Governo de São Paulo tentar impor um massacre direcionado aos negros, pobres e à população trabalhadora das periferias
Na última quarta-feira, dia 11, o movimento negro, em conjunto com outros ovimentos sociais, protestaram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) pelo fim do genocídio do povo negro cometido pela polícia.
Wilson Honório da Silva, do movimento Quilombo Raça e Classe, afirmou que “estamos manifestando pelas mortes de jovens negros que ocorrem em São Paulo, que estão aumentando. Mas o protesto é, de forma geral, contra o genocídio da população negra no Brasil”.
Também participaram do ato, entre outros, os movimentos Levante Popular da Juventude, o Mães de Maio, o Movimento Negro Unificado, o Núcleo de Consciência Negra da Universidade de São Paulo (USP), o Tortura Nunca Mais e o Uneafro.
Danilo Dara, representante do movimento Mães de Maio, disse que “enquanto a gente não desmontar as estruturas militares repressivas punitivas, que continuam vigorando desde a época da ditadura civil militar, enquanto não houver um processo de julgamento, de Justiça, as mortes da juventude negra e pobre tende a continuar”.
Alckmin, o genocida do povo negro
O governo Alckmin em São Paulo é o representante nacional da direita. Ele expressa o sentimento da direita no tocante a população negra, por isso o massacre do povo negro no estado.
Essa política direitista, de colocar a população negra sob o estado de sítio, também se infiltrou em outros governos, e está presente mesmo no governo federal, do PT de Dilma Rousseff, idealizador das Unidades de Polícia Pacificadora.
Em geral, as secretarias de segurança são administradas pela direita. Toda política de repressão ao crime, em poucas palavras, é herança da ditadura militar. Os tramites, processos, inquéritos e crimes é fruto das políticas de repressão estabelecidas durante os anos de chumbo.
Alckmin, PSDB, DEM e outros grupos de direita no Brasil estão todos acobertados nas “políticas de segurança”. Eis aí a razão dos grupos de extermínio, esquadrões da morte, polícias especializadas, como a ROTA, dentre outros braços do Estado direcionados para a repressão.
É um massacre direcionado aos negros, pobres e à população trabalhadora das periferias. São as limpezas sociais, os projetos de “revitalização”, a prisão de camelôs, câmeras, pulseiras eletrônicas, privatização do sistema penal, e todo um aparato importado dos maiores grupos de repressão espalhados pelo mundo, como a CIA do governo norte-americano.
E, pode parecer gratuita, mas essa onda de repressão é reincidente e tem um objetivo muito claro: entregar todo o estado para a iniciativa privada. Empresários do ramo imobiliário, construtoras, e empresas de serviços que, em diversas oportunidades, são do mesmo grupo político representado no governo.
Organização do povo negro contra a repressão
Os atos e manifestações contra o genocídio do povo negro se multiplicaram no último período. Está claro que a situação do povo negro brasileiro em nada mudou com a ascensão do governo petista, pelo contrário, piorou e estamos revivendo pesadelos como o massacre do Carandiru e da Candelária.
Apesar de parte da esquerda defender políticas que reformem a estrutura policial, defendendo até mesmo melhoria de salários para a Polícia Militar, o que está em questão é a completa dissolução dos aparelhos de repressão do Estado, tendo em vista que eles possuem apenas um público alvo: negros e pobres, em sua maioria esmagadora inocentes.
Fonte: http://www.pco.org.br/negros/movimento-negro-protesta-contra-assassinatos-de-jovens/eyzo,i.html