segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Ìdánwò mẹ́rin (ọdún kíní)

  
Ọlọ́run wà pẹ̀lú ẹ!
Deus esteja com você!

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Nome                            Nº             Série                                                            

               PROVA DE FILOSOFIA



1. (Uema 2011) A palavra ideologia, criada por Destutt de Tracy (1754-1836), significa estudo da gênese e do desenvolvimento das ideias. Com Karl Marx, o termo ideologia adquiriu um significado crítico e negativo. Identifique, nas opções abaixo, a única que contém informação correta sobre a concepção de Marx sobre ideologia.

a) Conjunto de ideias que apresenta a sociedade dividida em duas classes, dominantes e dominados, visando à conscientização dos indivíduos.

b) Conjunto de ideias que mostra a totalidade da realidade, levando os indivíduos a compreenderem-na em si mesma.

c) Conjunto de ideias que dissimula e oculta a realidade, mostrando-a de maneira parcial e distorcida em relação ao que de fato é.

d) Conjunto de ideias que esclarece de forma contundente a realidade, mostrando que apenas pessoas da classe dominante podem governar.

e) Conjunto de ideias que estimula a classe dominada a alcançar o poder.


2. (Uenp) “Tá vendo aquele edifício, moço, ajudei a levantar.
Foi um tempo de aflição, eram quatro condução,
Duas pra ir, duas pra voltar.
Hoje depois dele pronto, olho pra cima e fico tonto,
Mas chega um cidadão e me diz desconfiado:
Tu tá aí admirado, ou tá querendo roubar.
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido,
Dá vontade de beber E pra aumentar o meu tédio, eu nem posso olhar pro prédio,
Que eu ajudei a fazer.
Tá vendo aquele colégio, moço, eu também trabalhei lá.
Lá eu quase me arrebento, pus massa, fiz cimento,
Ajudei a rebocar.
Minha filha, inocente, vem pra mim toda contente
Pai quero estudar.
Mas me diz um cidadão:
Criança de pé no chão aqui não pode estudar.
Esta dor doeu mais forte.
Porque eu deixei o Norte, eu me pus a me dizer.
Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava,
Tinha direito de comer.
Tá vendo aquela Igreja, moço, onde o padre diz amém.
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo,
Lá eu trabalhei também.
Lá sim, valeu a pena, tem quermesse, tem novena,
E o padre me deixa entrar.
Foi lá que Cristo me disse:
Rapaz, deixe de tolice, não se deixe amedrontar.
Fui eu que criei a terra, enchi os rios, fiz a serra, não deixei nada faltar.
Hoje o homem criou asas, e na maioria das casas,
Eu também não posso entrar”.
(Música “Cidadão”, escrita por Zé Geraldo em 1981.)

Sobre a Mais-Valia, conceito de Karl Marx, o que é correto afirmar?
a) Karl Marx não tematizou a mais-valia e, sim, afirmou que ela era própria do período medieval, quando as pessoas viviam nos feudos medievais.
b) A mais-valia é o lucro que o burguês tem no final do mês, diferença entre receitas e despesas.
c) A mais-valia depende da capacidade administrativa de um proletário, que administra as rendas obtidas através da exploração do seu empregado burguês.
d) Karl Marx nunca falou em mais-valia e, sim, os marxistas que, equivocadamente, atribuem a Marx o termo.
e) É a diferença entre o valor da força de trabalho e o valor do produto do trabalho, sem a qual não existiria o capitalismo.


3. O capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma mercadoria qualquer. Ela é capaz de gerar valor. [...] O operário é o indivíduo que, nada possuindo, é obrigado a sobreviver da sua força de trabalho”
(COSTA, 2005).
Segundo Karl Marx, a força de trabalho é alugada ou comprada por meio
a) da Mais-valia.
b) do Lucro.
c) do Salário.
d) da Alienação.
e) das Relações políticas.

4. (…) a luta contra o capitalismo e a burguesia é inseparável da luta contra o Estado. Acabar com a classe que detém os meios de produção sem liquidar ao mesmo tempo com o Estado é deixar aberto o caminho para a reconstrução da sociedade de classes e para um novo tipo de exploração social. 
(Angel J. Capelletti, apud Adhemar Marques et alli,
História contemporânea através de textos)

O fragmento define parte do ideário

a) liberal.
b) anarquista.
c) corporativista.
d) socialista cristão.
e) sindicalista

5. Qual é a diferença entre dinheiro como dinheiro e dinheiro como capital?
R.

Àwọn ìdáhùn: kẹ́ta, kárún, kẹ́ta, kéjì





Ìdánwò mẹ́rin (ọdún kéjì)

Pẹ̀lú àlàáfíà ni mo dé.
É com paz que eu cheguei.

