quarta-feira, 20 de julho de 2016

Papua ocidental



Àdúrà fún ilẹ̀ Papua níhà ìwọòrùn.          
Oração pela Papua Ocidental.
              Olùkọ̀wé (autor): olùkọ́ Orlandes.


Ẹ̀bẹ̀ mi sí Ọlọ́run. 

A fẹ́ òmìnira àti ìdájọ́ fún ilẹ̀ Papua Níhà ìwọòrùn. Gbogbo (èmi, ìwọ, òun, àwa, ẹ̀yin ati àwọn ) ní láti gbé ní òmìnira. Lẹ́hìnnáà, gbogbo ibi (ìsọdibiàmúsìn, ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà, ìninilára, ifipabanilòpọ̀, ikú, ìṣẹ̀lẹ̀ ìdánilóró, ìdáyàfò) yẹ kí ó wà ìdúró. Òmìnira àti ìlómìnira, báyìí àti ní ọjọ́ iwájú. Ìsisìyí àti ní ìgbà tí mbọ̀. Ààmin.

Meu pedido a Deus.

Queremos independência e justiça para Papua Ocidental. Todos (eu, você, tu, ele, ela, nós, vocês, eles e elas) temos que viver em liberdade. Em seguida, todo o mal (colonialismo, racismo, opressão, estupro, assassinato, terror, intimidação) deve ser interrompido. Liberdade e  independência, agora e no futuro. Agora e no futuro.
Amém



















Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ẹ̀bẹ̀, s. Súplica, pedido, petição.
Mi, pron. poss. Meu, minha.
, prep. Para, em direção a. Indica movimento direcional.
, ( conj. pré-v.). E, além disso, também. Liga sentenças, porém, não liga substantivos; nesse caso, usar " àti". É posicionado depois do sujeito e antes do verbo.
Ọlọ́run, s. Deus supremo.
A, pron. pess. Nós.
Fẹ́, v. Querer, desejar.
Ìdájọ́, s. Justiça. 
Fún, prep. Para, em nome de (indica uma intenção pretendida para alguém).
Fún, v. Dar. Espremer, apertar, extrair. Espalhar, desperdiçar, empurrar para os outros. Espirrar, assoar.
Fun, v. Ser branco. Soprar, ventar.
Gbogbo, adj. Todo, toda, todos, todas.
Èmi, mo, mi, n, ng, pron. pess. Eu.
Ìwọ, o, pron. pess. Você.
Òun, ó, pron. pess. Ele, ela.
Àwa, a, pron. pess. Nós.
Ẹ̀yin, pron. pess. Vocês.
Àwọn, wọnpron. pess. Eles, elas.
Láti, prep. Para. Usada antes de verbo no infinitivo. 
Láti, prep. De, desde. É usada depois de um verbo com sílaba dupla e se for seguida de outro verbo. Para verbo de uma sílaba, é opcional.  Èmi kò fẹ́ràn láti jẹ níkàn - Eu não gosto de comer sozinho. Alguma vezes é colocada antes do verbo para expressar propósito. Ó dé lát'àná - Ela chegou desde ontem. Em outros casos, é usada para indicar direção. Ó dé láti ọjà- Ela chegou do mercado.
Gbé, v. Morar, viver em determinado lugar.
Lẹ́hìnnáà, adv. Depois, em seguida.
Ibi, s. Mal, infortúnio. Lugar. 
Ibí, adv. Aqui, cá.
Ìbí, s. Nascimento. Pergunta, questão.
Olùkọ̀wé, olùdásílẹ̀, olùpilẹṣẹ̀, s. Autor, iniciador. 
Àdúrà, s. Oração, reza, prece.
Fún, prep. Para, em nome de (indica uma intenção pretendida para alguém).
Nípa, nípasẹ̀, adv. Sobre, acerca de, concernente a. 
Orílẹ̀-èdè Olómìnira, s. República.
Orílẹ̀, s. Nome que denota um grupo de origem ou clã.
Orílẹ̀-èdè, s. Estado, nação.
Èdè, s. Idioma, língua, dialeto.
Olómìnira, adj. Independente.
Ilẹ̀, s. Terra, chão, solo.
Níhà, adj. e prep. No lado de, para.
Papua Níhà ìwọòrùn, ilẹ̀ Papua Níhà ìwọòrùn, s. Papua ocidental.
Papua, s. Papua.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Níhà ìwọòrùn, adj. Ocidental.
Ìwọòrùn, apáìwọ̀orùn, s. Ocidente.
, prep. Para, em direção a. Indica movimento direcional.
Mi, pron. pess. Eu.
Mi, pron. poss. Meu, minha. 
Mi, pron. oblíquo. Me, mim, comigo.
Ọlọ́run, s. Deus supremo.
Ẹ̀bẹ̀, s. Súplica, pedido, petição
Ìsọdibiàmúsìn, s. Colonialismo.
Ìṣẹlẹ́yàmẹ̀yà, s. Racismo.
Ìninilára, s. Opressão.
Ifipabanilòpọ̀, s. Estupro.
Ikú, s. Morte.
Ìṣẹ̀lẹ̀ ìdánilóró, s. Atentado terrorista.
Ìdáyàfò, s. Intimidação.
Yẹ, v. Ser conveniente, apropriado, adequado, ser correto.
Ó, pron. pess. Ele, ela. 
Ìdúró, s. Pausa, parada.
, v. Vir. Procurar por, buscar, vasculhar. Tremer de nervoso. Dividir, partir em pequenos pedaços.
, v. Ser, haver, existir, estar.
, V. Cavar. Remar, dirigir. Abraçar, prender, apertar . Monopolizar.
Wà, àwa, pron. pess. Você.
Wa, pron. oblíquo. Nos, conosco. Possui função reflexiva e é posicionado depois de verbo e preposição.
Wa, pron. poss. Nosso, nossa.
, conj.  Que. É a marca do subjuntivo e usada com verbo que expressa obrigação, desejo, permissão, geralmente com o verbo fé ( querer). Ex.: Mo fé kí o wá - Eu quero que você venha.
, conj. A fim de que, de modo que, com a intenção de.
, adv. Antes de. Ex.: kí èmi tó dé - Antes de eu chegar .
, part. Usada entre duas palavras para dar sentido "qualquer". Ex.: Enikéni - Qualquer pessoa. 
, v. Cumprimentar, saudar, aclamar. Visitar. Dever. Ex.: Mo kí i - Eu o saudei. 
Ki, v. Ser grosso, denso, viscoso, compacto.
, v. Comprimir, apertar, pressionar. Proclamar, declinar qualidades. Definir. Pôr fumo no cachimbo. Prender (uma pessoa).
, adv. Não. Faz a negativa dos verbos no tempo futuro e condicional, antes das partículas verbais yíò, ó, ìbá. Fica localizado entre o sujeito eo verbo. Èmi kì ó lọ mọ́ - Eu não irei mais. Kì bá má kú - Ele não teria morrido.
Òmìnira, s. Liberdade.
Àti, Conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos. 
Ìlómìnira, s. Independência. 
Báyìí, adv. Assin, desse modo, dessa maneira, agora.
, part. enfática. Usada na construção de frases, quando o verbo tiver dois objetos, o segundo objeto é precedido por " ní".
, prep. No, na, em. Usada para indicar o lugar em que
alguma coisa está. Indica uma posição estática.
, v.  Ter, possuir, dizer.Transportar carga em um barco
ou navio. Ocupar, obter, pegar.
Ni, v. Ser, é.
, pron. dem. Aquele, aquela. Requer alongamento da vogal final da palavra que o antecede somente na fala. Ex.: Fìlà ( a ) nì - Aquele chapéu. 
jọ́-iwájú, s. Futuro. 
Ìsisìyí, adv. Agora, no presente momento.
Ìgbà tí mbọ̀, s. Futuro. 
Ààmin, àmí, s. Amém, assim seja.

