época e os seus próprios a um exame crítico que ficou conhecido como:
A) Dúvida metódica.
B) Dúvida socrática.
C) Dúvida existente.
D) Dúvida filosófica.
E) Dúvida científica.

Questão 27

Qual das frases a seguir pode ser considerada como fruto do imperativo categórico?
a) Toda vez que uma pessoa cometer um erro, não devo compreendê-la.
b) Quando for ofendido, devo me vingar.
c) Sempre que precisar, agirei com falsidade.
d) Darei esmolas sem pensar.
e) Quando eu falar, não devo mentir.

Questão 28

Assinale a frase que contém um imperativo hipotético.
a) Não matarás.
b) Se eu quiser um bom emprego, devo fazer faculdade.
c) Se abrir, feche.
d) O homem sábio sabe ouvir.
e) A liberdade é o direito de fazer o que se quer.

Questão 29

Qual das atitudes que pode aumentar a nossa liberdade?
a) Estudar e estimular as faculdades do intelecto.
b) Criar um plano em que a moral possa ficar de fora.
c) Abandonar os estudos.
d) Diminuir a liberdade dos outros.
e) Viver isolado da sociedade.

Questão 30

Leia o texto a seguir.
Na Primeira Secção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant analisa dois conceitos fundamentais de sua teoria moral: o conceito de vontade boa e o de imperativo categórico. Esses dois conceitos traduzem as duas condições básicas do dever: o seu aspecto objetivo, a lei moral, e o seu aspecto subjetivo, o acatamento da lei pela subjetividade livre, como condição necessária e suficiente da ação.
(DUTRA, D. V. Kant e Habermas: a reformulação discursiva da moral kantiana. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 29.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria moral kantiana, é correto afirmar:
a) A vontade boa, enquanto condição do dever, consiste em respeitar a lei moral, tendo como motivo da ação a simples conformidade à lei.
b) O imperativo categórico incorre na contingência de um querer arbitrário cuja intencionalidade determina subjetivamente o valor moral da ação.
c) Para que possa ser qualificada do ponto de vista moral, uma ação deve ter como condição necessária e suficiente uma vontade condicionada por interesses e inclinações sensíveis.
d) A razão é capaz de guiar a vontade como meio para a satisfação de todas as necessidades e assim realizar seu verdadeiro destino prático: a felicidade.
e) A razão, quando se torna livre das condições subjetivas que a coagem, é, em si, necessariamente conforme a vontade e somente por ela suficientemente determinada.

Questão 31

"O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)
   
     Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:

 a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.
 b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.
 c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de auto-conservação.
 d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
 e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

Questão 32

“Quando a vontade é autônoma, ela pode ser vista como outorgando a si mesma a lei, pois, querendo o imperativo categórico, ela é puramente racional e não dependente de qualquer desejo ou inclinação exterior à razão. [...] Na medida em que sou autônomo, legislo para mim mesmo exatamente a mesma lei que todo outro ser racional autônomo legisla para si.” (WALKER, Ralph. Kant: Kant e a lei moral. Trad. de Oswaldo Giacóia Júnior. São Paulo: Unesp, 1999. p. 41.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre autonomia em Kant, considere as seguintes afirmativas:
I.- A vontade autônoma, ao seguir sua própria lei, não segue a razão pura prática.
II-. Segundo o princípio da autonomia, as máximas escolhidas devem ser apenas aquelas que se podem querer como lei universal.
III-. Seguir os seus próprios desejos e paixões é agir de acordo com o imperativo hipotético.
IV-. A autonomia compreende toda escolha racional, inclusive a escolha dos meios para atingir o objeto do desejo.

Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) II e III.
e) II, III e IV.

Questão 33

“Tudo na natureza age segundo leis. Só um ser racional tem a capacidade de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo princípios, ou: só ele tem uma vontade. Como para derivar as ações das leis é necessária a razão, a vontade não é outra coisa senão razão prática. Se a razão determina infalivelmente a vontade, as ações de um tal ser, que são conhecidas como objetivamente necessárias, são também subjetivamente necessárias, isto é, a vontade é a faculdade de escolher só aquilo que a razão independentemente da inclinação, reconhece como praticamente necessário, quer dizer bom”. (KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 47.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Kant, considere as afirmativas a seguir.
I.  A liberdade, no sentido pleno de autonomia, restringe-se à independência que a vontade humana mantém em relação às leis da natureza.
II. A liberdade configura-se plenamente quando a vontade humana vincula-se aos preceitos da vontade divina.
III.  É livre aquele que, pela sua vontade, age tanto objetivamente quanto subjetivamente, por princípios que são válidos para todos os seres racionais.
IV. A liberdade é a capacidade de o sujeito dar a si a sua própria lei, independentemente da causalidade natural.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a)      I e II
b)      II e III
c)      III e IV
d)      I, II e IV
e)      I, III e IV

Questão 34

Leia o trecho da Carta a Meneceu.
"Nenhum jovem deve demorar a filosofar, e nenhum velho deve parar de filosofar, pois nunca é cedo demais nem tarde demais para a saúde da alma. Afirmar que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou é a mesma coisa que dizer que a hora ainda não chegou ou já passou; devemos, portanto, filosofar na juventude e na velhice para que enquanto envelhecemos continuemos a ser jovens nas boas coisas mediante a agradável recordação do passado, e para que ainda jovens sejamos ao mesmo tempo velhos, graças ao destemor diante do porvir. Devemos então meditar sobre tudo..." (Epicuro Carta de Epicuro a Menoiceus). Para Epicuro, como se expressa na Carta a Meneceu, o objetivo da filosofia é:
a) A felicidade do homem. 
b) A imparcialidade diante das decisões tomadas pelos homens.
c) A areté própria do homem.
d) O gozo imoderado dos prazeres mundanos.
e) Estabelecer, refutar e defender argumentos tirados da bíblia.

Questão 35

 Epicuro exerceu enorme influência sobre Diógenes de Enoanda (Turquia), que, inclusive, chegou a inscrever o tetrapharmakon de Epicuro em umas rochas em local visível para que todos os que por lá passassem, independente da raça, sexo ou condição social, pudessem ler e se inspirar nele. Analise as proposições a seguir como Verdadeiras ou Falsas, considerando a sabedoria ética de Epicuro.
I - Não há nada a temer quanto aos deuses.
II - Não devemos temer a morte.
III - A felicidade é possível.
IV - Podemos escapar da dor.
Sobre o tetrapharmakon de Epicuro é CORRETO afirmar que:
a) Somente as proposições I, II e IV são verdadeiras.
b) Somente as proposições I, III e IV são verdadeiras.
c) Somente as proposições I e IV são verdadeiras.
d) Somente as proposições II e IV são verdadeiras.
e) Todas as proposições são verdadeiras. 


Questão 36

Surge a figura do jardim: o homem sairia da turbulência da polis e iria ao jardim com os seus amigos. Ele não se isolaria, mas se reuniria com os seus amigos, apoiado num esforço de grupo, na busca do autoconhecimento. Propõe a substituição da polis com seu antagonismo, pelo jardim com a sua amizade, onde todos procurariam a sabedoria. Analise as proposições a seguir partindo da proposta fundamental de Epicuro, como CERTAS ou ERRADAS.
I - O autoconhecimento.
II - O apoio à razão.
III - A recusa ao obscurantismo, crendices.
IV - Os homens seriam explicáveis racionalmente. Já os deuses seriam serenos porque estariam distantes dos homens assim como estes no jardim se distanciariam da polis para encontrarem a felicidade.
V - Os deuses não fazem a libertação do homem, mas o é o homem, que, no jardim, se afastaria da turbulência da polis para encontrar a felicidade.
Assim, pode-se concluir que:
a) Somente as proposições I, III e V estão certas.
b) Somente as proposições I, II e IV estão certas.
c) Somente as proposições III, IV e V estão certas.
d) Todas as proposições estão erradas.
e) Todas as proposições estão certas.

Questão 37

A liberdade, para Epicuro, seria sempre o desvio de uma fatalidade, apesar do mecanismo do mundo. O homem não estaria à mercê do mundo e, por isto, poderia estabelecer a sua rota, a sua meta. Segundo essa forma de pensar, podese
afirmar que o mesmo introduz a dimensão:
a) Da physis.
b) Do dever ser.
c) Do devir.
d) Da verdade.
e) Da percepção dualista da alma.

