Àgbájọ fún ìsọdòmìnira náà ti orílẹ̀-èdè dúdú.
Organização para libertação do povo negro.
Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀ (Vocabulário)
Organização para libertação do povo negro.
Àkójọ́pọ̀ Itumọ̀ (Glossário).
Ìwé gbédègbéyọ̀ (Vocabulário)
Àgbájọ, s. Organização.
Fún, prep. Para, em nome de (indica uma intenção pretendida para alguèm).
Òmìnira, ònnira, ìjọlá ìlú, ìdásílẹ̀, àyè, àìṣe nǹkankan, s. Liberdade.
Ìdásílẹ̀, ìsọdi òmìnira, ìsọdòmìnira, ìgbàsílẹ̀ àìsíníkawọ́ ìgbàlà, s. Libertação.
Náà, art. O, a, os, as.
Ti, prep. De (indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi - A casa do meu pai.
Ènìyàn, ènìà, s. Pessoa. Povo, seres humanos, alguém.
Orílẹ̀-èdè, ènìyàn, ènìà, s. Povo.
Dúdú, adj. Preto, negro.
Òmìnira, ònnira, ìjọlá ìlú, ìdásílẹ̀, àyè, àìṣe nǹkankan, s. Liberdade.
Ìdásílẹ̀, ìsọdi òmìnira, ìsọdòmìnira, ìgbàsílẹ̀ àìsíníkawọ́ ìgbàlà, s. Libertação.
Náà, art. O, a, os, as.
Ti, prep. De (indicando posse). Quando usado entre dois substantivos, usualmente é omitido. Ilé ti bàbá mi = ilé bàbá mi - A casa do meu pai.
Ènìyàn, ènìà, s. Pessoa. Povo, seres humanos, alguém.
Orílẹ̀-èdè, ènìyàn, ènìà, s. Povo.
Dúdú, adj. Preto, negro.
NOTA DA OLPN (ORGANIZAÇÃO PARA A LIBERTAÇÃO DO POVO NEGRO) - CAMPINAS /SP/BR
NEGROS E NEGRAS, reunidos(as) em Campinas/SP, nos dias 25 e 26 de
julho de 2015, após o lançamento em SP da campanha pela Reparação
Histórica e Humanitária aos Povos Negro e Originários em decorrência dos
crimes de lesa humanidade cometidos contra esses povos através do Tráfico
Transatlântico, escravização, genocídio e a permanência de seus efeitos ao
longo de 515 anos de História de uma Nação inconclusa.
A campanha se dará através da coleta de assinaturas para um projeto de lei de
iniciativa popular, que estará vinculado às expressões atuais de resistência dos
Povos Negro e Originários à Colonização interna, que procura consolidar o
esbulho dos Povos Originários e Negro, bem como seu Genocídio.
O recrudescimento do Racismo, expresso institucionalmente nas três esferas
de Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) e na hipocrisia reinante na
Sociedade, que se cala ante a infâmia Racista recorrente, cuja expressão
maior é o aterrador fato de 35.000 jovens negros, na faixa etária de 14 à 29
anos, vítimas de homicídio por ano no Brasil.
Não satisfeitos e aprofundando o estigma que nos transforma em uma ameaça
e nos criminaliza, tudo se justifica; aos que sobrevivem à matança resta o
encarceramento, não têm sequer o Direito de existir, conforme expresso em
viva voz pelo relator da PEC 171, da redução da maioridade penal que em
homenagem aos carrascos Nazistas e à ideologia Colonial Eugênica, perante o
Jornal The Guardian, proferiu o seguinte comentário:
“Um dia, chegaremos a um estágio em que será possível determinar se um
bebê, ainda no útero, tem tendências à criminalidade, e se sim, a mãe não terá
permissão para dar à luz”, disse Laerte Bessa (PR-DF) ao jornal inglês The
Guardian". - 21/ 07/ 2015
A confissão escancarada de um crime, sem qualquer consequência contra o
autor, bem como o do Judiciário, com a absolvição dos PMS autores da
chacina no Cabula em Salvador - Bahia, como em muitos outros casos,
reforçam o estigma e sinalizam para nós negros que a Justiça não existe, e que
o Estado Democrático de Direito uma fantasia, ou uma piada de mau gosto.
Desterritorializados, com nosso pertencimento sequestrado, amontoados nas
periferias e favelas, senzalas modernas, sob forte vigilância das forças
policiais, única “política pública” eficaz de Estado, caminhando com uma legião
de mortos, banhados em um mar de sangue e lágrimas que somente nós
enxugamos e choramos , chegou a hora , mais do que tardia, de se estancar a
matança.
Nesse sentido, a campanha pela reparação se vincula às lutas concretas de
nosso Povo pela garantia da titulação e demarcação dos Territórios
Quilombolas, Comunidades Tradicionais e Povos Originários, resistindo contra
os ataques do Racismo Institucional sintetizados através de medidas
legislativas como a PEC 215/2000, ADI 3239 de 2004, PL 31/2015 (RS) entre
outras. Vincula-se também à resistência do Povo de Terreiro contra os ataques
que os mesmos vêm sofrendo, com depredação de Terreiros, ataques físicos ,
como o apedrejamento de uma criança de 10 anos adepta do Candomblé ,
projetos de Lei que criminalizam asacralização dos animais, bem como uma
campanha permanente de desmoralização feita por setores evangélicos , além
da luta pela implementação da Lei 10639/2003 ,ou seja, contra o
Racismo/Genocídio e pela construção do Projeto Político do Povo Negro para o
Brasil.
Reiteramos que não existe integração possível sem que, com isso , nos
tornemos coniventes com os nossos carrascos, alertamos e denunciamos que
não estamos a negociar sobre a desgraça imposta aos Povos. Romper com a
tentativa de tutela, que nos transforma em População, e assumirmos o nosso
protagonismo enquanto POVO NEGRO é o chamado e desafio que a história
nos impõe e que a campanha pela Reparação é uma ferramenta de
fundamental importância.
Campinas, 26 de julho de 2015.
REPARAÇÃO JÁ.
Assinam:
Márcio do Carmo/HC
Margarida Barbosa/Caism
Kiko/FE
Reginaldo Bispo – ex-funcionário em processo de reintegração ao trabalho
Fonte: http://www.stu.org.br/wp-content/uploads/2015/10/Kiko-2-NOTA-DA-OLPN.pdf
Fonte: http://www.stu.org.br/wp-content/uploads/2015/10/Kiko-2-NOTA-DA-OLPN.pdf