Papua acusa Indonésia de tortura e genocídio





Um grupo de papuanos localizados na quarta-feira pelos serviços de vigilância australiana em um barco perto da costa de Cape York, no nordeste da Austrália, acusou nesta quinta-feira a Indonésia de cometer genocídio na província de Papua Ocidental (antiga Irian Jaya). O grupo formado por 30 homens, seis mulheres e sete crianças, fez a denúncia em cartazes pendurados no barco pesqueiro indonésio em que viajavam para a Austrália. "Salvem a alma de Papua Ocidental do genocídio, da intimidação, dos terroristas e do governo militar da Indonésia", assinalava um cartaz. Outra dizia: "Em Papua Ocidental precisamos de liberdade, paz, amor e Justiça." O governo australiano anunciou que os papuanos estão hospedados em um abrigo para imigrantes e que seus casos serão analisados rapidamente. Pamela Curr, do Centro de Recursos para Solicitantes de Asilo disse que não ter dúvida de que os refugiados são filhos de líderes da comunidade que foram perseguidos, presos ou estão desaparecidos. Os serviços de vigilância costeira australiana localizaram na quarta-feira os jovens indonésios após o alerta dado pela Associação Australiana de Papua Ocidental, dizendo que a embarcação com os refugiados saiu na sexta-feira passada em direção à Austrália, em uma travessia que dura normalmente de 15 a 16 horas. Conflito político - Papua vive um conflito político desde que em primeiro de dezembro de 1961 proclamou sua independência da Holanda, país que transferiu à ONU a administração do território. Dois anos depois, a Indonésia assumiu a administração e em 1969 convocou um plebiscito entre os chefes tribais para propor a anexação. Várias organizações de direitos humanos denunciaram a irregularidade do plebiscito, com o argumento de que a votação ocorreu em um ambiente de intimidação e fraude. Em agosto passado, políticos e acadêmicos da universidade de Sydney apontaram abusos sistemáticos cometidos pelos militares indonésios contra a população de Papua Ocidental As acusações constam em um relatório produzido pelo Centro de Estudos da Paz e dos Conflitos intitulado "Genocídio em Papua Ocidental; o papel do aparelho de segurança indonésio". O estudo, resultado de uma pesquisa de quatro anos finalizada em 2005, inclui descrições detalhadas de testemunhas sobre o envolvimento de militares em atos de tortura e violação de direitos humanos na província indonésia de Papua Ocidental.

Fonte: http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,papua-acusa-indonesia-de-tortura-e-genocidio,20060119p42247

Escravidão

Ìjábọ̀ ti ìgbìmọ̀ òtítọ́ ìkólẹ́rú dúdú ní'lẹ̀ Bràsíl.    Relatório da comissão da verdade da escravidão negra no Brasil.                                                       




Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).


Ìjábọ̀, s. Relatório.
Ti, prep. de ( indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi ( A casa do meu pai).
Ìgbìmọ̀, s. Concílio, comissão, junta.
Òtítọ́, s. Verdade. 
Òdodo, s. Verdade, sinceridade, justiça, equidade.
Òwò ẹrú, oko ẹrú, s. Escravidão.
Ìkólẹ́rú, s. Cativeiro.
Dúdú, adj. Negro.
Dúdú, dú, v. Ser preto.
Adúláwọ̀, s. Negro.
Ẹlẹ́yàpúpọ̀, s. Mestiço, colorido, multirracial, mulato, pardo.
Aláwọ̀funfun, S. Branco.
, prep. No, na, em. Usada para indicar o lugar em que alguma coisa está. Indica uma posição estática.
Ilẹ̀, s. Terra, solo, chão.
Ilẹ̀ Bràsíl, Bràsíl, s. Brasil, Pindorama.
Orílẹ̀-èdè Olómìnira Aparapọ̀ ilẹ̀ Bràsíl, s. República Federativa do Brasil.
Orílẹ̀-èdè, s. Nação, país.
Orílẹ̀, s. Grupo de origem ou clã.
Èdè, s. Língua, idioma, dialeto, linguagem.
Olómìnira, adj. Independente.
Àpapọ̀, s. Soma, total, combinação, ato de unir, de juntar
Aparapọ̀, adj. Federativa.
Onítọmọorílẹ̀-èdè Bràsíl, ọmọorílẹ̀-èdè Bràsíl, s. Brasileiro.
Ti orílẹ̀ èdè Bràsíl, adj. Brasileiro.