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                                                                                                                                                               Nome                               Nº       Série                                                                     

        PROVA DE FILOSOFIA


1.  Segundo o livro A condição humana, de Hannah Arendt, as três atividades humanas fundamentais são: 
(A) a fabricação, o trabalho e a ação e são designadas pela expressão homo faber. 
(B) o labor, o trabalho e a ação e são designadas pela expressão vita activa. 
(C) o jogo, o labor e o trabalho e são designadas pela expressão homo ludens. 
(D) a linguagem, o labor e o trabalho e são designadas pela expressão homo laborans. 
(E) a política, a linguagem e o trabalho e são designadas pela expressão zoon politikon. 

2. Reunidos na Escola de Frankfurt, filósofos alemães (Adorno, Marcuse, Horkheimer) descreveram a racionalidade ocidental como instrumentalização da razão. A ideia de razão instrumental pressupõe uma: 
A) transformação de uma ciência em ideologia cientificista. 
B) análise neutra e imparcial da natureza e da sociedade. 
C) forma de acesso aos conhecimentos verdadeiros. 
D) ciência transparente e desmistificada. 
E) aplicação de novos saberes e descobertas ao progresso material. 

3 Leia o texto abaixo e responda a questão.
"No século XIX, entusiasmada com as ciências e as técnicas, bem como com a Segunda Revolução Industrial, a Filosofia afirmava a confiança plena e total no saber científico e na tecnologia para dominar e controlar a Natureza, a sociedade e os indivíduos. [?] No entanto, no século XX, a Filosofia passou a desconfiar do otimismo científico tecnológico do século anterior em virtude de vários acontecimentos". (CHAUÌ, Marilena. Convite à Filosofia. 7. ed. São Paulo: Ática, 2001, p.49-50). 

Uma marca da desconfiança da filosofia para com o otimismo cientificista foi o aparecimento da noção de razão instrumental, formulada pelos teóricos da Escola de Frankfurt. Sobre razão instrumental é possível afirmar: 
A) Refere-se aos instrumentos usados pela razão para encontrar as explicações mágicas do mundo. 
B) Trata-se do exercício da racionalidade científica, que tem por empresa o domínio da natureza para fins lucrativos e coloca a técnica e a ciência em função do capital. 
C) Corresponde à maneira através da qual os filósofos Adorno, Horkheimer e Marcuse descreveram a racionalidade ocidental como instrumentalização da emoção. 
D) Defende as ideias de progresso técnico e neutralidade científica como elementos que resguardam a positividade da ciência. 
E) Os filósofos da Escola de Frankfurt afirmam que a razão instrumental reflete sobre as contradições e os conflitos políticos e sociais, fato que fez com que eles ficassem conhecidos como os filósofos da Teoria Crítica. 

4. Um produto farmacológico pode ter seu consumo induzido por propaganda? Comente.
R
5. A liberdade de pesquisa sobre o genoma humano apresenta algumas condições? Quais?
R.

Àwọn ìdáhùn: kéjì, kíní, kéjì




Ìdánwò mẹ́rin (ọdún kẹ́tà)


Ẹ kú orí're o!
Boa sorte!

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                                                                                                                                                                    Nome                      Nº          Série                                                                             

        PROVA DE FILOSOFIA

                                                                                                                                                               Atenção: O texto abaixo refere-se às questões de números 1 e 2. 

Vou contar-te um caso dramático. Já ouviste falar das térmitas, essas formigas brancas que, em África, constroem formigueiros impressionantes, com vários metros de altura e duros como pedra? Uma vez que o corpo das térmitas é mole [...] o formigueiro serve-lhes de carapaça colectiva contra certas formigas inimigas, mais bem armadas do que elas. Mas por vezes um dos formigueiros é derrubado, por causa de uma cheia ou de um elefante [...]. A seguir, as térmitas-operário começam a trabalhar para reconstruir a fortaleza afetada, e fazem-no com toda a pressa. Entretanto, já as grandes formigas inimigas se lançam ao assalto. As térmitas-soldado saem em defesa da sua tribo e tentam deter as inimigas. [...] As operárias trabalham com toda a velocidade e esforçam-se por fechar de novo a termiteira derrubada... mas fecham-na deixando de fora as pobres e heroicas térmitas-soldado, que sacrificam as suas vidas pela segurança das restantes formigas. Não merecerão estas formigas-soldado pelo menos uma medalha? [...] Mudo agora de cenário, mas não de assunto. Na Ilíada, Homero conta a história de Heitor, o melhor guerreiro de Troia, que espera a pé firme fora das muralhas da sua cidade Aquiles, o enfurecido campeão dos Aqueus, embora sabendo que Aquiles é mais forte do que ele e que vai provavelmente matá-lo. Fá-lo para cumprir o seu dever, que consiste em defender a família e os concidadãos do terrível assaltante. Ninguém tem dúvidas: Heitor é um herói, um homem valente como deve ser. Mas será Heitor heroico e valente da mesma maneira que as térmitas-soldado [...]? Não faz Heitor, afinal de contas, a mesma coisa que qualquer uma das térmitas anônimas? [...] Qual é a diferença entre um e outro caso? 
(SAVATER, Fernando. Ética para um Jovem, 1990, in: http://www.didacticaeditora.pt/arte_de_pensar/cap4.html) 