Questão 38

O Filósofo Descartes pertence à corrente filosófica denominada
(A) Empirismo.
(B) Liberalismo.
(C) Racionalismo.
(D) Existencialismo.
(E) Estruturalismo.

Questão 39

 É no domínio da razão prática, na visão de Kant, que somos livres, isto é, que se põe a questão da liberdade e da moralidade, enquanto no domínio da razão teórica, do conhecimento, somos limitados por nossa própria estrutura cognitiva. Segundo essa concepção, a ética é, no entanto, estritamente racional, bem como universal, no sentido de que não está restrita a preceitos de caráter pessoal ou subjetivo, nem a hábitos e práticas culturais ou sociais.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, p. 213)
De acordo com essa definição, pode-se afirmar que
(A) a visão kantiana serviu como fundamento para concepções relativistas acerca da ética e da moralidade.
(B) os princípios éticos são derivados da racionalidade humana.
(C) a ética e a moralidade tornam-se racionais quando se submetem às contingências históricas.
(D) os princípios éticos e morais derivam seu conteúdo da ordem da natureza.
(E) não existem princípios incondicionados que possam reger a ética.

Questão 40

     A crítica endereçada pelo filósofo alemão Theodor Adorno à indústria cultural caracterizou-se por
(A) enfatizar o caráter positivo da reprodução técnica de bens culturais.
(B) elogiar a instrumentalização do tempo livre.
(C) identificar, na possibilidade de massificação da cultura, um dos aspectos mais promissores das democracias ocidentais.
(D) criticar a transformação dos bens culturais em meios de entrenimento e não de formação.
(E) exaltar os potenciais emancipadores de novos ritmos musicais como o jazz. 







GABARITO
1-B
2-E
3-E
4-D
5-B
6-B
7-B
8-D
9-B
10B
11-D
12-C
13-E
14-B
15-D
16-B
17-A
18-B
19-B
20-B
21-D
22-E
23-A
24-A
25-A
26-A
27-E
28-B
29-A
3o-A
31-E
32-D
33-C
34-A
35-E
36-E
37-B
38-C
39-B
40-D


Simulado ( primeiro semestre)


1- Primeiro ano

Questão 1

Quanto ao pensamento filosófico ou simplesmente o filosofar, nasce do desejo de perguntar, de conhecer, de investigar, de encontrar soluções que o incentivem o homem a evoluir, sendo assim podemos afirmar que a filosofia:
A) Interessa-se pela própria inteligência e pela realidade de uma forma geral
B) Não se satisfaz apenas com os resultados apresentados pelas ciências e sempre procura ir além, mas sem discutir com seus propósitos políticos e sociais.
C) Usa-se de argumentos por vezes inválidos para justificar seus conhecimentos
D) Tem como método também utilizado, as opiniões pessoais.
E) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

Questão 2

"A Filosofia é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir e, portanto, como fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas." (Fonte: MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio Mais (PCN+EM)). Sobre a reflexão crítica, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A Filosofia indaga sobre o significado e realidade das coisas.
b) A Filosofia questiona como as coisas e a realidade se estruturam.
c) A Filosofia pergunta o que são as coisas, suas origens, causas e efeitos.
d) A Filosofia é um processo de reflexão, um "conhece-te a ti mesmo".
e) Para a Filosofia não é necessário compreender nossa capacidade de conhecer.

Questão 3

"A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensamento" (CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 20). A esse respeito assinale a alternativa INCORRETA.
a) A reflexão filosófica é radical, isso significa que ela vai à raiz do problema.
b) A base da reflexão filosófica encontra-se exclusivamente no mundo objetivo, na realidade exterior dos homens.
c) Podemos dizer que a reflexão filosófica é o pensamento interrogando a si mesmo.
d) A reflexão filosófica é questionamento, "por quê?", "o quê?" e "para quê?".
e) A crítica faz parte do processo de reflexão filosófica.

Questão 4

Assinale a frase que não falsearia a seguinte Lei de Newton: "Todo corpo continua em seu estado de repouso, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele".
a) Uma bola (corpo) estava parada no meio do campo e, ao ser chutada pelo zagueiro (forças aplicadas), foi para área adversária.
b) Uma folha de papel (corpo) ficou imóvel sobre a mesa, mesmo recebendo uma forte ventania (forças aplicadas).
c) O carrinho de supermercado (corpo) começou a se mover, sem nenhum  tipo de força que o fizesse sair do lugar.
d) O carro na garagem da casa (corpo) não se moveu, mesmo quando foi puxado por um potente guincho (forças aplicadas), por meio de uma corda, compatível com sua massa.
e) O aparelho celular (corpo) ficou suspenso no ar ao ser atirado (forças aplicadas) no chão.

Questão 5

Todos os x são y ; A é y; portanto, A é x.
Costuma-se representar por essa fórmula a
(A) Indução.
(B) Dedução. 
(C) Abdução.
(D) Intuição.
(E) Cognição.





2- Segundo ano

QUESTÃO 01

       O sujeito ético-moral é somente aquele que preencher os seguintes requisitos:
A) ser consciente de si, mas não precisa reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si
B) saber o que faz, conhecer as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais
C) não precisa controlar interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, deixando-as fluir livremente
D) dizer o que as coisas são, como são e por que são. Enunciar, pois, juízos de fato
E) ser responsável, mas não precisa reconhecer-se como autor da sua própria ação nem avaliar os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros

Questão 2

"Moral (mos, moris, "costume"): conjunto de normas livre e conscientemente adotadas que visam a organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em vista o bem e o mal; conjunto dos costumes e valores de uma sociedade, com caráter normativo (regras do comportamento das pessoas em grupo)".
(ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). Sobre a moral, é CORRETO afirmar que:
a) o estudo da moral deixa de ser uma questão de cunho filosófico passando a ser objeto de estudo da teologia.
b) a moral não estabelece regras para a vivência em sociedade.
c) a moral se reduz a um conjunto de normas, regras e valores que são adquiridas através da herança e recebidas pela tradição.
d) através da reflexão crítica, o sujeito tende a colocar a moral e os valores vigentes em questão, questionando-os e criticando-os.
e) não é possível compreender a moral através do seu caráter histórico e social, pois a ideia de moral sempre foi a mesma ao longo do tempo histórico.

Questão 3

"Ética (ethos, "costume"): parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral" (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). De acordo com Aranha, sobre os conceitos de ética e moral é INCORRETO afirmar que:
a) a moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca e transgride as regras morais.
b) apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes.
c) a ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral.
d) a ética também é conhecida como filosofia moral.
e) os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença.

Questão 4

"O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)

     Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:

 a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.
 b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.
 c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de auto-conservação.
 d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
 e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

Questão 5

Qual das frases a seguir pode ser considerada como fruto do imperativo categórico?
a) Toda vez que uma pessoa cometer um erro, não devo compreendê-la.
b) Quando for ofendido, devo me vingar.
c) Sempre que precisar, agirei com falsidade.
d) Darei esmolas sem pensar.
e) Quando eu falar, não devo mentir.





3- Terceiro ano

QUESTÃO 1
O conceito de Ideologia é diversificado em sua história semântica, entretanto no campo filosófico, a partir das contribuições da tradição marxista, ele foi associado ao de Alienação, passando a funcionar como uma ferramenta crítica das ordens políticas e sociais do capitalismo. Sobre esse tema, marque a alternativa FALSA, ou seja, que não corresponde a uma caracterização rigorosa da Ideologia como instrumento de alienação.
a) "Ideologia é o conjunto de ideias e concepções sem fundamento, mera análise ou discussão oca de ideias abstratas que não correspondem a fatos reais".
b) "A ideologia é um corpo explicativo (representações) e prático (normas, regras, preceitos) de caráter prescritivo, normativo, regulador, cuja função é dar aos membros de uma sociedade dividida em classes uma explicação racional para as diferenças sociais, políticas e culturais, sem jamais atribuir tais diferenças à divisão da sociedade em classes, a partir das divisões na esfera produtiva".
c) "A função da ideologia é apagar as diferenças como de classes e fornecer aos membros da sociedade o sentimento da identidade social, encontrando certos referenciais de todos e para todos, como, por exemplo, a Humanidade, a Liberdade, a Igualdade, a Nação, ou o Estado".
d) "A ideologia tem como função assegurar uma determinada relação dos homens entre si e com suas condições de existência, adaptando os indivíduos às tarefas prefixadas pela sociedade. Portanto, a ideologia assegura a coesão dos homens e a aceitação sem críticas das tarefas mais penosas e pouco recompensadoras, em nome da "Vontade de Deus" ou do "dever moral" ou simplesmente como decorrente da "ordem natural das coisas"".
e) "A ideologia é alienadora porque mostra uma realidade invertida, ou seja, o que seria a origem da realidade é posta como produto e vice-versa. Por exemplo, a ideologia burguesa afirma que existem nos homens diferenças individuais e que estas determinam a desigualdade social: a desigualdade natural seria a causa da desigualdade social. Mas a sociedade é na verdade resultado da práxis, e as desigualdades sociais estabelecidas pela divisão do trabalho e pelas relações de produção é que determinam (são causas) as desigualdades individuais".