terça-feira, 19 de julho de 2016

Imigrantes ilegais

Àwọn aṣílọsílùúmiràn lòdì sí òfin mú wá oògùn, ìwà ọ̀daràn àti èébú.
Imigrantes ilegais trazem drogas, crimes e abusos (Donald Trump).




Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Àwọn, wọn, pron. Eles, elas. Indicador de plural.
Aṣílọsílùúmiràn, s. Imigrante. Pessoa que habita e possui residência fixa (legal ou ilegal) num país estrangeiro.
Ìṣílọ sí ìlú míràn, s. Imigração.
Àṣíká, àṣíkiri, s. Andarilho.
Àrúfín, s. Prisioneiro, criminoso, transgressor, 
Lòdì sí òfin, adj. Ilegal.
Mú wá, fà wá, gbé, gbé wá, rù, kó, v. Trazer.
Oògùn, egbògi, s. Droga, medicamento, remédio.
Ìwà ọ̀daràn, s. Crime, criminalidade.
Àti, conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.
Ìlòkulò, ìṣìlò, èébú, ìkẹ́gàn, s. Abuso.
Arìnrìn àjòafìlú, ẹnisílẹ̀gbéòmíràn, s. Emigrante. A pessoa que emigra; indivíduo que se muda para outro local, região ou país.
Ìṣípò kiri, ìrìn-àjòṣíṣí láti ìlú kan sí òmíràn, s. Emigração.

Plágio

                                                                 
 Àwòjọ (cópia, reprodução, plágio, plagiato)

Plágio significa copiar ou assinar uma obra com partes ou totalmente reproduzida de outra pessoa, dizendo que é sua própria.









Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Àwòjọ, s. Imitação, cópia, plágio, reprodução, traslado, translado, transcrição.
Ẹ̀dà, s. Cópia, reprodução, plágio, plagiato. Ato de cunhar moedas por meios mágicos. Leucorreia, corrimento vaginal.
Àfarawé, s. Imitação.



Capitalismo

Ìṣekápítálístì, ìṣeòwòèlé (capitalismo)


piramide_do_capitalismo












Andar por cima das águas

Ọkùnrin mẹ́ta nìkan rìn lórí omi: Jésù, Pétérù àti Evangivaldo.
 Apenas três homens andaram por cima das águas: Jesus, Pedro e Evangivaldo.





Alángbá Jésù (lagarto Jesus)

Lagartos do gênero Basiliscus andam sobre a água por pequenos trechos dando 20 passos por segundo. Eles são leves e membranas nas patas formam bolhas de ar que os ajudam a flutuar









Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).

Ọkùnrin, s. Homem.
Mẹ́ta, num. Total de três.
Nìkan,  adv. pré-v. Somente, sozinho, só, apenas.
Rìn, v. Andar, caminhar.
Lórí, lérí, prep. Sobre, em cima de.
Omi, s. Água.
Jésù, s. Jesus.
Pétérù, s. Pedro.
Àti, conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.
Agílítí, s. Animal da família do lagarto.
Alángbá dánásọ̀, s. Dinossauro.
Alángbá, s. Lagarto.
Dánásọ̀, s. Dinossauro ( do inglês dinosaur).

Animismo

Ìgbàgbọ́ pé ẹ̀mí wà nínú ohun gbogbo ( animismo).




1. Animismo

          Um só espírito está por dentro de tudo que existe e cada ser que nasce traz consigo uma partezinha do espírito universal (Deus). Como está sempre nascendo seres e coisas, o espírito universal vai se enfraquecendo. Para reforçar o espírito universal, devemos então fazer oferendas.

