Ìjà guaraní.
Luta Guarani.
Jaraguá ni Ọgbà ńlá ti Ìpínlẹ̀ àti agbègbè guaraní.
O Jaraguá é Parque estadual e território guarani.
1 - O Parque Estadual do Jaraguá.
O parque abriga um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da região metropolitana de São Paulo. É representado pelo icônico morro do Jaraguá, onde está localizado o Pico do Jaraguá, que representa o ponto mais alto da cidade de São Paulo com 1.135 metros de altitude, proporcionando ao visitante um vislumbre inusitado e belo da maior cidade da América Latina.
Localizado na região noroeste da cidade de São Paulo, mais precisamente no bairro do Jaraguá, tem como vizinhos os bairros de Perus, Pirituba e Parque São Domingos, além do município de Osasco.
2 - O JARAGUÁ É GUARANI! CONTRA A REINTEGRAÇÃO DE POSSE NA ALDEIA TEKOA PYAU
A “Justiça” dos brancos decidiu que temos até o 27 de julho para desocupar nossa aldeia Tekoa Pyau, próxima ao Pico do Jaraguá, onde moram mais de 500 dos nossos parentes, a maioria crianças. Por isso, no próximo dia 25/07, nós indígenas guarani-mbya estaremos unidos em frente ao Tribunal Regional Federal com parentes de várias aldeias, rezando e dançando, mostrando toda nossa força para resistir a essa decisão absurda e genocida!
A Terra Indígena Jaraguá, onde está inserida a tekoa pyau, já foi reconhecida pela FUNAI como de ocupação tradicional do nosso povo e cabe ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assinar a Portaria Declaratória que dá continuidade ao processo de demarcação de nossas terras. Sem a demarcação, a terra em que vivemos está pequena demais para poder ensinar nossas crianças a viver do jeito guarani e, ao invés de mandar o Ministro Cardozo assinar, o juiz Clécio Braschi resolveu mandar a polícia pra tirar o pouco que temos.
Por isso, vamos ao TRF na Av. Paulista onde levaremos todas as crianças da aldeia que correm risco de despejo para protocolar desenhos que elas fizeram para o juiz substituto Alessandro Diaferia que deve julgar o recurso apresentado pela FUNAI para reverter essa decisão. Esperamos que vendo as nossas crianças cantando, nossos guerreiros dançando xondaro, e nossos pajés rezando em frente ao seu escritório, o juiz da 2a instância não pense como esse que quis nos exterminar e determine nossa permanência em nossa terra tradicional.
Compareça você também e mostre que nós não estamos sozinhos!
O Jaraguá é guarani e de lá não sairemos!
Aguyjevete pra quem luta!
Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀ (Vocabulário).
Jaraguá = pico do Jaraguá
Ni = ser, é.
Ọgbà ńlá = parque.
Ọgbà, igbò = Jardim, uma área cercada.
Ńlá = grande.
Ti = de (indicando posse).
Ti Ìpínlẹ̀ = estadual.
Ìpínlẹ̀ = fronteira, demarcação, limite entre duas cidades, Estado. Ex.: SP, PR, MG.
Àti = e
Agbègbè = território, cidade, lugar, vizinhança.
Guaraní = guarani.
Comissão Guarani Yvyrupa - CGY shared their publicação.
Em reação contra a reintegração de posse no tekoa pyau, comunidade guarani retoma área da antiga aldeia Sol Nascente, também na Terra Indígena Jaraguá, e realiza ato em frente ao TRF 3ª Região, no dia 25 de Julho.
Informamos a todos que nós, Guarani do Jaraguá, retomamos antiga aldeia conhecida como Sol Nascente, que está localizada na Terra Indígena Jaraguá, como forma de protesto e reação contra a decisão que determinou a saída de mais de quinhentos guaranis da aldeia tekoa pyau, que também faz parte da área já reconhecida como de ocupação tradicional do nosso povo pela FUNAI.
A aldeia Sol Nascente é chamada por nós de Tekoa Itakupe, e se localiza do outro lado do Pico do Jaraguá em relação à aldeia Tekoa Pyau, de onde a Justiça dos Brancos parece querer nos expulsar. Nossos parentes já haviam reocupado o Sol Nascente em 2005, quando um não indígena entrou com mais um processo de reintegração contra nós e conseguiu naquela época nos retirar dali. Decidimos então confiar na lei dos brancos, e esperar o processo de reconhecimento dos limites constitucionais da Terra Indígena Jaraguá para retornar ao Sol Nascente.