1. . Qual resposta abaixo seria mais apropriada para a pergunta feita pelo autor ao final do texto? 
(A) A situação das formigas é completamente diferente da de Heitor porque as formigas podem escolher morrer, enquanto não resta nenhuma escolha para o herói. 
(B) Não há diferença entre a formiga e Heitor, já que ambos acabam morrendo. 
(C) Enquanto as formigas-soldado ficam para fora do formigueiro por um acidente, Heitor é instintivamente obrigado a defender seu povo contra o ataque do inimigo. 
(D) Enquanto a formiga age instintivamente, não morrendo por escolha, Heitor age livremente, escolhendo a morte. 
E) Nenhuma das alternativas anteriores.

2. De forma resumida, está correto afirmar que o tema central do texto é a relação entre 
(A) corpo e alma. 
(B) liberdade e determinismo. 
(C) realismo e idealismo. 
(D) ato e potência. 
E) destino e predestinação.

3. Os deterministas moderados defendem que:
(A) nenhuma ação é causada
(B) todas as ações são causadas e algumas são livres
(C)  nenhuma ação é livre.
(D) todas as ações são livres e algumas não são causadas.
E) nenhuma das proposições.

4. Você é capaz de imaginar um tipo de ação que seja uma espécie de mistura entre voluntária e involuntária? Como ela seria? Cite exemplos.
R.
5. Como a concepção dialética procura superar a contradição entre libertarismo e determinismo?
R.


Àwọn ìdáhùn: 1(Kẹ́rin)
                        2(kéjì)
                        3(kéjì

                        



Brasil

Ìbẹ̀rẹ̀ náà ti ọ̀rọ̀ Bràsíl ni yín àti ẹyín ni àwọ̀ pupa.
A origem da palavra Brasil é brasa e brasa é vermelha.


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Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)
Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).

Ìbẹ̀rẹ̀, s. Origem.
Ọ̀rọ̀, s. Palavra.
Náà, pron. dem. Aquele, aquela, aquilo.
Náà, art. O, a, os, as. 
Náà, adv. e conj. pré-v. Também, o mesmo.
Àti, conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.
Ni, s. Ser, é.
Ẹyín: carvão em brasa.
Wá, dé, súnmọ́ (ọ̀dọ̀), v. Vir.
Ṣàn jáde, v. Derivar, efluir, emanar, provir, desprender, exalar.
Bràsíl, s. Brasil, Pindorama.
Àwọ̀ pupa, s. Cor vermelha.
Pupa, s. Vermelhidão.
Pupa, v. Ser vermelho.
Pupa, adj. Vermelho.

Luta patriótica anticomunista

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!


Ìjà ti ilẹ̀ àwọn bàbá wa àntíkọ́múnístì.
Luta patriótica anticomunista.



Obìnrin dààmú (mulher confundida)



 Ibi gíga náà ti àìmọ̀ (o cúmulo da ignorância).      




Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário)
Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).


Ìjà, ìjàkadì, s. Luta.
Olùfẹ́ ilẹ̀ rẹ̀ nítòótọ́, s. Patriota.
Ti ìlú ẹni, ti ilẹ̀ àwọn bàbá wa, adj. Patriótico.
Àntí, pref. Anti, contra, em oposição a. 
Egbògi, s. Remédio.
Lòdì, adj. Contrário, adverso.
Lòdì sí, prep. Contra.
Mọ́, prep. Contra.
Lòdì sí òṣèlúaráìlú, adj. Antidemocrático.
Ìṣekọ́múnístì, s. Comunismo.
Ẹgbẹ́ kọ́múnístì, s. Partido comunista.
Aṣekọ́múnístì, s. Comunista.
Ibi gíga, ìga, s. Cúmulo, altura, lugar alto.
Ti, prep. De (indicando posse).
Àìmọ̀, s. Ignorância.
Àìmu, s. Grosseria, rudeza.
Aláìmọ̀, s. Pessoa ignorante, analfabeto.
Aláìmọyì, s. Pessoa sem senso crítico.
Aláìmọ̀wé, adj. Inculto, analfabeto.
Gọ̀, v. Ser estúpido, ser tolo, ser bobo.
Agọ̀, s. Uma pessoa estúpida.
Ọ̀dọ̀gọ, s. Idiota, pessoa estúpida.