          Segundo Moustafa Gadalla, a cosmologia egípcia baseia-se em princípios científicos e filosóficos coerentes. A ciência moderna observa tudo como coisas mortas, inanimadas. Os antigos egípcios seguiam um sistema científico e orgânico de observar a realidade. Para eles e para os Baladi, o Universo é animado no todo e em parte. No mundo animado do Antigo Egito, os números não designavam apenas quantidades, e sim eram considerados definições concretas de princípios energéticos que formavam a natureza. Os egípcios chamavam esses princípios energéticos de neteru (deuses).

          O espírito do animismo torna as pessoas ambientalistas, por eles tratarem tudo com carinho e respeito. Esta coerência com a natureza - em todas as suas formas - era um requisito obrigatório de cada pessoa. Aqui estão algumas das 42 Confissões Negativas do Antigo Egito que enfatizam que cada um deveria ser um ambientalista real para ter êxito ao reunir-se à fonte:
- Não saqueei os neteru (7).
-Não desperdicei a terra fértil (16).
-Não me contaminei (22).
-Não sujei a água (34).
-Nunca amaldiçoei os neteru (36)


2. As plantas têm memória, sentem dor, ouvem e são inteligentes.




Pode ser uma planta inteligente? Alguns cientistas insistem que são - uma vez que elas podem sentir, aprender, lembrar e até mesmo reagir de formas que seriam familiares aos seres humanos.

A nova pesquisa está em um campo chamado neurobiologia de plantas -- o que é meio que um equívoco, porque mesmo os cientistas desta área não argumentam que as plantas tenham neurônios ou cérebros.

"Elas têm estruturas análogas", explica Michael Pollan, autor de livros como The Omnivore's Dilemma (O Dilema do Onívoro) e The Botany of Desire (A Botânica do Desejo). "Elas têm maneiras de tomar todos os dados sensoriais que se reúnem em suas vidas cotidianas ... integrá-los e, em seguida, se comportar de forma adequada em resposta. E elas fazem isso sem cérebro, o que, de certa forma, é o que é incrível sobre isso, porque assumimos automaticamente que você precisa de um cérebro para processar a informação".

E nós supomos que precisamos de ouvidos para ouvir. Mas os pesquisadores, diz Pollan, tocaram uma gravação de uma lagarta comendo uma folha para plantas - e as plantas reagiram. Elas começam a secretar substâncias químicas defensivas - embora a planta não esteja realmente ameaçada, diz Pollan. "Ela está de alguma forma ouvindo o que é, para ela, um som aterrorizante de uma lagarta comendo suas folhas."

Plantas podem sentir

Pollan diz que as plantas têm todos os mesmos sentidos como os seres humanos, e alguns a mais. Além da audição e do paladar, por exemplo, elas podem detectar a gravidade, a presença de água, ou até sentir que  um obstáculo está bloqueando suas raízes, antes de entrar em contato com ele. As raízes das plantas mudam de direção, diz ele, para evitar obstáculos.

E a dor? As plantas sentem? Pollan diz que elas respondem aos anestésicos. "Você pode apagar uma planta com um anestésico humano. ... E não só isso, as plantas produzem seus próprios compostos que são anestésicos para nós." 

De acordo com os pesquisadores do Instituto de Física Aplicada da Universidade de Bonn, na Alemanha, as plantas liberam gases que são o equivalente a gritos de dor. Usando um microfone movido a laser, os pesquisadores captaram ondas sonoras produzidas por plantas que liberam gases quando cortadas ou feridas. Apesar de não ser audível ao ouvido humano, as vozes secretas das plantas têm revelado que os pepinos gritam quando estão doentes, e as flores se lamentam quando suas folhas são cortadas [fonte: Deutsche Welle].

Sistema nervoso de plantas

Como as plantas sentem e reagem ainda é um pouco desconhecido. Elas não têm células nervosas como os seres humanos, mas elas têm um sistema de envio de sinais elétricos e até mesmo a produção de neurotransmissores, como dopamina, serotonina e outras substâncias químicas que o cérebro humano usa para enviar sinais.