Questão 2

  Em um de seus aspectos, o Iluminismo apresenta como efeito "o compromisso de estender a crítica racional a qualquer campo". Disso decorre que "não existem campos privilegiados, dos quais a crítica racional deva ser excluída".
(Dicionário Abbagnano, p. 535)
Assinale a alternativa que traduz corretamente as implicações dessa definição.
(A) O Iluminismo expressa o estado de minoridade da razão.
(B) O Iluminismo restringiu o alcance da razão a domínios factuais, privados de alcance universalista.
(C) Para o Iluminismo, os campos da política e da religião devem permanecer excluídos de seu alcance crítico racional.
(D) O filósofo Immanuel Kant consagrou-se como crítico radical das doutrinas iluministas.
(E) A definição apresentada não exclui a possibilidade de que a razão se proponha à tarefa de examinar seus próprios limites cognoscitivos. 

Questão 3


  O termo "coisa em si" expressa "o que a coisa é, independentemente da sua relação com o homem, para o qual é um objeto de conhecimento".
(Dicionário Abbagnano, pp. 151-152)
Sobre esse significado, pode-se dizer que
(A) seu aparecimento na história da filosofia designa a confiança nas propriedades ilimitadas da razão para conhecer o mundo.
(B) o termo adquiriu grande importância na filosofia cartesiana, designando o princípio que possibilita a produção de ideias claras e distintas pela razão.
(C) o termo significa a limitação dos poderes cognoscitivos humanos para superar os limites empíricos ou fenomênicos. 
(D) na filosofia kantiana, essa expressão designa a capacidade humana de conhecer as coisas como são em si mesmas.
(E) coisa em si é sinônimo de ideia inata.

Questão 4

Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos (a festa mais importante da Grécia): as que iam para comerciar durante os jogos, ali estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os torneios; as que iam para competir, isto é, os atletas e artistas (pois, durante os jogos também havia competições artísticas: dança, poesia, música, teatro); e as que iam para contemplar os jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam. Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo.
Com isso, Pitágoras queria dizer que o filósofo não é movido por interesses comerciais ? não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado; também não é movido pelo desejo de competir - não faz das ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores ou "atletas intelectuais"; mas é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em resumo, pelo desejo de saber. A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê-la.
(Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2001)

    Do texto pode-se depreender que
(A) o filósofo é um cidadão grego.
(B) o trabalho do filósofo consiste em comparecer aos jogos olímpicos.
(C) apenas a alma pode contemplar a verdade.
(D) a contemplação só é possível diante de competições.
(E) a busca pela verdade se dá em competições esportivas e artísticas.

Questão 5

 O devir, o fluxo dos contrários, é uma aparência, mera opinião que formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e lembranças. O devir dos contrários é uma linguagem ilusória, não existe, é irreal, não é. É o não-ser, o nada, impensável e indizível. O que existe real e verdadeiramente é o que não muda nunca, o que não se torna oposto a si mesmo, sem contrariedades internas. É o Ser.
(Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, 2001)
O trecho refere-se ao pensamento de
(A) Heráclito.
(B) Rousseau.
(C) Marx.
(D) Parmênides. 
(E) Sócrates.




Prova ( segundo bimestre)

1- Primeiro ano

Questão 1
(Programador analisa II - Imprensa Oficial/ Vunesp - 2008). Quatro pessoas foram capturadas pela polícia. Sabe-se que duas delas roubaram as outras duas. No seguinte depoimento dessas pessoas, as duas que roubaram estão mentindo, e as duas que foram roubadas estão dizendo a verdade.

Tiago: fui roubado pelo Diego.
Jão: Ricardo foi roubado.
Diogo: fui roubado pelo Tiago.
Ricardo: João foi roubado.

   Com essas informações, conclui-se logicamente que as pessoas que foram roubadas são:

a) Tiago e Diogo.
b) Tiago e João.
C) João e Ricardo.
D) João e Diogo.
e) Tiago e Ricardo.

Questão 2

"A Filosofia é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir e, portanto, como fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas." (Fonte: MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio Mais (PCN+EM)). Sobre a reflexão crítica, assinale a alternativa INCORRETA.
a) A Filosofia indaga sobre o significado e realidade das coisas.
b) A Filosofia questiona como as coisas e a realidade se estruturam.
c) A Filosofia pergunta o que são as coisas, suas origens, causas e efeitos.
d) A Filosofia é um processo de reflexão, um "conhece-te a ti mesmo".
e) Para a Filosofia não é necessário compreender nossa capacidade de conhecer.

Questão 3

"A reflexão filosófica é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, volta-se para si mesmo como fonte desse pensamento" (CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Editora Ática, 2005, p. 20). A esse respeito assinale a alternativa INCORRETA.
a) A reflexão filosófica é radical, isso significa que ela vai à raiz do problema.
b) A base da reflexão filosófica encontra-se exclusivamente no mundo objetivo, na realidade exterior dos homens.
c) Podemos dizer que a reflexão filosófica é o pensamento interrogando a si mesmo.
d) A reflexão filosófica é questionamento, "por quê?", "o quê?" e "para quê?".
e) A crítica faz parte do processo de reflexão filosófica.

Questão 4

Assinale a frase que não falsearia a seguinte Lei de Newton: "Todo corpo continua em seu estado de repouso, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele".
a) Uma bola (corpo) estava parada no meio do campo e, ao ser chutada pelo zagueiro (forças aplicadas), foi para área adversária.
b) Uma folha de papel (corpo) ficou imóvel sobre a mesa, mesmo recebendo uma forte ventania (forças aplicadas).
c) O carrinho de supermercado (corpo) começou a se mover, sem nenhum  tipo de força que o fizesse sair do lugar.
d) O carro na garagem da casa (corpo) não se moveu, mesmo quando foi puxado por um potente guincho (forças aplicadas), por meio de uma corda, compatível com sua massa.
e) O aparelho celular (corpo) ficou suspenso no ar ao ser atirado (forças aplicadas) no chão.

Questão 5

Todos os x são y ; A é y; portanto, A é x.
Costuma-se representar por essa fórmula a
(A) Indução.
(B) Dedução. 
(C) Abdução.
(D) Intuição.
(E) Cognição.





2- Segundo ano

QUESTÃO 01

       O sujeito ético-moral é somente aquele que preencher os seguintes requisitos:
A) ser consciente de si, mas não precisa reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si
B) saber o que faz, conhecer as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais
C) não precisa controlar interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, deixando-as fluir livremente
D) dizer o que as coisas são, como são e por que são. Enunciar, pois, juízos de fato
E) ser responsável, mas não precisa reconhecer-se como autor da sua própria ação nem avaliar os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros

Questão 2

Assinale a frase que contém um imperativo hipotético.

a) Não matarás.
b) Se quiser um bom emprego, devo fazer faculdade.
c) Se abrir, feche.
d) O homem sábio sabe ouvir.
e) A liberdade é o direito de fazer o que se quer.


Questão 3

"Ética (ethos, "costume"): parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral" (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). De acordo com Aranha, sobre os conceitos de ética e moral é INCORRETO afirmar que:
a) a moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca e transgride as regras morais.
b) apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes.
c) a ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral.
d) a ética também é conhecida como filosofia moral.
e) os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença.

Questão 4

"O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."
(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)

     Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando:

 a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.
 b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.
 c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de auto-conservação.
 d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.
 e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

Questão 5

Qual das frases a seguir pode ser considerada como fruto do imperativo categórico?
a) Toda vez que uma pessoa cometer um erro, não devo compreendê-la.
b) Quando for ofendido, devo me vingar.
c) Sempre que precisar, agirei com falsidade.
d) Darei esmolas sem pensar.
e) Quando eu falar, não devo mentir.