Porém, resolvemos não mais esperar por conta da decisão genocida do Juiz Clécio Braschi, que deu o prazo de 27 de Julho para que todas as nossas crianças e adultos fossem expulsos do tekoa pyau, única área que nos restava e onde nos espremíamos até hoje esperando a Justiça dos brancos.
Dessa forma, agora pela força da nossa própria luta, retomamos o Tekoa Itakupe/Sol Nascente, e começamos o processo de auto-demarcação da Terra Indígena Jaraguá, pois não vamos deixar que os brancos nos expulsem na nossa terra tradicional e também não vamos aceitar ficar confinados na área minúscula onde estamos. Já estamos plantando nessa área, para garantir os cultivares que usamos nos nossos rituais que se iniciam em agosto. Sabemos que os brancos tentarão a reintegração de posse contra nós também no Sol Nascente, mas resistiremos até o fim, como resistimos no tekoa pyau.
Informamos que pela força de Nhanderu Tenonde, tivemos a boa notícia de que o Juiz Substituto Alessandro Diaferia suspendeu temporariamente os efeitos da decisão de reintegração de posse no tekoa pyau, decisão que ainda será avaliada pelo Desembargador André Nekatschalow, relator do caso, quando ele voltar de férias.
Não temos mais prazo para ser expulsos da nossa terra tradicional, mas também não temos ainda a garantia da demarcação.
Por isso, convidamos a todos para comparecer no dia 25/07 em frente ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, às 15h, para continuar a luta pelos nossos direitos originários e pelo futuro de nossas crianças.
Nosso ato no dia 25/07 passa a ter como pautas centrais:
- A garantia pelo Desembargador André Nekatschalow da manutenção da posse dos mais de quinhentos parentes que habitam a aldeia Tekoa Pyau, na Terra Indígena Jaraguá
- A garantia pela Justiça Federal da manutenção da posse dos nossos parentes que habitam a aldeia Tekoa Itakupe, Sol Nascente, também na Terra Indígena Jaraguá
- A imediata assinatura das Portarias Declaratórias das Terras Indígenas Jaraguá e Tenondé Porã, pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
- O fim da paralisação das demarcações de terras indígenas em todo o país.
Aguyjevete pra quem luta!!!
Luta Guarani.
Jaraguá ni Ọgbà ńlá ti Ìpínlẹ̀ àti agbègbè guaraní.
O Jaraguá é Parque estadual e território guarani.
1 - O Parque Estadual do Jaraguá.
O parque abriga um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica da região metropolitana de São Paulo. É representado pelo icônico morro do Jaraguá, onde está localizado o Pico do Jaraguá, que representa o ponto mais alto da cidade de São Paulo com 1.135 metros de altitude, proporcionando ao visitante um vislumbre inusitado e belo da maior cidade da América Latina.
Localizado na região noroeste da cidade de São Paulo, mais precisamente no bairro do Jaraguá, tem como vizinhos os bairros de Perus, Pirituba e Parque São Domingos, além do município de Osasco.
2 - O JARAGUÁ É GUARANI! CONTRA A REINTEGRAÇÃO DE POSSE NA ALDEIA TEKOA PYAU
A “Justiça” dos brancos decidiu que temos até o 27 de julho para desocupar nossa aldeia Tekoa Pyau, próxima ao Pico do Jaraguá, onde moram mais de 500 dos nossos parentes, a maioria crianças. Por isso, no próximo dia 25/07, nós indígenas guarani-mbya estaremos unidos em frente ao Tribunal Regional Federal com parentes de várias aldeias, rezando e dançando, mostrando toda nossa força para resistir a essa decisão absurda e genocida!
A Terra Indígena Jaraguá, onde está inserida a tekoa pyau, já foi reconhecida pela FUNAI como de ocupação tradicional do nosso povo e cabe ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, assinar a Portaria Declaratória que dá continuidade ao processo de demarcação de nossas terras. Sem a demarcação, a terra em que vivemos está pequena demais para poder ensinar nossas crianças a viver do jeito guarani e, ao invés de mandar o Ministro Cardozo assinar, o juiz Clécio Braschi resolveu mandar a polícia pra tirar o pouco que temos.
Por isso, vamos ao TRF na Av. Paulista onde levaremos todas as crianças da aldeia que correm risco de despejo para protocolar desenhos que elas fizeram para o juiz substituto Alessandro Diaferia que deve julgar o recurso apresentado pela FUNAI para reverter essa decisão. Esperamos que vendo as nossas crianças cantando, nossos guerreiros dançando xondaro, e nossos pajés rezando em frente ao seu escritório, o juiz da 2a instância não pense como esse que quis nos exterminar e determine nossa permanência em nossa terra tradicional.