As plantas realmente sentem dor

As evidências desses complexos sistemas de comunicação são sinais de que as plantas sentem dor. Ainda mais, os cientistas supõem que as plantas podem apresentar um comportamento inteligente sem possuir um cérebro ou consciência.

Elas podem se lembrar

Pollan descreve um experimento feito pela bióloga de animais Monica Gagliano. Ela apresentou uma pesquisa que sugere que a planta Mimosa pudica pode aprender com a experiência. E, Pollan diz, por apenas sugerir que uma planta poderia aprender, era tão controverso que seu artigo foi rejeitado por 10 revistas científicas antes de ser finalmente publicado.

Mimosa é uma planta, que é algo como uma samambaia, que recolhe suas folhas temporariamente quando é perturbada. Então Gagliano configurou uma engenhoca que iria pingar gotas na planta mimosa, sem ferir-la. Quando a planta era tocada, tal como esperado, as folhas se fechavam. Ela ficava pingando as plantas a cada 5-6 segundos.

"Depois de cinco ou seis gotas, as plantas paravam de responder, como se tivessem aprendido a sintonizar o estímulo como irrelevante", diz Pollan. "Esta é uma parte muito importante da aprendizagem - saber o que você pode ignorar com segurança em seu ambiente."

Talvez a planta estava apenas se cansando de tantos pingos? Para testar isso, Gagliano pegou as plantas que tinham parado de responder às gotas e sacudiu-as.

"Elas continuavam a se fechar", diz Pollan. "Elas tinham feito a distinção que o gotejamento era um sinal que elas poderiam ignorar. E o que foi mais incrível é que Gagliano as testou novamente a cada semana durante quatro semanas e, durante um mês, elas continuaram a lembrar a lição."

Isso foi o mais longe que Gagliano testou. É possível que elas se lembrem ainda mais. Por outro lado, Pollan aponta, as abelhas que foram testadas de maneira semelhante se esquecem o que aprenderam em menos de 48 horas.

Plantas: seres sencientes?

"As plantas podem fazer coisas incríveis. Elas parecem se lembrar de estresse e eventos, como essa experiência. Elas têm a capacidade de responder de 15 a 20 variáveis ambientais", diz Pollan. "A questão é, é correto de chamar isso de aprendizagem? É essa a palavra certa? É correto chamar isso de inteligência? É certo, ainda, dizer que elas são conscientes? Alguns destes neurobiólogos de plantas acreditam que as plantas estão conscientes - não auto-conscientes, mas conscientes, no sentido que elas sabem onde elas estão no espaço ... e reagem adequadamente a sua posição no espaço".

Pollan diz que não há definição consensual de inteligência. "Vá para a Wikipedia e procure por inteligência. Eles se desesperam para dar-lhe uma resposta. Eles têm basicamente um gráfico onde dão-lhe nove definições diferentes. E cerca da metade delas dependem de um cérebro ... se referem ao raciocínio abstrato ou julgamento."

"E a outra metade apenas se referem a uma capacidade de resolver problemas. E esse é o tipo de inteligência que estamos falando aqui.  Então a inteligência pode muito bem ser uma propriedade de vida. E a nossa diferença em relação a essas outras criaturas pode ser uma questão da diferença de grau e não de espécie. Podemos apenas ter mais desta habilidade de resolver problemas e podemos fazê-lo de diferentes maneiras."

Pollan diz que o que realmente assusta as pessoas é "que a linha entre plantas e animais pode ser um pouco mais fina do que nós tradicionalmente acreditamos."

E ele sugere que as plantas podem ser capaz de ensinar os seres humanos uma ou duas coisas, tais como a forma de processar a informação sem um posto de comando central, como um cérebro.

Confira este vídeo de Michael Pollan.

Fonte: http://noticias-alternativas.blogspot.com.br/2015/03/plantas-sao-sencientes-sentem-dor-e-sao.html