3- Terceiro ano

QUESTÃO 1
O conceito de Ideologia é diversificado em sua história semântica, entretanto no campo filosófico, a partir das contribuições da tradição marxista, ele foi associado ao de Alienação, passando a funcionar como uma ferramenta crítica das ordens políticas e sociais do capitalismo. Sobre esse tema, marque a alternativa FALSA, ou seja, que não corresponde a uma caracterização rigorosa da Ideologia como instrumento de alienação.
a) "Ideologia é o conjunto de ideias e concepções sem fundamento, mera análise ou discussão oca de ideias abstratas que não correspondem a fatos reais".
b) "A ideologia é um corpo explicativo (representações) e prático (normas, regras, preceitos) de caráter prescritivo, normativo, regulador, cuja função é dar aos membros de uma sociedade dividida em classes uma explicação racional para as diferenças sociais, políticas e culturais, sem jamais atribuir tais diferenças à divisão da sociedade em classes, a partir das divisões na esfera produtiva".
c) "A função da ideologia é apagar as diferenças como de classes e fornecer aos membros da sociedade o sentimento da identidade social, encontrando certos referenciais de todos e para todos, como, por exemplo, a Humanidade, a Liberdade, a Igualdade, a Nação, ou o Estado".
d) "A ideologia tem como função assegurar uma determinada relação dos homens entre si e com suas condições de existência, adaptando os indivíduos às tarefas prefixadas pela sociedade. Portanto, a ideologia assegura a coesão dos homens e a aceitação sem críticas das tarefas mais penosas e pouco recompensadoras, em nome da "Vontade de Deus" ou do "dever moral" ou simplesmente como decorrente da "ordem natural das coisas"".
e) "A ideologia é alienadora porque mostra uma realidade invertida, ou seja, o que seria a origem da realidade é posta como produto e vice-versa. Por exemplo, a ideologia burguesa afirma que existem nos homens diferenças individuais e que estas determinam a desigualdade social: a desigualdade natural seria a causa da desigualdade social. Mas a sociedade é na verdade resultado da práxis, e as desigualdades sociais estabelecidas pela divisão do trabalho e pelas relações de produção é que determinam (são causas) as desigualdades individuais".

Questão 2

  Em um de seus aspectos, o Iluminismo apresenta como efeito "o compromisso de estender a crítica racional a qualquer campo". Disso decorre que "não existem campos privilegiados, dos quais a crítica racional deva ser excluída".
(Dicionário Abbagnano, p. 535)
Assinale a alternativa que traduz corretamente as implicações dessa definição.
(A) O Iluminismo expressa o estado de minoridade da razão.
(B) O Iluminismo restringiu o alcance da razão a domínios factuais, privados de alcance universalista.
(C) Para o Iluminismo, os campos da política e da religião devem permanecer excluídos de seu alcance crítico racional.
(D) O filósofo Immanuel Kant consagrou-se como crítico radical das doutrinas iluministas.
(E) A definição apresentada não exclui a possibilidade de que a razão se proponha à tarefa de examinar seus próprios limites cognoscitivos. 

Questão 3


  O termo "coisa em si" expressa "o que a coisa é, independentemente da sua relação com o homem, para o qual é um objeto de conhecimento".
(Dicionário Abbagnano, pp. 151-152)
Sobre esse significado, pode-se dizer que
(A) seu aparecimento na história da filosofia designa a confiança nas propriedades ilimitadas da razão para conhecer o mundo.
(B) o termo adquiriu grande importância na filosofia cartesiana, designando o princípio que possibilita a produção de ideias claras e distintas pela razão.
(C) o termo significa a limitação dos poderes cognoscitivos humanos para superar os limites empíricos ou fenomênicos. 
(D) na filosofia kantiana, essa expressão designa a capacidade humana de conhecer as coisas como são em si mesmas.
(E) coisa em si é sinônimo de ideia inata.

Questão 4

Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas compareciam aos jogos olímpicos (a festa mais importante da Grécia): as que iam para comerciar durante os jogos, ali estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os torneios; as que iam para competir, isto é, os atletas e artistas (pois, durante os jogos também havia competições artísticas: dança, poesia, música, teatro); e as que iam para contemplar os jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam. Esse terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo.
Com isso, Pitágoras queria dizer que o filósofo não é movido por interesses comerciais ? não coloca o saber como propriedade sua, como uma coisa para ser comprada e vendida no mercado; também não é movido pelo desejo de competir - não faz das ideias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores ou "atletas intelectuais"; mas é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em resumo, pelo desejo de saber. A verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê-la.
(Chauí, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2001)

    Do texto pode-se depreender que
(A) o filósofo é um cidadão grego.
(B) o trabalho do filósofo consiste em comparecer aos jogos olímpicos.
(C) apenas a alma pode contemplar a verdade.
(D) a contemplação só é possível diante de competições.
(E) a busca pela verdade se dá em competições esportivas e artísticas.

Questão 5

 Qual é a ciência  apontada por Protágoras para bem administrar a vida doméstica e a vida nas cidades? Explique.


                                                 Questões do ENEN

Há uma questão (27, no caderno azul) que cita o seguinte trecho do tratado “A Política”, de Aristóteles:
“A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos: ‘das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos’. Todos esses atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.” (ARISTÓTELES, A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010).
Em seguida, questiona:
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como
a) Busca por bens materiais e títulos de nobreza.
b) Plenitude espiritual e ascese pessoal.
c) Finalidade das ações e condutas humanas.
d) Conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
e) Expressão do sucesso individual e reconhecimento público.
Ora, qualquer um que já tenha lido pelo menos o começo do tratado “A Política” ou da “Ética a Nicômaco” certamente está farto de saber que o interesse de toda filosofia prática de Aristóteles é teleológico, ou seja, pergunta pelo fim (finalidade) das ações e condutas humanas. A resposta correta para essa questão é, portanto, a alternativa “c”.
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Há outra questão (10, no caderno azul) que cita o seguinte trecho da obra “O Príncipe”, de Maquiavel:
“Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responda-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e quanto lhes fazem bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.” (MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.)
Em seguida, questiona:
A partir da analise histórica do comportamento humano em suas relações sócias e políticas, Maquiavel define o homem como um ser
a) Munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.
b) Possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
c) Guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
d) Naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portanto seus direitos naturais.
e) Sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.
Para resolver essa questão não é preciso ter lido “O Príncipe”. Não é preciso nem mesmo ter algum dia ouvido falar desta obra ou mesmo de um tal Maquiavel. Exceto para analfabetos funcionais, o trecho citado no enunciado entrega a resposta certa: novamente alternativa “c”.
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Há outra questão (22, no caderno azul) que cita o seguinte trecho da obra “Do espírito das leis”, de Montesquieu:
“Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o poder de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.” (MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979).
Em seguida, questiona:
A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo politico em que haja
a) Exercício de tutela sobre atividades jurídicas e politicas.
b) Consagração do poder politico pela autoridade religiosa.
c) Concentração do poder nas mãos de elites técnico-cientificas.
d) Estabelecimento de limites dos atores públicos e às instituições do governo.
e) Reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.
Ora, um governante (ou governo) que detivesse para si os três poderes citados estaria acima da lei, haja vista a inexistência de competências políticas que fiscalizassem suas decisões e ações. A humanidade experimentou por muitos séculos esse tipo de política (monarquias, absolutismos, ditaduras, etc.). Montesquieu defende que, somente havendo a divisão dos três poderes, é possível que eles se fiscalizem mutuamente, evitando abusos e impondo limites uns aos outros. Para que a justiça e a liberdade sejam garantidas, é preciso que toda forma de poder político seja limitada. Portanto, a resposta correta é a alternativa “d”.
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Há outra questão (15, no caderno azul) que cita o seguinte trecho do “Prefácio à Crítica da Economia Política”, de Marx:
“Na produção social, os homens entram em determinadas relações indispensáveis e correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade – fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social.” (MARX, K. Crítica da Economia Política. In: MARX, K; ENGELS, F. Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 1977).
Em seguida, questiona:
Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com que
a) O proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia.
b) O trabalho se constitua como o fundamento real da produção material.
c) A consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso humano.
d) A autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento econômico.
e) A burguesia revolucione o processo social de formação da consciência de classe.
Em outras palavras, Marx está falando de trabalho. Quando ele diz “produção social”, “relações de produção” ou “forças materiais de produção”, está falando do trabalho. Logo, a alternativa correta é a “b”.
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Há outra questão (04, no caderno azul) que cita dois textos sobre o método e o projeto da filosofia cartesiana. O primeiro é do próprio Descartes e está logo nas primeiras linhas das suas meditações metafísicas. O segundo é um comentário do professor Dr. Franklin Leopoldo e Silva (USP).
TEXTO I
“Há algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.” (DESCARTES, R. Meditações concernentes À Primeira Filosofia. São Paulo, Abril Cultural, 1973).
TEXTO II
“É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela duvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria duvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.” (SILVA, F.L. Descartes: a metafisica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001).
Em seguida, questiona:
A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve -se
a) Retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.
b) Questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.
c) Investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.
d) Buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados.
e) Encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.
Devo confessar que meus olhos quase encheram d’água quando vi esse texto de Descartes no ENEM; afinal de contas, este é o meu livro de cabeceira. Aproveito para indicar-lhe a leitura, pois, apesar de ser um texto de filosofia, sua leitura não é pesada e erudita em demasia, como costumam ser tais textos. Pelo contrário, a leitura das meditações de Descartes é altamente agradável e, principalmente, edificante (com o trocadilho cartesiano). Mas vamos ao que interessa: está correta a alternativa “b”.
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Finalmente, há uma questão (36, no caderno azul) que cita o seguinte trecho da obra “Crítica da Razão Pura”, de Kant:
“Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.” (KANT, I. Crítica da Razão Pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994).
Em seguida, questiona:
O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele confrontam-se duas posições filosóficas que
a) Assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
b) Defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
c) Revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
d) Apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
e) Refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.
Nesse trecho, Kant propõe a inversão de um pressuposto assumido pela tradição. Para a tradição filosófica até Kant, nós (sujeito) deveríamos nos regular pelas coisas (objeto) para poder conhecê-las. A proposta de Kant é que as coisas (objeto) é que devem se regular pela nossa cognição (sujeito). Você não precisa entender o que isso significa. Basta notar o óbvio: essas duas posições “assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento”. Portanto, a resposta certa é a alternativa “a”.
Escrevi recentemente um trabalho sobre esse assunto, onde trato com bem mais detalhes e rigor acadêmico essa inversão da relação sujeito-objeto em Kant. O curioso é que tomei como texto base exatamente esse trecho que caiu no ENEM! Quem se interessar, pode lê-lo clicando no link abaixo:


SIMULADOS DE FILOSOFIA: Enem, Vestubular e Concursos
Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Secretaria de Ensino - Colégio Pedro II - Rio de Janeiro - 2009

PROVA PRELIMINAR - FILOSOFIA

Questão 1
Vernant conclui em As origens do pensamento grego que:
A) a jovem ciência dos jônios espelha a razão intemporal que veio encarnar-se no Tempo.
B) recolocada na história, prova-se que a filosofia reveste-se de um caráter de revelação absoluta.
C) é no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente se exprimiu, constituiu-se e formou-se.
D) a escola de Mileto fez nascer a própria Razão, que foi aprimorada pela razão experimental.

Questão 2
Na geração do cosmo, a preponderância à terra, ao fogo, à água e ao ar costuma ser atribuída, respectivamente, aos seguintes pensadores pré-socráticos:
A) Parmênides, Heráclito, Tales e Pitágoras.
B) Xenófanes, Heráclito, Tales e Anaxímenes.
C) Pitágoras, Anaxágoras, Tales e Anaximandro.
D) Empédocles, Anaximandro, Tales e Parmênides.

Questão 3
"Para defender-nos, teremos de necessariamente discutir a tese de nosso pai Parmênides e demonstrar, pela força de nossos argumentos que, em certo sentido, o não ser é; e que, por sua vez, o ser, de certa forma, não é. (...) Enquanto não houvermos feito esta contestação, nem essa demonstração, não poderemos, de forma alguma, falar nem de discursos falsos nem de opiniões falsas" (Platão, Sofista, 241d-e).
I. O falso é possível porque
II. O não ser, em certo sentido, é.
As afirmações I e II dizem respeito ao trecho citado do Sofista de Platão. A alternativa correta é:
A) I é verdadeira e II é verdadeira, e II é condição para I.
B) I é verdadeira e II é verdadeira, mas II não é condição para I.
C) I é verdadeira e II é falsa, e II não é condição para I.
D) I é verdadeira e II é verdadeira, e I é condição para II.

Questão 4
Na República, livro VII, apresenta-se a "alegoria da caverna", em que se diz que, quando o homem sai da caverna, ele vê o sol e esse corresponde à ideia do Bem.
De acordo com esse texto de Platão, pode-se afirmar que o conhecimento:
A) está vinculado a uma maneira de viver, mas tal alegoria mostra que não é assim que se encontra a verdade.
B) não é pensado, na vida dos homens, como vinculado a um modo de vida; a alegoria é apenas ilusória.
C) está vinculado a uma maneira de viver, e a educação oferece os meios para a alma voltar-se para o Bem.
D) não é pensado, na vida dos homens, como vinculado a um modo de vida; a alegoria mostra que o homem pode ser feliz.

Questão 5
"Tem presente, portanto, que concordaste que também é justo cometer atos prejudiciais aos governantes e aos mais poderosos, quando os governantes, involuntariamente, tomam determinações inconvenientes para eles - uma vez que declaras ser justo que os súditos executem o que prescreveram os governantes." (Platão, República, 339e)
Em meio à discussão sobre a justiça, Sócrates sintetiza do modo acima citado a posição de Trasímaco.
As afirmações de Trasímaco que dão base a essa síntese de Sócrates são:
A) Justiça é fazer o mal para os mais fracos; os que obedecem devem, às vezes, recusar-se a obedecer aos mais fortes.
B) Justiça é fingir que se faz o bem geral, visando ao proveito próprio; deve-se fazer os fracos pensarem que as decisões dos fortes os favorecem.
C) É justo obedecer àqueles que governam; os governantes são passíveis de cair em erro em suas decisões.
D) Justiça é aquilo que convém ao mais forte; os governantes nunca se enganam ao intentar tomar decisões que lhes favorecem.

Questão 6
Em O banquete (203b-204d; 210a-212d), de Platão, Sócrates apresenta os ensinamentos de Diotima sobre o amor e a beleza.
Sobre o modo como esses conceitos são compreendidos nesse trecho, pode-se afirmar que:
A) o amor aos belos corpos deve abrir o caminho à contemplação da beleza em si.
B) só os sábios desejam o que é belo, pois os ignorantes não reconhecem a beleza.
C) o amor pelos belos corpos é suficiente para a contemplação da beleza em si.
D) Eros, por ser belo, deve ser objeto de contemplação apenas dos filósofos.

Questão 7
Segundo Aristóteles (Metafísica, IV, 1, 1003a20-30), a ciência do ser enquanto ser e as demais ciências consideram, respectivamente:
A) o ser enquanto ser universalmente - os princípios constitutivos da realidade como um todo.
B) as características particulares do ser enquanto ser - as características universais do ser.
C) o ser enquanto ser universalmente - as características de uma parte do ser.
D) as características particulares do ser enquanto ser - as características de uma parte do ser.

Questão 8
Segundo Aristóteles, "nos tornamos justos praticando atos justos" (Ética a Nicômaco, II, 1103b).
A afirmação que melhor expressa seu pensamento está indicada em:
A) basta a compreensão do sumo bem para tornar possível a vida moral.
B) adquirimos as virtudes ou excelências morais por meio da prática habitual.
C) somos naturalmente injustos e só realizamos a justiça pela instrução.
D) é preciso agir contrariamente à natureza para nos tornarmos justos.

Questão 9
Aristóteles afirma que a linguagem permite ao homem expressar em comum as noções de desvantajoso e vantajoso, justo ou injusto.
Essa afirmação leva o autor a concluir que o homem:
A) possui naturalmente tais noções éticas e, portanto, pode associar-se em torno delas na família e no Estado (pólis).
B) não possui naturalmente tais noções éticas, mas pode chegar a um acordo sobre o modo de vivê-las na família e no Estado (pólis).
C) possui naturalmente tais noções éticas, mas não pode associar-se em nenhuma instância, seja na família ou no Estado (pólis).
D) não possui naturalmente tais noções éticas, mas a transferência de poder a um governante é o que possibilita a vida no Estado (pólis).