sábado, 19 de novembro de 2016

Consciência negra

Ní kàn dúdú, àwa yíò sọ àsọyé ọ̀rọ̀àbá rírì ti ọmọ-ìbílẹ̀, ọ̀rọ̀àbá rírì ti adúláwọ̀ àti ọ̀rọ̀àbá rírì ti aláwọ̀funfun, báyìí a ó bá ọ̀rọ̀àbá rírì ti mọnìyàn náà.

Na consciência negra vamos discutir a indigenitude, negritude e a branquitude, assim alcançaremos a humanitude.




       Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
       Ìwé gbédègbéyọ̀  (Vocabulário).
                                                                                 , prep. No, na, em. Usada para indicar o lugar em que alguma coisa está. Indica uma posição estática.
Ọkàn dúdú, s. Consciência negra.
A, pron. pess. Nós. Forma alternativa do pronomeÀwa.
Yíò, yóò, part. pré-v. É uma das alternativas para formar o tempo futuro dos verbos.
Jiyàn, sọ àsọyév. Discutir. 
Báfá, v. Discutir, discordar.
Bá, dé, f'ọwọ́ tẹ̀, ṣe-tán,  ṣetán, ṣe-parí, ṣeparí, v. Alcançar.
Ọ̀rọ̀àbá rírì ti ọmọ-ìbílẹ̀, s. Indigenitude.
Ọ̀rọ̀àbá rírì ti adúláwọ̀, ọ̀rọ̀àbá rírì ti àṣà dúdús. Negritude.
Ọ̀rọ̀àbá rírì ti aláwọ̀funfun, s. Branquitude.
Ọ̀rọ̀àbá rírì ti ọmọnìyàn, s. Humanitude.
Ọmọnìyàn, s. Homo sapiens.
Ọ̀rọ̀àbá, s. Ideologia.
Rírì, s. Valor, importância.
Ọmọ-ìbílẹ̀, s. Índio, indígena, nativo, aborígene.
Adúláwọ̀, s. Negro.
Aláwọ̀funfun, s. Branco, europeu.
Àṣà, s. Cultura. 
Dúdú, v. Ser preto.
Dúdú, adj. Negro.
Àti, conj. E. Usada entre dois nomes, mas não liga verbos.
O, ìwọ, pron. pess. Você.
Ó, pron. pess. Ele, ela. Forma alternativa do pronome òun.
Ó, óò, part. pré.v. Forma abreviada de yíò, que faz a marca do tempo futuro dos verbos.
, conj. pré-v.  E, além disso, também. Liga sentenças, porém, não liga substantivos; nesse caso, usar " àti". É posicionado depois do sujeito e antes do verbo.
Báyìí, adv. Assim, desse modo, dessa maneira, agora. 
Ti, prep. De (indicando posse).
A, àwa, pron. pess. Nós.
Náà, pron. dem. Aquele, aquela, aquilo.
Náà, art. O, a, os, as. 
Náà, adv. e conj. pré-v. Também, o mesmo.

Síndrome de Estocolmo.

Àwọn adúláwọ̀ pẹ̀lú àìsàn Stokholmu.
Negros com síndrome de Estocolmo. 