Compareça você também e mostre que nós não estamos sozinhos!
O Jaraguá é guarani e de lá não sairemos!
Aguyjevete pra quem luta!
Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀ (Vocabulário).
Jaraguá = pico do Jaraguá
Ni = ser, é.
Ọgbà ńlá = parque.
Ọgbà, igbò = Jardim, uma área cercada.
Ńlá = grande.
Ti = de (indicando posse).
Ti Ìpínlẹ̀ = estadual.
Ìpínlẹ̀ = fronteira, demarcação, limite entre duas cidades, Estado. Ex.: SP, PR, MG.
Àti = e
Agbègbè = território, cidade, lugar, vizinhança.
Guaraní = guarani.
Comissão Guarani Yvyrupa - CGY shared their publicação.
Em reação contra a reintegração de posse no tekoa pyau, comunidade guarani retoma área da antiga aldeia Sol Nascente, também na Terra Indígena Jaraguá, e realiza ato em frente ao TRF 3ª Região, no dia 25 de Julho.
Comissão Guarani Yvyrupa - CGY adicionou 5 novas fotos ao álbum Porque Retomamos a Aldeia Sol Nascente, na Terra Indígena Jaraguá
Informamos a todos que nós, Guarani do Jaraguá, retomamos antiga aldeia conhecida como Sol Nascente, que está localizada na Terra Indígena Jaraguá, como forma de protesto e reação contra a decisão que determinou a saída de mais de quinhentos guaranis da aldeia tekoa pyau, que também faz parte da área já reconhecida como de ocupação tradicional do nosso povo pela FUNAI.
A aldeia Sol Nascente é chamada por nós de Tekoa Itakupe, e se localiza do outro lado do Pico do Jaraguá em relação à aldeia Tekoa Pyau, de onde a Justiça dos Brancos parece querer nos expulsar. Nossos parentes já haviam reocupado o Sol Nascente em 2005, quando um não indígena entrou com mais um processo de reintegração contra nós e conseguiu naquela época nos retirar dali. Decidimos então confiar na lei dos brancos, e esperar o processo de reconhecimento dos limites constitucionais da Terra Indígena Jaraguá para retornar ao Sol Nascente.
Porém, resolvemos não mais esperar por conta da decisão genocida do Juiz Clécio Braschi, que deu o prazo de 27 de Julho para que todas as nossas crianças e adultos fossem expulsos do tekoa pyau, única área que nos restava e onde nos espremíamos até hoje esperando a Justiça dos brancos.
Dessa forma, agora pela força da nossa própria luta, retomamos o Tekoa Itakupe/Sol Nascente, e começamos o processo de auto-demarcação da Terra Indígena Jaraguá, pois não vamos deixar que os brancos nos expulsem na nossa terra tradicional e também não vamos aceitar ficar confinados na área minúscula onde estamos. Já estamos plantando nessa área, para garantir os cultivares que usamos nos nossos rituais que se iniciam em agosto. Sabemos que os brancos tentarão a reintegração de posse contra nós também no Sol Nascente, mas resistiremos até o fim, como resistimos no tekoa pyau.
Informamos que pela força de Nhanderu Tenonde, tivemos a boa notícia de que o Juiz Substituto Alessandro Diaferia suspendeu temporariamente os efeitos da decisão de reintegração de posse no tekoa pyau, decisão que ainda será avaliada pelo Desembargador André Nekatschalow, relator do caso, quando ele voltar de férias.
Não temos mais prazo para ser expulsos da nossa terra tradicional, mas também não temos ainda a garantia da demarcação.
Por isso, convidamos a todos para comparecer no dia 25/07 em frente ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, às 15h, para continuar a luta pelos nossos direitos originários e pelo futuro de nossas crianças.
Nosso ato no dia 25/07 passa a ter como pautas centrais:
- A garantia pelo Desembargador André Nekatschalow da manutenção da posse dos mais de quinhentos parentes que habitam a aldeia Tekoa Pyau, na Terra Indígena Jaraguá
- A garantia pela Justiça Federal da manutenção da posse dos nossos parentes que habitam a aldeia Tekoa Itakupe, Sol Nascente, também na Terra Indígena Jaraguá
- A imediata assinatura das Portarias Declaratórias das Terras Indígenas Jaraguá e Tenondé Porã, pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
- O fim da paralisação das demarcações de terras indígenas em todo o país.
Aguyjevete pra quem luta!!!
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