Questão 10
"Começando a lê-los [os livros da Sagrada Escritura] notei que tudo que havia de verdadeiro nos textos platônicos também se encontrava nesses textos em meio à proclamação de Vossa graça" (Agostinho, Confissões, VII, 21).
A afirmação acima endossa uma tese muito comum à investigação filosófica e teológica da Idade Média cristã, a saber:
A) Platão teve acesso aos escritos de Moisés e não fez nada além de ocultar a originalidade do profeta hebreu.
B) As verdades cristãs não são compatíveis com nenhuma espécie de conhecimento filosófico ou racional.
C) A Revelação é historicamente anterior à Filosofia, e esta última não pode contribuir em nada para esclarecer os conteúdos da fé.
D) A Revelação é mais ampla que a Filosofia por abarcar verdades que esta última não alcançaria por si só e ainda por conter verdades filosóficas.

Questão 11
I. Deus é o Criador do mundo.
II. A existência do mal no mundo não é responsabilidade de Deus.
Agostinho concilia essas duas teses da seguinte forma:
A) O mundo, por ser substância divina, é bom em si mesmo; apenas os homens experimentam as coisas como más de modo absoluto.
B) Deus cria o mundo através de dois princípios coeternos equivalentes em luta permanente, a saber: o Bem e o Mal, este último princípio explica a segunda tese.
C) Tudo que Deus cria é bom, inclusive a vontade do homem, que escolhe, livremente, trocar o Bem imutável pelos bens mutáveis, isto é, pecar.
D) Ontologicamente, apenas Deus é bom; a simples existência das coisas criadas, portanto, já permite justificar a possibilidade de algum mal no mundo.

Questão 12
"Existe algo verdadeiríssimo, ótimo, nobilíssimo e, por conseguinte, o ser máximo, pois todas as coisas que são verdadeiras ao máximo são os maiores seres (...). O que é máximo em algum gênero é causa de tudo o que é daquele gênero." (Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 2, a. 1)
"A perfeição do universo requer que haja coisas incorruptíveis assim como coisas corruptíveis, portanto, que haja coisas que possam deixar de ser boas, o que de fato por vezes ocorre." (Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 48, a. 2)
Essas citações são passos argumentativos que levam Tomás de Aquino a concluir, respectivamente, que:
A) Deus é a causa da existência de todos os seres, assim como de toda bondade e qualquer perfeição; e o mal está presente nas coisas.
B) Deus é a causa da existência de todos os seres, assim como de toda bondade e qualquer perfeição; e, portanto, o mal não pode estar presente nas coisas.
C) filosoficamente, não se pode provar a existência de Deus, mas apenas de um gênero supremo (ser); e não se pode concluir pela presença ou não do mal nas coisas.
D) filosoficamente, não se pode provar a existência de Deus, mas apenas dos gêneros relativos às perfeições; e o mal está presente nas coisas.

Questão 13
"O intelecto humano se põe no meio [entre os sentidos e o intelecto angélico]: não é ato de um órgão corporal, mas é uma potência da alma, que é forma do corpo, como ficou demonstrado. Por isso, é sua propriedade conhecer a forma que existe individualizada em uma matéria corporal, mas não essa forma enquanto está em tal matéria. Ora, conhecer dessa maneira, é abstrair a forma da matéria individual, que as representações imaginárias significam." (Tomás de Aquino. Suma teológica, I, q. 85, a. 1.)
I. O intelecto humano conhece por abstração porque
II. A alma, da qual esse intelecto é potência, é forma do corpo.
Considerando o trecho acima e as duas afirmações sobre a teoria da abstração em Tomás de Aquino:
A) I é verdadeira e II é falsa, e II não é condição para I.
B) I é verdadeira e II é verdadeira, mas II não é condição para I.
C) I é verdadeira e II é verdadeira, e II é condição para I.
D) I é verdadeira e II é verdadeira, e I é condição para II.

Questão 14
Em suas Meditações metafísicas, Descartes tem em vista abandonar todas as opiniões que se mostram duvidosas e incertas que são tomadas como "princípios mal assegurados".
Com isso, Descartes tem por objetivo:
A) defender que são impossíveis verdades objetivas, apenas subjetivas.
B) rejeitar ceticamente qualquer fundamento para a ciência.
C) demonstrar que a matemática é o fundamento do conhecimento.
D) estabelecer algo de constante e de firme nas ciências.

Questão 15
Segundo Hobbes (Leviatã, XIV), "o direito consiste na liberdade de fazer ou de omitir, ao passo que a lei determina ou obriga a uma dessas duas coisas".
Além disso, o autor afirma como regra geral da razão "que todo homem deve esforçar-se pela paz, na medida em que tenha esperança de consegui-la, e caso não a consiga pode procurar e usar todas as ajudas e vantagens da guerra".
A primeira e a segunda parte dessa regra geral da razão encerram, respectivamente:
A) a lei de natureza, por conter uma obrigação - o direito de natureza, por ser um preceito de liberdade.
B) a lei de natureza, por ser preceito de liberdade - o direito de natureza, por conter uma obrigação.
C) o direito de natureza, por conter uma obrigação - a lei de natureza, por ser preceito de liberdade.
D) o direito de natureza, por ser um preceito de liberdade - a lei de natureza, por conter uma obrigação.

Questão 16
Apenas os princípios da não contradição e da identidade nascem conosco.
Diante dessa tese, Locke:
A) concorda; sem esses princípios nenhuma percepção lógica da realidade é possível.
B) concorda; na idade adulta todos os homens alcançam essas máximas.
C) discorda; se assim fosse, crianças e idiotas também alcançariam esses princípios.
D) discorda; tais noções primitivas são recebidas na alma no momento de sua criação.

Questão 17
Para Rousseau, quando alguém ousou dizer "Isto é meu" e encontrou pessoas que lhe deram crédito, foi fundada a sociedade civil, a qual significa o afastamento da vida natural.
Sobre tal afastamento, considere as seguintes teses:
I. Os homens adquiriram uma ideia de propriedade distante do primeiro estado de natureza;
II. A bondade própria ao puro estado de natureza não convinha à sociedade civil nascente;
III. No estado de natureza os homens viviam livres e felizes;
IV. A igualdade desapareceu, a propriedade se introduziu e o trabalho se tornou necessário.
De acordo com Rousseau, estão corretas:
A) apenas as teses I e II.
B) apenas as teses I e III.
C) apenas as teses I e IV.
D) as teses I, II, III e IV.

Questão 18
Em sua Investigação sobre o entendimento humano, Hume distingue as percepções da mente humana em dois tipos: de um lado, o pensamento (ou as ideias); de outro, as impressões (as sensações).
Sobre essas percepções, pode-se afirmar que o pensamento:
A) é menos vivaz do que a mais embotada das sensações.
B) atinge sempre a mesma vivacidade que as sensações.
C) é tão vivaz quanto as sensações, por ir além da experiência.
D) é mais vivaz que as sensações, por ser mais complexo.

Questão 19
Na "Quarta Proposição" da Idéia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita, Kant escreve:
"O meio de que a natureza se serve para realizar o desenvolvimento de todas as suas disposições é o antagonismo delas na sociedade, na medida em que ele se torna ao fim a causa de uma ordem regulada por leis desta sociedade. Eu entendo aqui por antagonismo a insociável sociabilidade dos homens, ou seja, sua tendência a entrar em sociedade que está ligada a uma oposição geral que ameaça constantemente dissolver essa sociedade. Esta disposição é evidente na natureza humana."
Com base nesse texto, o antagonismo que leva ao desenvolvimento das disposições naturais dos homens ocorre entre:
A) a tendência individual para a socialização e a disposição para a vida natural.
B) diferentes sociedades em estado de guerra, e não entre indivíduos isolados.
C) diferentes classes sociais; cada época possui seu próprio conflito entre classes.
D) a tendência para a socialização e uma oposição geral dos indivíduos entre si.

Questão 20
Segundo Kant, na Crítica da razão pura, as formas originárias da sensibilidade, espaço e tempo, são:
A) conceitos a priori, mas não puros, pois pertencem à sensibilidade.
B) condições necessárias de todas as relações em que objetos são intuídos.
C) intuições a priori, mas não puras, pois constituem o objeto empírico.
D) conceitos puros a priori, que organizam os objetos empíricos.

Questão 21
Kant, na "Analítica do belo", na Crítica da faculdade de julgar, compreende o juízo de gosto como faculdade do julgamento do belo.
Sobre os conceitos "juízo de gosto" e "belo", pode-se afirmar, respectivamente, que:
A) é determinado independentemente de todo interesse - apraz universalmente sem conceito.
B) é determinado independentemente de todo interesse - apraz particularmente através de conceitos.
C) é constituído pelo interesse no que é agradável - apraz particularmente sem conceito.
D) é constituído pelo interesse no que é bom - apraz universalmente através de conceitos.