                                  Por Ngana-Fala Nkrumah Dala



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     "Síndrome de Estocolmo é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida à um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. De um ponto de vista psicanalítico, pessoas que possam ter desenvolvido ao longo de experiências na infância com seus familiares ou cuidadores, algum traço de caráter sádico ou masoquista implícito em sua personalidade, podem em certas circunstâncias de abuso desenvolver sentimentos de afeto e apego, dirigidos a agressores, sequestradores, ou qualquer perfil que se encaixe no quadro geral correspondente a síndrome de Estocolmo. A síndrome pode se desenvolver em vítimas de sequestro, em cenários de guerra, como também à pessoas submetidas à violência doméstica e familiar, em que a vítima é agredida pelo cônjuge e continua a amá-lo e defendê-lo como se as agressões fossem normais”.    
     Essa síndrome pode também explicar o comportamento dos povos colonizados em África, que após o “holocausto“ do colonialismo e do tráfico de escravo, tornaram-se em autênticas cópias dos seus opressores, amando-os, defendendo-os e seguindo os seus costumes e hábitos escrupulosamente, em seus quotidianos. Os trágicos 400 anos de tráfico de escravo e os quase 100 anos de colonialismo como consequência, deixaram grandes sequelas que perduram até aos dias de hoje. De facto, não será fácil os africanos abandonarem estes costumes, abandonarem a maneira de pensar eurocêntrica ou em um só termo “deseuropeizarem-se ”. Para isso devemos a princípio assumir que todos os dias somos neocolonizados, não mais daquela forma física, mas de uma maneira comportamental e ingerente . 
     Este nefasto período de opressão permitiu que  muitos negros abandonassem seus costumes  culturais e  suas autonomias tanto espiritual como político-econômica. Na religião, em Angola, por exemplo, a maior parte da população é cristã. Na política, os africanos usam sistemas de governação europeia, que muita das vezes não se adapta a nossa realidade e, além disso, as ingerências das ditas super potências continuam. No campo linguístico, em Angola e na maior parte dos países africanos colonizados, temos como língua oficial aprovada pela constituição exclusivamente a dos seus colonizadores. Na economia, através do “PACTO COLONIAL,” somos majoritariamente dependentes do exterior; África é somente uma fonte de matérias primas e recebe, preponderantemente, produtos acabados como bens de capital e bens de consumo. Porém, apesar do facto de que será tarefa difícil deseuropeizar a África e os africanos, cada um, em seu dia-a-dia pode optar por abandonar certos comportamentos, na maneira de viver, ou seja, aos poucos acabar (se tiver) a síndrome de estocolmo e buscar O RENASCIMENTO DA PERSONALIDADE AFRICANA.

     Os pretos desenvolvem esta síndrome quando tudo fazem para imitar os europeus. Vestir à moda européia. Falar como o europeu, ignorando, desprezando e envergonhando-se de todas as línguas nacionais. Quando desprezam a espiritualidade africana (culto aos ancestrais,  crença em Nzambi)  e  rotulam tais crenças, como feitiçaria e coisa do “diabo,” só porque o pastor caucasiano assim o disse. Quando defendem com todas as garras o cristianismo. Quando desconhece e despreza a verdadeira história de África contada pelos Africanos e, por isso, desconhecem os heróis mártires de África como Lumumba e Nkrumah. Quando conhece e defende toda a história da Europa e todos os heróis europeus, como os pseudo pais da filosofia do período helenístico. Quando segue ao pé da letra os padrões de beleza estabelecidos pelos europeus, como acreditar que quanto mais clara for a pele (mais próximo do padrão caucasiano) mais bonito(a) será e, assim, desprezam a sua cor pelo uso de branqueadores de pele; além do mais, acreditam que apenas ter cabelo liso é ter um cabelo com beleza  e, para conseguir isso, usam todos os métodos para ostentar um cabelo igual ao dos caucasianos.

     Em fim, os pretos apresentam esses comportamentos quando se ridicularizam, quando defendem com todas suas garras o opressor e os seus costumes, em detrimento do que é a sua legada identidade como africano livre, pensando que ao imitar o europeu fará com que os mesmos o vejam como um deles, enquanto que apenas expõe-se ao ridículo e demonstra-se na sociedade como uma autêntica cópia da copia. Parafraseando Malcolm X “muito cuidado com a mídia, porque ela te fará odiar o oprimido e amar o opressor. 
.
#HOTEP.
#UBUNTU. 

~Ngana-Fala Dala (2016)

Àwọn adúláwọ̀ ọkàn funfun (Negropeus)                                                                                                                                                 Por Sebastian Truthful 




Os negropeus religiosos são aqueles que praticam a religião do seu opressor. Estes são capazes defender, inclusive, doutrinas e lideres religiosos claramente racistas. Tentam justificar sempre as atitudes destes, inclusive dão mais valor a fraternidade que possuem com seu irmão cristão ou muçulmano branco do que com os irmãos negros. É capaz de doar todo seu dinheiro para cumprimento do tal ministério religioso, mas não doa um centavo em qualquer projeto social virado para emancipação do homem negro. Conhece melhor a mitologia cristã ou islâmica do que a história de África ou, pior, tenta adaptar a história de África à sua fantasia religiosa. Diaboliza tudo o que representa as religiões africanas. Nos casos mais graves, como os que atualmente assistimos no Mali, na República Centro Africana e na Nigéria, são capazes de matar seu irmão por questões religiosas sem qualquer piedade.