Questão 22
"O saber que é o nosso objeto em primeiro lugar e imediatamente, não pode ser senão aquele que é, ele próprio, saber imediato, saber do imediato ou do existente. Igualmente devemos nos comportar de modo imediato e receptivo e, portanto, não mudando nele coisa alguma com relação ao modo como se oferece e mantendo afastada da nossa apreensão a atividade de conceber." (Hegel. Fenomenologia do espírito.)
A passagem citada acima refere-se à:
A) pré-consciência, quando a consciência não iniciou sua formação.
B) certeza sensível, que desconsidera qualquer mediação.
C) percepção, pois ser receptivo e ser perceptivo são o mesmo.
D) consciência de si, pois o modo como ela se oferece não muda.

Questão 23
A alternativa que corresponde mais adequadamente ao materialismo de Marx é:
A) O ser não determina a consciência, isto é, a subjetividade humana determina a vida material.
B) A sensibilidade e o objeto devem ser apreendidos como atividade prática, humana e sensível.
C) O idealismo concebe a atividade de modo concreto, ao reconhecê-la como real e sensível.
D) As forças produtivas sociais equivalem ao sujeito, e as relações de produção equivalem ao objeto.

Questão 24
São constitutivos da fenomenologia de Husserl:
A) método da crítica do conhecimento, doutrina universal das essências, círculo hermenêutico.
B) pressuposição da realidade dada, suspensão do juízo da atitude natural, método indutivo.
C) doutrina particular das essências, suspensão do juízo da atitude natural, método experimental.
D) suspensão do juízo da atitude natural, intencionalidade, doutrina universal das essências.

Questão 25
Em "Que é metafísica?", Heidegger afirma que são características de toda questão metafísica e de sua formulação, respectivamente:
A) abarcar a totalidade da metafísica - quem interroga é, enquanto tal, problematizado na questão.
B) abarcar a totalidade da metafísica - a ciência é, enquanto tal, sempre colocada em questão.
C) basear-se em pesquisas históricas - quem interroga é, enquanto tal, problematizado na questão.
D) basear-se em pesquisas históricas - a ciência é, enquanto tal, sempre colocada em questão.

Questão 26
"Toda interpretação que se coloca no movimento de compreender já deve ter compreendido o que se quer interpretar" (Ser e tempo, § 32).
Nesse trecho, Heidegger caracteriza o conceito de:
A) disposição afetiva.
B) círculo hermenêutico.
C) circularidade lógica.
D) primado ontológico.

Questão 27
Em O existencialismo é um humanismo, Sartre cita Dostoievski: "Se Deus não existe, tudo é permitido".
A interpretação de Sartre sobre essa sentença está indicada de modo mais adequado em:
A) Deus não existe e não há essência humana anterior à sua existência; o homem, condenado à liberdade e lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz.
B) Ou a moral não tem um fundamento absoluto (Deus), ou não há moral possível; como essa fundamentação moral é necessária, Deus tem de, necessariamente, existir.
C) Deus não existe e não há essência humana anterior à sua existência; é necessário então afirmar o relativismo moral para toda e qualquer ação humana.
D) Deus não existe e não há essência humana anterior à sua existência; no entanto, é necessário considerar certos valores como existindo a priori.

Questão 28
"Muito embora o planejamento do mecanismo pelos organizadores dos dados, isto é, pela indústria cultural, seja imposto a esta pelo peso da sociedade que permanece irracional apesar de toda racionalização, essa tendência fatal é transformada em sua passagem pelas agências do capital de modo a aparecer como o sábio desígnio dessas agências. Para o consumidor, não há nada mais a classificar que não tenha sido antecipado no esquematismo da produção. A arte sem sonho destinada ao povo realiza aquele idealismo sonhador que ia longe demais para o idealismo crítico." (Dialética do esclarecimento, "A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas")
A partir do trecho acima e de acordo com a concepção de Adorno e Horkheimer sobre a indústria cultural, pode-se afirmar que:
A) a "arte sem sonho" destinada às grandes massas é mais realista, e por isso capaz de superar o idealismo crítico.
B) os artistas, individual e coletivamente, são capazes de estabelecer os fins da produção cultural de forma autônoma.
C) a indústria, ao realizar o esquematismo para os sujeitos-clientes, realiza a formação dos sujeitos autônomos.
D) a racionalidade técnica dominante na indústria não é suficiente para a criação de uma sociedade racional.

Questão 29
Em A lógica da pesquisa científica, Popper defende que as teorias científicas devem:
A) ser constituídas por enunciados universais passíveis de falseamento.
B) ser constituídas por inferência de enunciados universais a partir de singulares.
C) fundamentar os enunciados científicos pela verificação dos fatos.
D) fundamentar a explicação dos fatos pelo método indutivo.

Questão 30
Em A estrutura das revoluções científicas, Kuhn tem por objetivo:
A) estabelecer uma separação nítida entre ciência, religião e metafísica.
B) apresentar um modelo que justifique a ciência como concepção de mundo atemporal.
C) mostrar que a ciência se desenvolve apenas pela acumulação de descobertas.
D) esboçar um conceito de ciência diverso do estereótipo a-histórico que se atribui a ela.

Questão 31
Acerca da investigação sobre o poder realizada por Foucault em Vigiar e punir, é mais adequado afirmar que:
A) não se encontra ainda a elaboração de uma microfísica do poder, pois se trata de realizar a genealogia das grandes instituições penitenciárias.
B) poder e saber estão diretamente implicados: as relações de poder constituem sempre campos de saber; e saber sempre supõe e constitui relações de poder.
C) a constituição do sujeito livre e capaz de conhecimento é o requisito fundamental para a análise e compreensão dos mecanismos do poder.
D) a descoberta do poder disciplinar como inspirador do Panopticon é a realização que permite compreender o poder como apropriação.

Questão 32
"A única versão defensável da doutrina do caráter sagrado da vida humana era o que poderíamos chamar de "doutrina do caráter sagrado da vida pessoal". Sugeri que, se a vida humana tem mesmo um valor especial ou um direito especial a ser protegida, ela os tem na medida em que a maior parte dos seres humanos são pessoas." (Singer, Peter. Ética prática, capítulo 5).
Baseado nessa versão da "doutrina do caráter sagrado da vida humana", Peter Singer afirma que, se alguns animais são pessoas, então a vida desses animais:
A) deve ter o mesmo valor especial, ou o mesmo direito à proteção que a dos seres humanos que são pessoas.
B) deve ter o mesmo valor especial, mas não o mesmo direito à proteção que a dos seres humanos que são pessoas.
C) não tem nenhum valor especial, mas tem o mesmo direito à proteção que a dos seres humanos que são pessoas.
D) não tem nenhum valor especial, nem o mesmo direito à proteção que a dos seres humanos que são pessoas.

Questão 33
Alguns filósofos criticaram a metafísica e o pensamento filosófico tradicional.
Sobre essas críticas, pode-se afirmar que, segundo:
A) Kant, a metafísica não é possível como ciência porque o fenômeno só pode ser apreendido por uma intuição intelectual.
B) Nietzsche, as teorias metafísicas realizam uma integração completa entre valores absolutos que devem, ao contrário, ser opostos.
C) Heidegger, são dois os preconceitos que perpassam a pergunta pelo ser: o ser é o conceito mais universal e o ser é o imediato indeterminado.
D) Wittgenstein, nas Investigações filosóficas, a filosofia não pode fundamentar nem deduzir, mas apenas descrever o uso da linguagem.

Questão 34
Inteligência, entendimento, fé e suposição. Essa ordem indica, decrescentemente, "graus de clareza" quanto aos objetos de conhecimento para:
A) Platão, que relaciona tais graus de clareza ao que seus respectivos objetos têm de verdade.
B) Tomás de Aquino, pois sem inteligência e entendimento, fé é mera adesão ao testemunho de outro.
C) Descartes, que considera a clareza e a distinção como critérios para separar verdade e falsidade.
D) Kant, pois associa fé à opinião, e os objetos da inteligência e do entendimento à razão pura.

Questão 35
Na filosofia contemporânea, pode-se afirmar que a verdade, de acordo com:
A) Marx, é realizada na práxis, isto é, a teoria deve ser completamente abandonada em favor da prática.
B) Nietzsche, é um conjunto de ilusões que parece canônico após longo uso, por se ter esquecido seu caráter metafórico.
C) Heidegger, é, em sentido originário (alétheia), uma propriedade primordialmente atribuída às proposições.
D) Wittgenstein, é a correspondência específica com os fatos realizada na figuração dos jogos de linguagem.

Questão 36
A respeito da reflexão filosófica sobre a moral, pode-se afirmar que, segundo:
A) Hume, de fatos podem se deduzir normas, por isso a ética deve ser derivada da ciência.
B) Kant, o dever é a imposição da lei moral dada pelas inclinações e necessidades humanas.
C) Nietzsche, todos os valores absolutos devem ser acolhidos a partir da perspectiva da vida.
D) Mill, a utilidade é a capacidade de promover a maior felicidade para o maior número.

Questão 37
O desejo é uma noção próxima de outras, como apetite, paixões, inclinações e refere-se, de modo geral, a impulsos ou tendências que não são guiados pela razão.
Sobre algumas formas mais clássicas de se conceber o desejo, pode-se afirmar que, de acordo com:
A) Aristóteles, as paixões humanas estão relacionadas ao saber prático, e excluem quaisquer relações com o saber teorético.
B) Maquiavel, o príncipe, para conservar seu poder e sua respeitabilidade, sempre deve satisfazer os desejos dos súditos.
C) Nietzsche, grande parte do pensamento consciente de um filósofo é secretamente guiado por seus instintos.
D) Freud, a consciência moral é senhora dos desejos inconscientes, causadores da neurose em indivíduos imorais.

Questão 38
Ao longo da história, algumas das teses políticas de Aristóteles mereceram críticas de outros autores. Entre essas teses, pode-se citar a concepção do Estado justo como uma comunidade una e indivisa; a finalidade do Estado como sendo o bem comum; e a necessidade de os governantes serem virtuosos por serem exemplo para os governados, que os imitam.
Sobre os autores que criticaram Aristóteles, pode-se afirmar que, de acordo com:
A) Maquiavel, o príncipe deve parecer ter as virtudes éticas, sendo necessário em algumas circunstâncias agir contrariamente a elas.
B) Hobbes, o Estado faz o contrato social surgir naturalmente da convergência dos cidadãos em torno de seu próprio desenvolvimento.
C) Marx, a economia política é o que torna uma comunidade una e indivisa e realiza o bem comum que é o objetivo do Estado.
D) Foucault, a sociedade disciplinar se constitui pelo estabelecimento da soberania, através da delegação de poder pelos indivíduos nas instituições.

Questão 39
A tragédia é uma forma de arte abordada por diferentes pensadores, que a consideraram um dos grandes gêneros artísticos.
De acordo com Aristóteles e Nietzsche, respectivamente, a tragédia envolve:
A) a imitação de ações de caráter elevado através das quais o herói é levado a um destino de infortúnio - a articulação entre os impulsos artísticos da figuração plástica e da música.
B) a imitação de ações de caráter elevado que provocam o êxito do herói - a predominância do impulso dionisíaco sobre o apolíneo a ponto de excluí-lo totalmente.
C) a imitação de ações de caráter baixo que provocam o êxito do herói - a predominância do impulso apolíneo sobre as manifestações dionisíacas a ponto de excluí-las totalmente.
D) a imitação de ações de caráter baixo que provocam a decadência do herói - a destruição mútua dos impulsos artísticos da figuração plástica e da música.

Questão 40
No "método de analogia lógica", utilizado para determinar e um argumento silogístico é válido ou não, substituem-se algumas palavras por outras, cujo sentido conhecemos, mantendo a forma do argumento. Se, então, depara-se com premissas verdadeiras e conclusão falsa, sabe-se que o argumento é inválido.
A característica do silogismo que torna possível esse método está expressa em:
A) A premissa maior tem extensão lógica maior do que a premissa menor.
B) A validade ou a invalidade de um silogismo é uma questão puramente formal.
C) A validade ou a invalidade de um silogismo depende de seu conteúdo específico.
D) A conclusão tem extensão lógica menor do que as premissas.

GABARITO:
01)C 21)A
02)B 22)B
03)A 23)B
04)C 24)D
05)C 25)A
06)A 26)B
07)C 27)A
08)B 28)D
09)A 29)A
10)D 30)D
11)C 31)B
12)A 32)A
13)C 33)D
14)D 34)A
15)A 35)B
16)C 36)D
17)D 37)C
18)A 38)A
19)D 39)A
20)B 40)B
Fonte: http://www.filosofia.com.br/ 






























sexta-feira, 4 de julho de 2014

Ìmọ̀ ( conhecimento)

Sáyẹ́nsì  ti Ẹ́gíptì Ayéijọ́un.
Ciência do Antigo Egito.



Ciência do Antigo Egito

Avanços significativos do Egito Antigo incluem astronomia, matemática e medicina. A geometria foi necessária para a engenharia geográfica para preservar o layout e manter o dono das terras de fazendas, que eram inundadas anualmente pelo rio Nilo. O triângulo reto 3,4,5 e outras regras serviam para representar estruturas retilineares, e para a arquitetura do Egito. Egito foi também o centro da pesquisa de alquimia por grande parte da Mediterrâneo.

O papiro Edwin Smith é um dos primeiros documentos médicos que ainda existe, e talvez o documento mais antigo que tenta descrever e analisar o cérebro: ele pode ser visto como o começo da moderna neurociência. No entanto, enquanto a medicina do Egito tinha algumas práticas efetivas, ela também possui práticas ineficazes e por vezes perigosas. Historiadores médicos acreditam que a farmacologia do Antigo Egito, por exemplo, era na maior parte ineficaz. Ainda assim, ela aplicava os seguintes componentes para o tratamento das doenças: exame, diagnóstico, tratamento, e prognóstico, que demonstra um grande paralelo para a base do método empírico da ciência e de acordo com G. E. R. Lloyd teve um papel significante no desenvolvimento dessa metodologia. O papiro Ebers (cerca de 1550 a.C.) também contém evidências do tradicional empirismo.


Papiro de Edwin Smith


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Painéis VI e VII do Papiro Edwin Smith, em exposição na Academia de Medicina de Nova Iorque.


O papiro de Edwin Smith é um texto de medicina da antiguidade egípcia e o mais antigo tratado de cirurgia traumática conhecido na atualidade.  Data de cerca de 1500 a.C., entre as dinastias 16 e 17 do segundo período intermédio. Trata-se de uma obra única entre os quatro principais papiros relativos à medicina que se conhece. Enquanto os restantes, como o Papiro Ebers e o Papiro Médico de Londres são textos de medicina baseados sobretudo em magia e superstição, o Papiro de Edwin Smith apresenta uma abordagem racional e científica à medicina praticada no antigo Egito, na qual ciência e magia não entram em conflito, recorrendo-se a esta última apenas para explicar os casos de doenças misteriosas, como as doenças dos órgãos internos.

O papiro tem 4,68 m de comprimento, dividido em 17 páginas. A frente possui 377 linhas e o verso 92 linhas. À excepção da primeira folha, bastante fragmentada, a quase totalidade do papiro encontra-se praticamente intacta. Está escrito em hierático com tinta vermelha e preta. A quase totalidade do documento refere-se ao trauma e à cirurgia, com breves passagens de ginecologia e cosmética no verso. O verso consiste em oito feitiços mágicos e cinco receitas. Este conteúdo, para além de dois incidentes expostos nos casos 8 e 9, constitui a única excepção à natureza prática e racional deste texto de medicina, e podem ter sido usados apenas como último recurso em casos terminais.


A autoria é ainda alvo de debate, tendo a maioria do documento sido escrita por um único escriba, e apenas secções muito pequenas copiadas por um segundo escriba. O papiro termina abruptamente a meio de uma linha de texto, não havendo qualquer nota explicativa. Pensa-se que o documento será uma cópia de um eventual manuscrito de referência mais antigo, em função da gramática arcaica, terminologia, forma e notas. O texto é atribuído por alguns a Imhotep, arquitecto, alto sacerdote e médico do Império Antigo.

Papiro Ebers

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




O Papiro Ebers é um dos tratados médicos mais antigos e importantes que se conhece. Foi escrito no Antigo Egito e é datado de aproximadamente 1550 a.C.

Atualmente o papiro está em exibição na biblioteca da Universidade de Leipzig e foi batizado em homenagem ao monge alemão Georg Ebers, que os adquiriu em 1873.


O papiro contém mais de 700 fórmulas mágicas e remédios populares além de uma descrição precisa do sistema circulatório.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.